Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
385
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
12ª Câmara de Direito Privado
Registro: 2021.0000432920
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1024116-03.2017.8.26.0602 e código 15997EC3.
ACÓRDÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por SANDRA MARIA GALHARDO ESTEVES, liberado nos autos em 07/06/2021 às 11:47 .
1024116-03.2017.8.26.0602, da Comarca de Sorocaba, em que são
apelantes ALUÍSIO GONÇALVES e GRAZIELA CRISTINA METZKER
GONÇALVES, são apelados ANTÔNIA RODRIGUES e ILDEFONSO
RODRIGUES.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
12ª Câmara de Direito Privado
Voto nº 26.950
Apelação Cível n.º 1024116-03.2017.8.26.0602
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1024116-03.2017.8.26.0602 e código 15997EC3.
Foro de Sorocaba / 7ª Vara Cível
Juiz(a): José Elias Temer
Apelante(s): Aluísio Gonçalves e Graziela Cristina Metzker Gonçalves
Apelado(a)(s): Antônia Rodrigues e Ildefonso Rodrigues
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por SANDRA MARIA GALHARDO ESTEVES, liberado nos autos em 07/06/2021 às 11:47 .
POSSESSÓRIAS. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE.
EXERCÍCIO DA POSSE, PELO AUTOR, E ESBULHO, PELO
RÉU, DEMONSTRADOS.
Enquanto o autor comprovou a posse e o esbulho, o réu não
logrou demonstrar e nem esclarecer a que título vem ocupando
o imóvel. Presume-se que ele invadiu o terreno e nele fixou
cercas, por sua conta e risco, sem justo título, sub-
repticiamente. É quanto basta à procedência da pretensão
possessória formulada na inicial.
Apelação não provida.
Vistos,
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
12ª Câmara de Direito Privado
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1024116-03.2017.8.26.0602 e código 15997EC3.
O nobre magistrado a quo entendeu que (a) a área litigiosa
está bem delimitada; (b) o réu apresentou narrativas contraditórias; (c) o
réu não comprovou a realização de benfeitorias no local. Assim, julgou
“PROCEDENTE a ação, para deferir a reintegração de posse definitiva
aos autores, condenando o réu nas custas do processo e em honorários de
advogado, fixados em R$ 3.000,00 (três mil reais), com base no artigo 85,
parágrafo oitavo, do Código de Processo Civil.”.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por SANDRA MARIA GALHARDO ESTEVES, liberado nos autos em 07/06/2021 às 11:47 .
Inconformado, o réu apela (fls. 365 e seguintes). Alega, em
suma, que: (a) a ação de usucapião suspende o andamento da ação
possessória; (b) o réu comprovou a propriedade do imóvel. Pugna pelo
andamento da ação de usucapião e a reforma da sentença.
É o relatório do essencial.
2. Decide-se.
O art. 1.196 do Código Civil diz ser possuidor aquele que tem
de fato o exercício, pleno ou não, de algum poder inerente à propriedade e,
em princípio, em demanda possessória sai vitorioso aquele que demonstra
a melhor posse, ou seja, o melhor exercício de fato sobre a coisa e não
aquele que demonstra ter um direito sobre ela (coisa).
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
12ª Câmara de Direito Privado
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1024116-03.2017.8.26.0602 e código 15997EC3.
Apresentaram matrícula do bem litigioso, fotografias, notificação, boletim
de ocorrência lavrado na época da invasão perpetrada pelo Réu. As
testemunhas ouvidas em juízo declararam que houve levantamento
topográfico feito no local, antes mesmo de que fosse feita a invasão pelo
Réu.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por SANDRA MARIA GALHARDO ESTEVES, liberado nos autos em 07/06/2021 às 11:47 .
contraditória. Destaca-se a oitiva da Réu em juízo, quando afirmou
categoricamente que não teria adquirido o terreno de terceiros e, todavia,
juntou aos autos um contrato de cessão de posse de terreno (fls. 124).
Ademais, não logrou apresentar provas consistentes de que teria tomado
posse antiga de terreno, de forma mansa e pacífica, sem oposição dos
proprietários, e nele realizado benfeitorias.