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1) f f f v f v v v v f (não, se diminui o numero de trabalhadores também)

5) f f f f v f v f f v v v f v f f

Cap 13

O que é recente não são as máquinas, mas o maquinismo…Para


que o maquinismo reine não basta que a máquina concorra para a
produção: é preciso que ela se tenha convertido no fator essencial,
que ela determine a quantidade, a qualidade e o preço de custo dos
produtos”

Aula cap 13 - secões 1 e 2

«É questionável se todas as invenções mecânicas já feitas aliviaram a


labuta diária de algum ser humano.»

1) Des. da maquinaria

O revolucionamento do modo de produção tem como ponto de partida,


na manufactura, a força de trabalho; na grande indústria, o meio
de trabalho.

Ferramenta = máquina simples que o homem opera (ele é força)


Máquina = ferramenta composta que o homem opera (qq coisa é força)
Maquinaria desenvolvida = máquina de movimento + mecanismo de
transmissão + máquina-ferramenta ou máquina de trabalho.

A pp máq-ferramenta é integração da máq motriz e o mecanismo


de transmissão. A motriz atua como força motora de todo o mecanismo
e o mecanismo de transmissão (composto de rodas, volantes, piões,
correias) atua diretamente no objeto de trabalho e o modifica.

Historicamente os homens primeiro substituem força motriz, depois a si


mesmos (seus órgãos) como ferramentas. A revolução tá aí e não na 1a
(e ainda há homens servindo de burro de carga...)
(ex, gigantescas maq de bombear dos holandeses, e a pp maq a vapor!)

A máquina, de que a revolução industrial parte, substitui o


operário que maneja uma ferramenta singular por um mecanismo
que opera, duma só vez, com uma massa das mesmas
ferramentas ou de ferramentas da mesma espécie e é movido por
uma única força motriz, qualquer que seja a forma desta. Temos
aqui a máquina, mas só como elemento simples da produção com
máquinas.
Só que será exigido um mecanismo de movimento mais massivo; e
este mecanismo, para vencer a sua própria resistência, requer uma força
motriz mais potente. (Do cavalo a energia atômica…)

Máquina a vapor de Watt - motor gera a sua pp força de movimento


a partir de carvão e água, c/ potência totalmente sob controle
humano; é móvel e meio de locomoção; citadino e não rural como
a roda hidráulica permitindo a concentração da produção em
cidades; universal na sua aplicação tecnológica. (patente não a
descreve para fins particulares, mas como agente universal da grande
indústria)

Só depois das ferramentas saírem dos homens para aparelhos mecânicos,


é que a máquina de movimento adquiriu uma forma autônoma,
emancipada das barreiras da força humana, e então vai decaindo
para um mero elemento da produção com máquinas. Daí, uma máquina
de movimento poder accionar muitas máquinas de trabalho
simultaneamente.

Há agora duas coisas a distinguir, cooperação de muitas máquinas


da mesma espécie e sistema de máquinas.

Atenção pq nessa parte ele insiste que a maq não incide sobre o tr
mas o meio de tr! Daí que a div manuf não aja sobre as tarefas mais
complexas, como tecer...

"Do ponto de vista da divisão manufactureira, o tecer não era um


trabalho artesanal simples, mas trabalho artesanal complexo;
assim também o tear mecânico é uma máquina que executa
múltiplas coisas. É em geral uma representação falsa que a
moderna maquinaria se tivesse apoderado originariamente
daquelas operações que a divisão manufactureira do trabalho
tinha simplificado. Fiar e tecer, durante o período manufactureiro,
foram separados em novas espécies e as suas ferramentas melhoradas e
variadas, mas o próprio processo de trabalho, de modo nenhum repartido,
permaneceu artesanal. Não é do trabalho, mas do meio de trabalho
que a máquina parte."

Mas quando a produção foi parcelada por várias fases conexas:

"Um sistema de máquinas propriamente dito entra no lugar da


máquina autónoma singular". Pois nesse caso "o objecto de trabalho
percorre uma série conexa de diversos processos graduais, que são
efectuados por uma cadeia de máquinas-ferramentas, de espécie
diversa, mas que se completam umas às outras".

PERCEBAM QUE TEM UM VAI E "VOLTA" -


UMA PESSOA FAZ TUDO, TODAS AS OPERAÇÕES COMPLEXAS
- depois -
MUITAS PESSOAS CADA UMA FAZENDO UMA OPERAÇÃO SIMPLES
- depois -
CADA PESSOA USANDO UMA MÁQUINA QUE FAZ TODAS AS OPERAÇÕES
COMPLEXAS
- depois -
AS MÁQUINAS FAZEM OPERAÇÕES SIMPLES, COISAS ESPECÍFICAS, E A
FÁBRICA É O COMPLEXO QUE JUNTA TODAS AS OPERAÇÕES
- depois - ….

Ao final…

Sistema de maq podem ser baseados na cooperação de máq de tr de


igual espécie [fazem tudo], como na tecelagem, ou numa combinação de
máq de tr de espécie diversa [cada uma faz uma operação], como na
fiação, desde que acionados por motor que mova a si mesmo.

O segundo é a forma mais desenvolvida do sist de maq.

"Como sistema articulado de máquinas de trabalho — que


apenas recebem o seu movimento de um autómato central por intermédio
da maquinaria de transmissão —, o funcionamento com máquinas
possui a sua figura mais desenvolvida. Para o lugar da máquina
singular entra aqui um monstro mecânico, cujo corpo enche
edifícios fabris inteiros e cuja força demoníaca é quase
oculta pelo movimento solenemente medido dos seus membros
gigantescos.

Havia mules, máquinas a vapor, etc, antes de haver operários cuja


ocupação exclusiva fosse fazer máquinas a vapor, mules, etc, tal como o
homem vestia roupas antes de haver alfaiates.
Só qdo maq fazem maq por meio de maq temos o kimso andando sobre seus pp pés!
A partir de então há um considerável quantum de operários mecânicos
habilitados, fornecidos já prontos pelo período manufactureiro.

Com a > demanda e invenções (oferta):


- separação da fabricação de máquinas em múltiplos ramos autónomos
- divisão do tr no interior das manufacturas construtoras de máquinas

Fim de tudo → expansão do sistema maquínico contradiz as


leis da manufatura (ex: > complexificação, multiplicidade e mais
rigorosa regularidade; melhoramento do sistema automático e aplicação
sempre mais inevitável de material difícil de dominar (…) Máq como o
moderno tear a vapor não podiam ser fornecidas pela manufactura. (...)
O revolucionamento do modo de produção numa esfera da
indústria condiciona o seu revolucionamento na outra. (...) As
tremendas massas de ferro, que havia agora que forjar, soldar,
cortar, perfurar e moldar, exigiam por seu lado máquinas
ciclópicas, cuja criação a construção manufactureira de
máquinas recusava.

Ou seja, é obrigatório MUDAR! a rev ind é exigida pelo K! (ainda que


muitos kismos vão tardar a fazê-la…)

Resultado: A grande indústria tinha, pois, de se apoderar do seu meio de


produção característico, a própria máquina, e produzir máquinas por
meio de máquinas.

(Aqui a precisão da produção de peças pras máquinas é essencial e


jamais poderia ser fruto do tr humano, imaginem um círculo perfeito
produzido «com um grau de facilidade, exactidão e rapidez que nenhuma
experiência acumulada da mão do operário mais destro podia dar»)

2. Entrega de valor da maquinaria ao produto

A maquinaria entra sempre totalmente no processo de trabalho e


sempre apenas parcialmente no processo de valorização.

Só na grande indústria o homem aprende a fazer actuar de graça em


grande escala como uma força natural o produto do seu trabalho
passado, já objetivado.

O que justifica a introdução de máquinas do ponto de vista do valor?

Se a produção de uma máquina custa tanto trabalho quanto o seu


emprego poupa tanto faz produzir com homens e suas ferramentas ou
máquinas! Há que comparar a parte de valor que ela transfere ao
produto com a que o operário transferiria ao objecto de trabalho
com suas ferramentas.

A produtividade da máquina mede-se, portanto, pelo grau em que


ela substitui força de trabalho humana.

O limite para o uso da maquinaria é dado pelo facto de a sua própria


produção custar menos trabalho do que o trabalho que o seu emprego
substitui. Todavia, para o capital este limite exprime-se de um modo mais
estreito. Uma vez que não é o trabalho empregue que conta, mas o
valor da força de trabalho empregue, o uso da máquina é-lhe limitado
pela diferença entre o valor da máquina e o valor da força de trabalho por
ela substituída.

Especificidades da maquinaria do ponto de vista da


valorização:

- Não cria mas transfere valor


- Daí não baratear mas encarecer o produto. Só que…
- O valor que transfere não cresce proporcionalmente (como os meios de
trabalho da empresa artesanal e manuf).
- Diferença entre utilização e desgaste é muito > no caso da maquinaria
do que no da ferramenta - material mais duradouro, utilização guiada por
leis científicas, etc. (ou seja, o capital fixo se super dilui!)
- Desgaste diário e < consumo de materiais auxiliares tornam a maq
quase quase grátis.
- Valor no produto final ↑ em termos relativos mas ↓ em absolutos.

Principal - se a produção de uma máquina custa tanto trabalho


quanto o seu emprego poupa, ela não deverá ser usada! Ou seja,
se utiliza maq pq ela poupa trabalho!

Críticas atuais ao dito por Marx:


As ferramentas especializadas do trabalhador parcial da manufatura seriam
reunidas nos braços mecânicos dos sistemas de máquinas da grande indústria
moderna. Embora Marx argumente que a maquinaria se divide em três elementos
fundamentais, a saber, os braços mecânicos, o sistema de transmissão e o motor, é
no primeiro que encontra a origem da reprodução cíclica do capital, abstendo-se,
assim, de desdobrar os problemas geopolíticos e ambientais associados às outras
duas partes. O significado econômico da substituição do trabalhador coletivo da
manufatura pelo sistema de máquinas é a elevação da composição orgânica,
proporção em que o capital se divide em constante (o valor dos meios de produção)
e variável (o valor da força de trabalho). O decréscimo relativo do capital variável
em relação ao capital constante é apenas um indicativo econômico de que essas
transformações no processo produtivo apontam para uma redução na taxa de
lucro. Não poderia ser de outra forma na medida em que os braços mecânicos
deslocam o trabalhador da centralidade da produção. No entanto, o aumento de
produtividade obtido com o sistema de máquinas se faz acompanhar por uma
elevação proporcional na velocidade da acumulação, ou seja, é preciso uma massa
cada vez maior de capital adiantado para pôr em movimento a mesma quantidade
de força de trabalho e para extrair a mesma quantidade de trabalho excedente. Se o
capital global cresce em uma proporção superior ao aumento da produtividade
social média — e “isto é mais que uma possibilidade, é uma necessidade”, diz Marx
–, o movimento de queda da taxa de lucro só existe como tendência. O capital
global produz trabalho excedente em ritmo crescente, ainda que decresça de forma
relativa a fonte de sua valorização.

https://www.youtube.com/watch?v=WSKi8HfcxEk

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