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FONTES DO DIREITO

As fontes do Direito variam em cada tipo de sociedade. Por exemplo, numa


sociedade tradicional a fonte vem pela repetição de comportamentos derivado
dos costumes. Esse tipo de sistema é conhecido como Common law que é um
sistema de direito consuetudinário, ou seja, um sistema baseado nos costumes
de uma sociedade. Como é o caso da Inglaterra, Estados Unidos e entre outros
países.

Numa sociedade religiosa a fonte do direito deriva de seu deus ou deuses,


como é o caso dos países que seguem o ordenamento jurídico baseados na
religião. (países de religião islâmica)

Numa sociedade moderna a fonte deriva do anseio social e tem como principal
problema a constante instabilidade no que diz respeito as suas leis. Pois as
vontades sociais mudam todo momento. No caso do Brasil, a lei se baseia a
partir do sistema romano de Direito, conhecido como Civil law (Direito escrito).

AS FONTES DO DIREITO  MATERIAIS E FORMAIS:

As fontes materiais dizem a respeito de onde ele surge. São as matérias-


primas da matéria. Onde entra as relações sociais, debates de ideias/
interesse. (influencia/ temas para discussão). Entram nessas questões:

Religião, fatos naturais, fatos demográficos, fatos higiênicos, fatos políticos,


fatos econômicos, fatos morais e etc.

Entram também os valores, que são:

Ordem, segurança, liberdade, paz social, justiça, moralidade.

Formais:

As fontes formais dizem a respeito da forma em que o Direito se manifesta na


sociedade.

Como no nosso ordenamento jurídico enquadra-se a Civil Law (sistema


baseado no Direito Romano) seguimos a forma imediata/ primária, ou seja, a
LEI (dela nascem os direitos, deveres, obrigações, sanções, crimes/não crime
e etc.)

Mediata/secundária:

Jurisprudência (conjunto de decisões judiciais)

Doutrina: conjunto coerente de ideias fundamentais a serem transmitidas e


ensinadas (os escritores do Direito)
(Analogia: Relação de semelhança estabelecida entre duas ou mais entidades
distintas)

Costumes: ações tidas como regras sociais a partir do repetitivo processo de


suas praticas.

Espécies de Direito

Direito objetivo-Material/ substantivo: Sempre será o conceito de um Direito


ordenado. Com quantidade normas postas e organizadas (como é o caso do
ordenamento jurídico)

Direito Subjetivo- Instrumental/ processual: Sempre será relacionado ao meu


direito.

Resumindo: está relacionado aos direitos e deveres que eu tenho como pessoa
natural.
Direito público: Normas públicas  Penal, constitucional.
Direito Privado: Civil.

RESUMO LINDB (LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO


DIREITO BRASILEIRO)

Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país


quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

O Artigo 1° trata a respeito da vacatio legis. A vacatio legis é tempo dado para
que a sociedade tenha conhecimento da nova lei.

PUBLICAÇÃO------------(vacatio legis)------------ VIGOR

Quando uma lei é criada, existe um prazo pra que ela entre em vigor, esse
prazo é conhecido como Vacatio Legis. Quando o prazo não é estipulado em
lei, a vacatio legis prevista é de 45 dias após sua publicação no DO (diário
oficial).

1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando


admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.

Em resumo, a lei brasileira sendo aplicada em países estrangeiros, tem um


prazo de 120 dias para entrar em vigor.
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores
começará a correr da nova publicação.

Ou seja, se uma lei for publicada e ocorre uma correção na mesma, a vacatio
legis volta a ser contado novamente.

exemplo: A lei APS é publicada no diário oficial e precisa ser corrigida, seja no
caput ou em um dos seus parágrafos. Há uma nova publicação e vacatio legis
volta a ser contada novamente (45 dias ou o prazo estipulado em lei)

§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

Ou seja, se uma lei já vigora no país e é adicionado um novo parágrafo. Há


uma nova publicação dessa lei antiga no diário oficial, informando sobre a nova
alteração.

Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue.

Ou seja, se não for uma lei temporária, com prazo de validade estipulado,
como foi o caso da lei da copa, por exemplo, a lei terá vigor até que seja
publicada uma nova lei que a revogue.

Quanto os tipos de Revogação:

Revogação total: Uma lei XYZ revoga totalmente a lei ABC. O termo utilizado
para essa situação é ABVOGAÇÃO.

Revogação parcial: é o caso da revogação de um parágrafo, inciso de uma lei...

Revogação expressa: Quando a revogação ocorre escrita em lei

exemplo: Revoga-se a lei tal...

Revogação Tácita: Quando a revogação ocorre de forma implícita, ou seja,


quando uma lei é revogada porque é incompatível com a lei nova. A lei nova
regula a lei anterior.

§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando


seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior.
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

Nesse caso, a lei nova que não venha modificar ou revogar lei anterior, vale-se
as duas leis.

REPRESITINAÇÃO (RESURREIÇÃO DE UMA LEI)

§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei
revogadora perdido a vigência.

Ou seja, se a lei 1.998 for revogada pela lei 2.000 e acontecendo da lei 2.000
for revogada por uma outra lei. O fato da lei 2.000 não implica na volta da lei
1.998.

Em regra geral, não há no Brasil a repristinação automática, somente em caso


expressos (escritos em lei para o retorno da lei revogada)

Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.

Ou seja, ninguém pode alegar não ter cumprido uma lei, alegando que não a
conhecia sobre sua vigência.

Esse é o principio da obrigatoriedade da lei.

Presunção legal: Após sua publicação, presume-se que a lei é de


conhecimento de todos.

Necessidade social: Garantia da eficácia do ordenamento jurídico que estaria


comprometido caso a pessoa alegasse a ignorância para se eximir do
cumprimento da lei.

Ou seja, em nome da ordem social, entende-se que ninguém pode alegar


desconhecimento da vigência de uma lei.
PESSOA NATURAL

Personalidade ou/e capacidade

Art. 1º e 2º

Personalidade civil: começa com o nascimento com vida (respiração).

Capacidade: capacidade jurídica ou de Direito  Todos


possui.

Capacidade de fato ou exercício O individuo por si só, pratica ato da


vida civil  18 anos (maturidade civil).

Art. 3º CC. São absolutamente incapazes de exercer os atos da vida civil os


menores de 16 anos.

Menores de 16 são representados

De 16 a 18 são assistidos

Sujeito de Direito: Aptidão que a pessoa possui para adquirir Direitos e contrair
doações.

Exemplo: Uma criança de 3 anos recebe uma casa como herança de seu avô.
Mesmo com apenas 3 anos de idade, a criança possui aptidão para adquirir o
direito de contrair essa doação.

Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Ele tem a capacidade de Direito, mas não tem poder de exercício de direito.

Art. 2º Somente adquirimos personalidade jurídica após o nascimento com vida


(respiração).

Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer.

I- Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos


II- Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos
III- Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem
exprimir sua vontade.
IV- Os pródigos

Incapacidade

Art. 104 ‘’a validade do negócio jurídico requer:

I- Agente capaz

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:


I- Celebrado por pessoa absolutamente incapaz.

Incapacidade relativa: A pessoa relativamente incapaz não possui idade,


discernimento ou condições físicas de exercer plenamente a sua vontade, por
este motivo ela precisa de um assistente para lhe auxiliar nos atos da vida civil.
Isso quer dizer, que a pessoa precisa de alguém que o ajude, que seja seu
assistente para realização de atos da vida civil.

Os relativamente incapazes podem realizar pessoalmente sem auxilio de outra


pessoa:

a) Fazer testamento
b) Celebrar contrato de trabalho
c) Ser testemunha em um processo
d) Votar
e) Outros que estejam previstos em lei

Assistentes:

Os pais (Art. 1634 CC).

Tutores: Assistem os menores relativamente incapazes que não possuem pais,


ou de pais que perderam o poder familiar (Art. 1728 CC).

Curadores: Assistem os maiores relativamente incapazes (Art.1767).

Art. 4º CC São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os


exercer.

I- Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (serão


assistidos pelos seus pais ou tutores)
I- Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos (serão assistidos por
seus curadores)
I- Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem
exprimir sua vontade. (serão assistidos pelos seus curadores)
V- Os pródigos (serão assistidos pelos seus curadores)

Incapacidade absoluta: A pessoa absolutamente incapaz precisa de um


representante que realize os atos da vida civil por ela

Ela possui a capacidade de Direito, mas não tem a capacidade de exercícios


de Direito.

Exemplo: Uma criança de 10 anos recebe uma doação de um imóvel. Por ela
ter capacidade de Direito, ela pode receber tal doação, mas por ser menor de
idade, ela precisa que alguém para o exercício do Direito por ela.
Representantes:

Os pais (Art. 1634 CC).

Tutores: Assistem os menores relativamente incapazes que não possuem pais,


ou de pais que perderam o poder familiar (Art. 1728 CC).

Art. 1767 CC Estão sujeitos a curatela:

I. Aqueles que por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade
II. Xxxxxxx (revogado)
III. Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos
IV. Xxxxxxx (revogado)
V. Os pródigos (compulsão em gastar)

Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à pratica de todos os atos da vida civil.

I. Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante


instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou
por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos
completos;
II. Pelo casamento
III. Pelo exercício de emprego publico efetivo (Geralmente não há
concursos para menores de idade, mas se houver, é previsto em lei)
IV. Pela colação de grau em curso de ensino superior
V. Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos
completos, tenha economia própria.

E emancipação é um ato formal, perfeito e acabado. Não há reversão da


emancipação.

A emancipação só pode ser feita com os seguintes requisitos:

Dezesseis anos completos

Por instrumento publico

Com autorização dos pais, ou apenas de um pai, na ausência do outro.

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