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Automedicação na Pandemia do Covid-19

 Resumo:
Meados a uma das maiores pandemias da história, o Conselho de
Farmácia realizou mais uma campanha sobre a importância do uso
racional de medicamentos para a proteção da saúde. Alertas foram
criados a partir de resultados de estudos realizados a pedido dos
conselhos, pela consultoria IQVIA, que observou um aumento
significativo nas vendas de alguns medicamentos relacionados à COVID-
19 nos três primeiros meses de pandemia. A Hidroxicloroquina teve um
aumento de 67,93% em relação ao ano anterior; o Paracetamol teve um
aumento 77,35%, a Dipirona teve um aumento de 54,56%, o
Colecalciferol (Vitamina D) teve um aumento de 35,56% e o Ácido
Ascórbico (vitamina C) teve um aumento de 180,01%. A vitamina C ou
ácido ascórbico, que tem “efeito preventivo” contra o novo coronavírus
em fake news, foi a campeã em vendas. O consumo de vitamina D ou
colecalciferol e sulfato de hidroxicloroquina também aumentou,
atribuído à capacidade de cura da Covid-19. Também procuramos
medicamentos de venda livre que podem ser usados para aliviar
sinais/sintomas leves do Covid-19. No caso do ibuprofeno, as vendas
caíram, provavelmente porque o medicamento estava associado ao
agravamento dos casos da doença em um curto período de tempo. O
Conselho de Farmácia alerta que todos os médicos oferecem riscos.
Dependendo da dose, o paracetamol pode causar hepatite tóxica. A
dipirona oferece risco de choque anafilático e agranulocitose, e o
ibuprofeno é relacionado a tonturas e visão turva. Já o uso prolongado da
vitamina C pode causar diarreias, cólicas, dor abdominal e dor de cabeça.
E com a ingestão excessiva de vitamina D, o cálcio pode depositar-se nos
rins e até causar lesões permanentes. A hidroxicloroquina pode causar
problemas na visão, convulsões, insônia, diarreias, vômitos, alergias
graves, arritmias e até parada cardíaca. O uso de hidroxicloroquina ou
cloroquina em pacientes internados com teste positivo para o novo
coronavírus ainda não tem evidências representativas. Além disso, a
Hidroxicloroquina pode alterar o efeito de outros medicamentos que
você possa estar tomando, como alguns remédios para redução da
pressão arterial e diabetes. Conforme a própria bula de uma marca de
ivermectina, a substância pode causar mal-estar, diarreia, dor de cabeça
e falta de disposição – sintomas relatados por pacientes da Covid-19 no
Espírito Santo. “É um medicamento considerado seguro, mas pode levar
à alteração hepática (no fígado) e renal”, alertou a médica. Além disso,
ela informou que o remédio é contraindicado para crianças menores de
cinco anos de idade e grávidas. Assim como ressaltou que a dose
depende do peso do paciente. Aliás, a quantidade da substância
necessária para combater o novo coronavírus é uma das incógnitas .

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