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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA – UNIVAP

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FCS


FUNDAÇÃO VALEPARAIBANA DE ENSINO – FVE

ANÁLISES CLÍNICAS E PROMOÇÃO DA SAÚDE


Aula prática de imunologia

Docente:
Antônio Canettieri

Aluno:
Aveline Ventura

Avenida Shishima Hifumi, 2911 - Urbanova CEP 12244-000 PABX(012) 3947-1000 FAX(012) 3949-1334
Caixa Postal 8088 São José Campos-SP http://www.univap.br/
AGOSTO DE 2023
● Introdução
T ESTE RÁPIDO ONSITE™ HIV 1/2 AB PLUS COMBO
O vírus da imunodeficiência humana tipo I e tipo II (HIV-1 e HIV-2) são vírus
envelopados, de cadeia simples, RNA vírus de sentido positivo. A relação causal
entre o vírus HIV-1 e HIV-2 e a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)
foi estabelecida ao longo de várias décadas. O HIV-1 foi isolado de pacientes
com AIDS, de doenças relacionadas a AIDS e indivíduos saudáveis com alto
risco de desenvolver AIDS1. O HIV-2 foi isolado de pacientes com AIDS da África
Ocidental e de indivíduos assintomáticos soropositivos.
O Teste Rápido OnSite HIV 1/2 Ab Plus Combo foi desenvolvido para detectar e
diferenciar anti-HIV-1 e anti-HIV2 (IgG, IgM, IgA) no soro, plasma ou sangue
total. O teste pode ser realizado por pessoal minimamente treinado e sem o uso
de equipamento de laboratório.

IMUNO -RÁPIDO HBSAG


A hepatite B é definida como uma inflamação do fígado causada por uma
infecção pelo vírus (HBV), um vírus DNA da família Hepadnaviridae. A infecção
ocorre principalmente através de contato sexual, oral, parenteral e uso comum
de seringas e agulhas.
A hepatite B pode evoluir cronicamente, de forma persistente ou ativa, o que se
demonstra pelos valores laboratoriais, testes de função hepática e histologia
anormais.
O teste rápido em questão é um teste para a determinação qualitativa da
presença de HBsAg em soro, que utiliza uma combinação de anticorpos
monoclonais e policlonais para a detecção seletiva de niveis elevados de
HBsAg.
● Objetivo
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Detectar anticorpos (HIV tipo 1 e 2) presentes em material biológico do paciente
através de teste rápido de imuno ensaio.
Detectar a presença de um complexo antígeno-anticorpo para determinar o
resultado, pois o antígeno de superfície presente na amostra se ligam aos
anticorpos monoclonais. Todo o procedimento deve ser feito com o uso dos EPI
(jaleco, mascara, luvas e touca).

● Metodologia
T ESTE RÁPIDO ONSITE™ HIV 1/2 AB PLUS COMBO
Passo 1: A amostra, teste e solução tampão devem estar em temperatura
ambiente. Após aberto o teste deve ser realizado o mais breve possível, pois a
demora pode influenciar o resultado;
Passo 2: Manter o teste em superfície plana e limpa, após identificar
corretamente;
Passo 3: Encha o tubo capilar com a amostra (cerca de 20 µL) mas não exceda
a linha limite como mostrado nas imagens abaixo. Para melhor precisão,
transferir a amostra usando uma pipeta capaz de fornecer um volume de 20 µL.
Segurando o tubo capilar na vertical, dispensar a amostra inteira no centro da
amostra certificando-se de que não existem bolhas de ar. Imediatamente
adicione 2 gotas (cerca de 60-80 µL) de diluente de amostra no poço da amostra
com o frasco posicionada verticalmente;
Passo 4: Marque o tempo e leia o resultado em 15 minutos;
Um resultado positivo pode ser visível em apenas 1 minuto. Não leia o
resultado após 20 minutos. Para evitar confusão, descarte o dispositivo
após a interpretação do teste.

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Passo 1: A amostra e teste devem estar em temperatura ambiente. Após aberto
o teste deve ser realizado o mais breve possível, pois a demora pode influenciar
o resultado, neste caso não é necessário utilizar solução tampão;
Passo 2: Manter o teste em superfície plana e limpa, após identificar
corretamente;
Passo 3: Dispensar 100 µL da amostra na cavidade da amostra placa-teste;
Passo 4: Fazer a leitura dos resultados entre 10 e 20 minutos;
Não considerar o resultado após 20 minutos.

● Resultado
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1. RESULTADO NEGATIVO: Se apenas a linha C for desenvolvida, o teste indica
que o nível de anti-HIV-1 e anti-HIV-2 na amostra é indetectável. O resultado é
negativo ou não reativo para HIV-1 e negativo ou não-reativo para HIV-2.
2. RESULTADO POSITIVO: 2.1 Se a linha C e a linha de ensaio 1 forem
desenvolvidas, o teste indica que a amostra contém antiHIV-1. O resultado é
HIV-1 positivo ou reativo.
2.2 Se a linha C e a linha de ensaio 2 forem desenvolvidas, o teste indica que a
amostra contém antiHIV-2. O resultado é HIV-2 positivo ou reativo.
2.3 Se a linha C e as duas linhas de teste (1 e 2) forem desenvolvidas, o teste
indica que a amostra contém anti-HIV-1 e anti-HIV-2. O resultado é HIV-1
positivo ou reativo e HIV-2 positivo ou reativo.
3. INVÁLIDO: Se nenhuma linha C é desenvolvida, o ensaio é inválido,
independentemente de qualquer cor na linha de teste.
As amostras com resultados positivos ou reativos devem ser confirmadas
com outros métodos alternativos como ELISA ou PCR e achados clínicos,
antes que um diagnostico seja feito.

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1. RESULTADO POSITIVO: Aparecerão duas bandas coloridas, uma na área
teste (T) e outra na área controle (C).
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2. RESULTADO NEGATIVO: Se apenas a linha C for desenvolvida.
3. RESULTADO INVALIDO: Se não surgir banda na área controle (C), havendo
ou não surgimento da banda na área teste (T). Neste caso a amostra deverá ser
testada novamente com um novo dispositivo.
Qualquer intensidade de cor na área teste (T) deve ser considerada como
positivo.

Os resultados foram: Positivo para HIV tipo 1 e negativo para Hepatite B.


● Conclusão
Conclui-se que a aula proposta atingiu o objetivo e os testes rapidos podem ser
utilizados como forma de triagem inicial, pois apresentam bom desempenho.
Mas para um diagnóstico definitivo devem ser utilizadas provas confirmatórias.

● Questões
CASO CLÍNICO Dois jovens adultos participaram de uma festa com prática
sexual de risco há 45 dias e estão com receio de “ter pego AIDS”. Exercícios: 1-
Vamos utilizar na aula prática os testes rápidos para as hepatites B e para HIV.
Responda:
a) Quais marcadores da infecção serão detectados em cada um dos testes
(consultar bula)?
No caso da hepatite B o antígeno de superfície, e no vírus HIV anticorpos tipo 1
e 2.

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b) os testes rápidos utilizados na aula seguem os critérios de sensibilidade e
especificidade adotados pelo Ministério da Saúde (consultar bula e manuais)?
De acordo com os dados obtidos no teste de hepatite B e do HIV as amostras
foram identificadas corretamente 100% das vezes;
De acordo com o ministério da saude a sensibilidade/especifidade dos testes
rápidos (TR) de hepatite devem ser superiores a 97%.
No caso do HIV a sensibilidade deve ser de 99,5% e especificidade clínica de
99%.
c) Considerando o tempo da possível infecção do paciente (45 dias), está correta
a utilização dos testes rápidos para diagnóstico de cada tipo de infecção
(consultar manuais)?
A janela diagnóstica do HIV utilizando TR pode ser de 1 a 3 meses e da hepatite
aproximadamente 30 dias.
2- Com base nos fluxogramas apresentados nos manuais do Ministério da
saúde, determine o laudo para o seu paciente, apresente os resultados e as
condutas a serem seguidas (consultar manuais)?
Infecção pelo HBV: Resultado reagente no TR, deve ser realizado teste
molecular; Infecção pelo HIV: Resultado reagente no TR, deve ser realizado
teste molecular e teste complementar WB; No caso de amostra não reagente
repetir os testes em determinado período de tempo.
3- Quais são as possíveis falhas na execução dos testes rápidos? (veja manual
técnico para o HIV)
As causas de falhas podem estar relacionadas a diversos fatores, que incluem
desde a baixa qualidade do teste até falhas diretamente geradas pelo
profissional que executa o teste, ou mesmo ao local em que o teste é executado.
As principais causas de falhas na execução dos TR incluem:
› Erro na identificação, transcrição dos dados do paciente ou do resultado do
teste;
› Troca de amostras;
› Erro na execução do procedimento do teste;
› Utilização do volume incorreto de tampão ou amostra;
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› Leitura do resultado do teste no momento incorreto;
› Interpretação incorreta do resultado;
› Dificuldade na interpretação de bandas fracamente reagentes;
› Uso de dispositivos de TR danificados ou fora do prazo de validade;
› Uso do tampão/reagente, pipetas/capilares/alças coletoras de outro conjunto
diagnóstico de testagem rápida;
› Transporte e/ou armazenamento inadequado dos conjuntos diagnósticos.

● Referências
Chang, SY, Bowman, BH, Weiss, JB, Garcia, RE and White, TJ. The origin of
HIV-1 isolate HTLV-IIIB. Nature (1993) 3/363:466-9.
Arya, SK, Beaver, B, Jagodzinski, L, Ensoli, B, Kanki, PJ, Albert, J, Fenyo, EM,
Biberfeld, G, Zagury, JF and Laure, F. New human and simian HIV-related
retroviruses possess functional transactivator (tat) gene. Nature (1987)
328:548-550.
Caetano JA Immunologic aspects of HIV infection. Acta Med Port (1991) 4
Suppl 1:52S-58S.
Janssen, RS, Satten, GA, Stramer, SL, Rawal, BD, O'Brien, TR, Weiblen, BJ,
Hecht, FM, Jack, N, Cleghorn, FR, Kahn, JO, Chesney, MA and Busch MP.
New testing strategy to detect early HIV

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