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ESCOLA SECUNDÁRIA LUÍS JOÃO DIOGO

Trabalho de biologia
Turma: BF

Tema: Vitaminas e Minerais

Discente: Docente:

Stela Donato Florentino Luís Hermenegildo José Chissano

Tete, Junho de 2023


Índice
1. Introdução ................................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos............................................................................................................................. 4

1.1.1. Geral .............................................................................................................................. 4

1.1.2. Específicos ..................................................................................................................... 4

2. Revisão bibliográfica .................................................................................................................. 5

2.1. Sais minerais e vitaminas ..................................................................................................... 5

2.2. Principais sais minerais ........................................................................................................ 5

2.3. Funções e Carências, Fontes ................................................................................................ 5

2.3.1. Macrominerais ............................................................................................................... 5

2.3.2. Microminerais ou elementos traço ................................................................................ 7

2.4. Características dos sais minerais .......................................................................................... 8

3. Conclusão.................................................................................................................................... 9

4. Referências bibliográficas ......................................................................................................... 10

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1. Introdução
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), as vitaminas e minerais
são definidos como compostos essenciais para uma boa alimentação e saúde, uma vez que
auxiliam o desenvolvimento físico e intelectual. Muitas vitaminas e minerais são classificados
como micronutrientes, pois estão presentes no corpo em quantidades muito pequenas, mas são
essenciais para o seu bom funcionamento.

As vitaminas e os minerais são de extrema importância para o organismo humano. As vitaminas


são no nosso corpo que atuam em diversas reações e cascatas do metabolismo. Os minerais são
nutrientes presentes em pequenas e grandes quantidades no organismo e atuam na regulação do
metabolismo. Sua falta ou excesso no organismo podem causar diversas doenças

Os sais minerais são substâncias inorgânicas que desempenham variadas funções nos organismos
de todos os seres vivos. Os sais minerais são nutrientes que apresentam as mais variadas funções
e podem ser observados em seres vivos e também na matéria não viva. Nos seres vivos,
encontram-se dissolvidos em água ou imobilizados. Os dissolvidos em água estão sob a forma de
íons, enquanto os imobilizados são encontrados nas estruturas esqueléticas, sendo pouco
solúveis.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Fazer revisão bibliográfica a cerca dos sais minerais e vitaminas

1.1.2. Específicos
 Conhecer os principais sais minerais;
 Mencionar as fontes, funções e carências dos sais minerais;
 Identificar as características dos sais minerais.

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2. Revisão bibliográfica

2.1. Sais minerais e vitaminas


Os Sais Minerais são substâncias inorgânicas essenciais para o bom funcionamento do corpo,
porém, não são produzidas pelo ser humano. Encontrados em diversos alimentos, a ingestão
desses minerais precisa ser em quantidades adequadas.

Os minerais são nutrientes com função plástica e reguladora do organismo. Eles são tão
importantes quanto às vitaminas e, sem eles, o nosso organismo não realiza, de forma eficaz, as
funções metabólicas.

2.2. Principais sais minerais


Dos 28 minerais existentes, apenas 12 são essenciais e podem ser divididos em dois grupos, de
acordo com a sua necessidade diária:

Macrominerais: são aqueles cuja necessidade diária é maior que 100 mg. Suas funções principais
estão ligadas à estrutura e formação dos ossos, regulação dos fluídos corporais e secreções
digestivas. Ex: cálcio, fósforo, magnésio, cloreto, sódio e potássio.

Microminerais ou elementos traço: são aqueles que possuem necessidade inferior a 100 mg por
dia, como é o caso do ferro, zinco, selênio, cobre, iodo e manganês. As funções destes minerais
estão relacionadas à reações bioquímicas, ao sistema imunológico e ação antioxidante.

2.3. Funções e Carências, Fontes

2.3.1. Macrominerais
Cálcio: é o mineral mais abundante no organismo. Cerca de 99% está presente nos ossos e
dentes, o restante se encontra nos tecidos. Ele atua em equilíbrio com o fósforo e é fundamental
para a manutenção do tecido ósseo. Participa da regulação da pressão arterial, coagulação
sanguínea, contracção muscular, secreção hormonal, transmissão nervosa e, junto com o fósforo,
formam a estrutura de várias enzimas. É um mineral bem distribuído entre alimentos de origem
animal e vegetal, no entanto, o cálcio de fontes vegetais sofre a ação de substâncias como o
oxalato e o fitato que, reduzem sua absorção, sendo o cálcio de fontes animais mais prontamente
disponível.

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Carência: deformação óssea, osteoporose, fraturas, fraqueza muscular.

Fontes: leites e derivados, cereais integrais, castanhas, soja e derivados, vegetais verde-escuros.

Fósforo: assim como o cálcio, é vital para a construção de ossos e dentes fortes. Compõe a
estrutura das células e é importante em muitas reações bioquímicas, como no metabolismo
energético. As quantidades de fósforo e cálcio precisam estar em equilíbrio entre si para que
exerçam suas funções.

Carência: sua carência pode causar fraturas e atrofia muscular.

Fontes: leites e derivados, cereais integrais, leguminosas, carnes, (refrigerantes).

Magnésio: participa na formação dos ossos e dentes, é fundamental na contração e relaxamento


muscular, participa ainda do sistema imunológico, na formação de anticorpos e na ativação de
diversas enzimas.

Carência: fraqueza, hipertensão, aumento da sensibilidade térmica.

Fontes: leites e derivados, castanhas, vegetais verde-escuros, frutas cítricas, chocolate amargo.

Cloreto: importante mineral envolvido no processo digestivo. É necessário para a produção de


suco gástrico e enzimas. Normalmente encontra-se em equilíbrio com o sódio e o potássio.

Carência: desidratação, tonturas e hipotensão arterial.

Fontes: sal de cozinha, alimentos processados, fontes de sódio e de potássio.

Sódio: juntamente com o potássio regula o equilíbrio hídrico do organismo. Influencia a


condução dos impulsos nervosos, contrações musculares e pressão arterial.

Carência: câimbras, desidratação, tonturas e hipotensão arterial.

Fontes: sal de cozinha, alimentos processados, carnes defumadas, etc.

Potássio: associado com o sódio, atua no balanço hídrico do organismo, transporta corrente
eléctrica, atua na transmissão de impulsos nervosos, mantém a frequência cardíaca e pressão
arterial normais.

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Carência: reduz a atividade muscular, inclusive do miocárdio.

Fontes: frutas, verduras, leite e derivados.

2.3.2. Microminerais ou elementos traço


Ferro: é um dos componentes da hemoglobina dos glóbulos vermelhos. É essencial para o
transporte de oxigénio para o corpo. Apesar de suas exigências serem pequenas é muito
importante o consumo de alimentos fonte, lembrando que as mulheres necessitam, em média,
duas vezes mais ferro na dieta do que os homens. É um mineral amplamente distribuído entre
fontes animais e vegetais, mas existem diferenças na disponibilidade de ambos. O ferro de
origem animal, conhecido como ferro-heme, é absorvido de forma mais fácil que o ferro não-
heme. O não-heme depende da presença na dieta da vitamina C para uma melhor absorção.

Carência: quantidade reduzida de oxigénio para os tecidos, anemia, fadiga.

Fontes: carnes, miúdos, gema de ovos, leguminosas e cereais integrais.

Zinco: é vital para o crescimento e desenvolvimento do organismo. Regula o desenvolvimento


sexual, a produção de insulina, o sistema imune e ação antioxidante.

Carência: não é comum em jovens, mas acontece em idosos. Afecta o crescimento normal,
deprime o sistema imunológico, baixa a libido, reduz a produção de esperma, perda do paladar e
do olfacto.

Fontes: carnes, frutos do mar, ovos, leguminosas e castanhas.

Selênio: age em conjunto com a vitamina E como um potente antioxidante, combatendo a


atividade dos radicais livres. Tem ação de proteção contra o câncer e é essencial para a função
normal da tireóide.

Carência: é rara, mas pode contribuir para doenças cardíacas, disfunção da tireóide e depressão
do sistema imune.

Fontes: castanhas, miúdos, frutos do mar e cereais integrais.

Cobre: é necessário para a formação da hemoglobina e de enzimas que participam do


metabolismo do ferro. Possui ainda ação antioxidante.

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Carência: diminui a absorção do ferro pelo organismo.

Fontes: miúdos, frutos do mar, cereais integrais e vegetais verde-escuros.

Iodo: é utilizado na formação dos hormônios da tireóide, necessário na regulação do crescimento


e desenvolvimento do corpo.

Carência: pode resultar em bócio.

Fontes: sal iodado, produtos marinhos.

Manganês: é importante para a produção de algumas enzimas, participa da formação de ossos e


tendões e possui ação antioxidante.

Carência: é extremamente rara.

Excesso: neurotoxicidade

Fontes: Cereais integrais, castanhas e frutas.

2.4. Características dos sais minerais


 Compostos iônicos: íons que se conectam por ligação iônica.
 A maioria dos sais é solúvel em água.
 Alto ponto de fusão e ebulição
 Capazes de conduzir corrente elétrica quando dissolvidos em meio aquoso.
 Aspecto: sólidos, cristalinos, duros e quebradiços
 Propriedades organolépticas: sabor salgado
 São venenosos, com algumas exceções, como o sal de cozinha (NaCl).
 Muitos sais possuem propriedade higroscópica (tendência a absorver água do meio).

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3. Conclusão
Os organismos vivos são incapazes de produzir sais minerais, assim sendo, devem retirar esses
nutrientes de fontes alimentares de origem animal ou vegetal. Apesar de não fornecerem calorias,
a ingestão dessas substâncias é de fundamental importância, uma vez que os minerais atuam,
entre outras funções, na formação de ossos e dentes, condução do impulso nervoso, coagulação,
manutenção do equilíbrio osmótico, transferência de substâncias pelas membranas e no processo
de respiração celular.

A falta de sais minerais no corpo dos seres vivos pode ser fatal, uma vez que altera
significativamente o metabolismo. Assim sendo, uma alimentação saudável torna-se essencial
para a manutenção do equilíbrio do corpo.

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4. Referências bibliográficas
1. AHAD, F; GANIE, S. A. Iodine, iodine metabolism and iodine deficiency disorders
revisited. Indian J Endocrinol Metab, [s.l.], v. 14, n. 1, p. 13–17, jan./mar. 2010.
2. BALUZ, K.; CARMO, M. G. T.; ROSAS, G. O papel do ácido fólico na prevenção e na
terapêutica oncológica: revisão. Revista Brasileira de Cancerologia, [s.l.], v. 48, n. 4, p. 597-
607, nov/dez 2002.
3. BURTIS, C. A.; ASHWOOD, E. R.; BRUNS, D. E. Elementos traços, Fundamentos de
Química Clínica, 6ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda., p. 509-521, 2008, cap. 27.
4. CABRAL, C. M.; GRUEZO, N. D. Ingestão de cálcio e vitamina D e risco de câncer
colorretal: uma revisão bibliográfica. Revista Brasileira de Cancerologia, [s.l.], v. 56, n. 2, p.
259-266, 201
5. CASTRO, L. G. O sistema endocrinológico vitamina D. Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 55, n. 8, p. 566-575, nov. 2011.
6. HILL, I. D. et al. Micronutrient deficiencies and gender: social and economic costs. Am J
Clin Nut, [s.l.], v. 81, p. 1198–1205, 2005.
7. JORDÃO, R. E.; BERNARDI, J. L.; FILHO, A. A. Prevalência de anemia ferropriva no
Brasil: uma revisão sistemática. Rev Paul Pediatr [online], [s.l.], v. 27, n. 1, p. 90-98, 2009.
8. SILVA, D. G.; et al. Anemia ferropriva em crianças de 6 a 12 meses atendidas na rede
pública de saúde do município de Viçosa, Minas Gerais. Revista de Nutrição, Campinas, v.
15, n. 3, p. 301-308, set. 2002.

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