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PROGNÓSTICO, ESTRATIFICAÇÃO E MANEJO DO PACIENTE NO PÓS-INFARTO

FATORES DE RISCO

a) Tamanho do infarto -> quanto maior, pior o prognóstico; utilizar IECA+beta-bloq.


b) Tipo de infarto -> IAM sem supra-ST tem maior chance de recorrência em longo
prazo do que IAM com supra-ST; porém, IAM com supra-ST apresenta pior
prognóstico em curto prazo, associados principalmente com arritmias e ICC.
c) Arritmias malignas -> a maioria dos pacientes que apresenta arritmia maligna,
apresenta pior prognóstico.
1) RISCOS ASSOCIADOS
Idade maior que 65 anos, IAM prévio, localização na parede anterior, angina pós-IAM,
IAM sem supra-ST, complicações mecânicas do IAM, ICC e DM são fatores que
aumentam o risco para re-infarto e morte em até 6 meses.
Isquemia miocárdica recorrente, paciente com múltiplos episódios de dor torácica ou
outro ponto de isquemia além daquele ponto do infarto -> CATE; para paciente sem
complicações, pode-se fazer MIBI.
Função ventricular -> investigar possível miocárdio hibernante e/ou atordoado (MIBI)
Arritmias -> ectopia ventricular discreta (<10/hr), não se associa a pior prognóstico;
ectopia ventricular de incidência maior que 10/hr com boa FEVE deve receber beta-
bloq; paciente com TV ou FV recorrente necessitam de investigação profunda,
otimização agressiva de medicamentos e EEF (ainda que o tergo e o holter 24hrs sejam
muito úteis na terapêutica, o EEF avaliar foco de arritmia e tipo de dispositivo a ser
utilizado, se necessário, CDI ou MP). Dados recentes sugerem que FEVE<35% e TV
indicam uso de CDI. Paciente com FEVE<35% após 1 mês de IAM mesmo com
tratamento ajustado, pode ser candidato a implante de CDI.
No momento, arritmias menos graves ainda não apresentam tratamento indicado em
consenso. Sabe-se que uso profilático de CDI menos de 6 semanas após o IAM não
reduz a mortalidade. Baixa FEVE isolada, sem associação com arritmias, não indica
uso de CDI.
2) TRATAMENTO DOS FATORES DE RISCO
Paciente com isquemia recorrente, arritmia ventricular importante, FEVE<40%, ou
evidência de isquemia importante em exame de stress, necessita de cateterismo.
Controle de HAS, DM, TBG, DLP (tentar manter LDL <70mg/dL) e estilo de vida devem
ser preconizados.
Prevenção secundária -> beta-bloqueadores, AAS (se paciente com stent, AAS com
clopidogrel por 1 ano), IECA (pp para pte com FEVE<45%), espironolactona se
FEVE<40%, estatina; se paciente com trombo apical ou disfunção muito importante do
VE, usar varfarin.
Reabilitação -> melhores resultados com atividades físicas 5x/semana, ,após 9 meses.
Deve-se evitar PA >140x90mmHg
Fatores psicológicos -> 20 a 25% dos pacientes no pós-IAM apresentam sintomas
depressivos; no tratamento, devemos evitar anti-depressivos tricíclicos.

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