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Saúde.
Identificação da tarefa: Tarefa 3. Envio de arquivo.
Pontuação: 15 pontos.
Tarefa 3
INTRODUÇÃO
O tromboembolismo pulmonar (TEP) é a terceira causa de mortalidade cardiovascular
no mundo, atrás apenas de infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular
cerebral (AVC). Sabe-se ainda que a maioria dos episódios de TEP (até 60%) ocorre
durante ou após a hospitalização1.
Implementar programa formal para a profilaxia adequada de TEV em hospitais é
recomendação de inúmeras diretrizes e instituições para garantir a segurança dos
pacientes1, já que o TEV é considerado a principal causa de óbito evitável em ambiente
hospitalar3.
OBJETIVO
DESCRIÇÃO
1 - PROFILAXIA FARMACOLÓGICA: Constitui profilaxia farmacológica aquela
que se utiliza de medicamentos anticoagulantes em dose ajustada para profilaxia. Na
nossa unidade dispomos como medicamentos padronizados com esta finalidade da
heparina de baixo peso molecular (HBPM) enoxaparina, heparina não fracionada (HNF)
e do anticoagulante direto (DOAC) rivaroxabana.
Absolutas:
1. Hipersensibilidade às heparinas;
2. História pregressa de plaquetopenia induzida por heparina;
3. Sangramento ativo – exceto epistaxe leve e sangramento menstrual fisiológico;
4. Alto risco de sangramento maior;
5. Punção lombar nas últimas 04 horas;
6. Punção lombar programada para as próximas 12 horas;
7. Procedimento cirúrgico programado para as próximas 12 horas;
8. Paciente em uso ou para iniciar anticoagulação terapêutica.
Relativas:
1) Contagem de plaquetas menor que 50.000 ou menor que 100.000, quando
associado a outros fatores de risco adicionais;
2) Hipertensão sistólica não controlada: pelo possível aumento de risco de acidente
vascular cerebral hemorrágico (AVCh). Rassalta-se que não há um valor de
pressão sistólica que sirva como um ponto de corte. Para a tomada de decisão,
deve-se levar em consideração a comparação entre os níveis pressóricos atuais e
os que seriam considerados habituais para aquele paciente e/ou se está diante de
uma urgência/emergência hipertensiva. Ademais, deve-se buscar a presença de
fatores de risco adicionais, principalmente a história pregressa de AVCh
hipertensivo;
3) Diáteses hemorrágicas adquiridas (Ex: uremia) ou hereditárias não tratadas (Ex:
hemofiliae doença de von Willebrand).
2 - PROFILAXIA MECÂNICA:
Deambulação precoce
Meias de compressão graduada ou meias antitrombóticas, conforme
disponibilidade;
Dispositivo de compressão pneumática intermitente, conforme disponibilidade.
Absolutas:
1. Fratura exposta;
2. Infecção grave de MMII;
3. Doença arterial periférica suspeita ou comprovada;
4. Enxerto de pele recente;
5. Alergia conhecida ao material de fabricação.
Relativas:
1. Presença de úlceras ou feridas;
2. Neuropatia periférica ou outras causas de deficiência sensorial;
3. Edema de MMII;
4. Deformidade dos MMII, impedindo o ajuste adequado;
Baixo risco de TEV: julgamento clínico e/ou pontuação menor que 4 no escore
PADUA;
Baixo risco de sangramento: julgamento clínico e/ou pontuação menor que 7 no
escore IMPROVE;
Alto risco de TEV: julgamento clínico e/ou pontuação maior ou igual a 4 no
escore PADUA;
Alto risco de sangramento: julgamento clínico e/ou pontuação maior ou igual a 7
no escore IMPROVE.
Idoso
A idade acima de 75 anos é um fator de risco independente para o TEV, devendo receber
dose habitual de antitrombóticos para profilaxia ajustada conforme função renal.
Tratando-se de população com maior risco de sangramento, sugere-se priorizar o uso de
HNF 5.000 UI a cada 8 horas, por ser disponível antagonismo com protamina.
Paciente obeso
Considere o uso de enoxaparina na dose de 40mg a cada 12h para profilaxia de TEV em
pacientes obesos, com IMC acima de 40kg/m2 que não apresente comprometimento
importante da função renal (TFG <30ml/min/1,73m2).
Avalie o peso total do paciente, e não apenas o IMC. Pacientes com estatura baixa e
IMC elevado podem não se beneficiar de doses aumentadas de heparina
Hepatopatas
Além da avaliação habitual de risco de TEV e sangramento*, deve-se avaliar com
cautela a presença de plaquetopenia, alterações do coagulograma, varizes de esôfago e
história pregressa de sangramento.
Considere o uso da profilaxia farmacológica apenas aos pacientes que apresentem
predominância do risco de TEV sobre o risco de sangramento.
4.1 - Pacientes com risco muito baixo TEV (escore de Caprini de 0):
4.2 - Pacientes com risco baixo TEV (escore de Caprini de 1-2 pontos):
Recomenda-se que todos os pacientes sejam estimulados a realizar medidas gerais de
tromboprofilaxia (Ex: deambulação precoce, hidratação adequada) em vez de utilizar
medidas farmacológicas ou mecânicas.
4.3 - Pacientes com risco moderado de TEV (escore de Caprini de 3-4 pontos):
Recomenda-se que todos os pacientes sejam estimulados a realizar medidas gerais de
tromboprofilaxia (Ex: deambulação precoce, hidratação adequada);
Recomenda-se o uso da profilaxia farmacológica a maioria dos pacientes;
Considere o uso da profilaxia mecânica, quando disponível, em pacientes com risco
aumentado de complicações hemorrágicas, até que este risco diminua e se possa iniciar
a profilaxia farmacológica
6 - CIRURGIAS ORTOPÉDICAS
Recomenda-se o uso rotineiro da profilaxia farmacológica;
Posologia da enoxaparina: 40mg SC 24/24h;
Quando indicado, recomenda-se iniciar a profilaxia entre 12 e 24h antes da cirurgia,
com retorno 12h após o procedimento;
Posologia dos anticoagulantes orais diretos: Rivaroxabana: 10 mg/dia
7 - ANTÍDOTOS
Reversão da heparinização:
- Sulfato de Protamina 1 mg: 100 ui HNF, dose máxima 50 mg Protamina;
- Sulfato de Protamina 1 mg: Enoxaparina 1 mg;
- Considerar administração de plasma fresco congelado quando houver evidência ou
suspeita de sangramento maior em curso.
8 - FLUXOGRAMA DE PROFILAXIA TEV NAS UTIS
A abordagem inicial será feita pelo médico da unidade, que identifica o risco de TEV e a
necessidade de tromboprofilaxia.
O médico plantonista prescreve ou contraindica a profilaxia de TEV, justificando em
prontuário.
A reavaliação da manutenção ou mudança no tratamento de profilaxia TEV será
realizada a cada 24 horas.
A indicação da medicação utilizada vai ser realizada conforme os anexos de profilaxia
TEV no paciente clínico e no paciente cirúrgico.
REFERÊNCIAS