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FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR

Reabilitação Cardiovascular III


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REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR III

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NAS DISFUNÇÕES


CARDIOVASCULARES
REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

• Antes do início do programa: estabelecer se o exercício pode representar algum risco


para o paciente;
• Anamnese, exame físico, realização de teste de esforço progressivo máximo para
identificar o desencadeamento de isquemia miocárdica, disfunção ventricular, arritmias
cardíacas e distúrbios da condução atrioventricular;
• A partir desses dados, os pacientes deverão ser estratificados como risco baixo,
moderado ou alto.
• Há pacientes com cardiopatias graves, que permanecem por longo prazo em “fase 2”,
pois continuam requerendo a supervisão direta dos exercícios, enquanto outros, de
baixo risco, desde o início se enquadram em programas fase 3 ou 4;

Obs.: A fase 2 da reabilitação dura por volta de 3 meses.

• Estratificação do risco é uma estratégia que possibilite o uso mais racional dos progra-
mas, com direcionamento individualizado às modalidades de RCV.
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BAIXO RISCO
Baixo risco
1. Sem disfunção significativa do ventrículo esquerdo (fração de ejeção > que 50%)
2. Sem arritmias complexas em repouso ou induzidas pelo exercício
3. Infarto do miocárdio; cirurgia de revascularização miocárdica, angioplastia coronária transluminal per-
cutânea, não complicados
4. Ausência de insuficiência cardíaca congestiva ou sinais/sintomas que indiquem isquemia pós-evento
5. Assintomático, incluindo ausência de angina com o esforço ou no período de recuperação
6. Capacidade funcional igual ou > que 7 METS (em teste ergonométrico incremental)* / TCPE: VO2 pico
> 85% do predito

5m

 Obs.: METS = Equivalente metabólico de tarefa.


- Evento e/ou intervenção cardiovascular com estabilidade clínica, superior
a 6 meses;
- Resposta adequada da pressão arterial ao esforço.

MÉDIO RISCO

Risco moderado
1. Disfunção ventricular esquerda moderada (fração de ejeção entre 40% e 49%)
2. Sinais/sintomas, incluindo angina em níveis moderados de exercício (5 - 6,9 METS) ou no período de
recuperação.

IC: CF I a II / Angina: CF I e II;

 Obs.: Os pacientes que possuem IC: CF I a II ou Angina: CF I e II são, automaticamente,


considerados como pacientes de risco moderado.
- TCPE: VO2 pico de 60 a 85% do predito;
- Ausência de queda de pressão arterial durante o exercício.
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ALTO RISCO
Alto risco
1. Disfunção grave da função do ventrículo esquerdo (fração de ejeção menor que 40%)
2. Sobreviventes de parada cardíaca ou morte súbita
3. Arritmias ventriculares complexas em repouso ou com o exercício
4. Infarto de miocárdio ou cirurgia cardíaca complicadas com choque cardiogênico; Insuficiência cardí-
aca congestiva e/ou sinais/sintomas de isquemia pós-procedimento
5. Hemodinâmica anormal com o exercício (especialmente curva deprimida ou queda da pressão arterial
sistólica, ou incompetência cronotrópica não medicamentosa com o incremento da carga)
6. Capacidade funcional menor a 5 METS* / TCPE: Weber C/D ou VO2 pico < 60% do predito
7. Sintomas e/ou sinais, incluindo angina a baixo nível de exercício (< 5 METS) ou no período de recu-
peração
8. Infradesnível do segmento ST isquêmico durante exercício (maior a 2 Minm)
Considera-se de alto risco a presença de algum dos fatores de risco incluídos nesta categoria

10m
-IC:
CF III a IV / Angina: CF III e IV;
- Redução ou incapacidade do aumento da pressão arterial sistólica durante
o esforço.

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

Pacientes de alto risco, com menor capacidade física e mais sintomáticos, devem partici-
par de sessões supervisionadas por tempo indeterminado, enquanto os de menor risco, com
maior capacidade física e menos sintomáticos precocemente podem realizar, sem supervi-
são direta, exercícios mais intensos e diversificados;
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. (2022/UERJ/Fisioterapeuta)
A reabilitação cardiovascular (RCV) deve proporcionar os mais elevados níveis de apti-
dão física passíveis de obtenção, de modo a reduzir o risco de eventos cardiovascula-
res e a mortalidade de pacientes cardiopatas. De acordo com a estratificação do risco
clínico para casos de RCV, determina-se que pacientes com:
a. sintomatologia exacerbada (insuficiência cardíaca com classe funcional III e IV ou
angina com classe funcional III e IV) devem ser acompanhados regularmente e exclu-
ídos do programa.
b. capacidade funcional < 5 MET ou VO2pico < 60% do predito, e mais sintomáticos,
devem participar de sessões supervisionadas por tempo indeterminado.
c. qualquer sinal de evento cardiovascular, intervenção cardiovascular ou descompen-
sação clínica, devem ser monitorizados e excluídos do programa.
d. capacidade funcional > 7 MET ou VO2pico > 85% do predito devem participar de ses-
sões supervisionadas por tempo indeterminado.

COMENTÁRIO
Os pacientes com sintomatologia exacerbada (insuficiência cardíaca com classe funcional
III e IV ou angina com classe funcional III e IV) devem ser acompanhados regularmente.
Os pacientes com capacidade funcional < 5 MET ou VO2pico < 60% do predito, ou seja,
de alto risco, e mais sintomáticos devem participar de sessões supervisionadas por tempo
indeterminado.
15m
Os pacientes com capacidade funcional > 7 MET ou VO2pico > 85% do predito são consi-
derados de baixo risco e, por essa razão, não necessitam participar de sessões supervisio-
nadas por tempo indeterminado.
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2. (2019/FUVEST/USP/Residência em Fisioterapia)
Lúcio é um paciente que apresenta baixo risco para eventos cardíacos durante a ativi-
dade física de reabilitação cardíaca. As condições que indicam baixo risco são:
a. Presença de angina ou outros sinais e sintomas de isquemia em atividades ≥ 7 METS.
b. Presença de arritmias ventriculares durante atividade física ou recuperação.
c. Pós-infarto agudo do miocárdio, revascularização, angioplastia transcoronariana de
evolução não complicada.
d. Leve a moderada isquemia silenciosa durante teste ergométrico ou recuperação.
e. Presença de angina ou outros sinais e sintomas de isquemia em atividades < 5 METS.

COMENTÁRIO
É importante ressaltar que pacientes de baixo risco não apresentam nenhum sinal de angina
ou arritmia.
O pós-infarto agudo do miocárdio, revascularização ou angioplastia transcoronariana de
evolução não complicada são condições que indicam baixo risco.

3. (2022/FEPESE/Prefeitura de Pinhalzinho/Fisioterapeuta)
De acordo com a Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular publicada em 2020,
quanto às características de capacidade funcional utilizadas na estratificação do risco
clínico dos pacientes em reabilitação cardiovascular ambulatorial, conforme o resultado
do teste ergométrico em MET (equivalente metabólico), qual paciente pode ser consi-
derado de alto risco?
a. < 5 MET
b. 5 a 6 MET
c. 7-8 MET
d. 8-9 MET
e. > 9 MET

COMENTÁRIO
O paciente considerado de alto risco possui capacidade funcional < 5 MET.
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4. (2014/IDECAN/EBSERH/Fisioterapeuta)
Segundo as diretrizes para reabilitação cardíaca da American Association of Cardiovas-
cular and Pulmonary Rehabilitation, revisado e endossado pela American Heart Asso-
ciation, dos fatores de segurança a serem considerados para a preparação e prescrição
do exercício, assinale o INCORRETO.
a. Limiar isquêmico e de angina.
b.Alterações isquêmicas no ECG de repouso.
c. Grau de incapacidade ventricular esquerda.
d. Histórico clínico, estratificação de risco e risco de exercício.
e. Qualquer incapacidade cognitiva ou psicológica que possa resultar em não aderência
aos limites de exercício.

COMENTÁRIO
São fatores de segurança a serem considerados para a preparação e prescrição do exercício:

•Limiar isquêmico e de angina


•Grau de incapacidade ventricular esquerda
•Histórico clínico, estratificação de risco e risco de exercício
20m
•Qualquer incapacidade cognitiva ou psicológica que possa resultar em não aderência aos
limites de exercício.
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RC - FASE 2 – FISIOTERAPIA

Conduta Aeróbico Resistência Outros


Frequência 2 – 5 vezes/semana 2 – 3 vezes/semana
- 6 a 15 exercícios
Tempo 30 – - 1 a 3 séries
60m - 6 a 20 repetições
- intensidade ajus-
Treinamento isométrico,
tada ao quadro clínico e
treinamento da muscula-
estratificação de risco;
tura respiratória e exercí-
- abaixo do limiar
Intensidade moderada: cios de equilíbrio + flexi-
isquêmico;
30 a 60% de 1 RM com bilidade.
Atividades - teste ergonomé-
intervalo de 30 – 60
trico: 60 – 80% da FC
segundos
máxima alcançada no
teste ergonométrico
ou 50 – 70% da FC de
reserva.

5. (2018/UFES/Fisioterapeuta)
Sobre a prescrição de exercícios em um Programa de Reabilitação Cardiovascular fase
II, analise as afirmativas a seguir:
I –Em um indivíduo com frequência cardíaca (FC) máxima igual a 168 bpm e FC de
repouso igual a 78 bpm, a FC de treinamento será 130 bpm se forem utilizados para
treinamento 60% da FC de reserva e se o cálculo for feito utilizando-se a fórmula
de Karvonen.
II –A intensidade do exercício aeróbico deve ser ajustada de acordo com o quadro
clínico, a estratificação de risco e os objetivos do paciente. Se o teste cardiopulmonar
estiver disponível, a frequência cardíaca (FC) de treinamento pode ser a FC observada
nesse teste, até que se atinja o limiar anaeróbico.
III –Se for realizado teste ergométrico sem análise dos gases expirados, pode-se utilizar
para treinamento entre 60 e 80% da frequência cardíaca (FC) máxima alcançada ou
entre 50 e 70% da FC de reserva.
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IV –Além dos exercícios aeróbicos, também devem ser realizados exercícios de forta-
lecimento muscular e exercícios de flexibilidade. Os exercícios de fortalecimento mus-
cular devem ser iniciados com cargas leves, com progressão gradativa e frequência de
três a cinco dias por semana.
É CORRETO o que se afirma em
a. I e II, apenas.
b. II e III, apenas.
c. I, II e III, apenas.
d. II e IV, apenas.
e. I, III e IV, apenas.

COMENTÁRIO
Fórmula de Karvonen
25m
FCT = FC repouso + (FCM - FC repouso) x (0,6)
FCT = 78 + (168 – 78) x 0,6
FCT = 78 + 90 x 0,6
FCT = 78 + 54
FCT= 132 bpm

Além dos exercícios aeróbicos, também devem ser realizados exercícios de fortalecimento
muscular e exercícios de flexibilidade. Os exercícios de fortalecimento muscular devem ser
iniciados com cargas leves, com progressão gradativa e frequência de duas a três vezes
por semana.
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RC - FASES 3 e 4

Conduta Aeróbico Resistência Outros


Frequência 2 – 5 vezes/semana 2 – 3 vezes/semana
1 a 3 series de 8 a 15
Tempo 30 –
repetições
60m
- Intensidade ajus-
Treinamento isométrico
tada ao quadro clínico e
manual, treinamento da
estratificação de risco;
musculatura inspiratória
- Abaixo do limiar Séries submáximas: >
e exercícios de equilíbrio
isquêmico; 60- 70% de 1 RM com
Atividades + flexibilidade.
- Teste ergomé- intervalo de 30 – 60
trico: 70 – 90% da FC segundos
máxima alcançada
ou 50 – 80% da FC de
reserva.

6. (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH/Médico/Cardiologia/Ergometria)
O Teste ergométrico é um exame com extrema utilidade na reabilitação cardiovascular.
Sobre a prescrição do exercício aeróbico, tendo como base o teste ergométrico, assi-
nale a alternativa correta.
a. Mesmo nos pacientes assintomáticos, a frequência cardíaca de treinamento não pode
ultrapassar 60% da frequência cardíaca de reserva.
b. A frequência cardíaca de treinamento deve estar entre 70% a 90% da frequência
máxima atingida no teste ergométrico.
c. Deve-se ultrapassar o segundo limiar alcançado no teste cardiopulmonar.
d. Por meio do teste ergométrico, obtém-se com certa precisão o primeiro e o segundo
limiar anaeróbico.
e. O ecocardiograma de stress farmacológico é preferível ao teste ergométrico para
prescrição do exercício para reabilitação cardíaca.
30m

COMENTÁRIO
Nos programas de reabilitação das fases 2, 3 e 4, a frequência cardíaca de treinamento
pode chegar até 90% da frequência cardíaca de reserva.
ANOTAÇÕES

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O limiar anaeróbico não deve ser ultrapassado.


Por meio do teste cardiopulmonar, obtém-se com certa precisão o primeiro e o segundo
limiar anaeróbico.
O teste ergométrico ou ergoespirométrico são preferíveis para prescrição do exercício para
reabilitação cardíaca.

7. (2017/UPA/Prefeitura de Barbalha/CE/Fisioterapeuta)
Considerando a Diretriz de reabilitação cardiopulmonar e metabólica, assinale a alter-
nativa que preenche adequadamente as lacunas.
I – __________ atividades não necessariamente supervisionadas e adaptadas à dispo-
nibilidade de tempo do paciente. Os principais objetivos são o aumento e a manutenção
da aptidão física.
II – __________ destinada a pacientes liberados da fase anterior. O principal objetivo é
o aprimoramento da condição física, além de redução do risco de complicações clínicas.
III – __________ pode ser realizada em um complexo hospitalar, com auxílio de equipe
multiprofissional. Programa de exercício individualizado, com monitoração de parâme-
tros cardiorrespiratórios.
IV – __________ aplica-se ao paciente internado, seja por intervenção cirúrgica, seja
por descompensação clínica. Caracterizada por exercícios de baixa intensidade e inter-
venção educacional sobre os fatores de risco cardiovasculares.
a. I Fase 4 / II Fase 3/ III Fase 2/ IV Fase 1.
b. I Fase 1 / II Fase 2/ III Fase 3/ IV Fase 4.
c. I Fase 3 / II Fase 1/ III Fase 4/ IV Fase 2.
d. I Fase 3 / II Fase 1/ III Fase 4/ IV Fase 2

COMENTÁRIO
A fase I aplica-se ao paciente internado, seja por intervenção cirúrgica, seja por descom-
pensação clínica. Caracterizada por exercícios de baixa intensidade e intervenção educa-
cional sobre os fatores de risco cardiovasculares.
A fase II pode ser realizada em um complexo hospitalar, com auxílio de equipe multiprofis-
sional. Programa de exercício individualizado, com monitoração de parâmetros cardiorres-
piratórios.
ANOTAÇÕES

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A fase III é destinada a pacientes liberados da fase anterior. O principal objetivo é o aprimo-
ramento da condição física, além de redução do risco de complicações clínicas.
35m
A fase IV corresponde a atividades não necessariamente supervisionadas e adaptadas à
disponibilidade de tempo do paciente. Os principais objetivos são o aumento e a manuten-
ção da aptidão física.

GABARITO
1. b
2. c
3. a
4. b
5. b
6. b
7. a

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pela professora Geiza Rabelo.
ANOTAÇÕES

A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo


ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva
deste material.

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