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O objetivo da avaliação pré-operatória no idoso é liberar para cirurgia, administrar e minimizar risco, realizar
compensação prévia rápida e diminuir o tempo de internação e complicações.
A avaliação pré-operatória tradicional é composta por história, exame físico, avaliação e otimização de condições
clínicas, avaliação de risco global (ASA), avaliação de risco cardiopulmonar, avaliação de risco de TEV e manejo de
anticoagulantes e conciliação de medicamentos. A avaliação geriátrica pré-operatória contém toda a avaliação pré-
operatória tradicional, mais a avaliação dos objetivos e expectativas do paciente sobre a cirurgia, avaliação da cognição
e capacidade de consentir com o procedimento, rastreamento para depressão, adição e abuso, avaliação e suporte
nutricional, avaliação do estado funcional e quedas, avaliação da fragilidade, avaliação do risco para delirium no pós-
operatório, manejo de medicamentos (Beers – inapropriados para idosos), avaliação do suporte social e familiar e
diretivas avançadas e tomada de decisões de fim de vida. Idealmente, em um contexto multidisciplinar (cirurgião,
anestesista, fisioterapeuta, assistente social, geriatra, etc.)
O uso da avaliação geriátrica no perioperatório reduz complicações pós-operatória (11,8%), diminui o tempo de
internação (em 4 dias) e reduz o cancelamento das cirurgias para 10%.
Obs.: a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) é útil na identificação de idosos em alto risco de complicações em cenário
de preparação cirúrgica e como instrumento para estimar a morbidade e a mortalidade de diversas condições
crônicas em diferentes cenários. A Preoperative Assessment of Cancer in the Elderly (PACE) é uma bateria de que
auxilia na tomada de decisão para pacientes frente a indicação cirúrgica, minimizando a tendência pouco embasada a
não prosseguir o tratamento cirúrgico em determinados casos. Ela é capaz de identificar aspectos relacionados a maior
risco de complicações pós-cirúrgicas e tempo de internação prolongado.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL, DE MOBILIDADE E DE FRAGILIDADE
Prejuízo de funcionalidade desde o pré-operatório implica maior risco cirúrgico e indícios de piores resultados. Além
disso, é fator de risco para delirium pós-operatório, infecção de sítio cirúrgico, complicações cardíacas e morte.
Na avaliação funcional do idoso, leva-se em consideração as escalas de atividade básicas e instrumentais de vida
diária que permitem a avaliação e a quantificação do grau de independência e de autonomia do idosos. As escalas
de equivalente metabólico possibilitam quantificar a capacidade aeróbica do indivíduo e do seu grau de
condicionamento físico.
Índice de capacidade funcional de Duke
Equivalente metabólico (EM) Tipo de atividade
Excelente (> 7 METs) Pratica esportes (ex.: futebol, natação, tênis, corridas)
Moderado (4-7 METs) Caminhas rápidas, corridas de curta distância
Ruim (1-4 METs) Pouca atividade, caminhadas curtas, atividades diárias (ex.: cuidar de si mesmo, vestir-se)
<1 MET Acamado
Desconhecido -
Obs.: 1 MET = consumo de O2 de 3,5 ml/kg/min em indivíduo de 70kg em repouso
O histórico de quedas deve ser pesquisado ativamente, podendo-se usar o Timed Up and Go Test (TUGT) para
avaliação da mobilidade.
A síndrome de fragilidade (SF) é usualmente encontrada no contexto cirúrgico e se associa, de forma independente,
a maior risco de complicações no pós-operatório, prolongamento no tempo de internação e maior probabilidade de
institucionalização após alta hospitalar. Por conta disso, recomenda-se avaliação e pesquisa de SF no pré-operatório
de idosos. Seu reconhecimento no contexto cirúrgico permite o início de medidas de recuperação e preventivas e a
antecipação em relação a possíveis complicações.
TBL UC XVII
As escalas de risco cirúrgico da American Society of Anesthesiology (ASA), ainda muito utilizada, leva em consideração
o risco de mortalidade geral de acordo com a idade e o status de doença sistêmica associada. Os pacientes são
enquadrados nas classes I a VI.
American Society of Anesthesiology (ASA)
Classe Descrição Exemplos
Saudável, não tabagista, consumidor mínimo de álcool ( < etilismo
I Indivíduo saudável <70 anos
social)
Doenças leves, sem limitação funcional significativa. Tabagismo ativo,
Doença sistêmica leve (sem limitação
II etilismo social, gravidez, obesidade (30 < IMC <40), DM ou HAS bem-
funcional ou > 70 anos)
controladas, doença pulmonar leve
Limitação funcional significativa; uma ou mais doenças moderadas a
graves. DM ou HAS mal controladas, DPOC, obesidade mórbida (IMC
Doença sistêmica grave (limitação
III ≥40), hepatite em atividade, dependência ou abuso de álcool, marca-
funcional definida)
passo, redução moderada da FE, DRCd com diálises regulares, >3 meses
de evento cardiovascular (AVE, AIT, IAM, DAC, angioplastia/stent)
≤3 meses de evento cardiovascular (AVE, AIT, IAM, DAC,
Doença sistêmica incapacitante,
IV angioplastia/stent, angina ou disfunção valvar aguda, redução grave da
constituindo ameaça constante à vida
FE, sepse, CIVD, SDRA ou DRCd sem di
Aneurisma roto abdominal/torácico, politrauma, sangramento
Moribundo (não deve sobreviver 24h
V intracraniano com efeito de massa, isquemia mesentérica com patologia
com ou sem a cirurgia)
cardíaca significativa ou disfunção múltipla de órgãos/sistemas
VI Doador de órgão -
Obs.: os pacientes das classes III e IV apresentam alta mortalidade em qualquer idade, sendo mais alta nos de classe
IV e nos extremos de idade, como crianças <1 ano e indivíduos > 70 anos, chegando a mais de 40%.
RISCO NUTRICIONAL
Decisões acerca de suporte nutricional no contexto geriátrico ainda são tomadas frequentemente com base em
especulações e informações não comprovadas, deixando-se de lado instrumentos testados e eficazes para a tomada
de decisão em relação ao suporte mais adequado.
A Mini Nutricional Assessment (MNA) é uma das escalas mais usadas para triagem do risco nutricional na avaliação
pré-operatória do idoso. É composta por 18 itens (medidas antropométricas, avaliação global, questionário dietético
e avaliação subjetiva). O escore máximo é de 30, com valores menores representando um maior risco nutricional. De
acordo com o resultado, o paciente pode ser classificado como bem nutrido (25-30), risco nutricional (17-24) e
desnutrido (< 17).
A suplementação proteica pode ser benéfica, levando à diminuição da mortalidade em idosos hospitalizados,
particularmente portadores de fragilidade que já se apresentam na admissão com sinais de risco nutricional elevado.
Contudo, independentemente de suporte nutricional perioperatório agressivo, é particularmente difícil atenuar o
estado catabólico associado ao estresse cirúrgico no idoso.
Obs.: em casos de perda de peso e desnutrição grave, deve-se solicitar a avaliação compartilhada da Nutrologia. Os
pacientes com perda de peso e doença oncológica podem se beneficiar de suplementação nutricional e dieta
imunomoduladora, especialmente se iniciadas 7 dias antes da cirurgia.
TBL UC XVII
RISCO CARDÍACO
Os eventos cardiovasculares correspondem a cerca de 1/3 dos óbitos no perioperatório. Atualmente, o fluxograma
proposto pela American College of Cardiology (ACC) é um dos mais utilizados.
Betabloqueadores: os pacientes que já usam de forma crônica devem manter o uso na dose habitual no
perioperatório. A suspensão abrupta pode gerar um efeito rebote (aumento da PA). O BB leva a bradicardia, sendo
interessante seu uso em situações específicas, como em caso de isquêmica miocárdica prévia, pois ele se torna um
fator protetor do coração. Contraindicações para uso de betabloqueador no perioperatório são bradicardia prévia
(FC <60bpm); BA; estenose aórtica moderada e grave; ICC descompensada; DPOC descompensada ou antecedentes
de descompensação frequente.
Estatinas: usuários crônicos devem manter uso durante o perioperatório. O início do uso no perioperatório nas
cirurgias vasculares pode ser considerado, preferencialmente, pelo menos 2 semanas antes do procedimento.
Pacientes com indicação clínica, mas ainda sem uso, que serão submetidos a procedimentos de alto risco, podem
iniciar o tratamento om estatina.
TBL UC XVII
IECA e BRA: podem ser continuados no perioperatório e, se suspensos no pré-operatório, devem ser reiniciados logo
que possível.
Bloqueadores dos canais de cálcio: citados apenas pela diretriz europeia, considerando-se o uso de BCC apenas em
casos de angina vasoespástica já em uso e para controle de FC em intolerantes a BB e sem disfunção sistólica.
RISCO RENAL
Fatores de risco para LRA pós-operatória: cirurgia intraperitoneal, IR leve (Cr 1,2 a 1,9) ou moderada (Cr≥2), ascite,
ICC, cirurgia de emergência, idade ≥ 56 anos, sexo masculino, hipertensão e DM.
Orientações para redução do risco renal: evitar uso de medicações nefrotóxicas (AINEs, aminoglicosídeos e contrastes
iodados), manter hidratação venosa adequada em caso de jejum ou baixa ingestão oral, sugerir acompanhamento
com a Nefrologia no pós-operatório de pacientes de alto risco (em razão da possibilidade de terapia de substituição
renal).
RISCO DE DELLIRIUM
O rastreio do dellirium pós-cirúrgico pode ser feito com o Confusion Assessment Method (CAM).
Os fatores de risco para dellirium no pós-operatório são doenças cognitivas e comportamentais (demência ou
comprometimento cognitivo, controle inadequado de dor, depressão, abuso de álcool, privação de sono),
comorbidades (doença grave, insuficiência renal, anemia, hipoxemia), metabólicos (desidratação, desnutrição,
distúrbios hidroeletrolíticos), funcionalidade (baixa funcionalidade, imobilização, deficit auditivo e/ou visual) e outros,
como idade >70 anos, polifarmácia, medicações psicotrópicas (benzodiazepínicos, anticolinérgicos, anti-histamínicos),
risco de retenção urinária ou constipação, uso de sonda vesical de demora e ausência de acompanhante.
Para os casos de agitação e hiperatividade com risco potencial para o paciente e para outros, adm haloperidol - iniciar
0,5 a 1mg EV/IM/SC/VO. Reavaliar após 15 – 60min e dobrar a dose caso necessário. Para uso de horário, a dose inicial
é de 1 a 3 vezes ao dia. Alternativas são risperidona, olanzapina ou quetiapina. Há risco de aumento do intervalo QT
com dose >35mg/dia ou via endovenosa. Obs.: antipsicóticos NÃO diminuem a duração, nem a gravidade do delirium.
RISCO PULMONAR
O risco de complicações pulmonares pós-operatórias em pacientes com DPOC grave é cerca de 4 a 6 vezes maior,
parecendo estar mais relacionada com o tipo de cirurgia e ao tempo cirúrgico do que com a idade do paciente. Se
descompensados, todos devem ser tratados agressivamente para que se encontrem no ato cirúrgico em seu melhor
estado. As principais complicações pulmonares são atelectasias, broncoespasmo, infecções (pneumonia), ventilação
mecânica prolongada e insuficiência respiratória. Obs.: o uso de ATB deve ser criteriosa, pois se indiscriminada, não
reduz o risco de pneumonia no pós-operatório.
TBL UC XVII
Portadores de doença pulmonar: asmáticos bem controlados não apresentam risco elevado de complicações
pulmonares no pós-operatório. Não há nível de função pulmonar abaixo do qual uma cirurgia estaria absolutamente
contraindicada, exceto quando de grandes ressecções pulmonar.
Tabagismo: está associado a maior incidência de complicações pulmonares pós-operatórias (cerca de 4x mais
frequente nos pacientes fumantes em relação aos que interromperam o uso do tabaco pouco tempo antes da cirurgia),
mesmo sem doença pulmonar associada. Pacientes que interromperam tabagismo por mais de 6 meses antes do
procedimento, apresentam o mesmo risco daqueles que nunca fumaram.
A escala de Canet é muito utilizada para estimar o risco em cirurgias cardíacas. Atribui pontos a cada fator de risco
presente, como idade (≤50, 51 a 80 ou >80), SatO₂ pré-operatória (≥96, 91 a 95, < 90, infecção respiratória no último
mês ou anemia pré-operatória), incisão cirúrgica (periférica, abdominal alta ou intratorácica), duração da cirurgia (≤2h,
2 a 3h ou >3h) e cirurgia de emergência. Sendo que, < 26 pontos – risco baixo (complicação 1,6%); 26 a 44 pontos –
risco intermediário (complicações 13,3%); ≥45 pontos – risco alto (42,1%).
Orientações perioperatórias: cessar tabagismo pelo menos 8 semanas antes (o uso do tabaco está associado a maior
incidência de complicações pulmonares pós-operatórias), otimizar terapêutica da DPOC descompensada (ipratrópio,
tiotrópio, broncodilatdores, corticoides, xantinas e ATB), asma (uso de broncodilatadores e corticoides), fisioterapia
respiratória com exercícios de respiração profunda e evitar procedimentos com >3h, uso de bloqueadores
neuromusculares de longa duração e anestesia geral.
RISCO DE TVP/TEP
Os fatores de risco para TVP/TEP são divididos em baixo (≥ 40 anos, tabagismo, obesidade, estrógenos ou ACO,
gravidez e puerpério, síndrome nefrótica, doença autoimune, IAM não complicado, diabetes, infecções, cirurgia de
grande porte < 6m e cirurgia ≤ 60 min), moderado (≥ 60 anos, neoplasia, imobilização, trombofilia, policitemia,
antecedentes de TVP/TEP, IAM complicado, AVCi, edema/varizes/úlcera e estase de MMII, ICC, antecedentes
familiares de TVP/TEP, queimaduras extensas, anticorpo antifosfolípese e cirurgia > 60 min) e alto (cirurgia de quadril,
joelhos, próteses, fraturas de osso longo ou múltiplas e politrauma).
Os cuidados/profilaxia podem ser por meio de medidas não farmacológicas (movimentação ativa de MMII,
deambulação precoce, meias elásticas e compressão pneumática intermitente) ou farmacológicas (enoxaparina,
nadroparina, dalteparina ou heparina).
Obs.: anticoagulantes orais, como varfarina (Marevan, Coumadin) são usados em fibrilação atrial, TVP e TEP. Pacientes
em uso de antiagregantes plaquetários (AAS, dipiridamol, ticlopidina e clopidogrel) devem suspender os
medicamentos 7 antes da cirurgia, manter enoxaparina SC 1mg/kg 12/12h, suspender 12h antes e dosar INR.
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EXAMES COMPLEMENTARES
O restante das solicitações deve ser feito de forma individualizada, com base na histórica clínica, no exame físico, nas
comorbidades e no tipo de procedimento a ser realizado.
Avaliação pulmonar: rx de tórax, gasometria arterial ou espirometria, não devem ser solicitados rotineiramente, tendo
em vista que, na maioria dos casos, seus resultados têm baixo potencial de modificação do manejo do paciente.
Ecocardiograma: pode ser solicitado na vigência de dispneia de origem incerta, para avaliação da função do VE,
cirurgias de alto risco, bem como na IC com exacerbação dos sintomas em contexto pré-operatório. Pode-se considera-
lo na disfunção de VE conhecida, sem avaliação no último ano antes da cirurgia, segundo especialistas.
Teste de estresse para a avaliação de isquemia miocárdica: é recomendado nos pacientes com CF < 4 METs ou não
mensurável, e com alto risco para eventos cardíacos (índices de alto risco), somente em casos em que o resultado
passa a modificar a programação inicial (suspensão do procedimento ou encaminhamento para revascularização
miocárdica).
RECOMENDAÇÕES DE EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS EM IDOSOS
Exame Orientação
Todos os idosos, especialmente os portadores de doença hepática, múltiplas
Albumina comorbidades, doença grave recente, com risco de má nutrição e para os que
serão submetidos a cirurgias de maior porte
Todos os idosos, especialmente os submetidos a cirurgia com previsão de perda
Hemoglobina sanguínea significativa ou com necessidade de transfusão, com diagnostico ou
suspeita de anemia
Todos os idosos, especialmente em DM, HAS, doença cardiovascular, usuários de
Função renal
fármacos que afetam a função renal (IECA/AINEs) e em cirurgias de maior porte.
Doença cardiopulmonar – tabagismo, asma e DPOC
> 70 anos com história de doença cardiopulmonar sem Rx nos últimos 6 meses
Radiografia de tórax
Possibilidade de internação em UTI (Rx x basal)
Cirurgias de maior porte
Pacientes submetidos a cirurgias de risco intermediário ou cirurgia vascular
Doença cardíaca isquêmica conhecida, arritmas cardíacas, doença vascular
ECG
periférica, doença cerebrovascular, IC conhecida ou presumida, DM, insuficiência
renal e doença respiratória
Cirurgia de ressecção pulmonar
Teste da função pulmonar Dispneia ou intolerância ao exercício mal caracterizada e sem diagnostico definido
Doença pulmonar obstrutiva com otimização pré-operatória duvidosa
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QUESTÕES DA PROVA
1) Em relação à s orientações para a redução do risco renal perioperató rio, analise as afirmações a seguir:
2) Com relação à Escala do risco cirú rgico da American Society of Anesthesiology (ASA), marque a alternativa
correta:
a) Ainda é muito utilizada e leva em consideração o risco de mortalidade geral de acordo com a idade e o status
de doença sistê mica associada
b) Os pacientes são enquadrados nas classes I a VI, sendo classe I o indivi ́duo saudável <70 anos e classe IV o
indivi ́duo com doença sistê mica incapacitante, constituindo ameaça constante à vida
c) Os pacientes das classes III e IV apresentam alta mortalidade em qualquer idade, sendo mais alta nos de classe
IV e nos extremos de idade, como crianças <1 ano e indivi ́duos >70 anos, chegando a mais de 40%
d) Todas estã o corretas
3) Os eventos cardiovasculares correspondem a cerca de 1/3 dos ó bitos no perioperató rio; por isso, foi necessário
́ desse risco. Atualmente, o fluxograma proposto pelo American College
desenvolver escalas para avaliação especica
of Cardiology (ACC) é um dos mais utilizados, incluindo os pacientes geriátricos. Nã o sendo uma cirurgia de
emergência, a pergunta seguinte nesse fluuxograma é se o paciente apresenta alguma cardiopatia descompensada.
Todas as abaixo se enquadram como tal, exceto:
a) Deve ter sua dose aumentada para potencializar a prevenção em relação a novos eventos coronarianos.
b) Deve ser suspenso, tendo em vista estudos que mostraram aumento no risco de AVC em pacientes submetidos
à cirurgia em uso de betabloqueadores.
c) Deve ser trocado pelo metoprolol, ú nico betabloqueador autorizado para uso no pré e perioperatório.
d) Deve ser mantido na dose habitual usada pelo paciente.
5) Quais as principais indicações para a realização da espirometria, na avaliação pré-operató ria, de acordo com as
recomendações internacionais (American College of Physicians)? Marque a alternativa incorreta:
a) Suspeita de doença pulmonar (dispneia de causa incerta)
b) Revascularização miocárdica com história de tabagismo importante
c) Em todos os idosos com mais de 70 anos
d) Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crô nica (DPOC)
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7) No algoritmo (fluxograma) da avaliação do risco cardiovascular proposto pela American College of Cardiology
(ACC), se a operação não for de emergência, a segunda pergunta é se o paciente apresenta alguma cardiopatia
descompensada. Se houver, esta deve ser compensada antes da cirurgia eletiva. Correlacione:
I. Arritmias graves.
II. Insuficiência cardíaca grave.
III. Valvopatia grave.
IV. Insuficiência coronariana aguda.
A - Bloqueio atrioventricular de segundo grau Mobitz II ou de terceiro grau; bradicardia sintomática; taquicardia
supraventricular com FC não controlada: > 100 bpm no repouso; taquicardia ventricular.
B - Angina instável: classe III ou IV; infarto recente < 30 dias.
C - Início recente; classe funcional IV (dispneia, palpitações e fadiga aos mínimos esforços ou mesmo em repouso);
piora de classe funcional.
D - Estenose aórtica grave: gradiente médio > 40 mmHg, área valvar < 1 cm2 ou sintomática; estenose mitral
sintomática: dispneia progressiva aos esforços, pré-síncope aos esforços.
a) O risco de complicações pulmonares pós-operatórias em pacientes com DPOC grave é de 2 vezes maior.
b) Todos os indivíduos portadores de DPOC devem ser tratados agressivamente se estiverem descompensamos
para que se encontrem no ato cirúrgico em seu melhor estado possível.
c) Entre os principais preditores de maior risco pulmonar relacionados à natureza do procedimento cirúrgico, estão
a cirugia abdominal baixa e a duração da cirurgia > 1 hora.
d) Estudos recentes evidenciaram que pacientes com asma bem controlada apresentam risco elevado de
complicações pulmonares no pós-operatório.