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CARDIOPATAS DE ALTO RISCO PARA EXERCÍCIOS

NÃO SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À


REABILITAÇÃO – O QUE FAZER?
QUEM PODE FAZER EXERCÍCIOS SEM SUPERVISÃO?

Professor Elisiário Júnior


SEM CONFLITO DE INTERESSES
CARDIOPATAS DE ALTO RISCO PARA EXERCÍCIOS NÃO
SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À REABILITAÇÃO

• Reabilitação Cardiovascular- é um ramo de atuação da


cardiologia que, implementada por uma equipe multiprofissional,
permite a restituição ao individuo, de uma satisfatória condição
clínica, física, psicológica e laborativa.
CARDIOPATAS DE ALTO RISCO PARA EXERCÍCIOS NÃO
SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À REABILITAÇÃO
• As indicações do treinamento físico incluem :
• - individuos aparentemente sadios
• - portadores de fatores de risco de doença coronária
aterosclerótica
• - individuos com TE anormal e/ou cinecoronariografia anormal
• - portadores de DAC : isquemia silenciosa; angina estável; pós-
IAM; pós- RM ; pós-ATC; valvopatias;
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SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À REABILITAÇÃO

• - portadores de cardiopatias congênitas;


• - cardiopatias hipertensivas;
• - cardiomiopatia dilatada;
• - pós- transplante cardíaco;
• - portadores de marcapasso cardíaco;
CARDIOPATAS DE ALTO RISCO PARA EXERCÍCIOS NÃO
SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À REABILITAÇÃO

• Classificação de risco para atividade física


• - Classe A
• - Classe B
• - Classe C
• - Classe D
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SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À REABILITAÇÃO

• Classificação de risco
• Classe A
• - Constituída de indivíduos sem risco para exercícios de média
intensidade. Compreende os indivíduos aparentemente sadios :
• 1- < 40 anos, assintomáticos, que não evidenciem cardiopatia e
dois ou mais fatores de risco coronário;
• 2- de qualquer idade, com TE negativo ou normal, que não
apresentem cardiopatia ou fatores de risco coronário.
CARDIOPATAS DE ALTO RISCO PARA EXERCÍCIOS NÃO
SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À REABILITAÇÃO

• Classificação de risco
• - Classe B
• - Formada por individuos de baixo risco para exercícios de média
intensidade. Compreende pacientes :
• 1- Cardiopatas de evolução estável e/ou TE normal ( ICC tipo I ou II da
NYHA );
• 2- Ausência de ICC;
• 3- FE > 50 %;
• 4- CAT com lesões uni ou bi-arteriais;
• 5- Ausência de antecedentes pessoais de PCR;
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• Classificação de risco :
• - Classe C
• - Composta de indivíduos de moderado a alto risco. Compreende :
• 1- Portadores de ICC CF III ou IV da NYHA
• 2- Portadores de arritmia ventricular complexa
• 3- FE entre 30 a 50 %
• 4- CAT com lesões tri-arteriais
• 5- Antecedentes pessoais de PCR e de 2 ou mais IAM´s
• 6- Capacidade insatisfatória de monitorização
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• Classificação de risco
• Classe D
• - composta por indivíduos de muito alto risco, proibitivos ao exercício.
Compreende :
• 1- Cardiopatias de evolução instável e restrição da atividade física;
• 2- ICC descompensada
• 3- Angina instável e / ou de repouso;
• 4- Estenose aórtica grave;
• 5- CAT : lesão de TCE ou equivalente, não-tratada.
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• Benefícios do treinamento físico :


• 1- Redução da mortalidade entre 20 a 35 %;
• 2- Redução de complicações do IAM entre 10 a 15 % em alguns
trabalhos;
• 3- Redução da incidência de MS;
• 4- Redução da síndrome depressiva pós- evento
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• Riscos do treinamento físico :


• - O exercício físico é uma forma segura de intervenção médica
• - O exercício de alta intensidade é fator desencadeante de IAM
e MS, principalmente em indivíduos sedentários
• - São fatores predisponentes : Idade e presença de cardiopatia.
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SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À REABILITAÇÃO

• Riscos do treinamento físico :


• As causas mais frequentes de PCR em indivíduos
aparentemente sadios foram :
• 1- DAC ( > 35 anos )
• 2- Anomalias coronárias congênitas
• 3- Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva ( mais jovens )
• 4- Síndromes eletrogenéticas
CARDIOPATAS DE ALTO RISCO PARA EXERCÍCIOS NÃO
SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À REABILITAÇÃO

• Treinamento físico não supervisionado por médicos


• - Fatores econômicos e localização geográficas podem ser
fatores limitantes
• - Imprescindível a presença do educador físico
• - A seleção deve ser rigorosa
• - Eventual intercorrência tem uma difícil recuperação
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SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À REABILITAÇÃO

• Contra indicações para atividade física :

• - capacidade funcional máxima < 18 ml /kg/min


• - aparecimento de angina ou equivalente anginoso
• - IAM extenso com FE < 35 %
• - resposta hemodinâmica alterada ao TE
• - queda da PAS ao exercício
• - arritmia ventricular complexa
• - obesidade importante
• - HAS refratária
• - DM descompensado
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SUPERVISIONADOS E SEM ACESSO À REABILITAÇÃO

• Ficam liberados para treinamento não supervisionado por


médicos os seguintes indivíduos :
• 1- DAC estável após seis meses de treinamento sem
intercorrência clínica
• 2- com conhecimento do treinamento aeróbico
• 3- com temperamento e motivação sugerindo alta probabilidade
de aderência ao exercício
EXERCÍCIOS NÃO SUPERVISIONADOS E SEM
ACESSO À REABILITAÇÃO

• Fases da reabilitação cardiovascular :


• Fase I – RCV durante a fase aguda do evento cardíaco
• Fase II - ocorre entre a 6 e 8 semana pós- evento- constitui a
fase de convalescência
• Fase III – RCV em fase crônica – após o 3 mês
• Fase IV- integração em grupos de RCV não supervisionados
EXERCÍCIOS NÃO SUPERVISIONADOS E SEM
ACESSO À REABILITAÇÃO

• Pacientes submetidos à revascularização do miocárdio, pós-


ATC
• 1- Adequar os exercícios iniciais às condições de cicatrização
cirúrgica do tórax e dos membros inferiores
• 2- Modificações significativas do ECG ou surgimento de sinais
clínicos devem ser prontamente reavaliados
• 3- Após 1 ano de exercício supervisionado, com TE normal ,
ECO normal e ausência de sinais clínicos de isquemia podem
ser liberados para exercício não supervisionado.
EXERCÍCIOS NÃO SUPERVISIONADOS E SEM
ACESSO À REABILITAÇÃO

• Cardiopatas isquêmicos :
• 1- Grupo B – controle clínico, TE e avaliação laboratorial
inicialmente no 6 mês e a seguir, a cada 12 meses
• 2- Grupo C- supervisão médica constante, com TE a cada 3 ou
6 meses no início e 6 a 12 meses na evolução do programa
• 3- Grupo A- somente este grupo deve ser liberado para prática
de atividade desportiva
EXERCÍCIOS NÃO SUPERVISIONADOS E SEM
ACESSO À REABILITAÇÃO

• RCV e ICC
• 1- prescrição individualizada com base no TE convencional com
supervisão direta dos pacientes de alto risco
• 2- a intensidade do exercício deve situar-se entre 51 a 60 % da
FC máxima atingida
• 3- períodos de aquecimento e desaquecimento mais prolongados
• 4- promove melhora progressiva da tolerância ao esforço
• 5- aumento do limiar anaeróbico
• 6- redução da FC em repouso e esforço submáximo
EXERCÍCIOS NÃO SUPERVISIONADOS E SEM
ACESSO À REABILITAÇÃO

• RCV e Valvopatias

• RCV em Valvopatia mitral – estenose e insuficiência mitral


• RCV em Valvopatia aórtica- estenose e insuficiência aórtica
• RCV em PVM
EXERCÍCIOS NÃO SUPERVISIONADOS E SEM
ACESSO À REABILITAÇÃO

• RCV e Diabetes Mellitus

• 1- melhora o metabolismo da glicose


• 2- melhora a resistência á insulina
• 3- diminui a progressão da doença aterosclerótica
EXERCÍCIOS NÃO SUPERVISIONADOS E SEM
ACESSO À REABILITAÇÃO

• CONCLUSÃO :
• 1- Equipe multidisciplinar – fundamental
• 2- Seleção adequada a pacientes de baixo risco – fundamental
para liberação de atividades não supervisionadas
• 3- Reserva-se a grupos de moderado a alto risco os programas
sob supervisão médica em ambiente extremamente preparado
• 4- Atividade não supervisionada – indicados em indivíduos
estáveis com orientação médica, avaliados criteriosamente
• 5- Os critérios de inclusão baseia-se na estratificação de risco
EXERCÍCIOS NÃO SUPERVISIONADOS E SEM
ACESSO À REABILITAÇÃO

• CONCLUSÃO :
• Quais pacientes de alto risco devem ser liberados para atividade não
supervisionada ?
• 1- capacidade funcional > 25 ml / Kg / min
• 2- ausência de isquemia do miocárdio
• 3- Função de VE normal
• 4- Ausência de isquemia do miocárdio
• 5- Nas fases pós- IAM, pós- RM , após um programa supervisionado, os
pacientes podem iniciar programas comunitários com supervisão médica
periódica
• 6- Atividades aeróbicas, dinâmicas com pequena sobrecarga de peso.
• OBRIGADO

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