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Avaliação Pré-Operatória
- História Clínica: é a informação mais útil que se tem quando decide se um paciente
pode, com segurança, se submeter a um tratamento odontológico. Deve-se ter
capacidade de prever problemas clínicos a resposta do paciente em relação a
anestésicos e à cirurgia. Se a história clínica de um paciente for bem apurada, o exame
físico e os laboratoriais possuem função secundária na avaliação pré-operatória.
A entrevista para obtenção dos dados da história clínica deve ser feita de
acordo com cada paciente, levando em consideração os problemas clínicos, a idade, o
nível de instrução, as circunstâncias sociais, a complexidade do procedimento
programado e os métodos anestésicos previstos.
Dados Pessoais:
- É a primeira informação que se deve obter de um paciente.
- Nome completo, endereço residencial, idade, sexo, profissão, nome do médico da
atenção primária.
-Utilizar essas informações junto das suas impressões sobre a personalidade e o nível
de instrução do indivíduo, para avaliar a confiabilidade do paciente; avaliar se o
paciente está mentindo, por exemplo. A avaliação de confiabilidade deve continuar ao
longo de toda a entrevista clínica e do exame físico, tendo atenção para respostas
ilógicas ou inconsistentes, que sugiram necessidade de corroboração de informações.
Queixa Principal
- Perguntar ao paciente e a resposta dele deve ser transcrita (preferencialmente de
maneira literal) no prontuário odontológico. Essa declaração ajuda o profissional a
estabelecer prioridades durante a obtenção da história e a planejar o tratamento.
Pode ajudar o paciente a clarear a mente em relação ao real motivo de ter procurado
um atendimento, já que precisará responder de maneira suscinta a queixa principal.
História da Queixa Principal
- O paciente deve ser questionado a descrever a história da queixa atual ou doença,
especialmente quando ela apareceu, se houve mudanças desde a primeira aparição e
se é influenciada por outros fatores.
- Descrição de dor: incluir data de início, intensidade, duração, local e radiação; fatores
que pioram e amenizam a dor. Se foi tomado algum medicamento para sanar a dor, se
ao tomar esse medicamento a dor foi aliviada ou não.
- Investigar sintomas sistêmicos, como febre, calafrios, letargia (estado de cansaço que
envolve diminuição da energia, da capacidade mental e da motivação), anorexia, mal-
estar e qualquer fraqueza associada à queixa principal.
História Clínica
- Investigar sobre problemas clínicos comuns que possam alterar o tratamento
odontológico do paciente, como angina, infarto, distúrbios hemorrágicos, diabetes,
uso de corticosteroide, asma, doença pulmonar crônica, etc.
- Uma breve história familiar também pode ser útil e deve se concentrar nas doenças
hereditárias relevantes, como a hemofilia.
- A história médica deve ser atualizada com frequência. Perguntar ao paciente se
houve alguma alteração na saúde desde a última visita odontológica.
Infarto do Miocárdio
- Consultar o médico; adiar os procedimentos até 6 meses após o infarto. Pode até ser
realizado antes, desde que o médico seja consultado e autorize a realização do
procedimento não cirúrgico, nesse caso.
- Adotar protocolo de redução de ansiedade. Considerar oxigênio suplementar.
- Utilização de anestésicos locais contendo epinefrina é segura. Monitorar sinais vitais
durante todo período.
Gravidez
- Exames de imagem e administração de fármacos podem trazer problemas de má
formação fetal.
- Adiar cirurgias bucais eletivas até depois do parto para evitar riscos ao feto.
- Se o procedimento durante a gravidez não puder ser adiado: reduzir exposição a
radiografias. Medicamentos liberados quando necessário: lidocaína, bupivacaína,
paracetamol, codeína, penicilina e cefalosporinas. Não deve utilizar AINEs, como
salicilatos e ibuprofeno. Evitar medicação sedativa.