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Resumo de cirurgia II - Aula 01

Risco cirúrgico
“O risco cirúrgico é avaliado pelo porte da cirurgia e pela condição de saúde do paciente.”
– O preparo do paciente precede a qualquer intervenção cirúrgica, sob o aspecto geral do
paciente e sobre o aspecto local a ser operado.
O que deve ser feito antes de qualquer procedimento cirúrgico?
● Avaliar a condição geral e local do paciente, nunca esquecer da condição sistêmica do
paciente;
● O preparo psicológico, preparo físico é importante para evitar qualquer tipo de
intercorrência ( deve-se estar sempre atento ao estado sistêmico do paciente);
● Observar se o paciente é capaz de suportar um cirurgia, se o corpo daquele paciente é
capaz de reagir levando o organismo ao estado de cura;

Há alguns casos clínicos, em que você observa o paciente clinicamente e parece não ser capaz
de suportar uma cirurgia, mas quando se analisa seus exames e com uma avaliação do médico
que acompanha o paciente, ele está apto a realizar o procedimento. Então se o médico que
acompanha o paciente, avaliar ele como apto a realizar o procedimento, pode se realizar a
intervenção cirúrgica.
De acordo com o estado geral o paciente pode ser classificado como: Bom, Regular ou Mal.

● Para evitar qualquer problema durante ou no pós-operatório, deve-se realizar uma


anamnese bem feita para obter dados relevantes sobre o histórico de saúde e hábitos do
paciente e assim pode programar uma intervenção adequada para cada caso.

Anamnese:

1. Estado cardiovascular: Hipertensão arterial, cirurgias cardíacas, marcapasso, uso


de válvulas, stents.
Pacientes com qualquer tipo de cirurgia cardíaca devem sempre prescrever uma dose
de antibiótico profilático. 2g de amoxicilina 500mg (4 cápsulas) 1h antes do
procedimento ou em casos de alérgicos a amoxicilina 2 comprimidos de clindamicina
600mg 1 h antes do procedimento.
Pacientes que possuem marcapasso, não pode usar ultrassom e nem bisturi elétrico.
Pois o marca passo trabalha como o nó sinusal do coração, ( ou seja ele que está
ditando o ritmo cardíaco do paciente pois seu nó sinusal não funciona). Então qualquer
tipo de corrente elétrica pode atrapalhar no funcionamento desse aparelho.
Resumo de cirurgia II - Aula 01
2. Estado pulmonar: Cuidado com os pacientes asmáticos ( é a vasoconstrição dos
brônquios , DPOC

3. Problemas renais: Deve-se tomar cuidado com as interações medicamentosas, e


tentar intercalar o dia da cirurgia com o dia que o paciente faz hemodiálise.

4. Desordens hepáticas: Como no caso de cirrose hepática seja por alcoolismo ou


por medicamentosa;
5. Desordens endócrinas: Principalmente em casos de diabetes. Deve sempre
averiguar o índice glicêmico do paciente, levando em consideração os seguintes
valores em jejum. Normal 70 a 99/ pré diabetes de 99 á 120/ diabetes acima de 125.
Se caso ainda estiver em dúvida deve solicitar um exame de hemoglobina glicada,
esse exame pega os últimos 100 dias de glicose no sangue da paciente, seguindo
os seguintes valores de referência.

6. Problemas hematológicos: O paciente precisa estar estabilizado para fazer a


cirurgia, deve solicitar uma avaliação médica. Principalmente por causa do risco
de hemorragia.
7. Problemas neurológicos: Como no caso da depressão, ansiedade, transtornos
psíquicos. Em nenhum desses casos precisa suspender medicações para realizar
o tratamento cirúrgico.
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8. Gravidez: Vai avaliar a necessidade de realizar a intervenção, mas não há contra
indicação pois a dose de anestésico que utilizamos é mínima, seguindo o tempo
de atendimento, pois para gestante a posição fica desconfortável com o tempo.

9. Problemas de metabolismo: O idoso por exemplo possui o metabolismo reduzido


sendo assim dificulta a cicatrização, sendo um processo mais lento.
10. Reações alérgicas: São raros os casos de rações alérgicas por causa dos
anestésicos, mas é bom sempre estar atento aos sinais do paciente e suas
queixas.

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