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INTRODUÇÃO

Desde a antiguidade que o homem procura encontrar padrões de beleza que


possam servir de referência estética. Actualmente a sociedade se preocupa muito com a
aparência, devido ao uso frequente das redes sociais, publicidade e dos meios de
divulgação na valorização da estética. No entanto, a beleza é um conceito subjectivo
que varia conforme a opinião pessoal, cultura, localização geográfica e que, acaba por
ser influenciada pela comunicação social e moda, sabe-se que, a face é o elemento mais
importante na percepção estética e, que o sorriso, a seguir aos olhos, é o aspecto mais
relevante para uma face atractiva e adequada.
A gengivectomia é um procedimento realizado para recuperar os defeitos
causados pela doença periodontal ou para corrigir uma condição gengival que envolva
as estruturas em torno dos dentes.
O sorriso tem um papel importante na expressão facial, revelando estados de
satisfação, alegria e felicidade do indivíduo, contribuindo não apenas para o bem-estar e
autoconfiança do mesmo, como também para a designada “primeira impressão”. Um
sorriso atractivo depende não só de componentes como o tamanho, forma, cor e posição
dos dentes, mas também da quantidade de gengiva exposta e da relação dos mesmos
com os lábios. Para ser considerado agradável, o sorriso deverá respeitar as seguintes
características: pouca quantidade de gengiva exposta; a linha formada pelos bordos
incisais dos dentes maxilares deverá acompanhar a forma do bordo do lábio inferior;
tecido gengival saudável preenchendo completamente os espaços interproximais;
margens gengivais com um contorno adequado e cor, e proporções adequadas dos
dentes.
Um dos factores mais frequentes relacionados a alterações do contorno gengival
e que consequentemente interfere com a estética do sorriso é a excessiva exposição
gengival ao sorrir, denominado, popularmente, como sorriso gengival. Existem várias
causas associadas a tal problema estético, como a hiperactividade do músculo elevador
do lábio superior, o crescimento vertical da maxila, o aumento do tecido gengival
propriamente dito ou a erupção passiva alterada.

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IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

A busca pelo tratamento odontológico relacionando a estética tem gerado grande


interesse e procura dos pacientes pelo tratamento, visando principalmente a harmonia do
seu sorriso. Dentro desse contexto pode-se destacar o aumento de coroa clínica, que
vem sendo bastante utilizado para melhorar a condição estética, especialmente na região
ântero-superior em pacientes portadores de sorriso gengival. Visto que o factor estético
é muito importante para cada individuo, isto levou-me a seguinte questão: qual é a
técnica do tratamento da gengivectomia realizado em pacientes com excesso de gengiva
no laboratório de medicina dentária da Universidade Jean Piaget de Fevereiro a Maio de
2022?

OBJECTIVOS DE ESTUDO

Objectivo Geral

Avaliar a Técnica do Tratamento da gengivectomia em pacientes com excesso


de gengiva realizado no laboratório de medicina dentária da Universidade Jean Piaget
de Fevereiro a Maio de 2022.

Objectivo Específicos

1. Identificar as causas do excesso da gengiva;


2. Estudar as indicações e as contraindicações da cirurgia da gengivectomia;
3. Descrever as técnicas da cirurgia da gengivectomia;
4. Mencionar as complicações pós-operatório da cirurgia de gengivectomia.

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JUSTIFICATIVA

No mundo contemporâneo, a implementação de uma abordagem


transdisciplinar, aperfeiçoamento tecnológico e responsabilidade social são
indispensáveis para o profissional que visa promover a saúde. Promoção da saúde
envolve no bem-estar do individuo, actuando em factores sociais, mental e físico. Tendo
em conta que sorriso gengival é o termo utilizado para descrever uma condição estética
relativamente frequente, caracterizada por uma exposição gengival excessiva ao nível
da maxila, durante o sorriso.

DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O presente trabalho foi realizado no laboratório de Medicina dentária da


Universidade Jean Piaget, em Luanda no município de Viana.

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DEFINIÇÕES DE CONCEITO
Gengiva, é a porção mastigatória que reveste o processo alveolar e circunda a
região cervical dos dentes.
( Lindhe et al., 2005)
Gengivectomia, é um dos procedimentos cirúrgicos periodontal frequentemente
realizados na prática clínica odontológica que consiste em reduzir o tecido gengival
excessivo.
(BENNANI V, et al., 2017)
Cirurgia, é o termo usado tradicionalmente para descrever procedimentos
cirúrgicos que envolvem o corte, laser, ou a sutura manual de tecidos para tratar
doenças, lesões ou deformidades.
( Paul..K et al.;2020)

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CAPÍTULO I

FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO – CIENTÍFICA

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1.1 GENGIVECTOMIA

1.1.1 Conceitualização

É um procedimento efectivo coadjuvante na adequação gengival, em relação a


estética dental, visando não apenas o resultado estético satisfatório, como também, a
manutenção salutar do periodonto (PEDRON et al., 2010).

O sorriso gengival é caracterizado pela desarmonia estética provocada pela


exposição excessiva da genviva inserida ao sorrir e falar, porque é uma condição que
acomete boa parte da população. Como alternativa da mesma foram desenvolvidas
técnicas como: a gengivectomia, retalho de aumento de coroa clínica e cirurgia de
liberação do músculo depressor do septo nasal. O uso de “mock-ups” também favorece,
a execução da técnica de gengivectomia e a satisfação pós-operatória do paciente com
os resultados, uma vez que ele permite uma pré-visualização da estética resultante após
a cirurgia ressectiva e um guia para realizar a mesma. Concluíram então que o melhor
plano de tratamento deve ser feito em harmonia paciente-profissional para cada caso
específico. (OLIVEIRA, ROCHA, 2015)

1.1.2 Incidência

A largura da gengiva é maior nas pessoas entre 40-50 anos de idade em


comparação aquelas entre 20-30 anos, ou seja, a largura da gengiva tende a aumentar
com o avanço da idade. Com a estabilidade da junção muco-gengival em relação a
borda inferior da mandíbula, o crescimento da largura da gengiva pode dar a entender
que ocorre a erupção dos dentes durante a vida, devido ao desgaste oclusal que eles
recebem. (LINDHE, 2016)

Pessoas com sorriso alto tendem a programar o sorriso para esconder sua
deficiência estética, sendo este denominado de sorriso forçado. A linha do sorriso reduz
com a idade durante o sorriso natural e as mulheres têm uma linha de sorriso mais alta
que os homens durante o sorriso forçado. Os dentes acompanham o desenho labial, a
coroa clínica apresenta proporção entre a largura mésio-distal e a altura cervico-incisal.
Esta altura e estabelecida pela gengiva marginal livre, que normalmente situa-se a cerca
de 1mm coronariamente a junção amelo-cementaria. (BORDIN, 2010)

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1.2 ESTRUTURA DO PERIODONTO
O conhecimento dos componentes anatómicos e histofisiológicos do periodonto
é fundamental para que se possam compreender as condições que ditam os parâmetros
de normalidade dos tecidos periodontais. O termo periodonto (do grego peri, “em torno
de”, e odontos, “dente”) sintetiza todos os tecidos envolvidos no mecanismo de
protecção e sustentação do dente. Didaticamente, pode ser dividido em periodonto de
protecção, constituído pela gengiva, e periodonto de sustentação, cujos componentes
são representados pelo osso alveolar, ligamento periodontal e cemento radicular.
Os tecidos periodontais caracterizados, como já descritos, são observados depois
da erupção total do dente, ou seja, logo após o estabelecimento oclusal com o seu
antagonista.
1.2.1 PERIODONTO DE PROTECÇÃO
A gengiva é a parte da mucosa bucal que recobre o processo ósseo alveolar da
maxila e mandíbula e a porção cervical dos dentes. Em direcção apical à gengiva,
excepto para o lado do palato duro, observa-se a chamada linha mucogengival, que
limita a gengiva de mucosa alveolar. A gengiva pode ser dividida, anatomicamente, em
marginal, inserida e papilar.
Neste caso, a gengiva é considerada um constituinte muito importante por
recobrir e dar a sua sustentabilidade nos dentes da maxila e nos dentes da mandíbula.
António Guedes, (2018, p.2) divide a gengiva em:

1. Gengiva marginal: É a gengiva que circunscreve o colo do dente e pode ser


identificada por meio de uma discreta depressão, nem sempre presente, chamada sulco
marginal, que separa a gengiva marginal da gengiva inserida.
2. Gengiva inserida: Corresponde à faixa que vai do término da porção apical do epitélio
juncional até a linha muco-gengival. Essa faixa tem 1 a 6 mm na dentição decídua e 1 a
9 mm na permanente, quando então essa dimensão permanece estável. A largura da
gengiva inserida altera-se de acordo com o dente, sendo maior na região dos incisivos
superiores e menor na de pré-molares e caninos inferiores, e áreas de freios, bridas e
inserções musculares.
3. Gengiva papilar: É o tecido gengival que preenche o espaço interproximal, podendo
ser constituído de gengiva inserida e marginal, ou apenas desta, eventualmente. A forma
dessa gengiva varia de acordo com os dentes contactantes e, dependendo de uma
superfície ou ponto de contacto, determina uma formação anatómica conhecida como
col.

Importante realçar que, a gengiva marginal além de cobrir o colo do dente, ela é
rapidamente identificada por meio de uma pequena depressão. Já a gengiva inserida,
resumidamente, é a continuação da parte da mucosa bucal ou gengiva livre, porém esta

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é firmemente fixa ao tecido ósseo, também possui a cor rosa pálida e é separada da
alveolar pela linha mucogengival. Enquanto que, papilar na região anterior, apresenta
formato piramidal e ocupa o espaço localizado entre dois dentes adjacentes,
coronalmente à crista óssea alveolar, abaixo do ponto de contato.

1.2.2 PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO

Osso alveolar: Entende-se como osso alveolar propriamente dito a área do processo
alveolar na qual estão inseridas as fibras colágenas do ligamento periodontal. O
processo ósseo alveolar pode, anatómica e histologicamente, ser compreendido como
constituído de dois tipos de tecido ósseo: compacto e medular. (António Guedes, 2016,
p.4)

Em outras palavras, o osso alveolar é aquele que delimita a superfície do alvéolo


dental, ou seja, é o tecido ósseo que reveste o alvéolo dentário, o mesmo constitui o
periodonto de sustentação em associação ao cemento e ao ligamento periodontal.
Ligamento periodontal: É o componente tecidual existente entre o cemento radicular e
o osso alveolar. Trata-se de um tecido conjuntivo no qual há predomínio de fibras
colágenas, densamente dispostas. (António Guedes, 2016, p.4)

Praticamente o ligamento periodontal, é uma estrutura de tecido conjuntivo


constituída de fibras de colagénio que sustenta o dente no alvéolo.

Cemento radicular: É um tecido mineralizado que recobre toda a raiz anatómica do


dente e eventualmente parte do esmalte. O cemento tem estrutura semelhante à do osso
compacto, diferindo deste por não se apresentar vascularizado, ter alta resistência à
reabsorção e ser dotado de baixo metabolismo. (António Guedes, 2016, p.5)

Trata-se de um dos principais factores que levam à sensibilidade dentária, pois o


cemento radicular é um tecido conjuntivo que se forma ao longo da raiz do dente e o
solidifica conectando-o às fibras que sustentam seu lugar no maxilar.
A harmonia do sorriso consiste na estética dos aspectos gengival e dentário.
Quando a estética gengival não esta em harmonia com o todo, a gengivectomia é
considerada um procedimento simples e seguro com resultados satisfatórios pelos
pacientes, apresentado a solução para a desarmonia desse factor em alguns casos. O
caso levou a busca de uma solução, para a necrose, em que o tratamento era
conservador sem expor o paciente á defeito estético gengival e envolvido na elaboração
de um protocolo clínico, enfatizando medidas a serem tomadas em caso de
complicações depois da gengivectomia. Do ponto de vista físico ou até mesmo

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matemático, a estética pode ser dada por meio do estabelecimento de padrões, visando
obtenção ou criação de composições harmoniosas. HORTKOFF (2017), concluiu que, a
gengivectomia e a gengivoplastia, são procedimentos seguros, mesmo ocorrendo algo
inesperado. Deve-se sempre partir de um conceito conservador, para a solução do caso
como foi executado, e aguardando a resposta tecidual reparadora. Depois da reparação
completa deve-se observar se há necessidade de outra intervenção cirúrgica, para a
harmonização da estética. É a partir odontologia que procuramos buscar eliminar as
tensões visuais que provoquem efeito antiestético, desfavoráveis para uma sociedade
digamos, com uma cultura de estética padronizada. Para tal, se vale de alguns conceitos
de unidade como simetria, dominância e proporção. Estes devem ser considerados
essenciais quando se tratando de um sorriso harmonioso, devido a estabelecida estética
padronizada.
A gengiva, por incrível que pareça, pode ser muito mais importante para a saúde
do que imaginamos. A falta de cuidados com a mencionada região é responsável por
inúmeros danos que afectam a nossa estética e evoluindo para doenças que podem
causar a perda dentária em adultos. NEWMAN (2011, p. 17), afirma que “a gengiva em
condições normais, no adulto, recobre o osso alveolar e a raiz do dente coronalmente a
junção cemento-esmalte e anatomicamente é dividida em marginal, inserida, e área
interdental”.
Existem variações na diferenciação, histologia e espessura, e todos os tipos de
gengiva são especialmente programados para actuar contra os danos mecânicos e
microbianos.
1.3 CAUSAS DO EXCESSO DA GENGIVA

A causa do excesso gengival é multifactorial. Cita-se o uso de medicamentos que


causam hiperplasia gengival, presença de patologias de tecidos moles, problemas
sistémicos, como por exemplo, a diabetes, factores genéticos, acumulo de placa
bacteriana e uso de aparelho ortodôntico. Também pode surgir no período gestacional,
devido a alteração hormonal das grávidas (Araújo et. al., 2018, p.4).

A essência da correção do sorriso dá-se no facto de proporcionar um formato


mais harmónico e fisiológico, visando dar um aspecto melhor da gengiva. As
frequências de casos clínicos, geralmente, são por estética ou por indicações como
eliminar as margens espessas, remoção de bolsas supra ósseas e de crescimento
gengival.

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1.3.1 Aumento No Volume Da Gengiva Causado Por Placa Bacteriana

A presença da placa bacteriana e o principal responsável pelas alterações nos tecidos


periodontais, ao diagnosticar a bactéria no tecido periodontal há uma resposta imune por
parte do hospedeiro, consequentemente, tem uma reacção inflamatória na gengiva e
devido a não eliminação da bactéria acaba levando um aumento gengival-gengivite
(MISHRA et al. 2011). A hiperplasia gengival e um aumento de coroa e por
consequência acaba se transformando em um edema cujo a origem e de placa bacteriana
(BRANCO, 2010).

Figura 1 - Aumento No Volume Da Gengiva Causado Por Placa Bacteriana

1.3.2 Aumento No Volume Da Gengiva Causado Por Fármacos

Alguns fármacos quando são usados tanto local quanto sistemicamente causam
alterações nos tecidos periodontais e uma delas é efectivamente o aumento do volume
gengival resultando em uma exposição exagerada cobrindo completamente ou
parcialmente os dentes (Mishra et al., 2011). Segundo a literatura, existem diversos
fármacos que causam esses efeitos, são aqueles usados no tratamento da epilepsia,
imunossupressores e os antagonistas dos canais de cálcio. Manifestando-se em grupos
jovens entre o primeiro e o terceiro mês do tratamento farmacológico (Lindhe et al.,
2003; Branco, 2010).

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Figura 2 - Aumento No Volume Da Gengiva Causado Por Fármacos

1.4.3 Aumento No Volume Da Gengiva Causado Por Aparelho Ortodôntico

Os aparelhos ortodônticos são considerados um dos principais factores para a doença


periodontal, visto que pode atrapalhar a higiene bucal resultando em um aumento de
bactérias. Os fios ortodônticos, contenções, braquetes e bandas criam volumosos sítios
de placas, podendo aumentar o risco de inflamação no tecido gengival (Gkantidis et al.,
2010). A hiperplasia gengival inflamatória e comum do tratamento ortodôntico, a
dificuldade de higienização acaba aumentando a gengiva e deixando acumular biofilme
em torno do aparelho, resultando em uma inflamação crónica. Ao observar a gengiva,
percebe-se uma coloração vermelha arroxeada, edematosa, podendo ter sangramento
espontâneo e frouxa (Maia et al., 2011).

Figura 3 - Aumento No Volume Da Gengiva Causado Por Aparelho Ortodôntico

1.5.4 Aumento No Volume Da Gengiva Causado Por Diabetes Melito

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A diabete melito e uma doença crónica, podendo ser caracterizada por deficiência
parcial ou total. A doença periodontal e uma das complicações orais mais comuns,
porem, a sexta mais complicada e quando não tratada, piora no controle metabólico.
Uma das primeiras alterações são as perdas de inserções do tecido periodontal, com a
superfície dental livre do epitélio, ocorre um acumulo de placa e assim surgindo a bolsa
gengival (Alves et al., 2007).

1.6.5 Aumento No Volume Da Gengiva Causado Por Genética

A fibromatose gengival hereditária (FGH) e caracterizada pelo aumento do volume


gengival excessivo, evidenciando gengiva marginal livre, papilas interdentais e gengiva
inserida. E uma doença rara em que há uma propensão genética em alguns pacientes,
enquanto em outros, não há ligações genéticas. Podendo aparecer como um achado
isolado ou com várias síndromes hereditárias. Ocorre na infância e na juventude. Na
maioria das vezes, esta relacionada com a erupção dos dentes permanentes e decíduos
sendo capaz de provocar falha, ou ate mesmo atraso na erupção dos mesmos (Carranza
& Newman et al., 1987; Regezzi & Sciubba, 1991; Neville et al., 1998; Scully et all.,
1996; Lindhe et al., 1996; Wilson & Kornman, 2001).

2. INDICACÕES DA CIRURGIA DA GENGIVECTOMIA

Segundo Carranza (2007), a técnica de gengivectomia pode ser realizada para:

 Eliminação de bolsas supra ósseas, independente da profundidade, se a parede


da bolsa e firme e fibrosa;
 Eliminação de hiperplasias gengivais
 Eliminação de abcessos periodontais supra ósseas

2.1 CONTRA –INDICAÇÃO DA CIRURGIA DA GENGIVECTOMIA

Segundo Dra. Andrea De Avilez Calmon (2018), se o paciente não possuir


inflamações locais, alterações sistêmicas de coagulação e se ele não for um paciente
imunodeprimido, quando não apresentam reações imunitárias normais, ele pode realizar
esse procedimento sem qualquer contraindicação.

3. TÉCNICAS DA CIRURGIA DA GENGIVECTOMIA


1. Técnica de bisel verdadeiro: usada para corrigir a altura e a espessura da
gengiva;
2. Técnica de bisel inverso: empregado nos casos em que é preciso corrigir
somente a altura da gengiva (Willame et. Al. 2018, p. 5).

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3.1 MENCIONAR AS COMPLICAÇÕES PÓS- OPERATÓRIO DA CIRURGIA
DA GENGIVECTOMIA
Segundo Luís Gustavo (2016), a cirurgia da gengivectomia não está livre de
complicações, as principais complicações pós-operatório da cirurgia da gengivectomia
são:
1. Deslocamentos e perdas do tecido gengival enxertado;
2. Inflamações.
Entretanto, os problemas pós-operatórios da cirurgia não trazem riscos à saúde geral
do paciente, sendo o processo inflamatório por falhas na cicatrização do enxerto
reversível após abordagem profissional e antibioticoterapia.
A maior complicação no pós-operatório da cirurgia da gengivectomia é o
deslocamento ou perda do enxerto gengival – uma situação irreversível. Apesar do
problema não estar associado a quadros dolorosos, a frustração pela necessidade de
espera de até 3 meses para novo procedimento é vista como o principal viés nos
procedimentos cirúrgicos em gengivas.

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CAP. II - OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO

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MODO DE INVESTIGAÇÃO
Trata-se de um estudo observacional, transversal de natureza descritiva,
explicativo, abordagem qualitativa e quantitativa.

HIPÓTESES
H1- As causas que estão na base do excesso de gengiva são multifactoriais dentre elas
as doenças sistémicas como a diabete mellitus.
H1
- No excesso de gengiva o tratamento a ser realizado é a gengivectomia.
H2- O bisel interno foi a técnica adequada para o tratamento da paciente em questão.

VARIAVEIS DE ESTUDO

Dependente: efeito da gengivectomia á paciente com excesso de gengiva.

Independente: idade, sexo, técnica de tratamento.

OBJECTO DO ESTUDO

O objecto de estudo foi a selecção de um paciente atendido na clínica de medicina


dentária da Universidade Jean Piaget.

INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO
O trabalho foi elaborado por meio de estudo clínico no paciente, descrevendo as causas
e pesquisa adicional retirado nos livros, artigos científicos, revistas para complementar
o objectivo geral da pesquisa.
PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Após a recolha do material, foi realizado uma análise qualitativa e quantitativa e


descritiva e explicativa dos mesmos, de modo a verificar se estes vão de acordo aos
objectivos propostos.
Os dados obtidos foram revistos e analisados pelo autor antes da sua apresentação
em documentos digitalizados e impresso no programa Word do Microsoft.

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APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS

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APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO

Paciente JMCE de 24 anos de idade, sexo feminino, apareceu no laboratório de


Medicina Dentária da Universidade Jean Piaget de Angola, insatisfeita com o tamanho
reduzido dos dentes e a exposição excessiva da gengiva, nos elementos dentários
anteriores. motivo que a levou a procurar os nossos serviços. Durante a anamnese a
paciente relatou grande insatisfação com o seu sorriso alegando ter vergonha de sorrir.

No exame físico constatou-se que os dentes tinham uma exposição curta em relação ao
seu tamanho, devido ao excesso de tecido gengival na arcada superior.

Radiografia panorâmica

A paciente foi submetida a exames radiográficos panorâmicos e periapicais da região


anterior da maxila, hemograma, coagulograma e a glicemia. após a adequação do meio
bucal constatou-se ausência de placa visível, sangramento marginal.

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Pelas condições clinicas e anatómicas do tecido gengival, foi indicada e escolhida a
técnica de gengivectomia, uma vez que a paciente apresentava boa higiene bucal para a
realização do procedimento.

Técnica anestésica local

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Medição da profundidade com a régua milimétrica

Pontos sangrantes

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Primeira incisão com a lâmina de bisturi

Remoção do colarinho gengival

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Gengivectomia da hemiarcada superior esquerda

Gengivectomia da arcada superior direita e esquerda

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Irrigação da área operada com soro fisiológico

Foi recomendado a paciente a ter muito cuidado nas primeiras 24h, a não fazer a
escovação, ingerir alimentos líquidos e pastosos frios, durante 48h, para uma rápida
cicatrização a fim de provocar uma infecção na área operada.
Resultado da gengivectomia após 7 dias

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DISCUSSÃO

23
CONCLUSÃO

24
RECOMENDAÇÕES

1-
2-
3-

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ANEXOS/APÊNDICE

Figura 4 - .... Fonte: ....

Figura 5 - .... Fonte: ....

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REFÊRENCIAS BÍBLIOGRAFICA
Araujo, A. K. C.; Barros, T.K. M (2018). Sorriso gengival: etiologia, diagnostico
tratamento por intermédio de gengivectomia e gengivoplastia. Artigo científico
(Graduação em odontologia) - centro Universitário São Lucas, Porto Velho: 24 f.
Oliveira, A. C.; Rocha, B.G(2015). Correção do sorriso gengival. Monografia
(Graduação em Odontologia)- Faculdade de Pindamonhangada, Pindamonhangaba,
SP:28 f.
Pedron, I. G. et al. (2010). Sorriso Gengival: cirurgia essectiva coadjuvante á estética
dental. Revista Odonto, v. 18, n. 35, p. 87-95.
Neville, B.W.; Damm,D.D.; Allen, C.M. & Bouquot, J.E. (2004). Patologia oral &
Maxilofacial (2ª Ed.) Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan S.A.

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HORTKOFF, D. et. al. Complicação por Necrose Gengival Pós Gengivectomia e
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