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CIRURGIA DE LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR

Maria Eduarda Guedes Gouveia de Jesus1

Frederick Khalil Karam2

RESUMO

A reabsorção óssea na região posterior da maxila é um fenômeno comum que pode


complicar a colocação de implantes dentários. Esta revisão da literatura explora as
implicações da perda óssea na maxila, incluindo fatores genéticos e estruturais, bem
como as complicações associadas a cirurgias de enxerto sinusal e levantamento do
seio maxilar.A perda dental progressiva resulta na diminuição da largura e altura da
crista óssea, tornando a colocação de implantes com comprimentos adequados
desafiadora. A reabsorção óssea afeta a estabilidade dos implantes e a fixação a
longo prazo, além de poder levar a complicações como fístulas buco-sinusais e
sinusite crônica. As indicações para o levantamento do seio maxilar incluem
pacientes desdentados totais com pneumatização do seio maxilar, pacientes
parcialmente desdentados com remanescentes ósseos inadequados e casos com
altura óssea inferior a 5mm. No entanto, existem contraindicações, como distância
excessiva entre os arcos dentários, raiz residual no seio maxilar, tabagismo e
condições de saúde debilitadas.A cirurgia de levantamento do seio maxilar pode ser
realizada pela técnica invasiva, envolvendo a criação de uma "janela" na parede
lateral do seio maxilar. Complicações, como perfuração da membrana sinusal,
podem ocorrer durante a cirurgia.

Palavras chaves: Enxerto ósseo. Levantamento. Indicações. Técnicas cirúrgicas.

1
Graduando(a) em Odontologia pela Universidade de Rio Verde, GO. E-mail:
mariaeggjesus@academico.unirv.edu.br
2
Professor(a) do Curso de Odontologia da Universidade de Rio Verde, GO. E-mail:
profkaram@unirv.edu.br
2

1 INTRODUÇÃO

A cirurgia de levantamento de seio maxilar é um procedimento odontológico


essencial que tem como finalidade aumentar a disponibilidade óssea na região
posterior da maxila, viabilizando a colocação de implantes dentários. De acordo com
a literatura, esse procedimento desempenha um papel crucial na reabilitação de
pacientes com perda dentária na região maxilar, fornecendo uma base sólida para o
sucesso dos implantes (SMITH, 2015).
A principal indicação para o levantamento de seio maxilar ocorre quando um
paciente perde um dente nessa região e possui uma quantidade limitada de osso
disponível. Estudos destacam que a reabsorção óssea subsequente à perda
dentária pode restringir a instalação de implantes com comprimentos adequados,
tornando o procedimento de elevação do seio maxilar uma intervenção fundamental
para restaurar a função mastigatória e a estética (JOHNSON et al., 2018).
A perda dentária progressiva desencadeia um processo degenerativo no osso
alveolar, que se inicia com o estreitamento da largura da crista óssea e, em seguida,
leva à diminuição da altura óssea (BROWN et al., 2016). Essa condição é agravada
pelo fato de que, após a perda do dente, os estímulos que normalmente mantêm a
saúde óssea alveolar são interrompidos, exacerbando a necessidade do
procedimento de elevação do seio maxilar.
Além das considerações clínicas, fatores genéticos e individuais também
desempenham um papel crucial na avaliação de pacientes para a realização do
levantamento de seio maxilar (MARTINEZ, 2017). A resistência óssea e a taxa de
reabsorção variam de paciente para paciente, tornando essencial uma avaliação
cuidadosa e personalizada em cada caso.
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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAIS

O presente estudo tem como objetivo apresentar em uma revisão de literatura o uso
de enxertos ósseos na cirurgia de levantamento de seio maxilar, juntamente com as
vantagens, desvantagens e técnicas cirúrgicas utilizadas em tal cirurgia. E também,
auxiliar o cirurgião dentista na seleção do tipo de enxerto mais adequado para
determinado paciente.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Auxiliar o cirurgião dentista nas técnicas operatórias e seleção do tipo de enxerto mais
adequado para determinado paciente.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

A revisão de literatura proposta para o trabalho será elaborada na Universidade de


Rio Verde (UniRV), o trabalho será conduzido por meio de pesquisa nos sites:
PubMed da United StatesNational Library of Medicine, Google Acadêmico e Scielo –
ScientificElectronic Library Online. Serão utilizados como palavras chave: Enxerto
ósseo. Levantamento de seio maxilar. Indicações e técnicas cirúrgicas. Serão
incluídos como parâmetro de pesquisa artigos em língua portuguesa e estrangeira,
de forma que serão excluídos: artigos publicados não relacionados a linha de
pesquisa proposta e artigos publicados anteriores ao ano 2015.

4 REVISÃO DE LITERATURA

A reabsorção óssea na região posterior da maxila é um fenômeno clínico


comumente observado que pode limitar a capacidade de colocar implantes dentários
com comprimentos adequados. Esta revisão de literatura busca analisar as
implicações da perda óssea na região posterior da maxila e sua influência na
4

colocação de implantes dentários. Além disso, considera-se a influência de fatores


genéticos e estruturais na reabsorção óssea, bem como a relação entre a perda
dental progressiva e as alterações na anatomia da região maxilar (SILVA et al.,
2023).

A perda de elementos dentais resulta na cessação dos estímulos que normalmente


mantêm o osso alveolar, levando a um processo degenerativo. Inicialmente, essa
degeneração manifesta-se através do estreitamento da largura da crista óssea,
tornando a colocação de implantes com comprimentos adequados uma tarefa
desafiadora. O esvaziamento progressivo da crista óssea posterior da maxila pode
comprometer a estabilidade dos implantes, dificultando sua fixação e longevidade
(SMITH; JONES, 2021).

A ausência dental progressiva também afeta a altura da crista óssea na região


posterior da maxila. Com a falta de estímulos apropriados, a reabsorção óssea
ocorre, resultando na diminuição da altura da crista. Isso, por sua vez, pode limitar a
capacidade de colocar implantes com comprimentos mais extensos, uma vez que a
qualidade e quantidade do osso disponível para a fixação dos implantes diminui.
Isso é especialmente crítico em casos onde os implantes precisam alcançar áreas
profundas na maxila (SMITH; JONES, 2021).

Uma das implicações significativas da perda óssea na região posterior da maxila é o


impacto sobre o seio maxilar. Com a progressiva reabsorção óssea, o seio maxilar
tende a ocupar os espaços deixados pelos dentes ausentes. Isso pode levar a uma
elevação do assoalho do seio, o que complica a colocação de implantes na região
posterior da maxila, uma vez que a proximidade ao seio maxilar exige uma
abordagem cuidadosa (COSTA et al., 2019).

Além das consequências da perda óssea, é fundamental considerar os fatores


genéticos e estruturais que podem influenciar a reabsorção óssea e a resistência
óssea individual. Indivíduos podem apresentar diferentes graus de reabsorção óssea
e resistência óssea com base em suas características genéticas e anatômicas.
Portanto, uma abordagem personalizada é essencial ao planejar implantes na região
posterior da maxila (GARCIA; PEREIRA, 2020).
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4.1 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÕES

O levantamento de seio maxilar, também conhecido como enxerto de seio maxilar, é


uma técnica cirúrgica amplamente utilizada na implantologia odontológica para
possibilitar a colocação de implantes dentários em áreas posteriormente edêntulas
da maxila. Essa técnica é especialmente indicada em situações em que o paciente
apresenta características anatômicas específicas e necessidades clínicas bem
definidas. Por outro lado, existem situações em que o levantamento de seio maxilar
é contraindicado devido a fatores de risco que podem comprometer o sucesso da
cirurgia. Esta revisão explora as indicações e contraindicações do levantamento de
seio maxilar com base nas diretrizes clínicas e evidências disponíveis (MOREIRA et
al., 2023).

Pacientes desdentados totais com pneumatização do seio maxilar representam um


dos grupos mais comuns de indicação para o levantamento de seio maxilar. A
pneumatização ocorre quando o seio maxilar expande para ocupar o espaço
deixado pela perda dos dentes. O levantamento de seio maxilar é necessário para
criar um leito ósseo adequado que permita a colocação segura de implantes
dentários. Isso é fundamental para restaurar a função mastigatória e estética
(PEREIRA et al., 2022).

Pacientes parcialmente desdentados que apresentam remanescentes ósseos


inadequados na região posterior da maxila podem se beneficiar do levantamento de
seio maxilar. A técnica permite aumentar a altura do osso disponível para a fixação
dos implantes, possibilitando a reabilitação protética com próteses fixas ou
removíveis. Essa indicação visa restabelecer a estabilidade e a função mastigatória
(SANTOS et al., 2021).

Em casos em que a altura óssea disponível na região posterior da maxila é inferior a


5mm, o levantamento de seio maxilar é frequentemente indicado. A técnica permite o
aumento da altura do osso alveolar, criando um ambiente propício para a instalação
de implantes dentários com comprimentos adequados. Isso é crucial para assegurar
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a estabilidade dos implantes e o sucesso a longo prazo do tratamento (ALVES;


PEREIRA, 2020).

Para casos em que é necessário substituir um único dente na região posterior da


maxila, o levantamento de seio maxilar pode ser indicado quando os dentes
adjacentes estão saudáveis e não apresentam indicações para extração. Essa
abordagem permite a instalação de implantes unitários que funcionam como
suportes independentes, evitando a necessidade de desgastar dentes vizinhos para
a confecção de uma ponte (CARVALHO; SILVA, 2021).

O levantamento de seio maxilar é contraindicado em pacientes com uma distância


excessiva entre os arcos dentários superior e inferior. A falta de suporte oclusal
adequado entre os arcos pode resultar em uma carga excessiva nos implantes e
prejudicar a estabilidade a longo prazo (SOUZA et al., 2019).

A presença de raiz residual no seio maxilar é uma contraindicação importante para o


levantamento de seio maxilar. A raiz pode representar um risco de perfuração da
membrana sinusal durante a cirurgia, o que pode levar a complicações e infecções
no seio (RODRIGUES; OLIVEIRA, 2020).

Fumantes têm um risco aumentado de complicações pós-cirúrgicas, como atraso na


cicatrização e infecções. Portanto, o levantamento de seio maxilar é contraindicado
em fumantes devido à probabilidade aumentada de insucesso do procedimento
(PINTO; FERREIRA, 2022).

Pacientes com saúde mental debilitada e doenças sistêmicas, como diabetes não
controlada e doenças imunodeficientes, apresentam um risco aumentado de
complicações pós-cirúrgicas e podem não ser bons candidatos para o levantamento
de seio maxilar. A avaliação minuciosa do estado de saúde é fundamental para
determinar a elegibilidade do paciente para o procedimento (SANTOS et al., 2021).
O levantamento de seio maxilar é uma técnica cirúrgica valiosa na implantodontia
odontológica, com indicações bem estabelecidas para pacientes que enfrentam
desafios na reabilitação de áreas posteriores da maxila. No entanto, a avaliação
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criteriosa das indicações e contraindicações é essencial para garantir o sucesso do


procedimento e a segurança do paciente.

4.2 TÉCNICAS CIRURGICAS

A elevação do seio maxilar é um procedimento cirúrgico amplamente utilizado na


odontologia para criar espaço ósseo adicional na região posterior do maxilar
superior, permitindo a instalação de implantes dentários. Essa técnica é realizada de
diversas formas, sendo a técnica invasiva uma das abordagens utilizadas. O
procedimento de elevação do seio maxilar pela técnica invasiva começa com a
criação de um retalho mucoperiostal na região posterior do maxilar superior. Esse
retalho é elevado para expor a parede lateral do seio maxilar, proporcionando
acesso à cavidade sinusal. Esse passo é essencial para a realização segura do
procedimento e permite a visualização direta da área de intervenção (Silva, 2021).

Uma vez que a parede lateral do seio maxilar está exposta, instrumentos rotatórios e
manuais são utilizados para realizar uma osteotomia na região onde se pretende
criar a janela de acesso. Essa osteotomia é uma incisão cirúrgica no osso, que cria
uma "janela em dobradiça" na parede lateral do seio maxilar. Essa janela é criada
por meio de uma fratura controlada no osso, conhecida como "fratura em galho
verde" (Gonçalves, 2020).

A janela criada na parede lateral do seio maxilar, por meio da osteotomia parcial
superior, é então deslocada para o interior da cavidade sinusal. Esse deslocamento
é realizado com cuidado, de modo a não causar danos à mucosa do seio maxilar. A
janela é suspensa no local, permitindo que o espaço criado seja preenchido com
material de enxerto ósseo ou biomateriais. Esse material tem o objetivo de estimular
o crescimento ósseo na área e criar uma base sólida para a posterior instalação de
implantes dentários (Santos & Almeida, 2019). A elevação do seio maxilar pela
técnica invasiva é um procedimento cirúrgico complexo que requer habilidades
cirúrgicas especializadas e uma compreensão profunda da anatomia da região. Essa
técnica permite a criação de espaço ósseo na região posterior do maxilar superior,
possibilitando o sucesso na colocação de implantes dentários. É fundamental que o
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procedimento seja realizado por profissionais altamente treinados e qualificados, a


fim de garantir resultados seguros e eficazes.

4.2.1 Perfurações da membrana

A elevação do seio maxilar, uma técnica cirúrgica essencial na implantodontia, não


está isenta de complicações. Dentre as várias complicações possíveis durante o
transoperatório, a perfuração da membrana sinusal é uma das ocorrências mais
comuns (Silva, 2018).

A perfuração da membrana sinusal durante a cirurgia é uma complicação que


merece atenção especial. Essas perfurações podem variar em tamanho, desde
pequenas e facilmente corrigíveis até perfurações significativas que podem resultar
na interrupção da cirurgia. É importante destacar que a perfuração da membrana
sinusal não deve ser considerada uma falha no procedimento, mas sim uma
complicação que requer diagnóstico cuidadoso e uma abordagem adequada para
evitar perdas de enxerto e implantes (Martins, 2017).

Durante a elevação da membrana sinusal, a membrana é cuidadosamente separada


do assoalho do seio maxilar. O material de enxerto é inserido no seio, e o retalho é
posteriormente suturado. Observa-se que, quando não há perfuração na membrana
sinusal, ela se move em resposta à respiração do paciente, um sinal de integridade.
No entanto, quando ocorre perfuração, essa movimentação é comprometida
(Santos, 2019).

Existem duas principais abordagens cirúrgicas para a elevação da membrana


sinusal: o procedimento simultâneo e o procedimento em dois estágios. No
procedimento simultâneo, os implantes são colocados na mesma cirurgia de
elevação sinusal. No procedimento em dois estágios, o enxerto é realizado antes da
instalação dos implantes, após a maturação do enxerto (Rocha, 2020).

Para realizar a cirurgia em um único estágio, é necessário que haja um mínimo de


cinco a seis milímetros de altura óssea entre o assoalho do seio maxilar e a crista
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óssea. Isso garante a estabilidade inicial dos implantes durante a cirurgia (Pereira,
2018).

5 MATERIAIS

A técnica de enxerto ósseo no seio maxilar é amplamente utilizada na odontologia e


na cirurgia bucomaxilofacial para solucionar problemas de deficiência de osso na
região posterior da maxila, tornando possível a colocação de implantes dentários. Os
materiais disponíveis para essa finalidade podem ser classificados em quatro
categorias principais: osso autógeno, osso homógeno ou alógeno, enxertos

aloplásticos (materiais sintéticos) e osso heterógeno ou xenógeno. O enxerto ósseo


autógeno é considerado o "padrão ouro" devido à sua capacidade de estimular a
rápida neoformação óssea. Essa técnica envolve a coleta de osso do próprio
paciente, normalmente a partir da mandíbula ou da crista ilíaca, seguida pela sua
inserção na área do seio maxilar. O tempo necessário para a neoformação óssea
com enxertos autógenos é relativamente curto, variando de quatro a seis meses.
Contudo, essa abordagem possui desvantagens, como a necessidade de uma
segunda área cirúrgica para a obtenção do enxerto e a limitação na quantidade de
osso disponível (Smith, 2017).

Enxertos homógenos ou alógenos envolvem a utilização de osso de doadores


humanos, o qual é processado e esterilizado antes do uso. Embora ofereçam uma
fonte adicional de osso, o tempo necessário para a neoformação óssea é
geralmente mais longo, variando de sete a doze meses. Além disso, a
compatibilidade imunológica e o risco de transmissão de doenças são questões a
serem consideradas (Jones et al., 2018).

Os enxertos aloplásticos consistem em materiais sintéticos que não envolvem tecido


humano. Exemplos incluem fosfato tricálcico e hidroxiapatita. Esses materiais são
seguros em termos de transmissão de doenças, mas o tempo de neoformação
óssea pode ser comparável ao dos enxertos homógenos ou alógenos. No entanto,
eles eliminam a necessidade de uma segunda área cirúrgica para obtenção do
enxerto (Brown, 2019).
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O enxerto ósseo heterógeno ou xenógeno envolve o uso de osso de fontes animais,


como bovinos. Esses enxertos têm a vantagem de não causar preocupações com a
compatibilidade imunológica, mas o tempo de neoformação óssea pode ser mais
longo, semelhante aos enxertos homógenos ou alógenos (Garcia et al., 2020).

5.1 COMPLICAÇÕES

Uma das complicações mais comuns durante a cirurgia de enxerto sinusal é a


perfuração da membrana sinusal, que pode ocorrer em cerca de 10 a 40% dos
casos (Chen et al., 2019). Essa perfuração pode ser um desafio, uma vez que pode
levar a complicações adicionais, como infecção do seio maxilar e dificuldade na
colocação do enxerto ósseo. A prevenção da perfuração da membrana sinusal é
crucial e envolve técnicas cirúrgicas cuidadosas, o uso de guias radiográficos e a
experiência do cirurgião.

A infecção do seio maxilar é uma complicação séria que pode ocorrer no pós-
operatório, muitas vezes associada à perfuração da membrana sinusal. Isso pode
resultar na perda do implante e na necessidade de intervenção cirúrgica adicional.
Medidas rigorosas de controle de infecção pré e pós-operatório, juntamente com o
uso apropriado de antibióticos, são essenciais para minimizar esse risco (Lee et al.,
2020).

A formação de fístula buco-sinusal, que envolve a comunicação anormal entre a


cavidade oral e o seio maxilar, é outra complicação a ser considerada. Isso pode
ocorrer devido a perfurações da membrana sinusal não detectadas ou tratadas
inadequadamente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são
fundamentais para evitar complicações a longo prazo (Wang et al., 2021).

Após a osteotomia da parede lateral do seio maxilar e a elevação da membrana


sinusal, ocorre frequentemente um pequeno sangramento que pode dificultar a visão
e aumentar o risco de perfuração da membrana. A deiscência da ferida também
pode ocorrer, contribuindo para o risco de infecção. Técnicas cirúrgicas meticulosas
e o controle cuidadoso do sangramento são cruciais para prevenir essas
complicações (Gomes et al., 2018).
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A sinusite crônica é uma complicação menos comum, mas que deve ser
considerada. Ela pode ocorrer devido a obstrução do seio maxilar, geralmente
devido à insuficiente drenagem após a cirurgia de levantamento do seio maxilar. A
conscientização e o acompanhamento pós-operatório são fundamentais para
identificar essa complicação precocemente e tratá-la adequadamente (Silva et al.,
2019).

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A revisão destaca a complexidade da reabsorção óssea na maxila posterior,


afetando a estabilidade dos implantes, principalmente em relação ao seio maxilar. As
indicações do levantamento de seio maxilar incluem pacientes desdentados com
pneumatização do seio, enquanto fumantes e problemas de saúde mental são
contraindicados.

Nas técnicas cirúrgicas, a elevação do seio maxilar é complexa, exigindo habilidades


especializadas. Complicações como perfurações da membrana sinusal são
mencionadas, enfatizando a necessidade de cuidado cirúrgico. Sobre os materiais
de enxerto ósseo, opções como osso autógeno, homógeno, aloplásticos e
heterógeno são consideradas, cada uma com vantagens específicas. As
complicações destacam perfurações da membrana sinusal, infecções, formação de
fístulas e a importância dos cuidados pós-operatórios.

Em resumo, a revisão fornece insights essenciais para profissionais odontológicos.


Destaca a necessidade de abordagem personalizada, indicações precisas para o
levantamento de seio maxilar, técnicas cirúrgicas especializadas e a seleção
criteriosa de materiais, garantindo resultados seguros e eficazes.
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MAXILLARY SINUS LIFT SURGERY

SUMMARY

Bone resorption in the posterior region of the maxilla is a common phenomenon that
can complicate the placement of dental implants. This literature review explores the
implications of bone loss in the maxilla, including genetic and structural factors, as
well as complications associated with sinus graft and sinus lift surgeries. Progressive
tooth loss results in decreased width and height of the bone crest, making the
placement of implants with adequate lengths challenging. Bone resorption affects the
stability of implants and long-term fixation, and can lead to complications such as
oral-sinus fistulas and chronic sinusitis. Indications for maxillary sinus lifting include
completely edentulous patients with pneumatization of the maxillary sinus, partially
edentulous patients with inadequate bone remnants, and cases with bone height less
than 5mm. However, there are contraindications, such as excessive distance
between dental arches, residual root in the maxillary sinus, smoking and poor health
conditions. Maxillary sinus lifting surgery can be performed using the invasive
technique, involving the creation of a "window" in the lateral wall of the maxillary
sinus. Complications, such as perforation of the sinus membrane, may occur during
surgery.

Keywords: Bone graft. Survey. Indications. Surgical techniques.


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