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1. FISIOLOGIA SINUSAL
As fossas nasais e os seios paranasais são responsáveis pela purificação,
aquecimento e umidificação do ar inspirado, deixando-o em condições favoráveis para a
troca gasosa nos alvéolos pulmonares. Têm, ainda, função olfatória e são importantes
como cavidade de ressonância vocal.
A drenagem e a ventilação sinusal são dois fatores importantes na manutenção
adequada da fisiologia dos seios paranasais. A ventilação normal requer um óstio patente
conectando os seios paranasais à cavidade nasal. A drenagem normal é dependente da
quantidade de muco produzido, da sua composição, da eficiência do batimento ciliar, da
reabsorção mucosa e da patência dos óstios e das vias de drenagem nas quais os
mesmos se abrem.
1.1) Drenagem
Normalmente, tanto a mucosa do nariz quanto a dos seios são recobertas por um
muco que é formado por duas camadas. A camada mais externa, de maior viscosidade, é
chamada de fase gel e a camada mais interna, de menor viscosidade, de fase sol. Esta
fica em contato íntimo com as células ciliadas. Partículas presentes no ar de até 10 µm
são aprisionadas na fase gel e removidas pelos batimentos ciliares.
A secreção mucosa é regulada predominantemente pelo sistema parassimpático.
A substância P parece ser o neurotransmissor mais importante, sendo responsável pela
hipersecreção, vasodilatação e extravasamento de plasma.
O batimento ciliar é composto por dois tipos de movimentos: sincronizado ou
transversal e metacronizado ou longitudinal. A coordenação do batimento de um cílio
individual, que previne a colisão entre cílios em diferentes fases de movimento, é
chamada metacronia. Esta ajuda a coordenar diferentes ondas de batimentos para
adquirir fluxo unidirecional do muco. Os cílios se movem apenas na fase sol e fazem
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contato com a fase gel apenas por um breve momento, resultando na movimentação da
fase gel sobre a fase sol (Figura1).
O transporte mucociliar também é auxiliado pelo fluxo inspiratório, uma vez que
determina pressão negativa, promovendo transporte de muco para fora dos seios.
Figura. 1: Desenho
esquemático que mostra
o batimento ciliar. Notar
que apenas as pontas
dos cílios tocam a fase
gel. (Stammberger H.,
Funcional Endoscopic
Sinus Surgery, 1994).
Figura 2: 1: Células ciliadas em epitélio de fossas nasais; 2: Cílios visualizados por microscopia eletrônica.
(Arch Broncopneumol. 2005;41:569-78)
Os cílios respiratórios batem aproximadamente mil vezes por minuto. Isso significa
que os materiais da superfície são movidos numa proporção de 3 a 25 mm por minuto. A
depuração mucociliar ocorre adequadamente quando existem condições ideais de
ventilação, umidade, pH, pressão osmótica e metabolismo. Umidade considerada ótima é
85% de umidade relativa; a temperatura ideal é de 33 oC, sendo que o batimento ciliar
diminui quando a temperatura está abaixo de 18oC ou acima de 40oC; e o pH ideal deve
estar entre 7 e 8.
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1.2) Ventilação
A saída do muco dos seios ocorre através dos seus respectivos óstios naturais.
Existem também os chamados óstios acessórios, que podem estar presentes nos seios
maxilares e não apresentam causa definida. O óstio acessório pode ser encontrado na
região da parede nasal lateral onde existe apenas mucosa, sem estruturas ósseas,
denominada fontanela posterior. Os óstios acessórios são de pouca importância, uma vez
que grande parte do muco sai efetivamente pelo óstio natural do seio maxilar.
Ao observar o transporte do muco, através de muco “tingido” com sangue do
próprio paciente, vemos que há um “bypassing” (ou transposição) do óstio acessório. Uma
outra situação possível é a saída do muco pelo óstio natural para o infundíbulo etmoidal,
com sua reentrada para o seio maxilar através do óstio acessório. Este fenômeno é
conhecido como recirculação e é importante na fisiopatologia das doenças crônicas
nasossinusais. (Figura 3)
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Figura 5: Drenagem do
seio maxilar. Observar
que a drenagem se dá
para o óstio natural do
seio maxilar e para o
infundíbulo etmoidal:
om=óstio do seio maxilar;
be=bula etmoidal;
hs=hiato semilunar;
pu=processo uncinado
(Stammberger H.,
Functional Endoscopic
Sinus Surgery, 1994).
Seio Frontal:
É o único seio que possui um transporte ativo de muco para o interior do seio. O
transporte ocorre da seguinte forma (Figura 6):
1) Inicia-se no septo intersinusal em sentido cranial;
2) Segue lateralmente no teto do seio frontal;
3) Converge para o óstio do seio frontal através das porções mais inferiores das
paredes posterior e anterior.
No entanto, nem todo muco é transportado de uma vez para fora do seio. Parte
deste retorna devido ao padrão do batimento ciliar que existe nas porções mais próximas
do óstio do seio frontal. O seio frontal é drenado tanto no recesso frontonasal quanto no
infundíbulo, dependendo do posicionamento de sua abertura nasal que se define durante
o crescimento embrionário. Mais comumente se faz no recesso em função da maior
ocorrência de implantação do uncinado lateralmente na lamina papirácea.
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1a via:
a) Secreções dos seios frontal, maxilar e células etmoidais anteriores se
encontram no infundíbulo etmoidal;
b) dirigem-se para a porção posterior do processo uncinado;
c) vão para a face medial e superior da concha inferior;
d) a secreção desta via passa anterior e inferiormente ao óstio da tuba
auditiva, e daí para a nasofaringe.
2a via:
a) Secreções das células etmoidais posteriores e seio esfenoide se
encontram no recesso esfenoetmoidal;
b) passam posterior e superiormente ao orifício da tuba;
c) caem na nasofaringe, se unindo à secreção da 1ª via.
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podendo levar à lesão irreversível dos cílios e à metaplasia do epitélio ciliado em epitélio
pavimentoso.
A anatomia nasal interna promove uma ampla superfície de contato ar-mucosa,
permitindo a rápida transferência de umidade da mucosa ao fluxo aéreo. O aquecimento
do ar inspirado é feito pela vascularização da mucosa nasal. A rede vascular conduz calor
ao fluxo aéreo nasal, permitindo que o ar inspirado adquira a temperatura corporal antes
de atingir o trato respiratório inferior.
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Inicialmente descrito por Kaiser em 1895, é definido como ciclo espontâneo nasal
de congestão e descongestão alternantes que ocorrem em cada lado do nariz, resultantes
de mudanças do tônus simpático. Guillen, em 1967, utilizando rinomanometria, observou
que a resistência nasal total permanecia constante apesar da mudança que ocorria em
ambas fossas nasais.
O fenômeno se caracteriza pela alternância de períodos de maior resistência nasal
entre as fossas nasais. Isso se deve à variação de predominância do sistema simpático
ou parassimpático nas fossas nasais alternadamente. Na fossa nasal com predomínio do
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Figura 8: Mostrando os diversos estágios evolutivos dos seios da face de acordo com a idade.
Figura 9: Ilustra a diferença no desenvolvimento dos seios da face de uma criança e de um adulto.
3. ANATOMIA ENDOSCÓPICA
Com o advento da cirurgia endoscópica nasossinusal, grande importância foi
atribuída para a anatomia da parede lateral da fossa nasal e dos seios paranasais. Todo
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cirurgião que se propõe a fazer cirurgia endoscópica nasossinusal deve ter amplo
conhecimento da anatomia dessa região.
Figura 10: Paredes lateral do lado direito da cavidade nasal (Netter, Atlas de Cabeça e Pescoço)
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coanas. Superiormente, o osso frontal forma o teto do osso etmóide através das fovéolas
etmoidais (Figuras 11, 12 e 13).
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Figura 16
1= borda da concha superior
ressecada;
2=borda da concha média;
3=borda da concha inferior;
4=bula etmoidal;
5=processo uncinado;
6=hiato semilunar;
7=agger nasi;
8=osso da concha inferior,
9=osso lacrimal;
10=processo frontal da maxila;
11=forâmen esfenopalatino;
fa=fontanela anterior;
fp=fontanela posterior.
(Stammberger H., Functional
Endoscopic Sinus Surgery,
1994)
Figura 17: Classificação de Landsberg e Friedman para a inserção superior do processo uncinado. A: Tipo 1
(inserção na lâmina papirácea). B: Tipo 2 (inserção na parede posterior do agger nasi). C: Tipo 3 (inserção na
lâmina papirácea e na junção da concha média com a placa cribriforme). D: Tipo 4 (inserção na junção da
concha média com a placa cribriforme). E: Tipo 5 (inserção na base do crânio). F: Tipo 6 (inserção na concha
média).
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LB
PVCM
PHCM
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Figura 24: Çoncha média e suas porções: vertical, diagonal e horizontal (seta branca).
A concha inferior é uma lâmina óssea delgada e curvada em sua borda livre e se
insere na superfície nasal da maxila e na lâmina perpendicular do osso palatino.
Embriologicamente tem origem diferente das outras conchas. A concha inferior resulta da
infiltração endocondral e óssea da região maxilo-turbinal.
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A concha nasal superior é a menor das três, abaixo da qual se situa o meato
superior. Também fazem parte do etmóide. Súpero-posteriormente à concha média fica o
recesso esfenoetmoidal, que recebe a abertura do seio esfenoidal (Figura 26 e 27). No
meato superior estão os orifícios de drenagem das células etmoidais posteriores. Ainda
pode existir a quinta lamela (concha suprema)
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Figura 26: cs: concha superior esquerda; cm: concha média esquerda; ci: concha inferior esquerda, s: septo nasal e o:
orifício de drenagem das células etmoidas posteriores.
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Figura 29: Tomografia computadorizada de seios da face, corte coronal demonstrando infundíbulo etmoidal e
demais estruturas adjacentes.
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O osso etmoide é aberto superiormente nos primeiros dois terços anteriores. Por
essa razão, é o osso frontal (com suas fovéolas etmoidais) que forma o teto do etmoide
nessa região (Figura 31). O osso frontal é mais espesso e denso nessa área e, por essa
razão pode-se observar a transição óssea entre as fovéolas etmoidais e a lamela lateral
do etmoide. Como essa transição pode variar de forma, tamanho e altura em relação à
lâmina crivosa (ou cribriforme), uma tomografia computadorizada é muito importante na
avaliação anatômica pré-operatória (Figura 32).
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Figura 32: Variações do teto do etmóide e local onde passa a artéria etmoidal anterior (seta) (Stammberger
H., Functional Endoscopic Sinus Surgery, 1994).
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Figura 33: Trajeto da artéria etmoidal anterior. A figura B mostra o canal etmoidal e seu trajeto da órbita para
o etmóide (Stammberger H., Functional Endoscopic Sinus Surgery, 1994).
Quando o teto do etmoide é baixo, ou seja, um pouco maior que o nível da lâmina
crivosa, este canal se localiza no teto do etmoide. No entanto, geralmente, este canal está
unido pelo teto do etmoide através de uma estrutura óssea semelhante a um meso. Em
40% dos casos, observam-se deiscências parciais ou totais do canal etmoidal, ocorrendo
principalmente na porção mais inferior.
Para identificação da artéria etmoidal anterior deve-se seguir a superfície anterior
da bula etmoidal em direção ao teto do etmoide. Nos casos em que a bula alcança o teto
do etmoide, a artéria etmoidal encontra-se adjacente a esta região. Quando a bula não
alcança o teto do etmoide e não há separação entre o recesso frontal e o seio lateral, a
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artéria etmoidal anterior encontra-se neste último. À TC de seios paranasais, em seu corte
coronal, a identificação do músculo oblíquo superior é útil para se encontrar a artéria
etmoidal anterior (Figura 35).
Figura 35: Artéria etmoidal anterior e posterior. TC axial (A e B) e coronal (C). Observe o canal da artéria
etmoidal anterior (seta branca) e posterior (seta preta). (Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Cabeça e
Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010).
Após alcançar o etmoide anterior, esta artéria alcança a fossa olfatória (fossa
cranial anterior) através da lamela lateral da lâmina crivosa. O ponto em que a artéria
etmoidal anterior penetra a lâmina crivosa é a região mais frágil da base do crânio
anterior. Neste ponto a artéria volta-se anteriormente em uma região chamada de sulco
etmoidal. É também no sulco etmoidal que a artéria meníngea anterior se forma. A artéria
etmoidal alcança a cavidade nasal através do forame crivoetmoidal e a lâmina crivosa. Já
na cavidade nasal, divide-se em artéria nasal anterior (com ramos superior, lateral e
medial), um ramo posterior e vários ramos meníngeos.
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Figura 36: Classificação de Keros (Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S.
Gebrim, 2010).
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da sela, podendo se estender até o clivo. O tipo conchal é muito comum em crianças
antes dos 12 anos de idade e depois disso se inicia a pneumatização do seio esfenoidal.
Apresenta importantes estruturas nervosas e vasculares adjacentes: súpero-
lateralmente, encontra-se o nervo óptico; lateralmente, encontra-se a artéria carótida
interna e o forâmen redondo (Figura 38), por onde emerge o ramo maxilar do nervo
trigêmio (V2); inferiormente localiza-se o forâmen pterigoide, por onde emerge o nervo
vidiano; e superiormente está a sela túrcica, que contém a hipófise (Figuras 39 e 40).
Figura 38: TC com reconstrução em 3D, axial e coronal, janela óssea, forâmen redondo (seta
vermelha) e canal vidiano (seta azul). (Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Cabeça e Pescoço, Eloisa M.
S. Gebrim, 2010).
Figura 39: Secção frontal através do seio cavernoso (Netter, Atlas de Cabeça e Pescoço)
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O nervo vidiano é formado por dois principais ramos nervosos (Figura 41):
Nervo petroso superficial maior (NC VII);
Nervo petroso profundo - ramos do plexo simpático carotídeo (glândulas
lacrimais).
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Figura 42: Variações dos seios esfenoidais. TC coronal e axial. Observe a presença dos recessos
inferolaterais dos seios esfenoidais, a artéria carótida interna situa-se no seio esfenoidal (seta preta).
(Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010).
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Figura 45: Recesso frontal (seta branca). TC coronal e sagital. (Radiologia e Diagnóstico por Imagem –
Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010).
O recesso do seio frontal pode ser ocupado por diversas células e sua
variabilidade anatômica é grande. De forma simplificada, o limite anterior do recesso é o
agger nasi (quando presente) e o posterior é a bula etmoidal.O processo uncinado,
quando se insere na lâmina papirácea é o limite lateral e inferior do recesso, formando o
recesso terminal (Figura 46).
A irrigação do seio frontal chega pelas artérias maxilar e oftálmica, que se originam
das artérias carótidas externa e interna, respectivamente. Tributárias de veias oftálmicas e
intracranianas participam da drenagem venosa. A drenagem linfática obedece às vias
orbitarias, nasais e cranianas anteriores.
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Figura 49: TC com reconstrução 3D, axial e sagital, janela óssea. Fossa pterigopalatina (setas vermelhas) e
canal vidiano (seta azul). (Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim,
2010).
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5) Variações Anatômicas
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Figura 57: Cornetos bolhosos e paradoxais. TC coronal (A-D). Observe a pneumatização dos cornetos
médios (A e B) e superiores (C). Notar a curvatura paradoxal dos cornetos médios em D. (Radiologia e
Diagnóstico por Imagem – Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010)
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Figura 60: Células de Onodi bilaterais (setas brancas). Tc axial (A), cononal (B), sagital (C).
(Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010).
As células de Haller são células etmoidais que se desenvolvem para o teto do seio
maxilar, adjacente e superiormente ao óstio do seio maxilar (Figuras 61 e 62). Ocorre em
10% dos pacientes. Se as células de Haller estão doentes ou são grandes, o óstio natural
do seio maxilar pode obstruir, levando a uma sinusopatia maxilar. A presença ou não das
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Figura 62: Célula de Haller, junto ao assoalho orbitário. TC coronal. (Radiologia e Diagnóstico por Imagem –
Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010).
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Figura 63: Célula frontal tipo I (setas pretas). TC coronal (A) e sagital (B e C). Observe a presença
de uma única célula superiormente à célula de agger nasi (seta branca), que não se estende até o seio
frontal. (Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010
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Tipo II: Duas ou mais células superiores ao agger nasi (Figura 64);
Figura 64: Célula frontal tipo II (setas brancas). TC coronal (A) e sagital (B). Observe a presença
de célula frontal tipo II, situada superiormente à célula agger nasi. (Radiologia e Diagnóstico por
Imagem – Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010).
Tipo III: Célula única e grande que pneumatiza superiormente para o interior do
seio frontal (Figura 65);
Figura 65: Célula frontal tipo III (setas brancas). TC coronal (A e C) e sagital (B). Observe em
diferentes casos que a célula frontal tipo III insinua-se no seio frontal esquerdo. (Radiologia e
Diagnóstico por Imagem – Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010).
Tipo IV: Está totalmente contida no seio frontal, não mostrando conexão óbvia
com o recesso frontal (Figura 66).
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Figura 67: Célula supraorbitária: posterior ao recesso frontal e lateral ao seio frontal, simulando
uma septação do seio frontal. TC coronal (A) e axial (B). (Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Cabeça e
Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010).
Figura 68: Célula intersinus frontal (seta preta). TC axial (A) e coronal (B). (Radiologia e Diagnóstico por
Imagem – Cabeça e Pescoço, Eloisa M. S. Gebrim, 2010).
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Referências Bibliográficas
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