Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
II. HISTOPATOLOGIA
2
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
3
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
Voegels et al. demonstrou que os níveis de IL-1B, IL-3, IL-4 e IL-5 são
reduzidos após cirurgia em pacientes com PN, e que os níveis de IL-1B e IL-5
são significativamente menores nos pacientes com melhores resultados pós
operatórios.
4
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
Além disso, o SPA interage com a família VH3 dos produtos do gene
variável da cadeia pesada de imunoglobina e desta forma seleciona
preferencialmente as células plasmáticas que apresentam estas
imunoglobulinas em sua superfície, o que leva a um polarização do VH3. Na
verdade, os agregados semelhantes a folículos podem ser encontrados em
pólipos nasais, expressando células B CD20+, células T CD3+ e células
plasmáticas IgE, mas altamente deficiente de células dendritícas
apresentando antígeno CD1a+, sustentando o conceito de um estímulo tipo
superantígeno (pois ativam cerca de 30% dos linfócitos, ao passo que os
antígenos usuais ativam apenas 0,001%). Os SAEs ainda estimulam a célula
T ligando-se a uma cadeia beta variável do receptor de célula T, que induz a
produção de citocina IL-4 e IL-5, ativando diretamente os eosinófilos e
prolongando sua sobrevida. Também podem ativar diretamente as células
epiteliais para liberar quimiocinas.
5
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
1 ) AS MA
6
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
7
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
3) ALERGIA
8
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
9
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
5) FIBROSE CÍSTICA
(*Maiores detalhes em seminário específico)
10
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
11
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
6) SÍNDROME DE CHURG-STRAUSS
É relatado que este quadro pode ocorrer, ainda que raramente, como
reação adversa ao uso de antileucotrienos. São usados corticosteróides
12
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
7) DISCINESIAS CILIARES
(*Maiores detalhes em seminário específico)
13
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
d. Hiposmia ou anosmia
14
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
0- Ausência de pólipos
0- Ausência de pólipos
1- Pequenos pólipos no meato médio/edema
2- Bloqueio do meato médio
3- Pólipos estendem-se além do meato médio sem gerar obstructão
nasal complete
4- Polipose nasal maciça
X. ESTADIAMENTO TOMOGRÁFICO
Maxilar (0,1,2)
Esfenoide (0,1,2)
Frontal (0,1,2)
15
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
Complexo ostiomeatal (0 ou 2
somente)*
Total de pontos
XI. TRATAMENTO
1) TRATAMENTO CLÍNICO
- CORTICOSTEROIDES
16
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
tamanho dos pólipos e sua recorrência, melhora a obstrução nasal, mas não
se mostra tão eficaz na melhora do olfato. Por sua segurança, esteróides
tópicos por longos períodos podem ser utilizados com sucesso em casos de
polipose menos extensa. Também podem ser utilizados corticóides
sistêmicos por período curto. Alguns autores têm preconizado, em vez de
cirurgias amplas e invasivas, polipectomias simples apenas para
desobstrução das fossas nasais, seguidas de corticosteróides tópicos. Jones
et al. recomenda a remoção dos pólipos apenas do meato médio, não
intervindo sobre os pólipos localizados na região da fenda olfatória, como na
concha média, superior e septo nasal; propõe a lateralização da concha
média para abertura da fenda olfatória, possibilitando, com isso melhor
acesso aos corticóides tópicos, e preservando valiosa mucosa olfatória.
Os corticóides sistêmicos atuam melhor sobre o olfato, são eficazes na
diminuição dos pólipos, mas causam os graves e conhecidos efeitos
colaterais se usados por longo período. Em altas doses por curto período,
produzem o que se descreve na literatura como “polipectomia
medicamentosa”. Settipane propõe um tratamento de 10 dias que se inicia
com aproximadamente 60mg de prednisona (VO) e diminui 5mg ao dia. Os
corticosteróides sistêmicos inibem a formação de pólipos e,
experimentalmente, inibem o crescimento de patógenos bacterianos nas
cavidades paranasais de coelhos. Também inibem a síntese de citocinas
associadas aos eosinófilos, como a IL-5 e GM-CSF, e de outros mediadores
inflamatórios. Outro mecanismo de ação dos antiinflamatórios esteróides
seria a indução de apoptose dos eosinófilos. No futuro, o controle da
apoptose dos eosinófilos pode se tornar a chave para o tratamento clínico da
PN.
A injeção local de corticóides é considerada técnica obsoleta, devido
ao risco de necrose da gordura ou amaurose após injeção endonasal. No
entanto, em 2008 Kang e colaboradores publicaram um artigo em que
aplicaram corticóide tópico de alta dosagem no pós operatório dos pacientes
com RSC com PN e obtiveram um resultado superior a aplicação em spray.
O papel da alergia sobre a resposta terapêutica da PN aos corticóides
tópicos foi avaliado em um estudo prospectivo realizado em 2006 no qual 68
pacientes com polipose leve a moderada foram submetidos a teste cutâneo
para antígenos inalantes e também biópsia dos pólipos nasais. Os pólipos
foram classificados de acordo com o predomínio do padrão inflamatório em
eosinofílicos e não-eosinofílicos.
Estes pacientes foram divididos em 4 grupos, e foram tratados com
Budesonida nasal (400 microgramas/dia) durante 6 semanas:
1. Pólipos eosinofílicos e teste cutâneo positivo;
2. Pólipos eosinofílicos e teste cutâneo negativo;
3. Pólipos não eosinofílicos e teste cutâneo positivo;
4. Pólipos não eosinofílicos e teste cutâneo negativo.
Foi observado que o grupo de pacientes com teste cutâneo positivo e
pólipos não eosinofílicos obtiveram a pior resposta terapêutica com corticóide
17
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
- MACROLÍDEOS
- ANTILEUCOTRIENOS
18
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
- AAS ORAL/INTRANASAL
- CAPSAICINA INTRANASAL
- FUROSEMIDA INTRANASAL
Seu uso tem como base o efeito broncoprotetor, similar ao efeito das
cromonas. A exocitose de histamina dos mastócitos de ratos foi protegida
pela furosemida in-vitro. Ela apresentou um efeito antiinflamatório através da
inibição da produção e liberação de citocinas, IL-6, IL-8, e TNF-alfa das
células mononucleares periféricas in-vitro. Foi demonstrada proteção contra
recorrência dos pólipos após cirurgia endoscópica nasossinusal (seguimento
de 1 – 9 anos) em 97 pacientes que utilizaram aplicações tópicas de
19
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
- TERAPIA ANTI-FÚNGICA
- ANTI-HISTAMÍNICOS
- DESCONGESTIONANTES
20
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
- LAVAGEM NASAL
2) TRATAMENTO CIRÚRGICO
21
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
- INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
22
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
tradicional).
XII. ANEXOS
23
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
Referências Bibliográficas
1. Tratado de Otorrinolaringologia (SBORL). 2° edição, volume 3, São Paulo, Editora Roca:
2011; pp 111-120.
2.Seminário sobre Polipose Nasossinusal dos Residentes HC/FMUSP - 2015.
3. European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps (EPOS). Rhinol
Suppl.2012
4. Comissão de Protocolos ABORL-CCF. Uso do microdebridador em Otorrinolaringologia.
5. Bezerra, Thiago Freire Pinto.O papel do biofilme na rinossinusite crônica com polipose nasossinusal.
São Paulo, 2012. Tese (doutorado)--Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Programa
de Otorrinolaringologia. Orientador: Richard Louis Voegels.
6. Balbani AP, Marone SA, Butugan O, Saldiva PH – [Síndrome de Young: infecções respiratórias de
repetição e azoospermia]. Rev Assoc Med Brás. Mar;46(1): 88-89, 2000
7.Dunlop G; Scadding G; Lund, V.J. – The Effect of Endoscopic Sinus Surgery on Asthma:
Management of patients with Chronic Rhinosinusitis, Nasal Polyposis, and Asthma. American
Journal of Rhinology, 13(4): 261-265, 1999.
7. Encyclopedie Médico-Chirurgicale, 20-395-A10-pp1-11.
8. Haetinger RG. Avaliação por imagem dos seios paranasais na correlação com
endoscopia e cirurgia endoscópica endonasal. Rev Brás Otorrinolaringol, 64(2) supl.3, p17-29, 1998.
9. Holmstrom M, Holmberg K, Lundblad L, Norlander T, Stierna P. Current perspectives
on the treatment of nasal polyposis: a Swedish opinion report. Acta Otolaryngol 2002; 122: 736 – 744.
10. Hulka GF – Head and Neck Manifestations of Cystic Fibrosis and Ciliary Dyskinesia.
Otolaryngologic Clinics of North America. 33(6): 1333-1341, 2000.
11. Kramer MF; Ostertag P; Pfogner E; Rasp G. – Nasal Interleukin-5, Imunoglobulin E.
Eosinophilic Cationic Protein, and Soluble Intercellular Adhesion Molecule-1 in Chronic Sinusitis,
Allergic Rhinitis, and Nasal Polyposis. Laryngoscope. 110: 1056-1062, 2000.
12. Larsen K; Tos M. A long-term follow-up study of nasal polyp patients after simple
polypectomies. Eur Arch Otorhinolaryngol Suppl, 1, S85-8, 1997.
13. Nonaka M; Pawankar R; Tomiyama S; Yagi T – A Macrolide Antibiotic, Roxithromycin,
Inhibits the Growth of Nasal Polyp Fibroblasts. American Journal of Rhinology, 13(4): 267-272, 1999.
14. Parnes S; Chumma AV – Accute Effects of Antileukotrienes on Sinonasal Polyposis
and Sinusitis. ENT-Ear, Nose & Throat Journal, 79(1):18-25, 2000.
15. Rudack C; Bachert C; Stoll W. Effect of prednisolone on cytokine synthesis in nasal
polyps. J. Interferon Cytokine Res., 19:9, 1031-5, 1999.
16. Sanchez-segura A; Brieva JA; Rodriguez C- Regulation of Imunoglobulin Secretion
by Plasma Cells Infiltrating Nasal Polyps. Laryngoscope, 110:1183-1188, 2000.
17. Saunders MW et al, Do corticosteroids induce apoptosis in nasal polyp inflammatory
cells? In vivo and in vitro studies., Laryngoscope 109, May 1999.
24
POLIPOSE NASOSSINUSAL SEMINÁ RIOS ORL HCFMUSP 2018
18. Settipane GA, Lund VJ, Berstein JM, Tos M. Nasal polyps: epidemiology,
pathogenesis and treatment. Rhode Island, Oceanside Publications, 1997. 97p.
19. Voegels RL. Nasal polyposis and allergy: is there a correlation? American Journal of
Rhinology. 15 (1): 9-14,2001
20. P. Staphylococcus aureus enterotoxins: a key in airway disease? Allergy
2002;57(6):480-7
21. Ricchetti A, Landis BN, Maffioli A, Girger R, Lacroix JS. Effect of anti-fungal nasal
lavage with amphotericin B on nasal poliposis. J Laryngol Otol 2002; 116(4):262-3.
22. Ponikau JU, Sherris DA , Kita H. Treatment of chronic rhinosinusitis with intranasal
amphotericin B: A randomized, placebo-controlled, doublé blind pilot trial. J Allergy Clin Immunol 2005;
115(1):125-32.
23. Seiberling KA, Conley DB, Tripathi A, Grammer LC, Shuh L, Haines GK.
Superantigens and chronic rhinosinusitis: detection of staphylococcal exotoxins in nasal polyps.
Laryngoscope 2005:115:1580-5.
24. Kirtsreesalkul V, Atchariyasathian V. Nasal polyposis: Role of allergy on therapeutic
response of eosinophil and noneosinophil-dominated inflammation. Am J Rhinology 2006: 20(1)95-100.
25. Lee JY, Lee SW. Influence of age on the surgical outcome after endoscopic sinus
surgery for chronic rhinosinusitis with nasal polyposis. Laryngoscope 2007; 117 (6): 1084-1089.
26. Romano FR, Voegels, RL, Goto EY, Prado FAP, Butugan O. Nasal contact
endoscopy for the in vivo diagnosis of inverted schneiderian papilloma and unilateral inflammatory nasal
polyps. Am J Rhinol 2007; 21: 137-144.
33. Ryan M. Diseases associated with rhinossinusitis: what is the significance? Curr opin
Otolaryngol Head Neck Surg. 2008,16:231-236.34. Otto B, Wenzel S. the role of cytokines in chronic
rhinossinusitis with nasal polyps. Curr Opi Otolaryngol head Neck Surg. 2008, 16: 270-274.
35. Lund VJ, Kennedy DW. Quantification for staging sinusitis. International Conference on
Sinus Disease: Terminology, Staging, Therapy. Ann Otol Rhinol Laryngol Suppl 1995; 104 (suppl):17-
25