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LINFOMA DE HODGKIN
É UMA NEOPLASIA LINFÓIDE DE ORIGEM LINFOCITÁRIA B,
IMPORTÂNCIA DESCRITA INICIALMENTE EM 1832 POR THOMAS HODGKIN.
SINTOMAS SISTÊMICOS
Sintomas B: Febre (> 38) ocorre em 25 a 50% dos doentes, sendo mais comum
com estádios mais avançados.Perda de peso > 10% do peso em 6 meses;
Sudorese noturna.
Outros Sintomas:
Prurido generalizado (10 a 15% dos doentes no diagnóstico); dor induzida pelo
álcool; dor lombar e desconforto abdominal por linfonodomegalia retroperitoneal;
ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
- Anemia normo/normo
- Leve leucocitose, linfopenia, monocitose, eosinofilia, trombocitose.
- VHS, LDH elevados - exames de acompanhamento.
DIAGNÓSTICO
Geralmente por imunohistoquimica de linfonodo excisional;
Presença de células de Reed-Sternberg + “pano de fundo” adequado
(Linfócitos, plasmóscitos, eosinófilos).
Marcadores celulares: CD-15 e CD-30.
CARACTERISTICAS AP
INFILTRADO MISTO de linfócitos, macrófagos, células epitelióides, plasmócitos,
eosinófilos (padrão celularidade mista).
CÉLULAS DE REED-STERNBERG. O aspecto mais característico é uma célula binucleada com nucléolos grandes e
eosinófilos, dando o clássico aspecto em olho de coruja. O citoplasma é abundante e eosinófilo. Pode haver exemplos
tri- ou polinucleados.
Só as células de Reed-Sternberg são consideradas diagnósticas da doença de Hodgkin, ou seja, seu encontro é
obrigatório para fechar o diagnóstico.
NECESSÁRIO HISTÓRICO CLÍNICO E EXAME FÍSICO E DEMAIS EXAMES LABORATORIAIS (HMG, VHS,
DHL, ALBUMINA, FC HEPATICA E RENAL) E DE IMAGEM (TORAX, ABDOMEN E PELVE: TC COM
CONTRASTE, PET-CT)
Cintilografia óssea na presença de dor óssea, ou fosfatase alcalina sérica elevada ou nível de cálcio.
O teste de HIV deve ser considerado em pacientes cuja apresentação da doença é principalmente extralinfonodal.
Após Estadiamento:
TRATAMENTO
É A NEOPLASIA LINFÓIDE COM MAIOR CHANCE DE CURA EM JOVENS E ADULTOS (~80% DOS
CASOS)
EPIDEMIOLOGIA
Pico de incidência entre 50 e 65 anos de idade.
Mais em homens.
Subtipo mais comum: Linfoma de grandes células B
ETIOLOGIA
Associado a imunossupressão (HIV e drogas imunossupressoras)
- Associado a exposição ocupacional (pesticidas e radiação)
- Associação a agentes infecciosos (HTLV-1, EBV, HHV-8, H. pylori, HCV, Malária)
NA POPULAÇÃO INFANTO-JUVENIL
Em pediatria, na maioria dos casos, os LNH estão incluídos no grupo de alto
grau de malignidade e são agressivos. Sexo masculino é mais acometido.
- A idade de maior frequência da doença é variável com o tipo histológico do
LNH.
- O linfoma de Burkitt acomete mais frequentemente a criança com menos de
10 anos de idade.
- O linfoma linfoblástico compromete mais frequentemente as crianças acima
de 10 anos de idade;
O aumento do número de crianças infectadas pelo vírus HIV tem
levado ao surgimento de LNH e da AIDS.
QUADRO CLÍNICO
Linfoma Indolentes: acometem mais idosos, história clínica mais lenta, poucos
sintomas, dificilmente curáveis.
- Linfomas Agressivos: Adultos, crescimento rápido, sobrevida menor sem
tratamento, maior chance de cura.
- Na criança a maioria é de alto grau, rapidamente progressivo e com alta
capacidade de disseminação.
SINTOMATOLOGIA
- Linfadenopatia superficial não dolorosa.
- Presença de massas em diversas regiões.
- Acometimento de anel de Waldeyer (5-10%).
- Envolvimento Mediastinal (mais comum em linfomas de células T)
- Sintomas B.
- Hepatoesplenomegalia.
- Envolvimento do TGI.
- Infiltração de Medula óssea
ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
- DHL elevado.
- Ácido úrico elevado.
- Beta-2-microglobulina elevada.
SUBTIPOS PRINCIPAIS
- Linfomas de Células B ou T - grandes células
- Macroglobulinemia de Waldenstrom (linfoma linfoplasmócito); Produção de IgM e síndrome de
hiperviscosidade).
- Linfoma de Burkitt - agressivo. 2 formas: Endêmico - infecções repetidas por malária; e esporádico - HIV+.
- Linfoma MALT - indolente (mucosa gástrica - H.pylori) Tratamento? QT? RT? Cirurgia?
Os três grandes grupos pediátricos são: Burkitt (células B maduras), Linfoblástico
(precursores de B e T), Linfoma de grandes células (grandes células B e T).
SUBTIPOS
- 85% derivam de Células B
- 15% derivam de células T ou NK
LINFOMA DE BURKITT
- A infiltração tumoral da alça intestinal ocorre pelo íleo terminal, órgãos
pélvicos e rins
- O paciente pode apresentar sinais de abdome agudo, dor abdominal,
alteração de hábito intestinal, sangramento ou perfuração.
- O SNC e a MO podem estar envolvidos. Além de glândulas salivares,
mandíbula, testículo, entre outros...
LINFOMA LINFOBLÁSTICO
- A infiltração da MO pode ocorrer em até 50% dos casos, e representa 30% dos LNH pediátricos.
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- Para distinguir da LLA é necessário a contagem do número de blastos na MO: se houver uma infiltração por blastos >
25% define-se LLA.
Sintomas e sinais
- Crianças apresentam massa mediastinal frequentemente associado com Derrame pleural
em mais de 95% dos casos.
- Linfomas do mediastino tem tendência de disseminação para MO, gônadas e SNC. Meninos
são mais afetados do que meninas (2,5:1)
DIAGNÓSTICO
- Biópsia de linfonodo/massa ou local acometido (informa o subtipo). Biópsia
Excisional.
ESTADIAMENTO
- Exame Físico;
- Exame de Imagem; (raio -X de tórax, TC, RM, PET-ct)
- Biópsias; - Sempre biopsiar medula óssea.
Sistema de Ann Arbor
Risco Baixo - 0 a 1 pontos. | Risco Intermediário 2-3 pontos. | Risco Alto 4-5 pontos;
TRATAMENTO
- Diversos protocolos dependendo do subtipo.
- Quimioterapia.
- Radioterapia.
- Transplante de medula óssea.
Utilização do Rituximabe (anti-CD 20)
FATORES DE RISCO
- Radiação ionizante: geralmente doses altas em indivíduos jovens, como na
radioterapia para tumores sólidos (LLA);
- Exposição a benzeno e derivados do petróleo, pesticidas e herbicidas (LMA); -
Agentes alquilantes (LMA);
- Inibidores da topoisomerase II (LMA);
- Distúrbios hereditários (LMA): aqueles que levam à instabilidade cromossomial
(anemia de Fanconi, síndrome de Bloom, ataxia-telangiectasia, síndrome de
Kostman ou neutropenia congênita);
- Anomalias citogenéticas congênitas: síndrome de Down (trissomia do 21),
síndrome de Patau (trissomia do 13) e síndrome de Klinefelter (XXY)
hepatoesplenomegalia).
A esplenomegalia das leucemias agudas não é tão proeminente quanto a da LMC.
A linfadenopatia pode ocorrer, embora seja mais comum na LLA.
A dor óssea (também mais comum na LLA) é um sintoma decorrente da expansão
medular pela proliferação dos blastos ou da invasão do periósteo
Sintomas Infiltrativos
- Hiperplasia Gengival (mais comuns em subtipos M4 e M5)
- Leucemia Cutis (placa eritematosa e violácea)
- Sarcoma Granulocítico (cloroma) - órbita, óssos... Em todas as LMA
- A síndrome da leucostase pode se instalar quando níveis muito elevados de
leucócitos. Mais comum em LMA M4 e M5. Os leucócitos aumentam a
viscosidade sanguínea e podem se aderir ao endotélio das vênulas pulmonares e
outros órgãos, como o cérebro. O paciente apresenta sintomas neurológicos
(cefaleia, borramento visual, parestesias, torpor, coma, crise convulsiva),
pulmonares (dispneia, taquipneia, insuficiência respiratória com hipoxemia
grave) e geniturinários.
LLA VS LMA
O quadro clínico da LLA é muito semelhante ao da LMA. Diferenças a serem destacadas:
(1) a dor óssea é muito frequente na LLA – 80% dos casos;
(2) adenomegalia cervical ou generalizada é mais frequente na LLA – 75% dos casos;
(3) podem ocorrer massas mediastinais no subtipo de células-T do timo na LLA;
(4) o acometimento do sistema nervoso central e dos testículos (especialmente na recidiva) é
mais comum na LLA;
(5) a febre neoplásica é mais comum – 70% dos casos;
(6) a hiperplasia gengival ocorre apenas na LMA.
DIAGNÓSTICO
- Hemograma- a leucometria inicial é bastante variável, podendo haver leucopenia
ou leucocitose. Blastos em sangue periférico não é obrigatório.
EXAMES COMPLEMENTARES
- LCR- infiltração do snc em 15%
- Coagulograma – se leucometria acima de 100mil/mm3 grande risco de civd
- Hiperuricemia, acidose metabólica, alteração de potássio, hipocalcemia,
hiperpotassemia, aumento de ureia e creatinina, tgo, tgp, dhl, alteração de
coagulação. Hematuria,cristais de urato, ph acido.
TRATAMENTO
- Específico: quimioterapia ( a depender do subtipo), se comprometimento do snc
– qtx intratecal. Transplante de medula óssea em alguns casos.
- Objetivo inicial: remissão e restauração da hematopoiese, terapia preventiva do snc, fase de
intensificação e fase de manutenção. (geralmente duração de ~120 semanas)
PROGNÓSTICO
LLA:
- Probabilidade de remissão inicial: Crianças >95%,
adultos >70%. Sobrevida a longo prazo: Crianças >
80%. Adultos <50%.
LMA:
- Remissão inicial: 50-85%
- Sobrevida livre de doença a longo prazo: 40%