Você está na página 1de 8

NATURE VS NURTURE

 NATURE: refere-se a fatores biológicos (genéticos);


 NURTURE: fatores externos, ambiente exterior (por exemplo, meio em que
crescemos);

Estes 2 conceitos são simplesmente duas categorias que representam a influência genética e
ambiental nos problemas de saúde.

A complexidade e as variações do comportamento, são influenciadas pela hereditariedade,


mas não provém somente de um único gene. Regra geral, estas variações de comportamento
são justificadas pela influência de vários genes e de fatores do meio ambiente exterior.

Relativamente ao comportamento, a primeira questão que precisa de ser colocada é referente


ao facto de se a hereditariedade é de todo importante - nos distúrbios de um único gene é
óbvio que a hereditariedade é um fator crucial. Por exemplo: para genes dominantes, como os
genes da doença de Huntington, todos os indivíduos afetados possuem um pai afetado.

No entanto, no que diz respeito à transmissão de genes recessivos estas variações nas
características não são tão facilmente analisáveis (se estas alterações têm origem Nature ou
Nurture), embora o padrão de transmissão seja facilmente identificado.

Para o estudo dos efeitos dos genes e do ambiente no comportamento da espécie humana,
podem ser utilizados experimentos de Nature (gémeos) e experimentos de Nurture (adoção).
Para calcular a influencia destas características é utilizado um método denominado Quantitive
Genetics.

 QUANTITATIVE GENETICS: método que estima se a diferença observada entre os


comportamentos dos indivíduos se justifica devido a quaisquer variações
(diferenças) genéticas (Nature) ou ambientais (Nurture), sem identificar quais são
os genes ou fatores ambientais específicos.

A hereditariedade é quase sempre importante nas problemáticas complexas, como


comportamento, nesses casos é possível identificar o gene específico que causa aquela
variação comportamental através do Método da Genética Molecular (Molecular Genetics).
Para identificar fatores ambientais específicos podem ser utilizados Designs Genéticos
Comportamentais Sensitivos (genetical sensitive behavior).

A genética comportamental utiliza os métodos da Genética Quantitativa (quantitive genetics) e


da Genética Molecular (Molecular Genetics) para estudar o comportamento humano.

INVESTIGAR A PRESENÇA DA GENÉTICA NAS VARIAÇÕES DO COMPORTAMENTO HUMANO

O método da Genética Quantitativa que estuda o comportamento humano, não é tão


poderoso e direto como nos estudos dos animais. O estudo humano é limitado às ocorrências
genéticas naturais – a adoção e os gémeos podem ser utilizados para estudar a influência
hereditária (NATURE) e ambiental (NURTURE).

 Risco Absoluto: probabilidade de desenvolver determinado traço/condição.

Exemplo: o risco absoluto na população geral de desenvolver esquizofrenia na idade adulta é


0.45%

 Risco Relativo: variação do risco absoluto entre dois grupos


Exemplo: o risco absoluto de desenvolver esquizofrenia é 3.27 maior em filhos de mães com
esquizofrenia, comparando com filhos de mães não afetadas.

DSIGNS ADOTIVOS

Muitos comportamentos persistem em determinadas famílias, o que pode ser justificado por
fatores genéticos (NATURE) ou ambientais (NURTURE) ou por uma combinação de ambos. A
forma mais direta de distinguir e de compreender se a presença de um determinado
comportamento numa família é caracterizado por influência genética ou ambiental, é a
adoção.

A adoção faz com que indivíduos com uma ligação genética não partilhem o mesmo ambiente,
pois foram adotados separadamente (por famílias distintas) – nestas situações, a semelhança
comportamental entre estes dois indivíduos está relacionada com a influência genética
(NATURE).

A adoção permite também que indivíduos que não compartilham os mesmos genes, partilhem
o mesmo ambiente familiar (NURTURE) – neste caso, as semelhanças comportamentais entre
estes indivíduos estão relacionadas com o ambiente exterior (NURTURE).

A ADOÇÃO PERMITE-NOS COMPRENDER E DISTINGUIR SE A PRESENÇA DE UM


DETERMINADO COMPORTAMENTO NUMA FAMÍLIA ESTÁ RELACIONADO COM A INFLUÊNCIA
GENÉTICA OU AMBIENTAL, através de Designs Quantitativos de Genética (Quantitative
Genetics Design):
DESIGN DE ADOÇÃO: São modelos padrão utilizados para ajustar os modelos de teste dos
estudos das variações comportamentais das famílias, os modelos alternativos e a influência
das características genéticas e do ambiente exterior nas variações comportamentais.

No processo de adoção estão envolvidos dois tipos de pais:

 Os pais com influência genética (NATURE): pais biológicos, que puseram o seu filho
para adoção, pouco tempo depois do seu nascimento;
 Os pais com influência ambiental (NURTURE): pais adotivos, que criam um filho
que não é geneticamente relacionado com eles;

Quando uma criança é posta para adoção logo quando é recém-nascida, as semelhanças
existentes entre o pai adotivo e o filho são justificadas pela influência ambiental. Já as
influências genéticas provenientes dos pais biológicos, estão relacionados com o ambiente
pré-natal (ligação mãe - feto) fornecido pela progenitora.

NOTA: A influência genética também pode ser analisada através da comparação entre os
comportamentos das famílias que partilham as mesmas características genéticas e ambientais
com os comportamentos das famílias adotivas que apenas partilham o mesmo ambiente
exterior.

ESTUDO DE IRMÃOS GENÉTICOS E AMBIENTAIS

Irmãos genéticos e ambientais também podem ser objetos de estudo.

 Irmãos genéticos: irmãos diretos que foram adotados separadamente num período
ainda muito cedo das suas vidas (em bebés, na infância) e foram criados em ambientes
diferentes;
 Irmãos ambientais: irmãos sem ligação genética que foram criados no mesmo
ambiente (na mesma casa) – crianças adotadas pelos mesmos pais; uma criança
adotada e um filho biológico dos progenitores; quando um casal cria em conjunto
filhos de um primeiro casamento com pessoas distintas;

NOTA: Quando as crianças são examinadas alguns anos mais tarde, por questões cognitivas e
determinados padrões comportamentais, os fatores genéticos são importantes. A influencia do
ambiente compartilhado na capacidade cognitiva de um individuo, diminuiu drasticamente da
infância para a adolescência.

De acordo com pesquisas genéticas, a semelhança entre determinados comportamentos


cognitivos é mais influenciada por características genéticas do que ambientais. EXEMPLO: o
risco de esquizofrenia é o mesmo para todas as crianças filhas de pais esquizofrénicos, quer
estes sejam criados pelos seus pais biológicos ou adotados à nascença e criados pelos seus pais
adotivos – assim, o ambiente não contribui significativamente para estes traços psicológicos, o
que não significa que o ambiente exterior (e familiar) não é importante (as pesquisas genéticas
quantitativas, como a adoção, são a maior (e melhor) evidência deste facto).

NOTAS:

O risco de um filho de uma pessoa com esquizofrenia (ou outro individuo com uma
semelhança genética de 50% a esta pessoa) ter esta doença é de 10% OU 15%, não de 50%.

Embora o ambiente familiar comum não influencie as semelhanças da família em muitos


aspetos, o ambiente familiar não partilhado pode influenciar a diferenças entre os
familiares.

INFLUÊNCIA GENÉTICA: Sugerida quando o índice do problema é igual para os parentes


relativos biológicos adotados e para os parentes relativos biológicos não adotados.

INFLUÊNCIA AMBIENTAL: sugerida quando o índice do problema é maior para os relativos não
adotados do que para os relativos adotados.

DESIGN DE GÉMEOS: Método utilizado para distinguir se as semelhanças entre gémeos se


devem a fatores genéticos (NATURE) ou ambientais (NURTURE).

Os gémeos idênticos ou gémeos monozigóticos (MZ) (porque provém do mesmo ovo


fertilizado) são geneticamente idênticos. Se o fator genético for importante para uma
característica, estes indivíduos geneticamente idênticos devem ser mais semelhantes do que
relativos em 1º grau, que apenas são 50% semelhantes.

A NATURE permitiu a comparação entre gémeos dizigóticos (DZ) (provém de óvulos distintos,
50% são do mesmo género e 50% são de géneros distintos) e monozigóticos (MZ).

Os estudos de gémeos normalmente focam-se em gémeos dizigóticos do mesmo sexo, pois


são uma melhor comparação aos gémeos idênticos (que são sempre do mesmo sexo).

Os marcadores de DNA dizem-nos se gémeos do mesmo sexo são idênticos ou fraternos – se


um par de gémeos apresentar resultados distintos nos marcadores de DNA, estes são fraternos
visto que gémeos idênticos são geneticamente muito semelhantes.
Normalmente não é muito difícil perceber se um par de gémeos é idêntico ou fraterno, no
entanto a seguinte questão resulta muito bem porque sumaria muitos traços físicos: Quando
os gémeos eram crianças, quão difícil era distingui-los? Para serem confundidos um com o
outro tinham de ser muito semelhantes (utilizar a semelhança física para determinar se dois
gémeos são idênticos ou fraternos é geralmente mais de 95% das vezes certo, quando
comparado com os resultados dos marcadores de DNA).

Se um traço for semelhante geneticamente, gémeos idênticos devem ser mais semelhantes
do que gémeos fraternos. No entanto, também é possível que a similaridade apresentada
pelos gémeos MZ seja mais provocada pelo ambiente exterior (NURTURE) do que por fatores
genéticos, uma vez que estes gémeos são da mesma idade, sexo e são idênticos.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO COM GÉMEOS

o Amostras de gémeos podem não ser representativas da população geral;


o Pode haver viés de recrutamento (participação do par) de gémeos que sejam mais
semelhantes entre si;
o Assunção de equivalência do grau de partilha de ambiente entre gémeos MZ e DZ
pode não ser correta (a semelhança ambiental poderia ser maior para MZ);
o Não definem genes/locais genómicos de associação - Os estudos de gémeos não
permitem determinar que genes/loci são responsáveis pelo controlo dos fatores
comportamentais, apenas se existe ou não uma contribuição de fatores genéticos
em geral;
• A análise de SNPs (single nucleotide polymorphisms) permite ultrapassar
esse problema:
• Estudo de associação entre variações no DNA genómico e
fenótipo →ou seja, num grupo de indivíduos com
determinada característica que queremos estudar (p.e. terem
depressão major), identificar que variações genéticas lhes são
comuns, e que não existem com tanta frequência em
indivíduos sem a característica;

A hipótese do ambiente semelhante do método dos gémeos, assume que o ambiente externo
provocou a similaridade porque é o mesmo ambiente para dois gémeos criados na mesma
família. Se esta suposição for violada porque gémeos idênticos experienciam ambientes mais
similares do que gémeos fraternos, esta iria abordar estimativas de influência genética.

Durante a gestação, os gémeos idênticos talvez experienciem maiores diferenças ambientais


que os gémeos fraternos. Por exemplo: gémeos idênticos demonstram maior diferenças de
peso entre si à nascença do que os gémeos DZ, o que pode ser justificado pela competição pré
– natal (especialmente para a maioria dos gémeos MZ que partilham o mesmo “chorion”).

NOTA:

 Na esquizofrenia, o risco de um gémeo fraterno ser afetado caso o seu irmão gémeo
tenha a doença é de 15%, para os gêmeos idênticos o risco é de 50%.
 Em caso de problemas gerais de cognição, o risco em gémeos fraternos é de 0.60 e
para gémeos idênticos é de 0.85.
 O facto de gémeos MZ serem tão mais semelhantes do que gémeos DZ remete-nos
para a influência genética.
 Na variação a nível comportamental, os gémeos DZ são muito mais semelhantes do
que os irmãos “não gémeos”, talvez porque partilharam o mesmo útero ao mesmo
tempo e têm a exata mesma idade.

COMBINAÇÃO: Designs que combinam os métodos da família, da adoção e dos gémeos, para
fazer análises mais profundas.

 A combinação dos métodos da adoção e dos gémeos, implica a comparação entre


gémeos idênticos que foram separados à nascença com gémeos idênticos que
cresceram juntos.

No que concerne às capacidades cognitivas, tanto os gémeos que cresceram juntos como os
gémeos que foram separados à nascença apresentam níveis de cognição semelhantes – o que
sugere que o desenvolvimento cognitivo está mais relacionado com a genética do que com o
ambiente exterior.

A combinação dos métodos da família e dos gémeos têm como sujeitos de estudo as famílias
dos gémeos, esta combinação ficou conhecida como “Método de Famílias de Gémeos”
SEMELHANÇA GENÉTICA AO PAI É DE 50% E DE MEIOS IRMÃOS 25%

 Quando os gémeos idênticos crescem e têm os seus próprios filhos, emerge uma
relação familiar caricata. EXEMPLO: em famílias de gémeos de sexo masculino, os
sobrinhos são geneticamente tão semelhantes ao seu tio como ao seu pai. Os primos
são tão semelhantes uns aos outros, como os meios irmãos.
 EXTENSÃO DESTE MÉTODO: “Design de Filhos de Gémeos”, implica que os pais e
os filhos sejam gémeos
As características são iguais se os filhos forem gémeos ou não?

Pode também ser feita:

 A comparação entre meios irmãos e irmãos, que implica que um dos filhos do casal
seja filho de um relacionamento anterior - com o intuito de descobrir para descobrir a
influência genética – como se chama o método .
 A comparação entre meios irmãos (geneticamente não relacionados) para descobrir a
influencia ambiental – então não são meios irmãos, como se chama o método

Limitações globais dos estudos de genética quantitativa referidos (estudos de adoção, estudos
de gémeos, estudos de agregação familiar): permitem ter uma ideia da contribuição de fatores
genéticos vs. ambientais para as diferenças entre indivíduos é que numa dada população mas
não identificar os fatores genéticos ou ambientais em questão.

A identificação dos fatores específicos requer outros tipos de abordagem. Ex: Estudos de
mapeamento genético por análise de ligação genética ou associação genética.

DOENÇA GENÉTICA OU AMBIENTAL?

 Doença de Huntington
o Doença genética - doença hereditária (autossómica dominante) que causa a
morte das células do cérebro.
o Caracteriza-se pela expansão de uma sequência repetitiva de um gene (HTT)
o Apresentação clínica: perturbação do movimento (coreia, ataxia, distonia),
demência, perturbações do humor (depressão), em alguns casos
manifestações psicóticas;
 Fenilcetonúria
Doença hereditária genética;
CAUSA: mutação no gene que codifica enzima fenilalanina hidroxilase;
PROBLEMAS:
o Dificuldade em metabolizar aminoácido fenilalanina presente na dieta –este
atinge níveis muito elevados no sangue;
o Formam-se produtos tóxicos para o sistema nervoso, e há dificuldade em
sintetizar alguns neurotransmissores;
Apresentação clínica: Atraso no desenvolvimento psicomotor, défice intelectual,
epilepsia, pigmentação reduzida
 Autismo: doença genética e hereditária (na grande maioria dos casos) 85% para os
casos graves e 76% para a ADS

As seguintes doenças e características são a combinação de fatores genéticos e ambientais


(hereditariedade multifatorial):

 Esquizofrenia;
 Inteligência;
 Temperamento;

CONCEITOS:

 O modelo do limiar (LIABILITY)é um modelo estatístico que prevê como se irá


demonstrar um distúrbio genético de caráter multifatorial. Este modelo tem em
consideração fatores ambientais, a gravidade da doença, o histórico familiar e o sexo
de indivíduos afetados para determinar os limites da suscetibilidade ao distúrbio
(limiar).
 Familiares de doentes com formas mais graves têm maior risco
 Pessoas com mais do que um familiar afetado têm maior risco
 O risco é maior para familiares mais próximos do caso índex
 Se a doença for mais comum num dado sexo, o risco é maior para
familiares de um doente do sexo oposto – daltonismo
 O risco para familiares em primeiro grau é aproximadamente a raiz
quadrada do risco da população geral
 Inespecificidades dos fatores de risco
 A heritabilidade de uma característica: mede quanto as diferenças entre membros de
uma população podem ser explicadas por diferenças na sua genética
o Proporção da variação de um traço que é atribuível a fatores genéticos
o Heritabilidade = 2 x (rMZ-rDZ) – eles dão os valores do r
 rMZ= Coeficiente de correlação em gémeos monozigóticos
 rDZ= Coeficiente de correlação em gémeos dizigóticos
o Heritabilidade = totalidade (100%) dos fatores genéticos.

Gémeos MZ –Gémeos DZ = 100% - 50% Genética Igual = 50% Fatores Genéticos

2 x 50% Fatores Genéticos = 100% Fatores Genéticos = Heritabilidade


CALCULA:

o quando os gémeos estão expostos ao mesmo ambiente.


o A heritabilidade de características e doenças mentais

Os estudos focam-se em explicar a diferença entre indivíduos no que respeita a uma dada
característica psicológica ou suscetibilidade a doença mental, não na explicação de todas as
contribuições para essa característica.

Os gémeos monozigóticos que não partilham o mesmo ambiente são o melhor


indicador para se saber se uma determinada característica tem influência genética
ou ambiental.
AMBIENTALIDADE (CONTRASTA COM A HERITABILIDADE)

o Efeitos do ambiente partilhado entre irmãos (detetáveis pelas correlações entre


irmãos adotivos) vs. ambiente não partilhado (detetáveis p. ex. pelas diferenças entre
gémeos MZ criados juntos);
o Desafios: no registo e na quantificação do “exposoma”;

DOENÇAS MENTAIS

Causas necessárias vs causas suficientes – EX: COVID 19

FATORES DE RISCO E FATORES PROTETORES : para a maioria das características em biologia e


medicina, os fatores “causais” atuam de forma probabilística e não determinista.

Fatores de risco aqueles que aumentam a probabilidade de o evento (negativo) acontecer, e


estão de algum modo envolvidos no processo que leva a que aconteça.

Exemplos:

 Tabagismo e cancro do pulmão;


 Colesterol sérico elevado e eventos cardiovasculares;
 Obesidade, sedentarismo, tensão arterial elevada potenciam efeitos;
 Parentalidade negativa –fator de risco para comportamento anti-social;

Fatores protetores contribuem ativamente para redução do risco, promovendo


resistência/resiliência.

 Exemplo: HDLc elevado diminui risco de eventos cardiovasculares;


 Adoção –fator protetor para perturbações do comportamento em crianças
previamente expostas a negligência ou abuso familiar;

CAUSUALIDADE: relação entre um evento A (a causa) e um segundo evento B (o efeito), provido


que o segundo evento seja uma consequência do primeiro.

Ex: fumar ---- provocou cancro de pulmão

 Associação não significa causalidade;

O QUE É A ASSOCIAÇÃO
PERÍODOS DE INDUÇÃO: Tempo que decorre entre o início da ação do fator causal e o início
do resultado. Fumar e ter cancro do pulmão por isso/ fazer solário e cancro da pele

 Ex: doença de Huntington, formas genéticas da doença de Alzheimer,


exposição a radiação e cancro, etc;

NOTA: Nem sempre o evento ou resultado acontece imediatamente após a ação do fator de
risco.

INTERAÇÃO ENTRE FATORES DE RISCO: A interação pode acontecer entre fatores de risco
genéticos e fatores de risco ambientais, mesmo em condições altamente dependentes de
apenas 1 tipo de fator.

EXEMPLO: A fenilcetonúria é uma doença monogénica (100% determinada geneticamente)


mas cujo fenótipo é altamente influenciável pelo ambiente (dieta):

• Dieta livre de fenilalanina →vida praticamente normal


• Dieta sem restrição →atraso grave do neurodesenvolvimento

EXISTEM FATORES GENÉTICOS DE CARÁCTER DIMENSIONAL E DE CARÁCTER CATEGÓRICO

o DOENÇAS DIMENSIONAIS: Características quantificáveis com distribuição normal na


população (ex: QI)
o DOENÇAS CATEGÓRICAS: doenças definidas de forma categórica (ex: défice intelectual)

Especificidade/inespecificidade dos fatores de risco: Críticas ao estudo da Genética do


comportamento humano apontam a fraca definição dos “fenótipos” em questão, muitos dos
quais são construtos que dependem do contexto social.

 Exemplo do comportamento anti-social: os genes podem não definir o


comportamento em si, mas sim estar causalmente implicados por
modificarem vias bioquímicas com impacto no desenvolvimento,
maturação e funcionamento do sistema nervoso e que definam diferenças
na suscetibilidade individual a comportamentos de um determinado tipo,
sejam eles considerados “normais” ou “anormais”– exemplo: maior
tendência para arriscar, procura de novas sensações, etc, que podem
mudar a probabilidade de um indivíduo se encontrar nas circunstâncias
que desencadeiam o comportamento anti-social. Se esses fatores forem
herdados, o próprio comportamento do resto da família pode ter um
determinado perfil que potencia essas mesmas circunstâncias.

É possível que alguns destes genes influenciem o risco de vários tipos de perturbação
comportamental. – n esta relacionado com o ambiente

Carácter dimensional dos fatores (categórico ou contínuo)

Você também pode gostar