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Psicologia do Desenvolvimento

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The following is a list of all entries from the Hereditariedade vs Meio category.

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Controvérsia Hereditariedade vs Meio
A Psicologia sempre esteve dividida em dois grandes campos para explicar a personalidade do
homem: a hereditariedade e o meio ambiente.

 
  Temos os olhos verdes da nossa mãe, e as sardas do nosso pai, mas onde fomos buscar o
talento para cantar? Aprendemos através dos nossos progenitores ou foi pré-determinado pelos
nossos genes? Embora seja claro que as características físicas são hereditárias, as águas genéticas
tornam-se um pouco mais turvas quando se trata de um comportamento individual, inteligência e
personalidade. Em última instância, o velho argumento da natureza versus genética nunca foi
realmente ganho. Nós ainda não sabemos quanto do que somos é determinado pelo nosso DNA e
quanto pela nossa experiência de vida, mas sabemos que ambos desempenham um papel.
Hereditariedade
   Podemos definir Hereditariedade, portanto, como o somatório de todas as características
contidas no núcleo das células gaméticas, transmitidas a um indivíduo durante a fecundação.
Podendo os descendentes ocultar ou manifestar as características herdadas, inscritas no material
genético, mais precisamente pela expressão gênica dos cromossomos (molécula portadora dos
caracteres biológicos de um ser vivo ou até mesmo um vírus).
Quando não expressa a característica, não significa dizer que foi apagado do genoma (conjunto de
cromossomos de uma espécie), típico da população, ou seja, um indivíduo portador de um
genótipo qualquer, mesmo tendo seu gene inactivo, transmite aos seus descendentes um fenótipo
que ficou escondido na geração parental.
O Estudo da Hereditariedade Humana
 O estudo das  árvores genealógicas foi utilizado durante muito tempo. Alguns investigadores
têm analisado árvores cujos membros têm conhecidas capacidades  musicais. Ex: o
compositor J. Sebastian Bach  A análise do ADN é uma técnica utilizada pela biologia
molecular.
 Os  estudos de gémeos são estudos comparativos que assumem duas formas ou modalidades
– comparação entre as características psicológicas e os comportamentos de gémeos idênticos
e de gémeos dizigóticos; comparação dessas características e comportamentos em gémeos
idênticos educados separadamente.
 O estudo de adopções é importante para se fazer comparações entre as
características psicológicas das crianças adoptadas e as suas famílias biológicas e as famílias
adoptivas.
A hereditariedade e a inteligência
 Determinadas famílias, reuniam pessoas cujo trabalho reflectia um alto nível de inteligência.
 Parentes mais próximos de indivíduos ilustres tinham tendência a ser mais bem sucedidos que
os mais distantes Æ Inteligência é determinada pela hereditariedade
 Relação entre QI e o nível socioeconómico, profissão dos pais, qualidade do meio familiar
 Componente genética é um factor muito importante no desenvolvimento e
capacidade intelectual.
  Os cientistas descobriram há anos que traços como a cor dos olhos e a cor do cabelo são
determinados por genes específicos codificados em cada célula humana. Hoje em dia a Teoria
da Natureza leva as coisas um passo adiante afirmando que os traços mais abstratos como a
inteligência, personalidade, agressão e orientação sexual também são codificados no DNA de um
indivíduo.
Influência do Meio
  O meio social – família, grupos e cultura a que se pertence – desempenha um papel
determinante na construção da  personalidade. A personalidade forma-se num processo
interactivo com os sistemas de vida que a envolvem: a família, a escola, o grupo de  pares, o
trabalho, a comunidade…
  Uma personalidade é marcada por todo  o processo de socialização em que a família, sobretudo
nos primeiros anos, assume um papel muito importante, pelas características e qualidade das
relações existentes e pelos estilos educativos.
   Na actualidade, embora não se ignore a existência da influência genética, os defensores da
teoria da educação acreditam que, em última análise, a mesma isolada não tem grande relevância
– que os nossos aspectos comportamentais têm apenas origem a fatores ambientais de nossa
educação. Estudos sobre o comportamento infantil realçam a importância da influência do meio
ambiente.
 O Psicólogo americano John Watson, um forte defensor da educação ambiental, mais
conhecido pelas suas experiências controversas com um jovem órfão de nome Albert,
demonstrou que a aquisição de uma fobia pode ser explicada pelo condicionamento clássico.
Em suas próprias palavras:
“Give me a dozen healthy infants, well-formed, and my own specified world to bring them up in
and I’ll guarantee to take any one at random and train him to become any type of specialist I
might select–doctor, lawyer, artist, merchant-chief, and, yes, even beggarman and thief,
regardless of his talents, penchants, tendencies, abilities, vocations, and race of his ancestors. I
am going beyond my facts and I admit it, but so have the advocates of the contrary and they
have been doing it for many thousands of years.”
 As primeiras experiências do psicólogo de Harvard BF Skinner, basearam-se no trabalho
com pombos que desenvolveram a habilidade de dançar, fazer oitos, e jogar
ténis. Hoje conhecido como o pai da ciência comportamental, finalmente conseguiu provar que
o comportamento humano pode ser condicionado da mesma forma como acontece com os
animais.
 Um estudo na revista New Scientist sugere que sentido de humor é uma característica
aprendida, influenciada pelo ambiente familiar e cultural, e não determinada geneticamente.
 Se o ambiente não desempenhasse um papel importante na determinação de traços de um
indivíduo e comportamentos, em seguida, os gémeos idênticos seriam, teoricamente,
exactamente iguais em todos os aspectos, ainda que criados separados. Mas uma série
de estudos demonstram que eles nunca são exactamente iguais, embora sejam muito
semelhantes em muitos aspectos.
Interacção Hereditariedade e Meio
 Há quem defenda que o nosso desenvolvimento é influenciado sobretudo pelo meio, ou
principalmente pela hereditariedade. Porém, a hereditariedade não pode exprimir-se sem um meio
apropriado, assim como o meio não tem qualquer efeito sem o potencial genético.
  A forma como nos comportamos nasceu connosco, ou terá sido desenvolvida ao longo do
tempo em resposta às nossas experiências?
 Pesquisadores envolvidos em ambas as teorias (hereditariedade vs meio) concordam que a
ligação entre um gene e o comportamento não é o mesmo que “causa e efeito”. Enquanto
um gene pode aumentar a probabilidade de nos comportarmos de uma maneira particular, não
faz as pessoas actuarem, o que significa que continuamos a ter de escolher quem vamos ser
quando crescermos.
  Por tudo  isto, podemos afirmar que a hereditariedade e o meio interagem, determinando o
desenvolvimento orgânico, psicomotor, a linguagem, a inteligência, a afectividade, etc.
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A Violência Infantil
A hereditariedade influi de algum modo na agressividade infantil, mas, sem dúvida, o meio é o
mais perturbante. O que falta internamente à criança é a capacidade e a habilidade para lidar com
esse ambiente que a deixa com raiva, com medo e insegurança.
A Grande Influência do Meio
· Família: membros familiares com traços anti-sociais de conduta (principalmente os pais), pais
que não respeitam a autonomia dos filhos ou que são demasiadamente controladores ou que
rotulam seus filhos como agressivos são factores familiares que induzem à agressividade infantil.
· Mídia: os meios de comunicação de massa têm dividido opiniões sobre a influência que exercem
na criança. Podemos encontrar programas com imagens que chegam a requintes de perversidade.
Os video-jogos bélicos, os desenhos animados violentos que fascinam as crianças também podem
influenciar.
· Escolaridade: a escola também pode influir no desenvolvimento ou na prevenção de problemas
de conduta; o pessoal da escola pode avisar aos familiares quando detecta problemas nas
crianças; a escola pode proporcionar programas de estímulo de habilidades sociais, resolução de
conflitos entre os alunos ou buscar outras soluções aos problemas de cada aluno.
· Condição Social: a maioria dos estudos procura relacionar o nível socioeconómico baixo com o
desenvolvimento de problemas de conduta. Um desses estudos observou que a alta porcentagem
de crianças agressivas de pouca idade pertencia a um nível social mais baixo. Deve-se ter em
conta, além disso, que esses factores diferem de uma família para outra, de forma que nem todas
as famílias pertencentes a uma classe social mais baixa se caracterizam pelos mesmos padrões de
conduta.

Idealizações Filosóficas
A questão da grande influência que o meio exerce sobre a criança já vem sendo discutida há
tempos. O filósofo francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), considerado o “descobridor da
criança”, considera, juntamente com outros filósofos, que a bondade é a tendência natural e inata
do homem, que só é pervertido pela civilização e pelas injustiças sociais decorrentes. Ou seja, o
homem nasce bom, e a sociedade limita-se a corrompê-lo. 

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Mendel e as Leis da Hereditariedadade
 Gregor Johann Mendel foi um monge agostiniano, botânico e meteorologista austríaco.descobriu
as leis da hereditariedade, hoje chamadas Leis de Mendel, que regem a transmissão dos
caracteres hereditários.
  Entre todos os estudiosos dos fenómenos da hereditariedade( ciência que estuda a transmissão
de características de geração em geração), Mendel tem um lugar especial.
   Durante sete anos, de 1856 a 1863, Mendel cruzou e produziu híbridos de plantas com
características distintas – plantas altas com plantas anãs, ervilhas amarelas com ervilhas verdes e
assim por diante. Observou com surpresa que tais características não são diluídas nem resultam
em meio-termo, mas mantêm-se distintas: o rebento híbrido de uma planta alta e de uma anã era
sempre alto, não de tamanho médio.
  Ainda mais interessante, quando Mendel cruzava entre sí os híbridos altos, a geração seguinte
retinha as características distintivas encontradas nas plantas “avós”: a maioria era alta, porém
mais ou menos um quarto delas eram anãs. Da mesma forma, a terceira geração de plantas do
cruzamento amarelo/verde eram 75 por cento amarelas e 25 por cento verdes.
   O video seguinte descreve os trabalhos deste  apaixonante investigador:

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Genie, The Wild Child
 A partir de um documentário da BBC da década de 70 sobre os problemas morais e éticos,
tivemos a oportunidade de conhecer Genie, uma criança selvagem que sobreviveu a 13 anos de
tortura, enclausurada num quarto pelos pais. Tendo o conhecimento do caso, foi a gerada a
discussão sobre a problemática hereditariedade vs meio e a sua influência no desenvolvimento de
uma criança.
Opinião
 O caso Genie é, ainda hoje, visto com um grau de polémica bastante acentuado.
  “Genie era um animal em comportamento, humano na forma, mudo e nu.”
  Esta afirmação poderá levar-nos a inúmeras conclusões, no fundo meras suposições tendo em
conta a inconclusividade do caso.
  Após a visualização do documentário, surgiram várias indagações no que diz respeito à nossa
natureza e àquela que nos foi imposta imediatamente à nascença. Vários estudiosos partem do
principio de que as pessoas se comportam de acordo com predisposições genéticas –
hereditariedade – e de acordo com o seu instinto, com o que lhes é inato. É chamada a teoria da
natureza do comportamento humano. Por outro lado, existem outros que acreditam que as
pessoas pensam e se comportam de determinada forma por serem ensinadas com esse propósito
– influência do meio.
  O que acontece então quando o acesso ao meio nos é completamente negado? 
 Genie viveu longe do contacto humano desde o seu nascimento, sem estímulos a nível emocional,
físico e cognitivo, privada de experienciar comportamentos afectivos e sociais, sem qualquer
acesso à linguagem humana. Genie foi isolada nos primeiros 10 anos de vida, anos quais são
considerados como sendo os mais cruciais para o desenvolvimento de uma criança.
  O contacto físico com outros seres humanos é essencial para satisfazermos as nossas
necessidades sociais e emocionais.
 Em relação ao estudo do caso, à forma como foi inicialmente abraçado e posteriormente
abandonado, a ideia de que Genie poderia ser retardada é um pouco ingrata de afirmar, e julgo
poder arriscar dizer que, no fundo essa definição foi como que usada como desculpa para a
desistência do caso. Uma forma subtil mas visivelmente cruel de abandonar esta criança, mais
uma vez. Este abandono transformou-se assim numa privação de tempo, numa estagnação. Assim
como as crianças aprendem com o tempo a gatinhar, a caminhar, a correr e a comunicar através
das palavras, Genie necessitava de tempo para absorver a explosão constante de informação que
a rodeava.
Links para o documentário:
http://www.youtube.com/watch?v=dEnkY2iaKis – parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=jqqanfbK1H0&feature=related – parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=yQC9FpdSifg&feature=related – parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=XuM6X_cszdE&feature=related – parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=nh_Qk39Q1EQ&feature=related – parte 5
http://www.youtube.com/watch?v=nh_Qk39Q1EQ&feature=related – parte 6

:)

Category: Hereditariedade vs Meio

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