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Agrupamento de Escolas Fontes Pereira de Melo

-
“Compromisso social”

PSICOLOGIA B 12ºANO (aprendizagens essenciais 2º elemento de avaliação)


Prof. Ana Paula Silva

(esta sistematização visa orientar para as aquisições estruturantes (cognitivas e reflexivas em


sala de aula para um conhecimento contextualizado da matéria a estudar)

OBJETIVOS:
Saber interagir reflexivamente com os seguintes conceitos
inclusos nos:

CONTEÚDOS ESSENCIAIS

HEREDITARIEDADE ESPECÍFICA de INDIVIDUAL.

A HEREDITARIEDADE ESPECÍFICA está ligada às informações comuns a todos


os indivíduos da mesma espécie. Determina constituições, comportamentos e faculdades
específicas que unificam todos os indivíduos da espécie.

A HEREDITARIEDADE INDIVIDUAL é o processo de transmissão genética das


características únicas de cada indivíduo. São os caracteres que nos tornam únicos e
diferentes dos restantes seres da espécie.

GENÓTIPO E FENÓTIPO.

O GENÓTIPO caracteriza-se por ser o património genético herdado dos pais, isto é,
a constituição genética em termos de genes alelos para uma dada característica.
O FENÓTIPO é o conjunto de características observáveis que dependem da forma
como esse genótipo se vai manifestar, ou seja, é a expressão da interação do genótipo
com o meio ambiente. É o produto final resultante do projeto (genótipo) e do meio – a
aparência.

RELACIONAR HEREDITARIEDADE E MEIO.

Um ser humano é o resultado da interação entre a hereditariedade e o ambiente.

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Há caracteres que dependem unicamente do património genético como a cor do cabelo, a
altura, o grupo sanguíneo ou a forma dos olhos. No entanto, há outros que se moldam
consoante a ação do meio, podendo ser mais ou menos estimulados ou inibidos.
Não se pode afirmar que um elemento é mais importante que o outro, mas não se pode
negar que interagem continuamente ao longo do desenvolvimento do indivíduo, até porque
só assim seríamos seres únicos e originais, mesmo com um irmão gémeo.
Os genes podem controlar o desenvolvimento, mas estão sempre sujeitos a fatores que os
podem modificar por mutação ou variação genética. Podemos referir dois meios diferentes
com influência no ser humano: o meio pré-natal (agressões intrauterinas) e o meio pós-
natal.
A- O meio pré-natal (a vida in útero) influência o individuo na medida em que as
ações da mãe prejudicam ou beneficiam o feto: ingestão de substâncias tóxicas
(medicamentos, álcool, drogas), contacto com radiação de alta frequência (raio X, raios
gama), depressões, doenças (rubéola, varicela), etc.

B- O meio pós-natal tem um papel muito importante no processo de crescimento do


indivíduo enquanto ser de uma sociedade. É muito importante para a maturação do
sistema nervoso. Assim, má alimentação, falta de higiene ou de rotina saudável, maus
ambientes familiares contribuem bastante para um mau desenvolvimento sensorial e
motor da criança.
Deste modo, a dualidade hereditariedade-meio está bem equilibrada, uma vez que
ambos se influenciam mutuamente para determinarem o desenvolvimento do indivíduo,
podemos, por isso afirmar que o ser humano condicionado pelas suas bases biológicas,
que o condicionam, mas também não escapa à influência que o meio exerce sobre si.
Assim, na verdade, o que nós somos, como nós nos comportamos resulta da experiência
interativa entre as nossas bases fisiológicas e o meio.

PERSPETIVAS SOBRE A ACÇÃO GENÉTICA: PREFORMISMO e EPIGÉNESE.


Preformismo e epigénese são dois conceitos opostos na medida em que defendem
diferentes graus de importância para o meio e a hereditariedade.

PREFORMISMO ou teoria da preformação adota uma posição determinista em


que desenvolvimento embrionário, ou seja, a gravidez, não era mais do que o
desenvolvimento de potencialidades existentes no ovo. Ou seja, a hereditariedade era
sobrevalorizada ao ponto de se afirmar que todo o processo de desenvolvimento do
ser era um simples processo de crescimento/amplificação de estruturas zigóticas. O
ambiente é então desvalorizado ao ponto de se anular completamente. DEFENDE
QUE O SER HUMANO TINHA UM PROGRAMA GENÉTICO FECHADO (como os outros
animais)
EPIGÉNESE ou epigenetismo contraria este determinismo preformisma, adotando
uma posição construtivista, de modo a que o meio e a o património genético tivessem a
mesma importância. A variabilidade individual não é explicada pelo determinismo genético
e, assim, o desenvolvimento resulta da interação constante entre as potencialidades
genéticas do ovo e o meio. Também não aceita a existência de estruturas preformadas no
ovo, afirmando que o desenvolvimento é um processo gradual de crescimento,
diferenciação e modificação. DEFENDE QUE O SER HUMANO TEM UM PROGRAMA
GENÉTICO ABERTO (a exceção animal) que lhe permite um desenvolvimento e
adaptação contínuos a novos desafios e realidades .

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PROGRAMAS GENÉTICOS ABERTO E FECHADO.
Há um programa de desenvolvimento correspondente a cada espécie e, por conseguinte, a
cada indivíduo. Em determinadas condições externas, sabemos que, 9 meses depois de
uma mulher engravidar, nasce um bebé.
No entanto, os seres vivos, melhor dizendo, as espécies, podem ter programas genéticos
abertos ou fechados. Nos animais e nas plantas, o mais comum são os programas
genéticos fechados:
Com exceção dos seres humanos os outros seres atingem um ponto/um estádio de
desenvolvimento em que estagnam e não têm capacidade de se adaptarem ou
modificarem o seu comportamento. Estão codificados para reagir de uma determinada
forma a um determinado estímulo, a escolher um habitat específico, a terem aqueles rituais
de acasalamento e assim sucessivamente. Há a previsão de comportamentos.

MAS o programa genético HUMANO é ABERTO e implica apenas uma PROGRAMAÇÃO


PARCIAL dando liberdade ao ser evoluir de forma distinta, ter comportamentos imprevisíveis
e adaptar em casos de alterações ambientais. reage segundo um conjunto de instintos, não
tem um comportamento e desenvolvimento pré-determinados.

PREMATURIDADE e NEOTENIA
O ser humano é, pois, um ser prematuro na medida em que, quando nasce, ainda não
apresenta as suas capacidades bem desenvolvidas. Um bebé é um ser inacabado e, por
isso, a infância humana é tão extensa. É preciso dar tempo (LENTIFICAÇÃO) para maturar
o desenvolvimento que se iniciou na fecundação. No entanto, é esta imaturidade,
prematuridade, que permite ao Homem adaptar-se ao meio e a qualquer situação, uma vez
que ele se vai moldando ao longo da infância.
O processo de desenvolvimento cerebral no Homem é muito mais lento que o
desenvolvimento do sistema nervoso central de outros mamíferos. Este carácter
embrionário do cérebro torna-se uma vantagem, possibilitando a influência do meio e
uma maior capacidade de aprendizagem.
Não existe nenhum cérebro igual a outro, devido às diferentes expressões dos genes e a
diferentes experiências de vida. Esta capacidade do cérebro de se modificar com as
experiências consiste na sua plasticidade, motor de individualização. Ao contrário do que
acontece nas outras espécies o programa genético humano possibilita da variação
individual.

Este inacabamento biológico tem o nome de NEOTENIA e implica que o ser se


desenvolva mais devagar, alargando a infância e a dependência dos progenitores.
ontogenético, fazendo do homem um ser neoténico juvenil até à idade adulta.

VANTAGENS DO INACABAMENTO HUMANO.


O ser humano nasce frágil, prematuro e sem preparação para enfrentar o meio. Esta
desvantagem torna-se, porém, uma enorme vantagem no desenvolvimento humano porque
é este inacabamento biológico que permitem a adaptação ao meio, a aprendizagem contínua
e a relação interpessoal. A existência de um programa genético aberto permite que o
Homem se torne um animal mais flexível e abundante em conhecimento do que se
estivesse unicamente dependente dos instintos.

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Ao ser inacabado, o Homem possui flexibilidade biológica, versatilidade, plasticidade,
capacidade para aprender e interagir, em vez de ser uma espécie fechada,
hiperespecializada e autossuficiente.
Mesmo na idade adulta, o Homem nunca ultrapassa o ser carácter neoténico, continuando
inacabado, imperfeito, em constante aprendizagem.
Conclusão

→ O INACABAMENTO humano traz assim vantagens que se tornaram


cruciais para a evolução e a manutenção da espécie. Por seremos seres
biologicamente inacabados, detemos um maior poder de flexibilidade nos
processos de adaptação ao meio. Depois, também temos a necessidade de
criar um espaço próprio para nos estabelecermos e adaptarmos a que
chamamos cultura e que vamos transmitir aos descendentes.
→ Por fim, é o INACABAMENTO humano que nos permite aprender e
distinguirmo-nos racionalmente dos restantes animais. Assim, possuímos uma
variedade enorme de comportamentos complexos, maioritariamente
imprevisíveis porque dependem do processo individual de adaptação ao meio.

O SISTEMA NERVOSO – O NEURÓNIO


O Neurónio é a unidade-base do sistema nervoso. Os neurónios diferem segundo as suas
funções e localização: contudo, podemos afirmar que o neurónio típico apresenta as
componentes: o corpo celular, as dendrites ( e telodendrites) e o axónio.
O corpo celular rodeado por uma fina membrana, inclui o núcleo celular, que é a central de
energia da célula.
As dendrites - prolongam-se para o exterior recebendo as mensagens dos neurónios
vizinhos, conduzindo-as para o corpo celular.
O axónio é a fibra principal de saída - a sua extensão pode variar entre escassos milímetros
e um metro - que se prolonga a partir do corpo celular e que termina em ramificações
chamadas telodendrites. Nas extremidades destas situam-se as ligações sinápticas.
Alguns axónios estão cobertos por uma camada de substância branca de matéria gorda, a
bainha de mielina, que permite uma mais rápida e eficaz transmissão da mensagem.

sinapse

telodendrites
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O SISTEMA NERVOSO- CONSTITUIÇÃO

Ato reflexo

Quando nos picamos, retiramos bruscamente a mão. Este comportamento depois de


uma primeira aprendizagem torna-se automático, e funciona como um mecanismo de
proteção, designa-se por ato reflexo, ou seja, é um ato muito rápido em que a informação
não necessita de ser levada ao cérebro, chega apenas à espinal medula que funciona
com centro coordenador

Assim, o estímulo ativou o órgão recetor (pele) e os nos mecanismos ligados à


sensação de dor ativaram os nervos sensoriais que transportam a mensagem a um
centro nervoso – a espinal medula que envia a resposta conduzida pelos nervos
motores que ativam os músculos do braço contraem-se e a mão é retirada

SISTEMA NERVOSO CENTRAL:


1. Espinal Medula constituída por um feixe de nervos
localizado no interior da coluna vertebral

2. Encéfalo cuja principal estrutura é o cérebro

A Espinal Medula tem dupla funcionalidade:

Função Condutora: é através da espinal medula que as mensagens são transmitidas dos
recetores
ao cérebro e deste aos músculos e glândulas

Função Coordenadora: a espinal medula é o centro coordenador das atividades reflexas.


(ato reflexo).

O CÉREBRO

Apesar do cérebro estar dividido em partes, funciona como um todo, isto é, como
uma rede funcional. Uma função perdida devido a uma lesão pode ser recuperada
ou compensada por uma área vizinha da zona lesionada, a isto chamamos função
vicariante ou de suplência do CÈREBRO

É graças a esta função que pessoas que perderam a fala, devido a um acidente cerebral,
acabam por recuperar a capacidade perdida. Também a PLASTICIDADE do cérebro
explica o facto de outras regiões do cérebro poderem substituir, compressoriamente, as
funções afetadas por lesões cerebrais.

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Podemos, assim, concluir que o cérebro funciona de uma FORMA SISTÉMICA, pois forma
um conjunto de elementos que o constituem e que funcionam de forma integrada e, desta
forma, o cérebro trabalha como um todo de forma interativa com uma dinâmica própria.

A recuperação de certas funções depende de alguns fatores, como a idade do


indivíduo, a área da lesão, o tempo de exposição aos danos, a natureza da lesão, a
quantidade de tecidos afetados, os mecanismos de reorganização cerebral
envolvidos, assim como, outros fatores ambientais e psicossociais.

Há alguns anos atrás, admitia-se que o tecido cerebral não tinha capacidade regenerativa e
que o cérebro era definido geneticamente, ou seja, possuía um programa genético fixo. No
entanto, não era possível explicar o facto de pacientes com lesões severas obterem, com
técnicas de terapia, a recuperação da função.
Porém, o aumento do conhecimento da neuroplasticidade do cérebro mostrou que este
é muito mais maleável do que até então se imaginava, modificando-se sob o efeito da
experiência, das perceções, das ações e dos comportamentos - pela função VICARIANTE
ou de SUPLÊNCIA o cérebro procura caminhos cerebrais compensatórios. Esta função
permite a compensação de uma funcionalidade de uma área cerebral perdida pela
especialização de outra área . Em muitos casos também a adaptação de uma dessas áreas
para cumprir as funcionalidades da área lesionada .
Quando é danificada uma zona do nosso cérebro, os neurónios dessa zona desaparecem,
mas por causa da função vicariante que o cérebro possui, este consegue recuperar quase
totalmente as áreas afetadas. Contudo esta função será complementada com a
plasticidade do nosso cérebro. E é por causa destas duas capacidades cerebrais que
os neurónios das áreas vizinhas podem substituir as funções dos neurónios dessas
zonas afetadas pelas lesões cerebrais, resultantes de várias circunstâncias como o
coma, os acidentes vasculares, os traumatismos cranianos, entre outros.

A NEUROPLASTICIDADE

Marian Diamond foi considerada a “mãe da neuroplasticidade”. Ao demonstrar


anatomicamente, pela primeira vez o que hoje chamamos de plasticidade do cérebro.

Marian Diamond rompeu com o paradigma que afirmava, o cérebro como algo estático e
invariável que simplesmente degenera na medida em que envelhecemos. Atualmente, que o
cérebro é um órgão plástico com certa capacidade de reorganização e adaptação aos estímulos
é um fato reconhecido por toda a comunidade neurocientífica, mas na década de 60 não se
acreditava. Foi a primeira a provar que, o cérebro encolhe com o empobrecimento e cresce
em um ambiente enriquecido, em qualquer idade. (“USE IT OR LOSE IT”)

As pesquisas pioneiras de Diamond sobre o impacto de um ambiente estimulante e de atividades


enriquecedoras no desenvolvimento do cérebro “mudaram literalmente o mundo, desde a
forma como pensamos sobre nós mesmos até a forma como criamos os nossos filhos”.

Uma das principais contribuições de Diamond foi, além de compreender que os componentes
estruturais do córtex cerebral podem ser modificados, foi que essas mudanças podem ocorrer em
qualquer idade.

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Os seus trabalhos investigativos concluem que “em resumo, os resultados demonstram cinco
fatores importantes para um cérebro saudável”: dieta, exercícios físicos, desafios, novidades e
amor.” Isso significa que, o cérebro pode continuar se desenvolvendo com o passar dos anos, a
ponto de sua constante estimulação ajudar a melhorar até o sistema imunológico.
Diamond escreveu em 2007: “Quanto mais pessoas entenderem a estrutura e as funções de
seus corpos, que é intrinsecamente influenciado pelo sistema nervoso e forem cuidadas em
suas etapas iniciais da vida, mais saudável e prazeroso será o período que virá depois dos 50
anos”.

Na experiência que fundamenta o artigo: "Chemical and Anatomical Plasticity of Brain",


Os ratos de laboratório foram criados em três situações:
- Condição de controle, onde os animais viviam em situações comuns (normais) de criação.
- Condição social, onde os animais viviam com mais companheiros do que o normal para aumentar
seus estímulos sociais, possuíam brinquedos inovadores e desafiantes e eram motivados a realizar
diversas atividades.
- Condição de isolamento, onde entre outras limitações os animais viviam sozinhos, sem
brinquedos, em estímulos etc.

OBJETIVO:

- Perceber se viver em um ambiente com muitos estímulos ou isolado gerava diferenças


significativas no cérebro dos ratos. E assim foi; O resultado mais importante do estudo são as
diferenças anatômicas encontradas entre os cérebros de ratos em condições sociais e de isolamento.
Este artigo representou uma mudança de paradigma em direção à ideia de um cérebro plástico
adaptável e mutável.

MARION DIAMOND demostrou a capacidade do cérebro em se remodelar em função das


experiências e dos desafios cognitivos e afetivos do sujeito. As redes neuronais modificam-se em
função das experiências vividas e é esta plasticidade fisiológica que permite a aprendizagem ao longo
de toda a vida. Com o seu trabalho M. Diamond prova que o cérebro cresce neuronalmente e
cognitivamente quando se vide em ambientes enriquecidos com experiencias novas e
estimulantes ( cognitiva e afetivamente .)

“USE IT OR LOSE IT “ é a sua forma de caracterizar a importância da PLASTICIDADE CEREBRAL

O desenvolvimento do cérebro humano desenrola-se de forma muito lenta. É essa lentidão que
lhe vai trazer vantagem ao possibilitar a influência do meio e, desta forma, uma maior
capacidade de aprendizagem. Assim, é o caracter embrionário do cérebro, isto é, o seu
INACABAMENTO, que permite a adaptação biológica do individuo, mesmo no estado adulto.
A PLASTICIDADE DO CÉREBRO é a capacidade do cérebro em se remodelar em função das
experiências do sujeito, em reformular as suas conexões em função das necessidades e dos fatores
do meio ambiente. As redes neuronais modificam-se em função das experiências vividas pelo que é
a PLASTICIDADE FISIOLÓGICA QUE PERMITE A APRENDIZAGEM AO LONGO DE TODA A
VIDA
Deste modo, podemos referir que a relação que o ser humano estabelece com o meio produz
grandes modificações no seu cérebro, permitindo uma constante adaptação e aprendizagem ao longo
de toda a vida. Assim, o processo da plasticidade cerebral torna o ser humano mais eficaz.
O desenvolvimento do cérebro humano desenrola-se de forma muito lenta. É essa lentidão que lhe
vai trazer vantagem ao possibilitar a influência do meio e, desta forma, uma maior capacidade de
aprendizagem. Assim, é o caracter embrionário do cérebro, isto é, o seu INACABAMENTO, que
permite a adaptação biológica do individuo, mesmo no estado adulto.

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O cérebro é um órgão que apresenta múltiplas configurações, não havendo nenhum cérebro igual a
outro. Desta forma, há um processo de individualização, de distinção, que ultrapassa as definições
genéticas, ISTO DEVE-SE À PLASTICIDADE DO CÉREBRO.

A MENTE

PROCESSOS
COGNITIVOS
(Saber de nós, dos
outros e do mundo)
A partir destas
interações forma-se o
PROCESSOS
nosso
EMOCIONAIS
EU psicológico
(Ligado às emoções (MENTE)
e aos sentimentos)
A nossa mente é quem,
através destes
PROCESSOS
processos permite que
CONATIVOS
orientemos a nossa vida
(Ligados ao fazer e quotidiana
ao agir)

PROCESSOS
COGNITIVOS

SABER DE DO MUNDO, DOS OUTROS E DO MUNDO

1-A PERCEÇÃO DO MUNDO ( DAS COISAS )

A PERCEÇÃO
Caracterização.
A perceção é uma atividade cognitiva que não se limita ao registo da informação sensorial, implica
uma interpretação, uma atribuição de sentido, que remete para a nossa experiência. As perceções
resultam de um trabalho árduo de análise e síntese por parte do cérebro, destacando o seu carácter
ativo e influenciado pelos conhecimentos, experiências, expectativas e interesses do sujeito. O
nosso cérebro não gosta do que não compreende e por isso tenta sempre encontrar um sentido e
um significado para qualquer realidade que não conhece
Distinguir sensação de perceção.
A perceção é um processo cognitivo através do qual contactamos com o mundo, que se caracteriza
por exigir a presença da realidade a conhecer. Pela perceção, organizamos e interpretamos as
informações sensoriais. Por isso, a perceção começa nos órgãos recetores (sensoriais) que são

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sensíveis a estímulos específicos. Ao processo de deteção e receção dos estímulos recebidos
chama-se sensação.
Enquanto que as sensações são meras traduções, captações de estímulos, a perceção exige um
trabalho de análise e síntese. Enquanto que a sensação é a experiência simples dos estímulos, a
perceção envolve a interpretação das informações sensórias recebidas.

Fases da perceção
A perceção não é um processo unitário e é realizada espontaneamente antes obedece a um
processo faseado desde a captura dos estímulos. Como a perceção é um processo ativo,
precisamos selecionar, organizar e interpretar essas informações:
Seleção : a quantidade de estímulos aos quais estamos expostos diariamente excede a nossa
capacidade. Por isso, temos que filtrar e escolher quais informações devemos perceber. Esta
seleção é feita com base em nossa atenção, experiências, necessidades e preferências.
Organização : Quando temos algo que queremos perceber, tentamos agrupar os estímulos para
que seja mais fácil dar-lhes significado. Na perceção existe uma sinergia, pois o conjunto percebido
não pode ser reduzido às características dos estímulos isoladamente. Assim quando vemos uma
imagem complexa a perceção atua segundo as Leis da Gestalt (a tendência é agrupar
características que sejam semelhantes, de forma que sua interpretação seja a mais rápida possível.
Logo, quanto mais complexo for o que vemos , menos os detalhes vão ser processados a princípio
e o que nos capta a atenção é o global e não o detalhe)
Interpretação : Quando já organizamos os estímulos selecionados, damos sentido a eles,
completando a percepção deles. Mais uma vez, a interpretação dos estímulos será modulada pela
experiência e expectativas da pessoa.

2- A PERCEÇÃO DOS OUTROS

AS IMPRESSÕES

São modos de categorizar as pessoas através de informações e do que vemos prevendo assim os
seus comportamentos e atitudes. As expectativas são mútuas, isto é, o outro com quem nos
relacionamos também vai desenvolver expectativas em relação a nós.
São noções que se criam no contacto com as pessoas e que nos dão um quadro interpretativo para
as avaliarmos e daí construímos delas uma imagem, uma ideia , um conceito.
A produção de impressão é mútua, quando se trata de pessoas, e afeta tanto o meu
comportamento como o do outro.
A primeira impressão provoca um efeito na relação interpessoal futura por vezes muito difícil
de modificar
A importância da 1º impressão
Estudos na área da psicologia afirmam que o nosso cérebro precisa apenas de uns escassos
segundos para formar uma opinião sobre alguém e que será essa a impressão que se vai impor ao
longo do tempo. Daí a expressão de que “não temos uma segunda oportunidade para causar uma
boa primeira impressão”
Os nossos julgamentos sobre uma pessoa desconhecida ( como são prévios ao seu real
conhecimento podem constituir-se como preconceitos ), dificilmente são alterados, ou pelo menos
resistimos a alterá-los. E pior, em muitos casos, não damos, ou não nos dão, essa oportunidade de
causar uma segunda impressão, quanto mais uma terceira pois não gostamos de aceitar que não
somos capazes de avaliar uma pessoa de forma a nos proteger , sobretudo de estranhos , então é
mais fácil procurar nessa pessoa negativas que reafirmem o nosso mau juízo ou desculpar os maus
momentos de uma pessoa que nos deixou uma primeira impressão positiva . Temos , por isso
tendência para dar mais importância às primeiras impressões sobre uma pessoa do que a
informações posteriores.
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Corresponde à durabilidade ou persistência das primeiras impressões é um efeito dde ordem ou
primazia que em 1920, Thurstone descreveu o que designou por "efeito de halo"

“O EFEITO DE HALO”
ou seja, depois de criada uma primeira impressão global sobre um individuo, temos a tendência para
captar as características que vão confirmar essa mesma impressão.
A primeira impressão vai afetar as nossas avaliações em relação ao individuo observado. Como
exemplo, se inicialmente avaliarmos uma pessoa como honesto, temos a tendência de lhe associar
características positivas, tais como: leal, sociável, simpático.

IMPRESSÕES E CATEGORIZAÇÃO
A formação das impressões é o processo pelo qual se organiza a informação acerca de outra pessoa
de modo a integrá-la numa categoria significativa. Para sair do dilema de como nos devemos dirigir/
aproximar /afastar de alguém que não conhecimentos colocamos essa pessoa/as numa categoria
cujas características conhecemos. Ao categorizar uma pessoa eu insiro-a num grupo que acredito
conhecer na sua forma de ser ou ver o mundo e assim a minha ansiedade de como me relacionar
com ela é reduzida e sinto-me mais confortável , mais segura . Embora na verdade esteja atribuir
características de generalização a uma pessoa que não conheço (preconceito)
CATEGORIZAÇÃO
Categorização: permite generalizar as características de uma categoria a todos os objetos pessoais
ou situações que a compõem, permite organizar o mundo social dando-lhe um sentido.
Categorização social: orienta, serve de guia para a nossa ação, induzindo a complexidade do
mundo social.
Função da categorização: simplificação da informação/ resolver dilemas relacionais com
desconhecidos
Nota: Incluímos uma pessoa numa determinada categoria utilizando geralmente, três tipos de
avaliação: afetiva, moral, instrumental.
Etapas na Formação das Impressões:
Na base da formação das impressões está a interpretação, isto é, nós percecionamos o outro a partir
de uma grelha de avaliação que nos remete para os nossos conhecimentos, valores e experiências
pessoais:
Indícios físicos-Características que podem remeter para determinado tipo de personalidade ou
categoria social (ex. alta, baixa, magra, gorda, morena).
Indícios verbais- O modo como a pessoa fala surge como indicador da sua instrução.
Indícios não-verbais- A forma como uma pessoa gesticula enquanto fala, etc…
Indícios comportamentais; forma como as pessoas reagem a determinadas situações

➢ As categorizações são uma forma (por vezes inconsciente) de nos proteger perante pessoas
desconhecidas pois ao integra-las numa categoria traço estratégias de relacionamento /aproximação
/afastamento São indispensáveis nas relações humanas e sociais as impressões, constroem-se
essencialmente a partir das nossas interpretações da realidade, tendo por base valores, crenças e
conjunto de indícios e diminuem indicies de ansiedade na relação com pessoas que não conhecemos
mas têm um perigo ético relevante . A categorização parte de uma interpretação que tem por
base um preconceito ( pré- (antes) + conceito (conhecer ) ) ou seja a categorização enforma
uma pessoa num determinado grupo antes de eu a conhecer bem .

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Nós reagrupamos as pessoas, os objetos, as situações em diferentes classes. Esta categorização
contempla três tipos de avaliação:

 Afetiva - se nos parece que gostamos ou não da pessoa


 Moral - se consideramos que a pessoa é boa ou não
 Instrumental –se consideramos que a pessoa é competente ou incompetente (capaz ou não)

A primeira impressão está muito marcada pela afetividade e pela emoção ,pelo que dela quase
sempre resulta: admiro, agrada-me gosto ou rejeito, desagrada-me, detesto

CONCLUSÂO
A partir dos indícios, formamos uma impressão global de uma pessoa, a quem atribuímos uma
categoria socioeconómica e cultural, um determinado estatuto social.
Ao fazermos uma avaliação geral da pessoa a partir de algumas características (indução) ou traços
que observamos na interação com ela ou que nos foi referida por outros (o que comporta riscos), e
construímos o que designa por teoria implícita da personalidade.
As primeiras características ou conhecimentos que apreendemos têm mais influência na
categorização que fazemos sobre uma pessoa .Há como que uma rejeição a integrar informações
que contrariem as nossas primeiras impressões ou opiniões e uma tendência a procurar ou a valorizar
as informações que confirmem as nossas convicções.
➢ As expectativas são modos de considerar as pessoas com base na categorização.
Os indicadores e informações de que dispomos levam-nos a prever atitudes e comportamentos.
Afetam o nosso comportamento e o comportamento dos outros para connosco.
As expectativas permitem prever comportamentos e atitudes, influenciando o nosso comportamento
e vice-versa.- as expectativas vão moldar o comportamento durante a infância, particularmente,
porque as crianças aprendem por observação.

3- A PERCEÇÂO DE MIM

O AUTOCONCEITO

Por autoconceito entende -se o conceito que cada um tem de si e usa para se descrever – falar de
si e compreender - se. É uma espécie de auto – retrato.

O auto conceito é a resposta que cada um de nós dá à pergunta «Quem sou eu?». A resposta é
o conjunto de crenças que cada pessoa tem acerca de si própria, um conjunto de atributos
pessoais que em nós reconhecemos. Analisando o discurso que as pessoas fazem quando se
descrevem a si próprias, podemos distinguir vários tipos de atributos:
a)Traços ou qualidades individuais – Podem ser características de valor geral (sou inteligente,
alto, culto, honesto, desconfiado, sério, etc.) ou particularidades individuais (por exemplo, ser
corajoso, mas não suportar o sofrimento psicológico).
b)Estatuto – Posição que se ocupa no sistema social (adulto, pai, notário, advogado, marido,
sindicalista, etc.)
c)Modelos internos – Esta expressão designa as características fundamentais de funcionamento
do corpo e da mente (alguém pode descrever – se como tendo uma barba que cresce rapidamente,
um metabolismo lento ou que a sua memória funciona melhor quando não lhe dá demasiado
trabalho)
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d)Padrões pessoais – Convicções sobre o que somos habitualmente, sobre o que é o nosso modo
de ser habitual (por exemplo, «Habitualmente sou um mãos – largas») e como deveríamos e
gostaríamos de ser («Seria bem melhor que fosse mais poupado»).
e) Atitudes a respeito de padrões ou modelos externos – todos nós temos noção do que nos
distingue dos outros ao efetuarmos aquilo que os psicólogos designam por comparação social
(«não sou propriamente um desastre na escola, mas a maioria dos meus colegas vai bem melhor
do que eu».
O conceito do eu é descritivo e explicativo. Não só serve para nos apresentarmos aos outros,
para nos descrevermos como também para explicar os sentimentos que experimentamos e as
coisas que fazemos. Assim, por exemplo, dizemos «Uma vez que sou um pouco impulsivo reagi e
respondi de imediato quase sem pensar» ou «Irritei – me porque por vezes perco o controlo».

O EU E OS CONTEXTOS- os esquemas mentais

Uma pessoa pode pensar acerca de si que, enquanto está no grupo de amigos é alegre,
extrovertido, confiante e em família um pouco retraído, fechado e pouco à vontade. A estas
características específicas dá – se o nome de esquemas do eu. Estes esquemas estão para o
conceito geral que temos de nós - para o nosso eu global - como os livros estão para uma biblioteca.
Uma pessoa pode considerar – se a si própria como extrovertida ou introvertida, masculina ou
feminina, dependente ou independente, liberal ou conservadora, otimista ou pessimista. Estes
esquemas são quadros mentais mediante os quais organizamos o mundo e avaliamos o que
somos, o que nos acontece. Influenciam a perceção que temos dos outros e de nós, permitem que
nos avaliemos a nós e aos outros. Em suma, afetam o modo como processamos a informação
social.
OS EUS POSSIVEIS

Temos auto – conceitos não acerca do que atualmente somos como também acerca do que
poderemos ser, ou seja, de traços ou caraterísticas que podem servir para nos auto – descrever
no futuro. A estes eventuais auto – conceitos dá – se o nome de «eus possíveis». Estes eus dizem
respeito a papéis e objetivos tais como o desejo de a criança de cinco anos se tornar bombeiro ou
o estudante se tornar médico. Os nossos eus possíveis são constituídos pelas perceções acerca

do eu que gostaríamos de ser – rico, magro, forte, bem – sucedido no plano afetivo – mas também
perceções do eu que tememos ou não desejamos vir a ser – desempregado, doente, mal sucedido
na escola ou no amor, alcoólico. Contudo, apesar destes receios, as pessoas pensam acerca do
que serão de forma positiva.
AS DISCREPÂNCIAS DO EU ( auto- discrepância)

Outro especto do eu que influencia os nossos pensamentos e os nossos comportamentos é a


diferença que sentimos entre o que somos e o que desejamos ser. Os psicólogos dão o nome de
auto – discrepância a esta distância entre as nossas qualidades pessoais e as que gostaríamos de
ter e julgamos também que deveríamos ter. Trata – se da diferença entre o eu ideal – o que
queremos e julgamos que devemos ser – e o eu real. Quando temos a perceção da discrepância
entre o que somos e as qualidades que desejamos podemos ficar desapontados, tristes e
insatisfeitos.
1.1.Como se forma o auto conceito.
Na formação do auto – conceito podemos destacar vários fatores intervenientes: 1.A interação
social; 2- A comparação social; 3 – O desempenho de papéis; 4 – As experiências pessoais e 5 -
Os fatores culturais.

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omo se forma o autoconceito
Os fatores culturais
A
intera ão
social

As experi ncias pessoais

A compara ão
O desempenho de
social
papéis

Aprendemos conhecer quem somos de nós mesmos mediante a nossa própria análise ás
experiências porque passamos observando e avaliando o nosso próprio comportamento.
Podemos observar que preferimos certas comidas a outras, que algumas atividades nos
desagradam e outras nos dão prazer, que há pessoas de que gostamos e outras cuja companhia
evitamos.
Ao analisar estas regularidades no nosso comportamento podemos formar uma determinada ideia
do que somos. A este processo dão os psicólogos o nome de auto perceção.
. Na relação com os outros temos ocasião de aprender coisa sobre nós e formar uma ideia mais
complexa e articulada de nós mesmos. Uma pessoa que se isola ou não interage com outras
pessoas tem um conceito de si muito redutor pois foca-se apenas em algumas dimensões do seu
eu.
Quem tem uma vida social rica, atento ao que acontece aos outros, ao que estes fazem e
dizem está em condições mais adequadas de formar o seu autoconceito.

1.2. A auto estima: a avaliação de si mesmo.

Quando pensamos em nós não nos limitamos a compreender como de facto somos, mas também
nos avaliamos. Não nos vemos simplesmente como tendo um rosto e um corpo, mas também como
tendo um conjunto de qualidades ou defeitos . A nossa personalidade, o nosso eu, não é um
conjunto de características neutras: temos traços ou características de que gostamos ou de
que não gostamos.
A autoestima é o conjunto de avaliações ou de juízos de valor que um indivíduo faz sobre si mesmo.
É o sentimento do valor que temos ou que julgamos ter.
A autoestima é a componente afetiva da nossa personalidade, o conjunto de auto - avaliações
positivas ou negativas acerca do que somos.
O autoconceito (as nossas crenças e conhecimentos acerca do que de facto somos) e a auto estima
estão intimamente ligados porque quando pensamos no que acreditamos ser, há a tendência para
nos avaliarmos e para nos avaliarmos temos de saber como somos. Contudo, em contraste com o
conceito de si ou autoconceito , na autoestima prevalece o fator emocional.

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Por outro lado, a auto estima varia com o tempo. Dependendo da situação, por vezes sentimos
– nos bem com o que somos e fazemos ao passo que noutras alturas nos sentimos mal.
POR EX :Estudos revelaram que a passagem de um ciclo do ensino para outro , em virtude de
desafios mais complexos, produz em muitos estudantes uma descida da sua auto – estima.
Contudo, a pouco e pouco na maioria dos casos, a autoestima volta a aumentar.
A autoestima é relativamente flutuante. Assim, num curto espaço de tempo pode subir e descer:
sentimos – nos bem após um bom resultado num teste e mal – com fraca auto estima – após um
teste fracassado. No entanto uma personalidade resiliente caracterizada por elevada autoestima
supera com alguma facilidade o fracasso e procura estratégias que valorizem as suas
capacidades/competências. (estas pessoas têm uma personalidades auto motivadora)
No entanto há pessoas com personalidade caracterizada pela baixa auto – estima que após
fracassar num objetivo importante não encontram /não procuram estratégias motivação interna
pois resignam-se ao fracasso. Neste último caso, as consequências são desagradáveis e
profundas, tais como doenças físicas, perturbações psicológicas e dificuldade em lidar com
situações de ansiedade ou momentos em que somos postos à prova.

Uma baixa autoestima é prejudicial crónica é prejudicial !

Uma baixa autoestima é prejudicial porque pode tornar – parte daquilo a que os psicólogos chamam
o ciclo do fracasso. Pense no caso do aluno que, com baixa auto – estima, com tendência para
desvalorizar as suas capacidades de aprendizagem, se prepara para enfrentar um teste. Devido à
sua fraca auto estima, a sua expetativa é a de que vai ter um fraco resultado. Esta perspetiva
negativa, por sua vez, produz uma grande ansiedade que pode conduzir a uma redução do esforço
a aplicar no estudo - «Para quê estudar se sou um incapaz?». Altos níveis de ansiedade e
redução do esforço conduzem a um resultado negativo, a um fracasso no teste. Este fracasso
reforça ou consolida a baixa autoestima, criando expetativas negativas para um próximo desafio.
E assim, o ciclo do fracasso continua.

Uma alta auto estima pode ser prejudicial ?

Uma elevada autoestima, ter–se em boa conta, é frequentemente uma atitude positiva. Contudo,
nem sempre á assim.
NOTA NA MARGEM - Normalmente, as pessoas com boa auto – estima são pessoas com um bom
conhecimento das suas capacidades e limitações, isto é, sabem o que podem fazer bem e em que
domínios da vida não serão tão bem – sucedidos. Estudos mostraram que as pessoas com boa
auto – estima têm um melhor conhecimento de si mesmas do que as pessoas com fraca auto –
estima.

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autoestima

baixa autoestima

No entanto uma autoestima excessiva e sem sentido critico pode desabar num transtorno de
personalidade narcisista. São pessoas caraterizadas por um sentimento de
grandiosidade persistente, necessidade excessiva de admiração, e um desdém e falta
de empatia para com outros.

Esses indivíduos, geralmente, apresentam arrogância, um sentimento de superioridade, e


comportamentos de busca por poder.. O transtorno de personalidade narcisista é diferente de ter
um forte senso de autoconfiança; pois as pessoas narcisistas , hipervalorizam-se sobre outras,
na medida em que ignoram os sentimentos e desejos dos outros e esperam ser tratados como
superiores, independentemente de status ou conquistas reais .

. Além disso, as pessoas com TPN podem exibir egos frágeis, uma incapacidade de tolerar a crítica e
uma tendência a desprezar outros na tentativa de validar sua própria superioridade[.

É comum encontrar nas pessoas narcisistas certas características como:

➢ Sentimento de grandiosidade com expetativas de tratamento superior aos outros;


➢ Fixação por fantasias de poder, sucesso, inteligência, atratividade, etc.;
➢ Auto perceção de ser único, superior fazendo todos os possíveis a aparecer associado
a pessoas e instituições de alto status;
➢ Necessidade constante de admiração pelos outros;
➢ Senso de direito a tratamento especial e a obediência de outros;
➢ Exploração de outros para obter ganho pessoal;
➢ Falta de interesse em simpatizar com os sentimentos, desejos ou necessidades dos
outro, não tendo competências de empatia
➢ Intensamente invejoso dos outros e a crença de que outros também têm inveja deles;
➢ Atitude pomposa e arrogante.
➢ Má gestão da sua inteligência emocional ( incapacidade para enfrentar frustrações por
exemplo .

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CONCLUSÂO

Uma gestão inteligentemente emocional do autoconceito e da


autoimagem permite a construção de uma alta autoestima que leva
ao sucesso pessoal e profissional

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