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O profissional de Serviço Social respeita os direitos dos indivíduos e dos grupos consignados na
Declaração Universal dos Direitos do Homem, afirmando o valor único de cada Ser Humano; O
profissional de Serviço Social não deve apoiar, direta ou indiretamente, indivíduos ou grupos cuja
atuação vise o controlo ou o domínio de outros Seres Humanos; O profissional de Serviço Social
deve constituir-se como uma voz crítica e interventiva junto dos decisores políticos e sociais.
Desenvolvimento: Processo que acompanha o desenrolar de uma vida, com sucessivas fases mais
ou menos críticas que permitem uma equilibração progressiva e uma transformação até à morte.
- Hereditariedade
- Maturação
- Meio ou fatores exógenos
Catell refere a existência de uma influência hereditária na predisposição para o crime e para as
perturbações mentais.
Anastasi sugere uma aproximação mais viável; não pretende saber qual o peso de cada um dos
fatores em termos percentuais, como alguns autores defendiam, mas tenta perceber como se
processam as interacções entre os factores hereditários e o meio.
Maturação: Fator interno que explica a ordem das fases de desenvolvimento e de crescimento. A
maturação depende do processo de mielinização das células do Sistema Nervoso Central, mas é,
também, condicionada pelo processo de aprendizagem. (A mielinização faz parte do processo de
desenvolvimento cerebral. A mielina é uma camada lipoprotéica que envolve e protege a condução
nervosa dos axônios dos neurônios, tornando-a mais rápida e eficaz. Em um neurônio não
mielinizado, a transmissão de informação neuronal é mais lenta, não possibilitando alcançar a porção
terminal do axônio. No axônio mielinizado a transmissão é veloz).
Meio ou Fatores Exógenos: Na multiplicidade destes fatores podemos identificar três níveis
essenciais de influência
● Ambiente familiar, sócio-económico e cultural;
● Estimulação das diferentes competências humanas e oportunidades escolares;
● Doenças ou deficiências adquiridas.
A educabilidade das inteligências
Sternberg e Detterman (1986) identificaram vinte cinco definições para o conceito de inteligência. .
Tradição psicométrica - Conceção estática e centrada na normalização e nos desempenhos
académicos; focalização nos resultados/respostas e não nos processos.
Sperman (1904) defende a presença de um factor G a partir da forte correlação obtida pelos
resultados do mesmo indivíduo em diferentes testes de inteligência e de aptidões. Thurstone (1938) e
Guilford (1967) consideram que existem diferentes fatores, independentes entre si, que compõem a
inteligência.
De acordo com Gardner, todas as inteligências podem ser educadas, mas não podemos ser todos
educados da mesma forma. Não se pode ensinar sem ter em conta os interesses, as representações
e as expectativas pessoais. É importante identificar as linhas de força naturais e próprias de cada
uma das inteligências individuais.
1. A inteligência linguística que é usada para ler um livro, escrever um poema, um artigo
científico e para compreender as palavras;
2. A inteligência lógico-matemática que é usada para resolver problemas matemáticos e está
presente no raciocínio lógico;
3. A inteligência musical que é usada para cantar uma canção, compor uma sonata, tocar um
instrumento ou apreciar música;
4. A inteligência espacial que é usada na deslocação de um lugar para o outro e ao ler um
mapa, por exemplo, na facilidade em visualizar e em criar esquemas visuais;
5. A inteligência cinestésica que é usada na dança, num jogo de basquetebol ou numa corrida;
6. A inteligência interpessoal que é usada na relação com o Outro, na compreensão do seu
comportamento, motivos e emoções;
7. A inteligência intrapessoal que é usada num processo de autoconhecimento e
autotransformação.
Para que uma capacidade seja considerada inteligência deve apresentar uma trajetória de
desenvolvimento, ser observada de uma forma isolada em jovens prodígios e autistas e exibir alguma
evidência de localização no cérebro. Em qualquer criança normal, por volta dos 6/7 anos cada uma
das inteligências humanas já se desenvolveu suficientemente bem, mas aos quatro anos já se
observam inúmeras diferenças individuais dentro da mesma cultura.
Gardner considera que o período dos 6/7 anos é um período fascinante do desenvolvimento devido
ao grande desenvolvimento da capacidade simbólica e à interiorização de “hábitos” mentais e
motores. É nesta fase que a criatividade e a arte são favorecidas ou inibidas para sempre. Este autor
partilha a ideia que antes da escolaridade formal as crianças constroem teorias explicativas que lhes
permitem dar um sentido às suas experiências. Contudo essas concepções são resistentes à
mudança…
O ensino formal deve identificar e aceitar essas ideias para que, nesse contexto, seja possível
reconstruí-las ou reorganizá-las. Para Gardner, uma inteligência deve conter um conjunto de
capacidades de resolução de problemas, permitir criar um produto valorizado no âmbito de um ou
mais contextos culturais e conter, também, o potencial para descobrir e criar.
1º- O aprendiz intuitivo: corresponde à mente da criança de cinco anos que já demonstra
compreensão e domínio da linguagem e de outros sistemas simbólicos. As crianças de todo o mundo
desenvolvem conceções semelhantes sobre o mundo em que vivem e as pessoas com quem
comunicam;
O estudante tradicional: este tipo de aprendiz acompanha a escolaridade formal e tem como objetivo
dominar os conceitos, os saberes e as ciências ensinadas na Escola. Ao aprendiz escolar
correspondem, muitas vezes, desempenhos rotineiros não promotores de uma compreensão
profunda.
Do ponto de vista de Gardner, a chave para uma melhor educação reside em descobrir formas de
interrelacionar estes três tipos de aprendizagem, considerando, também, fundamental promover uma
compreensão em profundidade analisando o mesmo tema a partir das inteligências múltiplas
(diferentes formas de abordagem).
As razões para este sucesso talvez possam ser encontradas na tensão existente entre emoção e
razão na cultura ocidental; na estagnação e crítica às pesquisas sobre o Q.I. e, por outro lado, nas
ideias chave deste modelo que considera que a inteligência emocional é mais poderosa na
determinação do êxito que o Q.I. e que constitui uma capacidade educável.
3º- Desde 1998: intensificação das pesquisas, no sentido de clarificar e validar o construto.
Atualmente, este modelo é aquele que é considerado mais adequado e promissor. Depois de várias
estruturações, o conceito de inteligência emocional passou a ser definido como um conjunto de
habilidades mentais que permitem perceber e conhecer o significado das emoções e, ao mesmo
tempo, raciocinar e resolver problemas a partir delas. É um modelo com uma perspetiva estrutural e
desenvolvimentista, que pretende analisar a interrelação e a dinâmica estabelecida entre os vários
ramos ou habilidades da Inteligência Emocional.
As primeiras aprendizagens emocionais são realizadas muito cedo na vida humana e acontecem
através da interação com os pais ou os seus substitutos.
Alguns estudos realizados a partir deste modelo têm mostrado que a I.E. está correlacionada de
forma positiva com o apoio familiar, a satisfação na vida, a empatia e a saúde mental… Nesse
sentido, têm sido realizados estudos com o objetivo de aplicar este modelo ao contexto educativo, na
área da saúde e nas empresas.
➔ Competências Pessoais – estas competências estão relacionadas com a forma como nos
gerimos a nós próprios:
Durante as últimas duas décadas tem-se tratado de entender a origem do processo criativo.
De onde obtemos as melhores ideias?
As respostas obtidas foram surpreendentes, especialmente considerando todo o tempo do dia que as
pessoas passam no seu trabalho.
● Durante o banho
● Antes de dormir
● Quando não faço nada
● Quando caminho
● Conversando 97%
● Meditando
● Analisando
● Nas férias
● Tomando vinho
● No trabalho 3%
No Mundo Ocidental, a maioria das pessoas não tinham ideia do que Platão queria dizer com a sua
teoria dos dois cérebros e basicamente a ignoraram por centenas de anos ou mais.
Depois veio “A Era da Razão”, seguida da Era Científica, e começámos a ter curiosidade acerca do
que fazia que as coisas funcionassem … inclusive o cérebro.
No Século XIX, os cientistas começaram a especular a respeito, até que se deram conta de que o
cérebro parecia estar composto por duas metades ou “hemisférios”, os quais provavelmente
controlavam diferentes aspetos do organismo humano.
Com o passar do tempo, uma série de teorias começaram a ser criadas sobre os “dois cérebros” …
O lado esquerdo está associado com o intelecto, e está relacionado com o pensamento convergente,
abstrato, analítico, calculado, linear, sequencial e objetivo - concentra-se nos detalhes e nas partes
do todo.
Este lado produz pensamentos que são diretos, verticais, sensíveis, realistas, frios, poderosos e
dominantes
Os engenheiros têm fama de usar este tipo de pensamento…
O lado direito está associado com a intuição e está relacionado com o pensamento divergente,
imaginativo, metafórico, não-linear, subjetivo e concentra-se no todo das coisas.
Este lado produz pensamentos que são flexíveis, divertidos, complexos, visuais, diagonais, místicos
e abstratos. Os artistas, músicos, inventores, e empreendedores tem fama de usar este tipo de
pensamento (junto com algum dos rebeldes companheiros seus de trabalho, dos quais nós podemos
ser um deles…)
Quando uma pessoa está no trabalho, a maior parte do tempo usa o lado esquerdo do cérebro.
Concentra-se nos detalhes, em tratar de encontrar o problema, em tratar de obter informação e
feitos.
Lógica, praticidade e ordem são as leis do dia.
Afinal, isto não é tão mau, já que uma vez que o lado esquerdo do cérebro fez o seu trabalho, todo o
“trabalho pesado”, aí o lado direito pode emergir e criar uma ideia totalmente diferente, uma
possibilidade fora dos padrões estabelecidos.
Por exemplo:
● Sair para passear
● Exatamente isto: caminhar, dar uma volta, inclusive saltar ou correr. Quando o corpo se
move, o lado direito ativa-se
● Ouvir música
● Desenhar
● Usar o humor
● Mudar o look
1. Para não ter que esperar até sair do trabalho para ter uma boa ideia
2. Para não ficar limitado a somente o racional e linear do lado esquerdo
A verdade é…
● Necessitamos de ambos: do lado esquerdo e do lado direito. O truque é: saber como
nos mover fluidamente de um lado para o outro com facilidade.
Para este autor o desenvolvimento apoia-se no princípio epigenético – plano básico que determina as
sucessivas aquisições/aprendizagens; esse plano é inato e comum a todos os seres humanos.
Erikson delimita oito estádios psico-sociais ao longo do ciclo completo de vida – cada estádio integra
um “pólo” positivo e outro negativo.
Para que o indivíduo possa adquirir uma identidade e autonomia tem que resolver, pelo menos
parcialmente, os sucessivos conflitos que enfrenta em cada um dos estádios.
Os vários períodos críticos são marcados pela maturação/idade.
Os estilos parentais na sua relação com o xadrez identitário e relacional dos adolescentes
● Família
● Escola
● Grupo de amigos
Desafios no Desenvolvimento
● Autonomia
● Identidade
● Realização
● Intimidade
Para que uma família funcione educativamente é imprescindível que alguém nela se resigne a ser
adulto. (…)
Quanto menos os pais querem ser pais, mais paternalismo se exige do Estado.
A Família organiza-se como um sistema entre outros sistemas em comunicação;
Visa alcançar um estado de relativa mas não total estabilidade;
O crescimento e a evolução/mudança são possíveis e desejáveis, permitindo um progressivo
reajustamento do sistema (ex.: ciclo de vida do sistema familiar)
Os pais (figura maternal e paternal) constituem as figuras de identificação primordiais e permitem (ou
não), através das suas interações, a coexistência entre os afetos e a racionalidade e a gestão entre o
princípio do prazer e o princípio da realidade.
- Pais permissivos: fazem poucas exigências; não clarificam os limites e as regras; não fazem
uso do poder parental; delegam as responsabilidades parentais, oferecem pouco apoio e
estabilidade.
- Pais autoritários: exigentes, controladores e pouco apoiantes; definem limites e regras
rígidas, estabelecem relações afetivas distantes e pouco calorosas; utilizam sanções
expiatórias.
- Pais autorizados/democráticos: Definem limites e expectativas; dão orientação e apoio;
justificam e negociam as regras; dão suporte afetivo; utilizam sanções por reciprocidade,
apelam à razão.
Desenvolvimento da Autonomia
Autonomia Emocional
- Alargamento das relações sociais;
- Importância do grupo de pares;
- Relações de amizade e de amor
Autonomia Instrumental
- Realizar as atividades académicas;
- Participar nas tarefas domésticas;
- Gerir uma mesada;
- Ter a chave de casa (…)
Desenvolvimento da Identidade
➔ Consciência do Eu
↓
Capacidade de analisar-se e refletir-se;
Sentido de Realização/Competência
Intimidade
Embora uma grande quantidade de aprendizagens tenha lugar através do treino e do reforço directo,
grande parte do reportório comportamental da pessoa pode ser adquirido através da imitação ou
daquilo que uma pessoa observa nos outros
a) Atenção: Para que a aprendizagem se verifique é necessário que o sujeito preste atenção às
atividades que se pretendem modelar.
Características que influenciam o processo de atenção:
➔ Características do observador:
- Capacidade/disponibilidade perceptiva;
- Capacidade cognitiva/nível de desenvolvimento;
- Preferências adquiridas.
d) Motivação
● Reforço externo;
● Reforço vicariante;
● Auto-reforço (crianças mais velhas e adultos).
↓
Padrões pessoais de desempenho, valores, atitudes
e) Expectativas
Segundo Bandura, os julgamentos que as pessoas fazem acerca da sua eficácia pessoal constituem
bons preditores do seu envolvimento e persistência em diferentes tarefas. Nesse sentido, este autor
identificou algumas condições que aumentam a auto-eficácia:
O microssistema relaciona-se com as atividades, papéis e relações existentes entre o sujeito e o seu
ambiente, experienciados num contexto imediato. Ele é concebido como um local onde os indivíduos
podem estabelecer interações “face a face”. O lar, o jardim de infância, a escola, o local de trabalho,
etc., são exemplos de contextos onde os indivíduos estabelecem relações interpessoais e onde
desempenham atividades e papéis determinados durante um certo período de tempo.
O exossistema insere os contextos que não implicam a participação ativa do indivíduo, mas onde
ocorrem situações que afetam ou são afetadas pelo que ocorre no contexto imediato em que o
sujeito se integra. Por exemplo, o exosistema de uma criança integra o local de trabalho dos pais, o
círculo de amigos dos seus progenitores, o sistema de saúde, de transportes, etc…
A capacidade para compreender a linguagem oral e, mais tarde, a escrita, torna-a capaz de pensar
situações em contextos de que não tem um conhecimento direto, como o local de trabalho dos pais,
uma cidade distante ou o mundo da fantasia expresso num livro, num filme, numa pintura…
A evolução ou o desenvolvimento da criança ocorre a par da sua consciência, a nível
perceptivo/conceitual e a nível da ação, dos diferentes subsistemas ecológicos e das suas mútuas
interações.
Uma transição ecológica acontece sempre que a posição se altera em virtude de uma modificação no
meio ou nos papéis e atividades desenvolvidas pelo sujeito. As transições podem acontecer em
qualquer dos quatro níveis da estrutura ecológica:
Exs.:
- o nascimento de um irmão;
- a entrada na escola;
- Emigrar para outro país.