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GENÉTICA APLICADA A

PSICOLOGIA

Professora Poliana Alves Sidol


Especialização em Genética Aplicada
Mestra em Genética e Biologia Molecular
Psicóloga CRP 06/178248
Especialização em Humanização e Cuidados Paliativos
O ponto de partida

“EU NÃO ENTENDI “PRESTEI PSICOLOGIA


GENÉTICA NO ENSINO PARA FUGIR DA
MÉDIO..” BIOLOGIA..”

“PROFESSORA, SÃO
“GENÉTICA É MUITO
MUITOS TERMOS
DIFÍCIL..”
NOVOS..”
Por que o psicólogo deve estudar genética?
• Pais sob impacto da primeira notícia de um diagnóstico
genético;

• Tentantes com histórico familiar de alteração genética;

• Trabalho em instituições como hospitais, APAE, entre


outras;

• Equipe de Aconselhamento Genético (AG);

• Várias demandas.
Introdução
• A genética em nosso cotidiano é atravessada pelo senso
comum:

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/559713059922073950/
Importância da genética
• Acadêmica, desenvolvimento de pesquisas;

• Garantir a perpetuação de espécies;

• Melhoramento animal e vegetal (impactos econômicos);

• Identificação de suscetibilidade, resistência, vulnerabilidade


e resposta terapêutica (impactos na saúde);

• Compreensão de processos evolutivos, etc.


Células: as unidades básicas da vida

Fonte das imagens: http://sgcd.foa.unesp.br/home/extensao/praticandociencia/8-testiculo.pdf


http://www.palestranteleonardolopes.com.br/blog/dia-internacional-do-ser-humano/
O material genético
• DNA ou ADN: ácido desoxirribonucleico;
• Contém todas as informações que constituem o nosso
organismo: produção de proteínas, processos regulatórios
(controle de todas as atividades celulares);
• Material hereditário: transmissão de características entre
gerações, inclusive doenças.

TODA DOENÇA
GENÉTICA É
HEREDITÁRIA?
Localização do DNA humano

NÚCLEO
CELULAR

Fonte da imagem: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/nucleo-celular


Estrutura molecular do DNA
• Em 1953, J. D. Watson e F. C. Crick, com base em estudos de
difração aos raios X, propuseram um modelo para a
estrutura molecular do DNA.

Fonte da imagem : https://history.uol.com.br/hoje-na-historia/james-watson-e-francis-crick-anunciam-descoberta-do-dna


a) A molécula de DNA é uma longa fita ou fita
de nucleotídeos, formando uma configuração
semelhante à de uma escada de corda,
enrolada de forma helicoidal;

Fonte da imagem do nucleotídeo:


https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.todamateria.co
m.br%2Fnucleotideos%2F&psig=AOvVaw0zNz4kKmhsbAuWDwX9Br6c&ust=17
05861855595000&source=images&cd=vfe&opi=89978449&ved=0CBIQjRxqFwo
TCPi25NLN7IMDFQAAAAAdAAAAABAD
Nucleotídeos
b) Nessa escada, o açúcar e o fosfato são os
componentes verticais (corrimãos) e as bases
nitrogenadas são os degraus: adenina, timina,
guanina e citosina.
Bases nitrogenadas e ligações de hidrogênio
DUPLA
ENTRE A = T

TRIPLA ENTRE C
eG
c) O modelo requer que as duas fitas
polinucleotídicas sejam antiparalelas, ou seja,
corram em direções opostas: 5’  3 e a outra
na direção 3’  5’.
Projeto Genoma Humano
• Genoma = sequência completa de DNA de um organismo ou
conjunto de genes;

• Consórcio internacional: construção de uma base de


informações que contribuíssem para a medicina;

• Inicialmente tinha direção de Watson;

• No ano de 2000 foi divulgado o “rascunho” na Casa Branca.


Projeto Genoma Humano
Projeto Genoma Humano
O psicólogo trabalha no mundo
Social
Biologia

Genética
Fisiologia
Filosofia

Comportamento
Cognição
Entre tantos outros possíveis...

Fonte: portaldamaturidade.com/2013/09/14/projeto-acolhimento-diferentes-caminhos-de-cura/
Fator a ser considerado
• Alfabetização genética:

EPIGENÉTICA DELEÇÃO
GENE DNA
CROMOSSOMO CARIÓTIPO
EPIDERMÓLISE RNA
BOLHOSA DUPLICAÇÃO
DE ONDE VEM O
CROMOSSOMO A
MUTAÇÃO MAIS DA
SÍNDROME DE
DOWN?
Essa nuvem de palavras nos leva para onde?
• Aquilo que as pessoas sentem diante de um diagnóstico
genético:

Foi algo que


eu fiz?

Fonte: pt.dreamstime.com/mulher-adolescente-que-olha-preocupada-pensando-sobre-algo-image123851366
Autoculpabilização

Corrêa; Guilam (2006)


Outros fatores que podem emergir com um
diagnóstico genético:
- Ruptura com o filho idealizado;

- Elemento perturbador da vida pessoal e do casal;

- Os pais não tem tempo para chorar a perda do filho


desejado, porque logo se implicam no tratamento e outras
questões.

Andrade (2015)
Pós-modernidade

Fonte da imagem : paroquiaverbodivino.com

Velocidade
Explicações/Laudos
Mecanização
Mecanização
• Falsa ideia de que TUDO é rápido e imediato

• Interferência na visão dos pais, cuidadores e da sociedade a


respeito das síndromes e doenças genéticas:

Sensação de que a criança está ficando para trás;


Deveria ser igual as outras crianças ditas “normais”;
Importante frisar que a normalidade é um conceito com
influência histórica.
Como é acolhido pela comunidade?
Um passado presentificado?
Para aula que vem
• Trazer cartolina, cola, tesoura, material de escrita da sua
preferência, revistas para recorte.

• Trabalho do primeiro bimestre em sala (peso 3,0 pontos):


1,5 pontos cartaz + 1,5 pontos apresentação e
compartilhamento de ideias.
Referências
ANDRADE, F. M. R. R. 2015. O luto do filho idealizado: pais da criança com
síndrome de Down. Dissertação (Mestrado em Psicologia – Especialidade em
Psicologia Clínica), Instituto Universitário Ciências Psicológicas Sociais e da
Vida. Lisboa, p. 1 – 132.

BOYD, D.; BEE, H. A criança em crescimento. Porto Alegre: Artmed, 2011.

CORRÊA, M. C. D. V.; GUILAM, M. C. R. O discurso do risco e o aconselhamento


genético pré-natal. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(10):2141-2149,
2006.

FERREIRA, L. S. M. Uma aproximação fenomenológico-existencial da


experiência do pânico. Em: Situações clínicas I: análise fenomenológica de
discursos clínicos/ organização Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo, Myriam
Moreira Protasio. – 1 ed. – Rio de Janeiro, RJ: IFEN, 2015. 336 p.
Referências
GUSMÃO, F. A. F.; TAVARES, E. J. M.; MOREIRA, L. M. A. Idade
materna e síndrome de Down no Nordeste do Brasil. Cad.
Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(4):973-978, jul-ago,
2003.

MICHELETTO, D. et al. Adesão ao tratamento após


aconselhamento genético na Síndrome de Down.
Psicologia em Estudo, 14(3):491-500, 2009.

PIERCE, B. A. Genética: um enfoque conceitual. 5 ed. Rio


de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
Referências
RIOS, I. C. Humanização: a Essência da Ação Técnica e Ética
nas Práticas de Saúde. Rev. Bras. de Educação Médica,
33(2): 253-261, 2009.

SANTILI, C. et al. Avaliação clínica, radiográfica e laboratorial


de pacientes com osteogênese imperfeita. Rev Assoc Med
Bras, 51(4): 214-20, 2005.

STRAPASSON, B. A.; DITTRICH, A. Notas sobre o


determinismo: implicações para a Psicologia como ciência e
profissão. Avances en Psicología Latinoamericana/Bogotá
(Colombia), 29(2): 295-301, 2011.

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