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Saúde
Humanização em Cuidados de Saúde
Introdução
realização pessoal.
Definição
Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa,
Humanizar “é tornar humano, dar condição ou
forma humana; é tornar mais adaptado aos
seres humanos; tornar compreensivo,
bondoso, sociável”.
Humanização em Cuidados de Saúde
Oliveira [et al.] (2006, p.280), diz-nos que “humanizar, significa distribuir
Tal como refere Oliveira [et al.] (2006, p.280), “humanizar é, ainda, garantir
à palavra a sua dignidade ética. Ou seja, o sofrimento humano, as
perceções da dor ou de prazer no corpo, para serem humanizadas,
precisam tanto que as palavras com que o sujeito as expressa sejam
reconhecidas pelo outro, quanto esse sujeito precisa ouvir, do outro,
palavras de reconhecimento. Pela linguagem fazem-se as descobertas de
meios pessoais de comunicação com os outros, sem que se desumanize
reciprocamente”. Isto é, a comunicação é essencial à humanização.
Podemos perceber que “a humanização depende da
capacidade de falar e de ouvir, pois as coisas do
mundo só se tornam humanas quando passam pelo
diálogo com os semelhantes, ou seja, viabilizar nas
relações e interações humanas o diálogo, não
apenas como uma técnica de comunicação verbal,
mas sim como uma forma de conhecer o outro,
compreendê-lo e atingir o estabelecimento de
metas conjuntas que possam propiciar o bem-estar
recíproco” (Oliveira, 2006, p.281).
Humanização em Cuidados de Saúde
Neste sentido, humanizar em saúde implica dar lugar tanto à palavra do utente quanto
à palavra do enfermeiro, para que possam fazer parte de uma rede de diálogo, a
e Bertachini, 2004) quando nos refere que “humanizar é garantir à palavra a sua
dignidade ética. (...) É preciso que as palavras que o sujeito expressa sejam
reconhecidas pelo outro. É preciso, ainda, que esse sujeito ouça, do outro, palavras
Os enfermeiros e todos os outros profissionais de saúde que trabalham nos hospitais devem
ter uma sensibilidade para cuidar a pessoa com solidariedade e ética. Para tal, é
uma relação empática, serena e comunicativa (...); além da competência científica, técnica
e ética deve ter uma autoestima serena, confiante e harmoniosa (...); deve cultivar o
capacidades, (...) afinar a própria filosofia de vida (...) e aprender a racionalizar e otimizar
assume o dever de: dar, quando presta cuidados, atenção à pessoa como
numa família e numa comunidade que fazem parte intrínseca do seu estar-no-
pessoa que, como parece evidente, é única e torna-se diferente nos modos
como se relaciona com o outro, age segundo aquilo que é e de acordo com a sua
personalidade.
Humanização em Cuidados de Saúde
os, assume como “bem” o que o realiza e humaniza e como “mal” o que o
Para a enfermagem, a pessoa é a origem e a meta de toda a atuação que pretende ser
razão de ser na pessoa que cuida, o utente. Este é um ser único, com uma
é o ponto de partida para a enfermagem e deve ser vista como parte de um todo
então, ela tem dignidade. Nas palavras de França (2003, p. 232), ”o nosso
que deve partilhar com a racionalidade que também nos caracteriza como
seres humanos.”
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diminuídos, pois a pessoa doente é uma pessoa e, como tal, deve ser tratada de
forma humanizada. Assim, surge a Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes
e com vista à qualidade dos cuidados prestados. Assenta num conjunto de valores
lado.
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Neste sentido, esta carta representa “mais um passo no caminho e
do enfermeiro.”
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p. 72).
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Todo o profissional de saúde tem também necessidade de ter a sua condição
dos profissionais e utentes com a dignidade a que todo o ser humano tem
São os pequenos e grandes cuidados do dia a dia que tornam o ser humano
De acordo com este autor, “não é possível humanizar a gestão das organizações sem
humana e humanizadora que seja a outra grande tecnologia, com custos mais
p.34).
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prática que acompanha o evoluir dos tempos. Este ato assume-se como
2002, p. 54).
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Hoje em dia é fundamental que os enfermeiros vejam o doente como um todo único, uma
pessoa com nome, família e inserido numa sociedade, que cuide dele como gostaria de
ser cuidado. Porque afinal, “se a ciência nasce da vontade de saberes, se a medicina nasce
Perante tudo isto e na opinião de Coelho (2000, p. 174) “não é demais referir que cuidar,
para além do saber científico, de uma ação técnica e de relações interpessoais, é um valor
mais humano”.
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Na opinião de Watson, “enfermagem e cuidados de saúde de qualidade, exigem hoje
preocupação e empatia .
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Como refere Domingues (1996), “o enfermeiro tem como modelo de vida
cuidar dos outros quando e como eles precisarem e para tal, deverá tentar
1996, p. 6).
nível de saúde de acordo com a sua vida, isto é, com o seu ambiente
suas crenças, os seus valores, a sua cultura, a sua idade, etc.” (França,
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A ciência e a arte de bem cuidar só são possíveis se o enfermeiro estiver ciente da importância do
acolhimento e do relacionamento para que seja possível uma boa comunicação. Através de
com ciência, consciência e rapidez. De facto, “o ideal humano é ser bom para agir bem e
tornar-se cada vez mais humano: a adultez busca afinar lucidamente o autoconceito
agir criteriosamente a tempo e horas” (Domingues, 1996, p. 6). A enfermagem deve ser cada
vez mais um fator de progresso, sem esquecer o aspeto humano, pessoal, que deve
doente. Um paciente deve ser tratado, antes de tudo, como um indivíduo, com as suas
eficiência.
criação de relações que respeitem o doente. Para tal, era necessário o número
mais adaptados, melhoria das condições do Serviço (para tratar com pudor e