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MARIA EDUARDA CABRAL

ANESTESIOLOGIA
Pequenos Animais

@apostilavet

Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52


Quem sou eu?
Oi gente! Tudo bem com vocês?
Esse material de Anestesiologia de Pequenos Animais foi
criado por mim, Maria Eduarda Cabral, com o intuito de
auxiliar vocês durante a graduação e vida profissional.
Também sou a criadora do instagram @apostilavet que possui
diversas apostilas e resumos com base nas disciplinas da
graduação e materiais extras.
Eu espero que você goste desse material, que ele te acompanhe
em diversos momentos da sua vida acadêmica e profissional.
Muito obrigada por ter adquirido e confiado no meu trabalho.

@apostilavet

PROIBIDO O COMPARTILHAMENTO E REVENDA SEM


A AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DESSE MATERIAL
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SUMÁRIO
Anestesiologia ________________________________________________p.3
Avaliação Pré-Anestésica ____________________________________ p.3
Medicação Pré-Anestésica (MPA) ___________________________p.22
Analgesia ___________________________________________________p.55
Anestesia Local _____________________________________________p.70
Anestesia Intravenosa ______________________________________p.94
Aparelhos e Circuitos Anestésicos ___________________________p.116
Anestesia Geral Inalatória ___________________________________p.124
Monitoração ________________________________________________p.131
Associações para Anestesia Cirúrgica _______________________p.145
Risco Anestésico ASA ______________________________________p.149
Protocolos e Manejos da Dor _______________________________p.150
Anotações __________________________________________________p.155

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Ciência multidisciplinar que envolve conhecimentos de


farmacologia, fisiologia e clínica médica, ou seja, é importante o
anestesista ter uma boa noção de fisiologia, farmacologia e clínica
médica.
É importante conhecer a fisiologia normal do
paciente para entender como o fármaco irá atuar
no organismo, em conjunto, é necessário conhecer
sobre clínica médica porque um animal com
patologia o anestesista precisa saber qual medicamento irá utilizar
e como esse fármaco atuará nessa fisiologia modificada devido a
patologia existente.
Primeiro é feito a avaliação pré-anestésica, depois escolhemos a
medicação pré-anestésica (MPA) e o próximo passo é a
analgesia, devendo ser feito um bom controle de dor. Após isso,
induzimos o paciente na hipnose e o mantemos, sendo
importante realizar a monitoração em todos os passos.

Considerações Gerais
Fazer um exame clínico pré-anestésico.

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Em primeiro lugar o paciente que será
anestesiado tem que ser avaliado.
ESSE PASSO É MUITO IMPORTANTE
POIS POSSIBILITA AVALIAR O
PACIENTE ATRAVÉS DAS AVALIAÇÕES
CLÍNICAS E LABORATORIAIS O SEU
STATUS FISIOLÓGICO.
Com isso, consegue ter uma noção do risco anestésico.
A classificação de ASA (Associação Americana de
Anestesiologia) classifica o paciente de ASA 1 a ASA 5 .
ASA 1: paciente jovem, hígido e que em muitos casos
são submetidos ás cirúrgias eletivas, simples e
rápidas.
ASA 5: paciente moribundo, em choque, com poucas
chances de sobrevida.
A partir do momento que faz a avaliação pré-anestésica e
determina o risco do paciente, o passo seguinte é posicionar os
tutores e os colegas clínicos e cirurgiões sobre o risco, depois,
a partir da avaliação escolhemos o melhor fármaco para o
paciente conforme a sua condição.

Objetivos
Dentro da anestesiologia é importante cumprirmos
5 objetivos, sendo eles:
Analgesia , sempre verifique o que está sendo feito para o

controle de dor adequado no paciente, sendo que determinadas


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cirurgias requerem diferentes fármacos.
Hipnose , ou seja, é preciso que o paciente esteja dormindo

durante o procedimento cirúrgico.


Miorrelaxamento , principalmente em cirurgias como

laparatomia exploratória é importante ter um bom


miorrelaxamento, essas 3 formam a tríade do anestesista e devem
ser feitas de forma equilibrada.
ESSES TRÊS OBJETIVOS FORMAM A TRÍADE DO
ANESTESISTA E DEVEM SER FEITOS DE FORMA
EQUILIBRADA!

Manter os valores paramétricos normais , como


frequência cardíaca, temperatura, pressão arterial, frequência
respiratória e afins, tudo próximo dos parâmetros fisiológicos do
paciente.
A partir do momento que tem noção do normal, mantemos o
paciente o mais estável possível, sendo chamado de proteção
neurovegetativa.
Recuperação do paciente , tem que ser rápida, mas

tranquila e isenta de qualquer efeito colateral.


Outros pontos importantes:
Estabelecer risco anestésico-cirúrgico.
Planejamento anestésico, justamente para evitar problemas.
Diminuir morbidade e mortalidade.
Manter valores paramétricos normais.

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As morbidades são doenças geradas por uma má administração


de uma anestesia.
Um exemplo é a insuficiência renal gerada por uma má
administração da anestesia, como uma hipotensão durante o
transoperatório ou a falta de uma fluidoterapia adequada
durante esse período pode acarretar em morbidades.

Identificação do Paciente
Ao identificar o paciente que iremos anestesiar,
fazemos uma triagem do que pode ser
administrado nesse animal.

ESPÉCIE
PRECISA SABER QUAL É A ESPÉCIE, RAÇA, IDADE E
SEXO DO PACIENTE QUE IRÁ ANESTESIAR.

O gato não é um cão pequeno, possuem temperamento


distintos e, além do mais, fisiologicamente são
diferentes, cada um apresentará particularidades
fisiológicas.
Os gatos são uma espécie que possui uma enorme
particularidade em relação a sua fisiologia. Eles apresentam um
problema na metabolização de determinados fármacos e um
grande problema na conjugação e glucuronidação hepática.

Pelas espécies terem temperamentos diferentes, alguns pacientes


temos que realizar a contenção química.
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A contenção química é usada para manter o paciente


parado e quieto, possibilitando a manipulação do animal com
segurança.
As doses de fármacos e suas indicações para cães e gatos são
distintas.
RAÇA
Diferentes respostas a determinados fármacos de acordo com a
raça.
Ex: Galgos, como Whippet, Grayhound, Saluki;
braquicefálicos como o Pug, Pequinês, Bulldog;
e, dóceis X agressivos.

Antes, é importante
lembrarmos...
QUANDO ANESTESIAMOS UM PACIENTE, ANALISAMOS
ELE EM COMPARTIMENTOS!

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Tem um compartimento central e dois compartimentos periféricos,

esses compartimentos são de tamanhos diferentes e interligados.

Ao fazer uma anestesia podemos aplicar um anestésico por via


intravenosa, por exemplo, para a indução em um paciente de 10kg
podemos usar o propofol na dose de 5 mg/kg.
Ao aplicar na veia do paciente, esse anestésico irá
entrar dentro do compartimento central, ou seja,
esse compartimento representa o plasma.
Esse fármaco começa a preencher o plasma do
paciente e ser distribuído através da ligação com os
compartimentos periféricos.
Os compartimentos periféricos são os tecidos menos
vascularizados (ex. tecido adiposo) e tecidos
ricamente vascularizados (ex. músculos e órgãos
no geral), ao entrar nesses tecidos para que essa droga seja
eliminada, tem que voltar para o plasma para ser metabolizado.
Isso é chamado de taxa de distribuição metabólica na
farmacologia, sendo dados farmacocinéticos, quanto tempo leva o
fármaco para se distribuir em tecidos mais vascularizados ou
menos vascularizados.
E, o clearence plasmático ou taxa de depuração plasmática é
o tempo que leva para o propofol sair do plasma, ou seja, é a
eliminação de substâncias.
O efeito clínico do fármaco ocorre através do plasma e não nos
tecidos.
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O excesso de propofol no plasma terá como efeito clínico no


paciente a alteração da pressão, sendo observado bradicardia,
hipotensão, bradipneia, apneia e afins. Se tiver pouca quantidade
de fármaco no plasma, terá taquicardia, hipertensão, dor,
tensão e paciente acordando da anestesia.
Duda, e sobre as raças?

Os galgos possuem uma diferença anatômica de


não terem muito tecido adiposo, sendo que
esse tecido faz parte do compartimento menos
vascularizado. Então, essa raça possui pouco tecido adiposo e não
é muito musculoso, caso aplique um bolus de propofol, essa droga
irá preencher o plasma e a taxa de distribuição estará
prejudicada, fazendo com que o anestésico fique por muito tempo
no plasma, correndo o risco de aprofundar demais a anestesia.
Nesse paciente é usado a dose-efeito, ou seja, aplica e verificamos o
efeito da dose, sendo visado a segurança do paciente.

Duda, e os braquicefálicos?

Os braquicefálicos possuem um problema anatômico


de encurtamento de faringe e laringe, além de
uma grande quantidade de tecido adiposo, que
pode prejudicar a parte respiratória do paciente.
Nessa raça fazemos doses mais baixas de MPA e monitoramos o
paciente por tempo integral, qualquer problema de dispneia,
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esticamos o pescoço do paciente para ele respirar melhor.


Duda, e os animais agressivos?

Um animal agressivo tem mais risco na anestesia, pois


muitas vezes não é possível fazer uma boa
avaliação pré-anestésica, pois tem que fazer uma
contenção química sem saber qual a condição do
paciente, esse risco deve ser passado para os tutores.

IDADE
Animais Idosos
Animais que excederam 75% da expectativa de vida.
Esses pacientes possuem uma dificuldade de biotransformar e
excretar fármacos, mesmo que a sua função hepática esteja
normal, o seu metabolismo será mais lento.
Possível presença de doenças típicas, como por exemplo,
diabetes mellitus, cardiomiopatia, hipotireoidismo...
Animais Jovens
Com menos de 2 meses.
Possuem uma imaturidade dos sistemas enzimático e hepático.
TOMAR CUIDADO COM A DOSE E QUANTIDADE DE
FÁRMACOS ADMINISTRADOS.

Esses animais jovens de raças pequenas, por terem um tamanho


menor, é difícil realizar o acesso venoso e o acesso a via aérea
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desse paciente.
Tomar cuidado com quadros de apneia nesses animais porque
precisamos ventilar, então deve tomar cuidado com o volume
corrente necessário.
O volume corrente colocado dentro do pulmão de um paciente gira
em torno de 10 a 15 ml/kg, ou seja, se o paciente tem 10kg, seu
volume corrente para ventilar será de 100 a 150ml.
Com isso, esses pacientes pequenos terá um volume corrente
menor e um risco alto durante a ventilação de causar um
barotrauma ou volutrauma.
Ambos
Dificuldade em manter a temperatura corporal e compensar
eventuais alterações cardiopulmonares.
Paciente de pequeno porte tem uma massa corporal pequena,
quando deitado em uma mesa de inox gelada e sob efeito de um
anestésico que interfere no centro termorregulador do
animal e, que pode causar uma vasodilatação, a
perda de calor do paciente é grande, então deve
ser tomado medidas preventivas contra a hipotermia.
Enquanto que os idosos tem um metabolismo lento que
produz menos calor.
SEXO
Não altera as respostas anestésicas, porém porém existem
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situações que isso pode complicar.


Duda, quais são as situações?

Fêmeas em cio: tem uma vasodilatação periférica


que pode gerar problemas para o anestesista no
transoperatório, além de problemas para o cirurgião.
risco de hemorragia!
Gestantes: tem alterações fisiológicas, por exemplo, as gestantes
podem aumentar o débito cardíaco mais alto que o
normal para tentar suprir todos os fetos.
Esse aumento ocorre principalmente devido ao aumento
do volume sanguíneo, pois o débito cardíaco é uma
relação entre a frequência cardíaca e o volume
sistólico.
ESSE VOLUME SANGUÍNEO AUMENTA, MAS NÃO
AUMENTA O VOLUME DE HEMÁCIAS, OU SEJA, SE
REALIZAR UM HEMOGRAMA IRÁ TER UM VOLUME
GLOBULAR BAIXO DEVIDO A HEMODILUIÇÃO.
A progesterona também estimula a função renal, causando uma
hiperperfusão renal que gera uma maior taxa de
filtração glomerular, com isso, acarreta em um
maior débito urinário. Então, no bioquímico do
paciente a ureia e creatinina estarão com os valores menores do
que o de uma cadela não gestante.
A função respiratória também aumenta, com isso, com o aumento
da frequência respiratória irá gerar uma diminuição da pressão
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parcial de dióxido de carbono arterial sanguíneo, por conta do


aumento da frequência respiratória aumenta a
eliminação de CO2 (gás carbônico). Porém, isso
pode mudar no terço final de gestação devido ao
aumento da pressão abdominal pelo crescimento
dos fetos, isso leva a uma compressão de diafragma e de tórax,
então a amplitude torácica muda no terço final da gestação e
resulta em uma diminuição da PaCO2, se tem essa diminuição pode
correr o risco de uma hipocapnia que pode gerar uma possível
acidose respiratória.
Sempre que anestesiar uma cadela gestante é fundamental
fazer a oxigenioterapia antes de entrar em procedimento
anestésico.
Mas, atualmente, a pré-oxigenação é preconizada em todos os
pacientes devido ao fator residual pulmonar, ou seja, paciente que
inala oxigênio a 100% preenche esses fatores residuais, com isso,
evita que o paciente no momento da indução tenha uma hipóxia.
A necessidade de oxigenioterapia no pré-anestésico
em gestantes é devido a uma hipercapnia pré-existente
com possível acidose respiratória.

Anamnese
Sistema respiratório: tosse, dispneia e secreções.
Sistema endócrino: diabetes, hipo ou hipertireoidismo.
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Sistema nervoso central: convulsões, epilepsias.


Sistema digestório: vômitos, diarreias.
Sistema cardiovascular: tosse, cansaço fácil, ascite, síncopes.
Sistema hematológico: anemia, transfusões recentes.

SEGUIMOS UMA ORDEM DE PERGUNTAS DE ACORDO COM


O SISTEMA.

Não anestesiamos paciente descompensado para cirurgias eletivas,


independente do sistema.
Exceto quando temos alguma emergência cirúrgica ou
anestésica, porém o risco anestésico aumenta.
É importante saber se o paciente toma algum medicamento.
Duda, e os pacientes que tem histórico de convulsão
ou epilepsia?

Paciente que tem histórico de convulsão ou epilepsia,


provavelmente é um paciente que toma pelo menos um
fenobarbital que é da família dos barbitúricos, que
é a mesma família do tiopental, pentobarbital e
entre outros.
Se o paciente toma fenobarbital uma ou duas vezes ao dia e de
forma constante, significa que tem nível plasmático constante de
fenobarbital .
Então, muitas vezes o pessoal administra propofol esperando uma
anestesia de 8 a 10 minutos que é o período hábil do propofol,
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porém existe uma interação medicamentosa, o propofol


encontra com o fenobarbital e é potencializado,
fazendo com que a anestesia dure de 40 minutos a
1 hora, existe um sinergismo que devemos tomar
cuidado.
Duda, e os pacientes cardiopatas?

Os pacientes cardiopatas em muitos casos são hipertensos, com


isso, costumam tomar algum medicamento para diminuir a
pressão arterial, como os beta bloqueadores ou
digitálicos. Porém, na maioria das vezes o anestésico
também diminui a pressão arterial, com isso, pode potencializar e
causar uma hipotensão no transoperatório.
Muitos casos em que o paciente está controlado, não podemos
cessar a medicação 24h antes da anestesia, porém, é
importante sabermos que essas alterações podem acontecer e
estarmos preparado para tentar reverter o quadro e evitar
morbidades.

ALGUMAS PERGUNTAS...
Faz uso de medicações?
Cuidado com interações medicamentosas.
Houve anestesias prévias?
Verificar se houve complicações, se a recuperação foi adequada,
qual o protocolo anestésico...
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Exame Físico
PESO, CONSTITUIÇÃO FÍSICA E ESTADO
NUTRICIONAL
Não pode se basear apenas pelo peso, pois existem as
características de condição física e estado nutricional do paciente.
Animal pode apresentar hipoproteinemia, diminuição da resposta
imunológica, da capacidade vital pulmonar e entre outras
alterações quando possui obesidade ou caquexia.
Duda, e os pacientes obesos?

Um paciente obeso não podemos nos basear em


no seu peso real para a dosagem dos fármacos,
nesses animais, diminuímos a dose ou o peso do
paciente de forma empírica.
Esses pacientes possuem uma dificuldade respiratória e
tem uma tendência a uma hipóxia, sendo a
pré-oxigenação nesses pacientes obrigatórias.
Geralmente é feito o uso de dose-efeito para evitar
o acúmulo de anestésico no tecido adiposo, deve-se tomar cuidado
com medicações pré-anestésicas, fazendo essas medicações mais
leves.
CUIDADO COM MEDICAMENTOS LIPOSSOLÚVEIS, COMO
O CASO DO TIOPENTAL.

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Duda, e os pacientes caquéticos? p.18

Seu peso não é real, na maioria das vezes esse paciente é


hipoproteico, então, é importante lembrar que todos os
fármacos precisam se ligar a uma proteína plasmática
chamada albumina. A partir do momento que se liga a
uma albumina esse fármaco será inativado e carreado até o
fígado para ser metabolizado, por exemplo, sendo
importante que o paciente tenha o mínimo de
albumina suficiente.
Se o paciente apresentar hipoproteinemia e hipoalbuminemia,
uma fração pequena irá se ligar na albumina e a outra parte
ficará livre circulando, isso é ruim porque esse fármaco livre
circulante é ativo e isso pode tornar a anestesia mais profunda
e prolongada.

O paciente caquético tem um sistema imune baixo, podendo ser um


problema no pós-operatório.

STATUS VOLÊMICO
Elasticidade da pele.
Coloração de mucosas.
Tempo de Preenchimento
Capilar (TPC).

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COM ESSES DADOS TEMOS UMA NOÇÃO DO GRAU DE


DESIDRATAÇÃO DO PACIENTE, QUANTO TEMOS QUE
REPOR COM A FLUIDOTERAPIA.

TEMPERATURA
Tomar medidas de prevenção.

AUSCULTAÇÃO CARDÍACA
Sopros “inocentes” ou com sinais clínicos.

AUSCULTAÇÃO PULMONAR
Sibilos e crepitações.

Preparo do Paciente
JEJUM
Cães: jejum alimentar prévio de 8 a 12 horas e hídrico de
2 horas.
Gatos: jejum alimentar prévio de 4 a 6 horas e hídrico à
vontade.
É importante que o paciente entre em anestesia em jejum.
Por anestesiar o paciente teremos um relaxamento, inclusive
dos esfíncteres, com isso, se tem um estômago muito cheio,
pelo relaxamento do esfíncter e pela posição em decúbito pode
favorecer o refluxo e gerar uma falsa via.
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JEJUM MUITO PROLONGADO NÃO É INTERESSANTE


PORQUE AUMENTA A PRODUÇÃO DE SUCO GÁSTRICO,
COM ISSO, PODE GERAR REFLUXO E PROBLEMAS NO
PÓS-OPERATÓRIO.
Classificação do Estado Físico e Risco Anestésico:
ASA (American Society of Anesthesiology) e
exames pré-anestésicos
Sugestão da ASA para solicitação de exames pré-anestésicos.
IDADE

ESTADO FÍSICO ATÉ 6 MESES 6 MESES A 6 MAIS DE 6


(ASA) ANOS ANOS

HT, PT e glicemia HT, PT e função HT, PT, função


I E II renal renal, ECG e
urinálise
Hemograma, PT, Hemograma, ECG, Hemograma,
glicemia, função glicemia, função glicemia, ECG,
renal, pH, HCO3 e renal e hepática, pH, função renal e
III gases sanguíneos, HCO3 e gases hepática,
urinálise sanguíneos, urinálise eletrólitos, pH,
HCO3 e gases
sanguíneos, urinálise
Hemograma, Hemograma, Hemograma,
glicemia, função glicemia, função glicemia, ECG,
IV E V renal e hepática, renal e hepática, função renal e
eletrólitos, pH, eletrólitos, pH, HCO3 hepática,
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HCO3 e gases e gases sanguíneos, pH, HCO3, e gases


IV e V sanguíneos, urinálise sanguíneos,
urinálise urinálise.
LEGENDA: HT - hematócrito; PT - proteína total; HCO3 - bicarbonato, ECG -
eletrocardiograma.
Preconizamos hemograma completo em todo o paciente, função
renal, função hepática e eletrocardiograma.

Consentimento do Tutor
Além dos exames, não esquecer do termo de consentimento do
tutor, é importante que o tutor assine a autorização da anestesia.

EXEMPLO
Declaro que foi me explicado claramente a proposta do
procedimento anestésico e seus benefícios, riscos, complicações
potenciais e alternativas ao procedimento. Autorizo a aplicação de
sedativos e/ou anestésicos necessários para os procedimentos
cirúrgicos, declarando que fui informado/a que estes
procedimentos podem apresentar complicações, mesmo quando
aplicados com perícia e prudência.
Eu__________________________________________, autorizo o
Médico(a) Veterinário(a) executar a anestesia ou sedação para a
realização do procedimento de __________________________,
em meu animal, da espécie ____________, raça___ ______, e de
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nome __________________________, pelo qual sou responsável
e outros procedimentos que o anestesista considerar necessário
frente a situações imprevistas. Estou ciente que os custos e
honorários dos procedimentos realizados são de minha inteira
responsabilidade.

Cidade, _____ de __________ de 20____.

_____________________________
Assinatura

Ficha Anestésica
Na ficha anotamos todo o exame e tudo que será realizado no
paciente, a dose, o volume a ser administrado, a concentração do
fármaco, os parâmetros vitais e etc.

Considerações Gerais
DEFINIÇÃO
É todo o ato que antecede a anestesia, preparando o animal para
o sono artificial, dando-lhe a devida sedação, em alguns casos,
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analgesia, suprindo-lhe a irritabilidade, a agressividade e as


reações indesejáveis causadas por outros anestésicos.

LOCAL DE APLICAÇÃO
Influências do ambiente.

PERÍODO DE LATÊNCIA (PL)


Respeito aos Períodos de Latência (PL).
É importante respeitar o período de latência e o período hábil de
cada fármaco. Se aplicar por via IV o período de latência é
mais curto e por via IM o período de latência aumenta, isso
implicará no período hábil (período de ação).
Se tem uma aplicação por via intravenosa teremos um
período de latência e período hábil curto, agora se
aplica pela via intramuscular o período de latência é
mais longo e o período hábil também será mais longo.
Exemplo
A orquiectomia é uma cirurgia realizada de forma
rápida, então, se administrar a acepromazina
como medicação pré-anestésica (MPA) pela via IM,
o seu período hábil será em torno de 4 a 8 horas,
porém, para uma cirurgia rápida não compensa a aplicação por
essa via. Por isso, opta-se pela aplicação por via IV,
porém é importante lembrar que não é uma via de ação
preconizada devido ao risco de causar uma vasodilatação
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periférica severa e o paciente entrar em hipotensão dentro do


centro cirúrgico, então, existem outros fármacos como
levomepromazina e clorpromazina que são da mesma
família dos tranquilizantes e são mais indicados para a
aplicação por via IV, possuem um período de latência
curto de cerca de 5 minutos e um período hábil de 2 horas,
sendo a sua utilização válida para cirurgias rápidas.

Finalidades
SEDAR O ANIMAL
Facilitar o manuseio para preparação pré-operatória.

REDUZIR O ESTRESSE,
IRRITABILIDADE E AGRESSIVIDADE
Permitindo manipulações ambulatoriais.

REDUZIR OS EFEITOS COLATERAIS DE


OUTROS FÁRMACOS
Salivação, hipertonia muscular, estado de catalepsia causado
pela cetamina.
Excitação causada pelos barbitúricos.
Arritmias ventriculares causadas pelo halotano.
Fazemos uma medicação pré-anestésica com o intuito de cumprir
com alguns objetivos e finalidades, muitas vezes os fármacos
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envolvidos na medicação pré-anestésica não são apenas utilizados


apenas com a finalidade de colocar ou submeter o
paciente a uma anestesia, muitas vezes utilizamos
para um procedimento diagnóstico, por exemplo,
para a realização de um RX de coxofemoral para
verificar quadros de displasia, não sendo necessário um anestésico
mais potente.
É O IMPORTANTE QUE O PACIENTE ESTEJA EM UM
AMBIENTE CALMO E TRANQUILO, PRINCIPALMENTE OS
FELINOS, DESSA FORMA ATUAMOS EVITANDO O
ESTRESSE DESSE ANIMAL, POIS AO DEIXAR O
PACIENTE MAIS CALMO, A MPA SE TORNA MAIS
EFETIVA!

Exemplo
Ao usar a quetamina teremos efeitos colaterais como tremores
musculares, espasmos e entre outros, devido a estimulação do
sistema límbico . Esses efeitos são indesejados, então, se no
planejamento anestésico estiver a quetamina, temos que
planejar utilizar na MPA um fármaco que antagonize
esse efeito.
Enquanto que se estiver no protocolo anestésico o uso de
barbitúricos , como o tiopental, podemos ter como efeito
colateral a excitação no momento da indução, sendo que
essa excitação é cessada com o uso de uma MPA que atue
antagonizando esse efeito.
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ALIVIAR A DOR
Opioides.
Uma das coisas que se preconiza nas anestesias não é mais o
tratamento da dor e sim a prevenção da dor , sendo
que a analgesia deve entrar antes que a dor ocorra ou
que o estímulo nociceptivo aconteça.

PREVENIR OU REDUZIR A INCIDÊNCIA


DE VÔMITOS
Ação antiemética dos anticolinérgicos e fenotiazínicos.
Existem fármacos que podem causar vômito, como a xilazina e a
morfina, então, geralmente se utiliza na rotina o
termo conhecido como neuroleptoanalgesia ,
sendo a associação de um analgésico com um
tranquilizante ou um sedativo, muitas vezes
aplicado na mesma seringa como medicação pré-anestésica.
Porém, se aplicar a acepromazina que é um tranquilizante
associado com uma morfina na mesma seringa por via
intramuscular (IM), ainda continua com 80% de chance
do paciente ter êmese. Se quiser diminuir essa
incidência, deve separar esses fármacos.
Ou seja, aplica a acepromazina primeiro e espera o seu período de
latência, depois disso, aplicamos a morfina, fazemos dessa forma
porque a acepromazina tem um efeito antiemético e diminui a
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incidência de vômitos. Porém, se o paciente não pode vomitar por já


estar desidratado, o ideal é aplicar a clorpromazina, pois esse
fármaco possui um efeito antiemético melhor.

POTENCIALIZAR AGENTES
ANESTÉSICOS INJETÁVEIS E VOLÁTEIS
A outra proposta da MPA é justamente potencializar os agentes
que virão posteriormente.
Redução das doses e redução da CAM (concentração alveolar
mínima).

Grupos Farmacológicos
ANTICOLINÉRGICOS
Atropina.
Escopolamina.
Glicopirrolato.

TRANQUILIZANTES
Fenotiazinas
Acepromazina.
Clorpromazina.
Levomepromazina.
Promazina/Prometazina.
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Butirofenonas
Azaperone.
Droperidol.

ANSIOLÍTICOS
Benzodiazepinas
Diazepam.
Midazolam.

AGONISTAS ALFA-2
Xilazina.
Detomidina.
Romifidina.
Dexmedetomidina.
Medetomidina.
HIPNOANALGÉSICOS
Opiáceos
Morfina.
Opioides
Buprenorfina.
Butorfanol.
Meperedina.
Tramadol.
Fentanil.
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p.29
Sunfetanil.

Anticolinérgicos
Antagonistas competitivos
de receptores muscarínicos
acetilcolina
É um grupo de fármacos que entraram no grupo de medicações
anestésicas a muito tempo atrás.
Uma das suas características é diminuir a secreção salivar.
São aplicados na MPA para diminuir a secreção salivar, sendo os
principais fármacos que podem causar essa náusea e salivação
excessiva os opioides.
Atualmente temos usado muitos opioides para a prevenção da
dor, porém, eles podem causar náusea, salivação excessiva e
até mesmo vômitos, como no caso da morfina. Então utilizamos
os anticolinérgicos para diminuir esses efeitos.

O anticolinérgico atua justamente para diminuir esses efeitos


colaterais, seja ele administrado no pré-operatório quanto no
trans-operatório e pós-operatório.
MAS, A SIALORREIA INTENSA NO PÓS-OPERATÓRIO
NEM SEMPRE ESTÁ LIGADA AO USO DE OPIOIDES,
EXISTEM OUTRAS POSSIBILIDADES PARA ESSAS
CAUSAS, COMO POR EXEMPLO, A DOR E A MANIPULAÇÃO
CIRÚRGICA, COMO POR EXEMPLO, QUANDO MANIPULA
MUITO AS ALÇAS INTESTINAIS.

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p.30

SISTEMA CARDIOVASCULAR
Cronotropismo positivo e dromotropismo
positivo.

Tem um efeito sobre o sistema cardiovascular de


cronotropismo positivo e dromotropismo positivo.
O dromotropismo é o aumento da contratilidade átrio ventricular,
ou seja, é o aumento da frequência cardíaca.
Esse aumento da frequência cardíaca é extremamente evidente e
eficaz e, muitas vezes, é até exagerado.
Exemplo
A atropina é um fármaco anticolinérgico e extremamente
potente no aumento da frequência cardíaca, sendo então um
fármaco muito utilizado nos quadros de bradicardia severas ou
de bradicardias súbitas.
Os anticolinérgicos como a atropina não devem ser usados para
a correção da pressão arterial, pois a pressão arterial é a
relação da frequência cardíaca versus o volume versus
resistência.

Pressão Arterial
Frequência Cardíaca Volume Resistência
OU SEJA, A PRESSÃO SIGNIFICA DÉBITO VS
RESISTÊNCIA VASCULAR, SENDO QUE O DÉBITO É A
FREQUÊNCIA VS VOLUME.

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p.31

Se aumentar a frequência cardíaca pode aumentar a pressão


arterial, porém, deve-se tomar cuidado ao usar os
anticolinérgicos que possuem uma ação extremamente
eficaz de aumento da frequência cardíaca, pois podem
acarretar em taquicardias . Com isso, pode causar
uma diminuição do débito, pois existe uma contratilidade
muito aumentada fazendo com que não dê tempo de preencher o
ventrículo e o átrio, então diminui o volume circulante devido a
uma taquicardia excessiva.
Quando usamos como medicação pré-anestésica é com o intuito de
diminuir a secreção salivar e como uma prevenção de bradicardia
severa. Ás vezes em cirúrgias oftálmicas e cervicais por ter a
passagem do nervo vago, muitas vezes utilizamos o
anticolinérgico para prevenir a bradicardia por estímulos vagais
causados pela cirurgia.

SISTEMA RESPIRATÓRIO
Ação broncodilatadora e redução das secreções em
geral.
SISTEMA DIGESTÓRIO
Redução das secreções e da motilidade gastrointestinal.
Devido a redução da motilidade gastrointestinal não
utilizamos esse fármaco em equinos, pois diminui tanto a
motilidade que pode fazer com que o paciente entre na síndrome
cólica por hipomotilidade.
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p.32
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Altas doses podem levar a estado de torpor e confusão
mental.
AS CARACTERÍSTICAS DE INTOXICAÇÃO DOS
ANTICOLINÉRGICOS É O ESTADO DE TORPOR E
CONFUSÃO MENTAL.

Atualmente é difícil intoxicar o paciente se seguir as doses


preconizadas, mas existem situações no dia-a-dia que induz o
veterinário a sobredosar, como por exemplo, paciente em
transoperatório que começa a apresentar uma
redução gradativa de frequência cardíaca, com isso,
aplica-se uma atropina para aumentar essa frequência.
Se o paciente tiver hipotermia associada, muitas vezes a
causa da bradicardia é a hipotermia , sendo que a
correção com a atropina não é útil, pois só consegue agir
nos casos de uma estimulação vagal.
É importante verificar a temperatura do paciente antes da
aplicação de uma atropina para a correção da frequência
cardíaca.
Um outro exemplo está correlacionado com a dose , pois existe
dois intervalos de dose.
A dose baixa de 0,02 mg/kg pode ter um efeito paradoxal, ou
seja, causar um efeito contrário que significa que a frequência
cardíaca pode primeiro diminuir para depois aumentar, então
muitas vezes está em bradicardia e quer colocar uma dose baixa,
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p.33
essa frequência cardíaca pode diminuir ainda mais para depois
aumentar.
Esse efeito paradoxal é rápido, pode levar de um a cinco
minutos, mas em situações de emergência e pacientes
críticos esse um minuto pode se tornar uma eternidade,
então se não quer ter problemas, utilize a dose central de 0,04
mg/kg que não tem efeito paradoxal.

OLHO
Dilatação pupilar.
Usamos a atropina somente após a volta dos batimentos
cardíacos, pois atualmente a pupila é um índice da terapia do ABC
do trauma.
ATROPINA
Doses: 0,02 a 0,04 mg/kg (IV, IM ou SC).
efeito paradoxal transitório

0,02 a 0,04 mg/kg


efeito central
A via intramuscular (IM) e subcutânea (SC) para MPA
irá prevenir a sialorreia, quando aplicada por via
intravenosa (IV) é em casos de emergência.
Período hábil: 60 a 90 minutos.

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Nos casos da utilização de alfa 2-agonista, como o caso da
xilazina, podem causar uma bradicardia e hipotensão.
Porém a xilazina pode ter um efeito bifásico sobre a
pressão, ela aumenta a pressão para depois diminuir, com
isso, essa hipertensão inicial pode ser prejudicial quando se aplica
a atropina antes.
É controverso a aplicação de atropina antes de alfa 2-
agonista, muitas vezes se preconiza fazer o alfa 2-agonista
primeiro e, se necessário, a atropina no transoperatório.
A ASSOCIAÇÃO DE ATROPINA E BARBITÚRICOS PODEM
CAUSAR ARRITMIAS VENTRICULAR. ENQUANTO QUE A
ASSOCIAÇÃO DE ATROPINA COM DISSOCIATIVOS
PODEM CAUSAR TAQUICARDIA E HIPERTENSÃO
EXCESSIVA.

GLICOPIRROLATO
Doses: 0,005 a 0,01 mg/kg (IV, IM ou SC).
Período hábil: 2 a 4 horas.
É um fármaco muito utilizado por ser mais potente
e suas doses são menores quando comparado com a atropina,
porém é menos eficaz.
Isso significa que a atropina aumenta a contratilidade
atrioventricular de uma forma muito mais eficaz do que o
glicopirrolato, porém, isso é um ponto positivo para esse fármaco
por não ter a possibilidade de aumentar tanto a frequência
cardíaca e diminuir o débito.
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p.35

Então, o glicopirrolato se torna um fármaco mais seguro e tem


uma ação mais prolongada de 2 a 4 horas.
Características
Amônio quaternário sintético.
Não atravessa as barreiras naturais.
Aumenta pH do conteúdo gástrico.
Se tiver uma bradicardia com um traçado rítmico e com uma
pressão boa, não é necessário o uso de anticolinérgico.
Porém, caso tenha um paciente com bradicardia e arritmia,
mesmo que o paciente esteja com uma boa pressão, é
necessário usar algum fármaco para aumentar a frequência
cardíaca para a correção da arritmia.

Fenotiazínicos
Muitos dos fármacos desse grupo são utilizados
na medicação pré-anestésica de cães.

Agem no sistema nervoso central antagonizando os


neurotransmissores dopaminérgicos, acarretando no
efeito tranquilizante.
indiferença aos estímulos exteriores
(tranquilização).
O efeito tranquilizante é diferente de um efeito sedativo , por
exemplo, é comum o uso da acepromazina que faz parte do
grupo dos fenotiazínicos. Muitas vezes esse fármaco é aplicado por
via IM e temos que aguardar o seu período de latência que é de
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10 a 15 minutos no cão, então, se deixarmos esse
paciente em um ambiente calmo esse fármaco irá
se tornar efetivo a ponto do animal muitas vezes
ficar em decúbito lateral ou ventral, mas ao dar um estímulo ao
paciente, como por exemplo, ligar uma máquina de tricotomia ou
canular uma veia, esse paciente irá reagir, levantar, deambular e
se for agressivo poderá até morder.
O EFEITO TRANQUILIZANTE É QUE EM AMBIENTES
CALMOS O PACIENTE ESTARÁ CALMO, MAS AO DAR UM
ESTÍMULO ELE IRÁ REAGIR.

Tomar cuidado na utilização desses fármacos em pacientes


agressivos.
Duda, o que é o efeito sedativo?

O efeito sedativo, como por exemplo, causado pelos fármacos alfa


2-agonista e benzodiazepínicos, tem o efeito tranquilizante e
associado o efeito miorrelaxante de ação central, isso leva ao
efeito sedativo.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Vasodilatação periférica, hipotensão, redução do
hematócrito e hemoglobina.
No sistema cardiovascular esses fármacos podem causar
uma vasodilatação periférica que leva a uma hipotensão, além
disso, essa vasodilatação também pode ser uma das principais
causas de hipotermia.
Existe também uma vasodilatação esplênica que pode ocorrer
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um sequestro sanguíneo que pode causar reflexos no hematócrito
e hemoglobina do paciente.
Duda, em quais pacientes são contraindicados?

Toda vez que apresenta efeitos causados pela sua


farmacodinâmica, é importante pensar em qual paciente irá
contraindicar esses fármacos.
É contraindicado para pacientes idosos por terem um
risco maior de hipotermia, têm um metabolismo lento e
esse fármaco causa uma hipotensão, além disso, deixa o
paciente ainda mais lento retardando a sua recuperação.
Também não é indicado a sua administração em
pacientes anêmicos , pois fazem uma vasodilatação
esplênica e, com isso, reduzem o hematócrito e
hemoglobina que pode acarretar na piora do quadro de anemia do
paciente.
Além disso, determinadas cirurgias como a esplenectomia,
não é indicado que seja utilizado os fenotiazínicos
justamente porque esse fármaco causa um sequestro
sanguíneo, com isso, acaba retirando muita quantidade de
sangue do paciente.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Diminuição da secreção e frequência.
A acepromazina diminui a secreção e frequência
respiratória.

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SISTEMA DIGESTÓRIO
Efeito antiemético e redução da secreção salivar.

TEMPERATURA
Hipotermia.
DIMINUI LIMIAR CONVULSIVO
É contraindicado no paciente que tem convulsão ou
pacientes que serão submetidos a procedimentos
que possam causar convulsão, como no caso da
mielografia, pois esse fármaco diminui o limiar
convulsivo.
FÁRMACOS
Prometazina (Fenergan).
A prometazina não tem um efeito tranquilizante muito eficaz, mas
tem um bom efeito anti-histamínico, sendo muito utilizado como
pré-anestésico de cirurgias oncológicas, como no caso do
mastocitoma na qual liberam histaminas que são vasodilatadoras,
sendo um fármaco preconizado como medicação pré-anestésica de
cirurgias oncológicas.
Thiazinamina (Multergan).
Dietazina (Diparcol).
Etopromazina (Pardidol).
Acepromazina (Acepran).
Clorpromazina (Amplicitil, Clorprazin).
Mepazina (Pacatal).
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Metopromazina (Mopazine).
Proclorpromazina (Tementil).
Promazina (Promazionon).
Propiopromazina (Combelen).
Levomepromazina (Neozine).
ACEPROMAZINA, CLORPROMAZINA E
LEVOMEPROMAZINA SÃO MUITO UTILIZADOS NA
ROTINA VETERINÁRIA.

ACEPROMAZINA
Doses: 0,01 a 0,1 mg/kg (IV, IM, SC) ou 1 mg/kg
(VO).
A dose de 0,01 mg/kg dificilmente é encontrada na
literatura, a maioria das literaturas indicam
doses acima de 0,05 mg/kg, mas essa dose é considerada alta por
alguns anestesiologistas, que estão trabalhando com doses mais
baixas.
Usa essas doses mais baixas por ser comum associarmos com
os opioides para a neuroleptoanalgesia.
Cuidado: não exceder 3mg totais.
A via de aplicação mais preconizada para a MPA é a IM, pois a IV
tem que tomar cuidado devido a vasodilatação periférica ser
severa. Enquanto que a sua aplicação por VO é interessante para
pacientes com alterações de comportamento, que são muito
agitados.
Período de latência: 10 minutos a 15 minutos em cães,
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principalmente pela via IM.
Período hábil: 4 a 8 horas.
debilitados, hepatopatas, hipovolêmicos = 24 horas.
Seu período de ação pode se estender em pacientes idosos,
debilitados e afins, não sendo indicado a sua utilização nesses
animais.
A acepromazina em felinos não é tão eficaz
quanto nos cães, tem menos efeitos nessa espécie
e seu período de latência é em torno de 30
minutos, então tem que aguardar esse período para começar a
fazer efeito.
Na rotina percebe-se que cães de grande porte tem
uma maior suscetibilidade a esse fármaco do que cães
de pequeno porte, por isso a literatura preconiza não
exceder a dose de 3mg totais, pois esses cães de grande
porte são mais suscetíveis aos efeitos desse fármaco.

POTENCIALIZADA PELA ASSOCIAÇÃO COM OS


OPIOIDES.

LEVOMEPROMAZINA - CLORPROMAZINA
Doses: 0,2 a 0,5 mg/kg (IV, IM, SC).
Cuidado: não exceder 25mg totais.
A levomepromazina e a clorpromazina não são tão
hipotensores quanto a acepromazina, podendo ser aplicado
por via intravenosa caso haja a necessidade de um período de
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latência mais curto.


Clorpromazina: efeito antiemético mais potente.
Levomepromazina: efeito anti-histamínico mais
potente, sendo mais indicada quando procuramos esse
efeito.
Período hábil: 2 horas.

Butirofenonas
É um outro fármaco tranquilizante.

DROPERIDOL
Doses: 0,6 mg/kg IV e 1,5 mg/kg IM.
O droperidol tem uma semelhança grande com a
acepromazina em termos de tranquilização, sendo que
a sua vantagem é não diminuir o limiar convulsivo, ou seja, se tem
um paciente com histórico de convulsão ou que irá ser submetido a
um procedimento que pode ocasionar isso e ainda precisamos
tranquiliza-lo, o droperidol apresenta uma grande indicação.
Usado na associação com fentanil (0,25 mg/kg IV).

HALOPERIDOL
Dose: 0,1 mg/kg IM.
Potente antiemético.
Baixo eficácia de sedação.
Baixo efeito hipotensor.
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Menos eficaz na sua tranquilização quando comparado com a


acepromazina, porém tem uma vantagem por não
diminuir a pressão arterial, tem um baixo efeito
hipotensor, então pode usar esse fármaco de uma
forma mais rotineira, sendo muito mais utilizado em
pós-operatório para deixar o paciente mais tranquilo no
internamento para realizar o curativo e afins.

Benzodiazepínicos
Os grandes representantes são o Midazolam e o Diazepam.

Depressão do Sistema
emoções, Fenômenos excitatórios
Límbico
Esses fármacos são depressores do sistema límbico
que é responsável pelos fenômenos excitatórios.
Agem no principal neurotransmissor excitatório que
é o GABA a, promovendo a abertura dos canais de cálcio,
hiperpolarização desses neurônios e consequentemente inibição
dos neurotransmissores.
Quando se tem uma inibição de um neurotransmissor temos a
ação tranquilizante, mas também tem o efeito ansiolítico,
miorrelaxante de ação central, hipnótico e anticonvulsivante.

Pouco alteram os valores paramétricos!


Significa que mantém a frequência cardíaca, pressão arterial,
frequência respiratória...
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p.43

A única coisa que falta em um benzodiazepínico é o efeito


analgésico.
SÃO FÁRMACOS MUITO ÚTEIS NO MIORRELAXAMENTO,
TRANQUILIZAÇÃO E SEDAÇÃO, PODENDO SER USADO
EM QUALQUER PACIENTE POR NÃO ALTERAR OS
PARÂMETROS, POR CONTA DISSO SÃO CONSIDERADOS
FÁRMACOS COADJUVANTES DA ANESTESIA.

Fármaco Nome do Produto


BROMAZEPAM LEXOTAN
CLORAZEPATO TRANXENE
CLOXAZOLAM SEPAZON
CLORDIAZEPÓXIDO LIBRIUM
CLONAZEPAM RIVOTRIL
DIAZEPAM VALIUM
FLUNITRAZEPAM ROHYPNOL
FLURAZEPAM DALMADORM
LORAZEPAM LORAX
MEDAZEPAM NOBRIUM
MIDAZOLAM DORMONID,DORMIRE
NITRAZEPAM MOGADON
OXAZEPAM SERAX
OXAZOLAZEPAM SERENAL
ZOLAZEPAM ASSOCIADO NO ZOLETIL,TELAZOL

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INDICAÇÃO
Coadjuvantes no protocolo anestésico: são coadjuvantes por
poder aplicar em qualquer protocolo anestésico, quando aplicado
no protocolo a associação com um benzodiazepínico teremos uma
melhora no protocolo, principalmente no quesito miorrelaxamento
de ação central e no efeito sedativo.
Potencializar anestésicos em animais de alto risco: pode
potencializar a anestesia tornando-a mais longa e a recuperação
mais lenta, porém tem pontos muito positivos no trans-operatório.
Muitas vezes tem um paciente de alto risco que tem que fazer
um anestésico na qual só tem o tiopental para anestesiar, se
associar um benzodiazepínico conseguimos reduzir a dose de
tiopental em 50%.
O propofol é um fármaco muito utilizado na anestesia, mas que
diminui em média de 40 a 60% do débito cardíaco do
paciente, com isso deve tomar um cuidado na sua utilização,
então se associar o propofol com um benzodiazepínico
consegue reduzir a dose do propofol e tornar a anestesia
mais segura.
PODE SER UTILIZADO COMO UM ADJUVANTE, OU SEJA,
ALGO QUE SE SOMA OU SE POTENCIALIZA EM
CONJUNTO COM OS AGENTES DE INDUÇÃO.

Reduzir efeitos adversos: também podem reduzir os efeitos


colaterais de outros fármacos, como o da cetamina/quetamina.
A quetamina estimula o sistema límbico e justamente por isso
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causa os efeitos como espasmos musculares,
contrações musculares e entre outros, então o
uso de um benzodiazepínico é praticamente obrigatório ao utilizar
uma cetamina.
DIAZEPAM
Dose: 0,2 a 0,5 mg/kg (IV).
Características
Não hidrossolúvel.
Geralmente por ser um veículo oleoso, não é o fármaco mais
indicado pela via IM pela dor gerada, por isso é mais
preconizado a sua aplicação por IV.

Sedação satisfatória.
Se for aplicar na via IM usar a dose de até 1 mg/kg para efeitos
sedativos.
Efeito paradoxal quando usado isoladamente, ou seja, é um efeito
contrário do desejado, significa que os benzodiazepínicos invés de
sedar pode excitar o paciente como efeito paradoxal.
Se associar o benzodiazepínico com um opioide, a chance do efeito
paradoxal é menor, até mesmo uma associação com tranquilizante
pode minimizar esse efeito, mas irá potencializar mais o efeito
sedativo.
Seguro para pacientes de alto risco e antagoniza os efeitos
indesejáveis da cetamina.
Período hábil: 1 a 4 horas.
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MIDAZOLAM
Dose: 0,2 a 0,5 mg/kg (IV).
Características
Mais indicado por via IM por ser hidrossolúvel , então sua
aplicação não gera tanta dor quanto um diazepam.
Possui uma sedação satisfatória e o seu uso isolado causa o efeito
paradoxal.
É seguro para pacientes de alto risco e antagoniza os efeitos
indesejáveis da cetamina.
Período hábil: 2 horas.
MUITO USADO EM ASSOCIAÇÃO COM OUTROS
FÁRMACOS, COMO POR EXEMPLO, CETAMINA JUNTO
COM MIDAZOLAM NA MESMA SERINGA.

É provado que o midazolam possui o efeito miorrelaxante


e hipnótico mais intenso e eficaz do que o diazepam, mas
o diazepam tem um efeito que se sobressai ao do
midazolam que é o efeito anticonvulsivante.
ANTAGONISTA
Flumazenil
Os benzodiazepínicos possuem o Flumazenil como
antagonista, sendo uma vantagem.
Dose: 0,05 a 0,07 mg/kg (IV).
Repetir a aplicação a cada 2 minutos, máximo 3 vezes.

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Agonistas Alfa-2 Adrenérgicos


Grupo muito utilizado dentro da medicação pré-anestésica.

Esses fármacos podem promover um efeito sedativo,


miorrelaxante de ação central e também analgesia.

Tem uma ação pré-sináptica que se dá por INIBIÇÃO DE


SUBSTÂNCIAS P OU ENTÃO NEUROPEPTÍDEOS , sendo por conta disso
que temos o efeito analgésico.
A ação pós-sináptica se dá por HIPERPOLARIZAÇÃO DE NEURÔNIOS ,
sendo resultado do efeito sedativo e miorrelaxantes.
O EFEITO PRÉ-SINÁPTICO GERALMENTE É MAIS CURTO
QUE O EFEITO PÓS-SINÁPTICO, OU SEJA, SIGNIFICA
QUE O EFEITO ANALGÉSICO É MAIS CURTO QUE O
EFEITO SEDATIVO E MIORRELAXANTE.

A xilazina tem um efeito após a aplicação intramuscular de 2 a 4


horas do efeito sedativo e miorrelaxante, sendo que o efeito
analgésico é de em média 20 minutos, por isso se questiona
a aplicação de xilazina para o controle de dor pelo efeito
ser mais curto.
CUIDADO!
Cuidado com a associação de cetamina e xilazina
para a contenção química, pois muitos utilizam essa
associação em cirurgias invasivas, isso torna o
paciente extremamente miorrelaxado e contido,
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mas isso não significa que o controle de dor está adequado.
A dexmedetomidina é um fármaco que tem sido usado para o
controle de dor na forma de aplicação por infusão contínua,
pois não tem tantos efeitos colaterais quanto a xilazina e
promove o efeito analgésico constante durante a sua
administração ou conforme é administrada.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Esses fármacos causam uma bradicardia e hipotensão,
porém existe um efeito sob a pressão arterial chamado
de EFEITO BIFÁSICO .
Nesse efeito bifásico temos uma hipertensão inicial para
depois ter uma hipotensão, ou seja, a fase de hipotensão só
observamos após uma fase de hipertensão. Isso ocorre pelo
aumento dos barorreceptores que fazem uma vasoconstrição e
gera essa hipertensão.

Aumento da atividade dos barorreceptores carotídeos e aórticos


= aumento do tônus vagal.

Presença de arritmias e bloqueios atrioventriculares de


1º e 2º grau são característicos com o uso de
xilazina principalmente em cães.

Duda, e os felinos?

Em felinos também causará uma bradicardia, mas a


frequência cardíaca dessa espécie após a aplicação
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de xilazina irá ser de em torno de 90 a 100bpm, é uma bradicardia
por conta dessa espécie ter uma frequência cardíaca normal de
em média 180bpm, mas isso não mostra geralmente as arritmias e
bloqueios atrioventriculares em felinos, sendo mais comum essas
alterações em cães.
A xilazina é mais interessante como MPA em felinos do que
em cães.

SISTEMA RESPIRATÓRIO
Causa uma depressão respiratória.

SISTEMA DIGESTÓRIO
Redução da motilidade do trato gastrointestinal e
vômitos.
SISTEMA REPRODUTIVO
Redução do fluxo sanguíneo uterino (compromete a
viabilidade fetal).
POR REDUZIR O FLUXO SANGUÍNEO UTERINO PODE SER
COMPROMETEDOR PARA UMA GESTANTE,
COMPROMETENDO A CHEGADA DE OXIGÊNIO NOS
FETOS, SENDO TOTALMENTE CONTRAINDICADO EM
CESÁREAS E PROCEDIMENTOS EM GESTANTES.

SISTEMA ENDÓCRINO
Causa uma HIPOINSULINEMIA e, com isso, pode acarretar
em uma hiperglicemia no paciente, sendo o seu uso
contraindicado em pacientes diabéticos.
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PARTICULARIDADES
Efeito dose-dependente, ou seja, quanto maior a dose maior será o
seu efeito.
FÁRMACOS
XILAZINA.
CLONIDINA.
DETOMIDINA.
MEDETOMIDINA.
DEXMEDETOMIDINA.
São fármacosFármaco
que se ligam aos receptores alfa 2, quando se
ligam a esses receptores temos os efeitos benéficos, como
miorrelaxamento, sedação e analgesia. Mas, também se ligam aos
receptores alfa 1 que são responsáveis pelos efeitos colaterais, como
a bradicardia, hipotensão, sialorreia, arritmia e entre outros.
Então quanto mais seletivo o fármaco for em relação a alfa 2
e alfa 1, teremos uma maior efetividade e menos efeitos
colaterais.

Fármaco Relação alfa-2/alfa-1


XILAZINA 160
CLONIDINA 220
DETOMIDINA 260
MEDETOMIDINA 1620
A xilazina tem uma relação de 160/1, ou seja, a cada 160
moléculas de xilazina que se ligam no receptor alfa 2, uma irá se
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ligar no alfa 1 causando efeitos colaterais.
Enquanto a medetomidina tem uma relação de 1620/1, sendo um
fármaco mais seletivo para alfa 2 e mais potente.
A dexmedetomidina tem a mesma relação que a medetomidina
porém é mais potente e por ser mais potente é usado uma dose
menor.
XILAZINA
Dose: 0,2 – 1,0 mg/kg (IV, IM, SC).

FármacoROMIFIDINA
Dose: 0,02 – 0,1 mg/kg (IV).

MEDETOMIDINA
Dose: 0,01 – 0,04 mg/kg (IV, IM).

DEXMEDETOMIDINA
Dose: 2 - 10 µg/kg (IV).

ANTAGONISTAS
Esse grupo de fármacos apresentam antagonistas, como a
ioimbina e o atipamezole.
Atipamezole
Dose: 0,2 mg/kg.
O atipamezole consegue antagonizar os efeitos sedativos de uma
forma efetiva, porém consegue antagonizar somente de forma
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parcial a depressão cardiovascular. Então se o intuito é reverter a
bradicardia, hipotensão, arritmias e os bloqueios, o atipamezole
não será tão efetivo.
Em contrapartida, a ioimbina consegue reverter os efeitos
cardiovasculares e os efeitos sedativos.
Ioimbina
Dose: 0,1 – 0,2 mg/kg.
Antagoniza todos os efeitos dos agonistas Alfa.
Eficaz na reversão dos efeitos do amitraz.
Fármaco
Pode ser manipulada em farmácias de manipulação.
AMBOS OS FÁRMACOS PODEM REVERTER TODOS OS
AGONISTAS ALFA-2 ADRENÉRGICOS.

DOSES DA LITERATURA EM MG/KG DE AGONISTAS E ANTAGONISTAS


ALFA-2 PRÉ-SINÁPTICOS EM CANINOS E FELINOS. RECOMENDAM-SE AS
DOSES MENORES PARA A VIA IV E AS MAIORES PARA A VIA IM.
Droga
ATIPAMEZOLE
Dose Cães: 0,2 mg/kg (IV).
Dose Gatos: 0,2 mg/kg (IV).
Dose única.
É um antagonista alfa-2 de maior seletividade.
DEXMEDETOMIDINA
Dose Cães: 5-20 µg/kg (IM, IV) em dose única ou 0,5-1 µg/kg/min
(IV) em infusão.
Dose Gatos: 20-40 µg/kg (IM, IV) em dose única ou 0,5-1
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p.53
µg/kg/min em infusão.
Sedação, analgesia e relaxamento muscular.
Pode ocasionar êmese e bradicardia.
Fornece sedação e analgesia que se prolonga durante a
infusão.
Como complemento da anestesia geral, 1 µg/kg como dose de
ataque, seguida de uma infusão de 0,5-1 µg/kg/min.

MEDETOMIDINA
Dose Cães: 10-40 µg/kg (IM, IV).
Dose Gatos: 40-80 µg/kg (IM, IV).
Dose única.
Sedação, analgesia e relaxamento muscular.
Bradicardia e depressão respiratória leve.
Êmese.
Droga
Excelente para o tratamento da dor abdominal
(cólicas).
Duração: sedação 1 a 3 horas, analgesia 45 a 90
minutos.
Pode-se administrar por infusão contínua (20 -40 µg/kg/hora,
IV).
ROMIFIDINA
Dose Cães: 40-80 µg/kg (IM, IV) em dose única.
Dose Gatos: 80-160 µg/kg (IM, IV) em dose única.
Sedação, analgesia e relaxamento muscular.
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Bradicardia e depressão respiratória leve.


Êmese.
Excelente para o tratamento da dor abdominal
(cólica).
Duração: analgesia 45 a 90 minutos.

XILAZINA
Dose Cães: 0,4-1 mg/kg (IM, IV) em dose única.
Dose Gatos: 0,4-1 mg/kg (IM, IV) em dose única.
Sedação, analgesia e relaxamento muscular.
Bradicardia, bradipneia e êmese.
Duração: sedação 2 a 4 horas, analgesia 20 minutos.
Pode-se administrar em infusão contínua (0,5-1 mg/kg/hora,
IV).
IOIMBINA
Droga
Dose Cães: 0,1-0,15 mg/kg (IV).
Dose Gatos: 0,1 mg/kg (IV).
Dose única.
Antagonista alfa-2.
Pode provocar excitação.

Algumas dicas para o


planejamento anestésico...
Considerar contenção química com cetamina !!
Considerar que anestesia geral pode ser melhor que uma sedação
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intensa, principalmente em pacientes de risco!

Duda, o que é a dor?


A DOR É UMA DESAGRADÁVEL EXPERIÊNCIA SENSORIAL
E EMOCIONAL ASSOCIADA COM UMA
LESÃO TECIDUAL REAL OU POTENCIAL. A DOR É SEMPRE
SUBJETIVA.
A dor é uma resposta adaptativa fisiológica que pode ser convertida
em um fenômeno patológico.
A dor é benéfica, é simplesmente uma resposta do organismo
frente a algo que pode se tornar um processo patológico. Ela
alerta sobre eventos potencialmente nocivos.

Por exemplo, se colocar a mão em uma superfície


quente e por termos nociceptores que percebem
essa mudança de temperatura brusca, esses
nociceptores enviam uma informação para o cérebro
sobre essa alteração, sendo a resposta a retirada da mão
da superfície quente para não se tornar um processo patológico,
como queimaduras.
OS NOCICEPTORES IDENTIFICAM A LOCALIZAÇÃO,
INTENSIDADE, TIPO E A DURAÇÃO DA DOR.

A dor pode ter estímulos diferentes, como de baixa intensidade


e alta intensidade .
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Quando o estímulo é de BAIXA INTENSIDADE, irá despolarizar


algumas fibras nervosas como a Aα e Aβ, após
despolarizar essas fibras nervosas irá percorrer um
caminho através dos neurônios até chegar no
cérebro, que gera uma resposta de tato ou
propriocepção.
Estímulo de ALTA INTENSIDADEteremos outras fibras
sendo despolarizadas, como as fibras Aδ e C,
percorrem o mesmo caminho, mas quando chegam
no encéfalo a resposta será a dor.
Quando falamos de procedimento cirúrgicos, temos que realizar a
prevenção da dor, tendo que fazer analgésicos preventivos contra
um estímulo alto.
Nociceptores periféricos: relacionados com mudança de
temperatura, pressão e propriocepção.
Nociceptores viscerais: relacionados a estímulos químicos, pressão,
distensão.
Por exemplo, cadela com piometra tem muita dor
abdominal devido a distensão do útero, sendo que
quando o clínico palpa a região abdominal as cadelas
manifestam sinais de dor pela distensão do órgão.

FISIOLOGIA DA DOR
Para fazer uma terapia antálgica bem feita é preciso bloquear
vários caminhos que essa dor percorre.
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Se tem um estímulo de dor mecânico, químico ou
térmico , esse trauma gera uma MUDANÇA DO
POTENCIAL DE AÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS, torna a
polaridade dessas células da fibra nervosa diferente
pelo desarranjo de bomba de sódio e potássio, nesse caso o
potássio entra dentro da célula e torna o potencial de ação
positivo. Quando essa polaridade altera, gera um estímulo elétrico
que é a primeira via de dor conhecida como transdução , que é
a transformação de um estímulo mecânico para um estímulo
elétrico.
O estímulo elétrico é captado por um
NEURÔNIO AFERENTE que transmite a informação até
um segundo NEURÔNIO DENTRO DA MEDULA do
paciente, sendo a segunda via de dor conhecida como
transmissão
Na transmissão essa informação passa para um
INTERNEURÔNIO que está dentro da medula e capta a informação e,
em seguida, a modula (modifica), podendo tanto intensificar
quanto diminuir a intensidade, o mais comum é intensificar a
intensidade, sendo conhecida como terceira via que é a
modulação da dor .
Essa informação é passada para um terceiro neurônio
chamado de NEURÔNIO DE PROJEÇÃO, esse neurônio
projeta a informação até o córtex, sendo conhecida
como a quarta via de dor por alguns autores, sendo a
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via da projeção .
Essa informação é passada ao córtex onde é percebida, após
percebida é gerada uma resposta eferente , agora esse paciente
terá um aumento da frequência cardíaca, aumento
da pressão arterial, reclama de dor podendo morder
e entre outras manifestações de acordo com a
intensidade do estímulo, essa é a via de percepção .
Duda, quais são as 5 diferentes vias da dor?
1. Transdução.
2. Transmissão.
3. Modulação.
4. Projeção.
5. Percepção.
PARA FAZER UMA TERAPIA ANTÁLGICA BEM FEITA, É
IMPORTANTE INTERFERIR NESSAS DIFERENTES VIAS
DE DOR.

PERCEPÇÃO DA DOR
Aguda: estimulação direta do nociceptor, estimulação química,
inflamação e sensibilização dos tratos medulares adjacentes.
A CRÔNICA É A JUNÇÃO DE TODOS OS ANTERIORES MAIS A
NEUROPLASTICIDADE.

A informação de dor pode chegar através de estímulos diretos


por nociceptores, como bisturi, queimaduras e afins e, por
estímulos químicos, principalmente estímulos inflamatórios.

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CONSEQUÊNCIAS DA DOR
Sofrimento desnecessário.
Ativação neuroendócrina excessiva.
Aumento do catabolismo.
Aumento da demanda do sistema cardiovascular.
Perda de apetite e sono.
Retenção urinária.
Complicações infecciosas, retardo na cicatrização.
Duda, o que é a ativação neuroendócrina?

Ocasionada pelo cortisol que é uma substância liberada na dor e


atua estimulando a liberação de outras catecolaminas, como
a dopamina endógena que estimula o aumento da
frequência cardíaca e da pressão arterial, por isso observa
um aumento da demanda do sistema cardiovascular.

QUAL A MELHOR ALTERNATIVA


ANALGÉSICA EM CÃES E GATOS?
Consideram a melhor alternativa analgésica a
realização da analgesia multimodal , que é a
ASSOCIAÇÃO DE DIFERENTES FÁRMACOS com
mecanismos diferentes para antagonizar as 5 diferentes vias de
dor.
Duda, quais são os fármacos que antagonizam e
interferem a percepção?

Anestesésicos inalatórios (halotano, isoflurano, sevoflurano),


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intravenosos (tiopental, propofol), opioides, alfa 2 agonistas,


quetamina, tranquilizantes.
Diferentes fármacos interferem na percepção da dor, mas somente
interromper essa via não é suficiente.
Duda, quais fármacos interferem na modulação?

Via epidural, intratecal e intravenosa: opioides, alfa 2 agonistas,


quetamina e anestésicos locais.
Esses fármacos antagonizam a modulação e a projeção.
Duda, quais fármacos interferem na transmissão?

Anestesia local/regional (lidocaína ou bupivacaína), são os únicos


anestésicos através dessas técnicas que bloqueiam a transmissão.
Duda, quais fármacos interferem na transdução?

Via bloqueada através do uso de AINEs, opioides, alfa 2 agonistas


e anestesia local/regional.
SE ASSOCIA UM ANTI-INFLAMATÓRIO 24H ANTES DO
PROCEDIMENTO, OS OPIOIDES QUE BLOQUEIAM AS 4
VIAS E UM BLOQUEIO LOCAL, TEREMOS AS 5
DIFERENTES VIAS DA DOR BLOQUEADAS.

Exemplo
Na mastectomia podemos fazer como protocolo acepromazina
associada a uma morfina como MPA, a acepromazina
irá bloquear a percepção e a morfina bloqueia a
transdução, modulação, projeção e percepção.
Induz com o propofol e realiza uma técnica de
bloqueio local ao redor da cadeia mamária, a manutenção fazemos
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com isoflurano.
A consequência é um transoperatório tranquilo, sem
dor e estável, pode deixar o paciente em planos mais
superficiais da anestesia mantendo os parâmetros próximos
do fisiológico e permite recuperações mais rápidas e
tranquilas.
Opioides
Bloqueiam 4 vias de dor , por isso são fármacos muito utilizados
para o controle da dor no pré, trans e pós-operatório.
Tipo de receptor opioide Efeito mediado
analgesia, sedação, euforia, depressão
Receptor mi (μ) (OP3)
respiratória e dependência.

Receptor kappa (k) (OP2) analgesia, sedação.


atividade psicomimética, analgesia
Receptor delta (δ) (OP1) espinhal, alucinação, estímulo vasomotor
e respiratório.
Temos alguns receptores opioides, como mi, kappa e o
delta. Os opioides que temos no mercado veterinário são
fármacos que se ligam principalmente ao receptor mi,
sendo a morfina, peptidina ou meperidina, fentanil ou
derivados da fentanila, metadona, tramadol e afins.
Todo o fármaco que se liga ao receptor mi tem características
semelhantes, como analgesia, sedação, euforia, depressão
respiratória e dependência.
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Temos outros fármacos que se ligam ao receptor


kappa, como o butorfanol e nalbufina, as suas
características são efeito analgésico e sedativo.
Esses fármacos não deprimem tanto a parte
respiratório e não causam tanta euforia, por isso são indicados em
felinos e equinos.
Quanto mais seletivo ao receptor, mais eficaz será os seus
efeitos desejáveis.
Tramadol e meperidina são opioides fracos
no quesito analgesia e sedação. O TRAMADOL tem
outros efeitos analgésicos além de se ligar aos
receptores opioides, como por exemplo, inibição das
substâncias P, parcialmente bloqueio dos canais de sódio e entre
outros, como possui vários efeitos analgésicos torna-se um
fármaco muito utilizado para o controle da dor , mas não é um
bom opioide quando comparado aos outros, mas é um excelente
analgésico.
O butorfanol é um agonista kappa e antagonista mi,
ou seja, atua antagonizando os efeitos do mi como
MORFINA, METADONA e afins, então não pode associa-los, a
não ser que queira antagonizar os efeitos mi.
A morfina é um agonista total mi, sendo o mais potente o
butorfanol porque as doses preconizadas são menores que a da
morfina, ou seja, a potência está relacionada com a dose. Porém,
ao comparar quem é mais eficaz, a morfina terá uma maior
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eficácia do que o butorfanol, pois sua resposta analgésica será


mais intensa.
O butorfanol tem um efeito teto, ou seja, chega em um limite e
após esse limite não ultrapassa mais, então não adianta dar
sobredose de butorfanol por conta do seu efeito teto, a
tendência quando aumenta a dose é o início da diminuição da
analgesia desse fármaco.
Se comparar a morfina com a meperidina que
são dois agonistas totais e que agem no mesmo
receptor, o mais potente será a morfina porque a
dose utilizada é menor que a da meperidina, porém,
a sua eficácia é semelhante em relação ao seu efeito
analgésico, mas para isso acontecer precisa
aumentar a dose.
A dose aplicada de MORFINA gira em torno de 0,5 a 1 mg/kg,
enquanto que a MEPEREDINA para ter a mesma eficácia de 1
mg/kg da morfina tem que aplicar 10 mg/kg, sendo uma dose alta
e é dose-dependente, ou seja, não tem um efeito teto.
Porém, a dose quando aplicada pode mudar a eficácia e o efeito
analgésico, mas não muda o período de ação, ou seja, se aplicar 10
mg/kg de meperidina vai ter uma eficácia semelhante a uma dose
baixa de morfina mas em um período de no
máximo 3h, enquanto que a morfina em uma
dose mais baixa que a meperidina pode ter uma
analgesia extremamente eficaz de 4 a 6 horas.

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SISTEMA CARDIOVASCULAR
Estabilidade cardiovascular (administração intravenosa
e fentanil = bradicardia e hipotensão) e a liberação de
histamina.
A sua grande vantagem é que são estáveis na parte
cardiovascular, mantendo a frequência cardíaca e a pressão
arterial.
Porém, existem alguns fármacos que podem causar a LIBERAÇÃO
, DE HISTAMINA como a morfina por via IV que causa
a liberação de histaminas e geram vasodilatação
que causa uma hipotensão. Os opioides de curta
duração como derivados da fentanila também
podem causar bradicardia e hipotensão.

SISTEMA RESPIRATÓRIO
Depressão Respiratória (opioides de curta duração) e
taquipnéia com uso isolado (“reajuste” do centro
termorregulador).
Promove uma depressão respiratório, diminuindo frequência e
amplitude, principalmente os opioides de curta duração.
CAUSA UMA DEPRESSÃO INTENSA PODENDO GERAR
APNEIA DO PACIENTE, SENDO DESEJÁVEL QUANDO
DECIDIMOS COLOCAR O PACIENTE EM VENTILAÇÃO
MECÂNICA.
Um dos mecanismos é a utilização do opioide de curta duração por
causar depressão respiratório que faz com que o paciente entre
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em apneia, assim consegue instituir a ventilação mecânica.


Causa taquipneia com uso isolado , principalmente
quando aplicado em cães, quando administra um opioide
por via IM, com a interferência no centro termorregulador
fazendo com que aumente a temperatura do paciente, o
mecanismo compensatório é a troca de calor, fazendo com que o
paciente tenha taquipneia.

SISTEMA DIGESTÓRIO
Agonistas totais causam vômitos e defecação inicial.
O seu uso prolongado gera constipação pela
hipomotilidade intestinal.
Vômito e defecação inicial acontece principalmente com morfina.

SISTEMA URINÁRIO
Retenção urinária (contração da musculatura lisa
da uretra) principalmente por via epidural.

Retenção urinária geralmente quando se utiliza opioide por via


epidural, sendo a vantagem da via epidural a maior potência e
período hábil.

EFEITO ANTITUSSÍGENO
Agonistas µ e κ (codeína e butorfanol).
Facilita e indução anestésica e a intubação endotraqueal.

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EFEITO LOCOMOTOR
Sedação e decréscimo da atividade locomotora.

PARTICULARIDADES FELINOS
O uso dos opioides nos felinos é permitido, os felinos
podem se apresentar mais eufórico do que os cães
devido ao seu número de receptores opioides menores do
que os cães apresentam, com isso, pode gerar uma excitação de
forma mais intensa e comum do que nos cães.
SEU USO EM FELINOS É PERMITIDO, MAS SUAS DOSES
SÃO MENORES QUANDO COMPARADAS COM AS DOSES DE
CÃES.

DOSES DOS OPIOIDES EM CÃES

Morfina
Doses: 0,1-1 mg/kg, SC, IM, VO, IV.
Duração de 4 a 6 horas.
Meperidina (petidina)
Doses: 3,5-10 mg/kg, IM.
Duração de 2,5 a 3,5 horas.
Codeína
Doses: 1-2 mg/kg, VO.
Duração de 6 a 8 horas.
Metadona
Doses: 0,1-0,25 mg/kg, IM, SC, IV.
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Duração de 4 a 6 horas.
Oximorfona
Doses: 0,05-0,2 mg/kg, SC, IM, IV.
Duração de 2 a 4 horas.
Fentanil
Doses: 12-10 µg/kg, IV.
Duração de 20 a 30 minutos.
Sufentanil
Doses: 0,75-2 µg/kg, IV.
Duração de 10 a 15 minutos.
Alfentanil
Doses: 15-30 µg/kg, IV.
Duração de 10 a 15 minutos.
Buprenorfina
Doses: 5-20 µg/kg, IM, SC, IV.
6 a 12 horas.
Remifentanil
Doses: 0,5 µg/kg/min, IV, dose de carga.
Doses: 0,25-0,1 µg/kg/min, IV, infusão contínua.
Butorfanol
Doses: 0,2-0,6 mg/kg, IM, SC, IV, VO.
Duração de 2 a 4 horas.
Nalbufina
Doses: 0,5-1 mg/kg, IM, SC, IV.
Duração de 4 a 6 horas.
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Pentazocina
Doses: 1-4 mg/kg, IM, IV.
Duração de 2 a 4 horas.
Tramadol
Doses: 1-4 mg/kg, IV, IM, VO, SC.
Duração de 6 a 8 horas.
D-propoxifeno
Doses: 2-5 mg/kg, IV, IM, VO.
Duração de 4 a 6 horas ou de 8 a 12 horas.
Naloxona
Doses: 0,04-1 mg/kg, IM, SC, IV.
Duração conforme sinais clínicos.

DOSES DOS OPIOIDES EM GATOS


Morfina
Doses: 0,1-0,2 mg/kg, SC, IM.
Duração de 6 a 8 horas.
Meperidina (petidina)
Doses: 3,5-10 mg/kg, IM.
Duração de 2 a 3 horas.
Codeína
Doses: 1-2 mg/kg, VO.
Duração de 6 a 8 horas.
Metadona
Doses: 0,1-0,2 mg/kg, SC, IV.
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p.69

Duração de 2 a 3 horas.
Oximorfona
Doses: 0,01-0,1 mg/kg, IM, SC, IV.
Duração de 2 a 4 horas.
Fentanil
Doses: 1-5 µg/kg, IV.
Duração de 20 a 30 minutos.
Sufentanil
Doses: 0,1-0,5 µg/kg, IV.
Duração de 10 a 15 minutos.
Buprenorfina
Doses: 5-20 µg/kg, IM, SC, IV.
Duração de 3 a 8 horas.
Butorfanol
Doses: 0,2-0,8 mg/kg, IM, SC, IV.
Duração de 2 a 4 horas.
Nalbufina
Doses: 0,5-3 mg/kg, IM, SC, IV.
Duração de 2 a 4 horas.
Pentazocina
Doses: 1-4 mg/kg, IM, IV.
Duração de 4 a 6 horas.
Tramadol
Doses: 1-4 mg/kg, IM, IV, VO.
Duração de 6 a 8 horas.
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p.70
D-propoxifeno
Doses: 2 mg/kg, IV, IM, VO.
Duração de 4 a 6 horas.
Naloxona
Doses: 0,04-1 mg/kg, IM, SC, VO.
Duração conforme sinais clínicos.

A aplicação de opioide no pré, trans e pós operatório mesmo se


tiver estimulo nociceptivo não faz com que gere dor no paciente.

Os analgésicos de forma multimodal devem ser aplicados no pré-


operatório e administrados no pós-operatório caso haja
necessidade, sendo que no pós avaliamos o comportamento do
paciente e a escala de dor, sendo administrado conforme a
necessidade do paciente.

É toda substância capaz de bloquear, de maneira reversível, os


impulsos nervosos aferentes, no local de sua aplicação, causando
perda temporária da sensibilidade dolorosa.
É fundamental principalmente para o bloqueio da via de
transmissão da dor , somente com o uso de anestésico local
conseguimos bloquear essa via e, com a associação de
outros fármacos conseguimos realizar a ANALGESIA
MULTIMODAL.

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Farmacodinâmica
MECANISMO DE AÇÃO
Age bloqueando os canais de sódio.
Os anestésicos locais bloqueiam qualquer estrutura excitável
(nervos) e podem sofrer influência:
tamanho.
mielinização.
velocidade da condução.
Uma membrana fosfolipídica de uma célula nervosa terá uma
face em repouso, ou seja, tem um potencial de ação negativo, a
partir do momento que tem um trauma terá um desarranjo da
bomba de sódio e potássio.
Com isso, o potássio entra para dentro da célula e o potencial de
ação torna-se positivo, quando ele chega no alto índice de
positividade gera um estímulo elétrico que é captado
pelos neurônios aferentes. Se o trauma for curto a
bomba de sódio e potássio volta a regularizar e esse
potencial de ação volta a ficar negativo cessando o
estímulo da dor.
O ANESTÉSICO LOCAL ATUA BLOQUEANDO ESSES CANAIS DE SÓDIO.
As fibras nervosas tem um tamanho diferente, as fibras
nervosas A alfa e A beta são fibras grandes quando
comparadas com a fibra A delta e C.

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As fibras pequenas são fáceis de serem dessensibilizadas e as
maiores são mais difíceis.
O ANESTÉSICO LOCAL é aplicado ao redor no nervo (perineural) esse
fármaco “abraça” o nervo fechando todos os canais
de sódio impedindo a geração e a condução do
impulso nervoso. Se tem um nervo muito grande,
precisa de mais fármaco para dessensibilizá-lo
inteiro e mais tempo para que ele se difunda e
abrace o nervo, enquanto que as fibras pequenas
exigem uma quantidade menor de anestésico e um tempo menor.

Farmacocinética
NA ROTINA USAMOS MAIS A LICODAÍNA E BUPIVACAÍNA.
Quanto maior a ligação plasmática, maior a duração de
ação.
A maior duração de ação será da bupivacaína quando
comparamos com a lidocaína. Na prática vemos na
anestesia peridural, se usarmos a bupivacaína teremos uma
duração de ação de até 4h de bloqueio, já a lidocaína sem
vasoconstritor tem uma ação de 40 minutos até no máximo 1 hora,
quando colocamos com vasoconstritor significa teoricamente mais
tempo. A vasoconstrição mantém esse anestésico mais
preso e tem um período hábil maior, sendo que a
lidocaína com vasoconstritor tem uma duração de 1
hora a 1 hora e 30 minutos.
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Quanto maior a lipossolubilidade e a concentração, maior a
difusibilidade.
A DIFUSIBILIDADE É A CAPACIDADE DO FÁRMACO DE
SE DIFUNDIR ENTRE OS TECIDOS.

A lipossolubilidade da bupivacaína é maior, então


consegue se difundir mais entre tecidos. Na prática
vemos na peridural com lidocaína que apresenta
uma baixa lipossolubilidade, ou seja, se difunde menos
entre os tecidos e, com isso, o seu bloqueio será fraco.
Se aplicar entre o espaço lombossacro de L7 a S1, irá atingir no
máximo a L5 e L6, já a bupivacaína por ter uma alta
lipossolubilidade, se aplicar no mesmo espaço poderá chegar até
as vértebras torácicas, então o seu bloqueio será maior.
A lidocaína quando aplicada conseguimos fazer cirúrgias baixas,
como cauda, períneo, membros e cirúrgias abdominais baixas,
enquanto que com a bupivacaína temos uma extensão maior,
podendo ser usada em cirúrgias abdominais.

pKa quanto mais próximo do pH 7,4, maior equilíbrio entre a forma


base e cátion (facilitando a penetração e o efeito farmacológico).
A lidocaína está mais próxima do pH normal do paciente, então a
sua ação é mais rápida.
O PKA DO ANESTÉSICO LOCAL TEM QUE SE
EQUILIBRAR COM O PH DO TECIDO, ENTÃO QUANTO
MAIS PRÓXIMO O PKA DO PH MAIS RÁPIDO O FÁRMACO
TERÁ AÇÃ0.
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Então, quando faz lidocaína na peridural terá um período
de latência de 5 minutos, enquanto que com a
bupivacaína por ter um pKa mais afastado do pH do
paciente irá demorar mais para alcançar o equilíbrio, então
seu período de latência é em média 12 minutos.

Efeitos Farmacológicos
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
INICIAL EXCITABILIDADE COM POSTERIOR DEPRESSÃO SNC
(EFEITO AMBIVALENTE).
O anestésico local sobre o sistema nervoso central
(SNC) pode causar uma possível excitabilidade com
posterior depressão, ou seja, quando aplicamos esse anestésico por
via IV ou se aplicarmos em excesso em bloqueios locais pode
atingir o SNC, fazendo que o animal tenha uma inicial
excitabilidade com posterior depressão.
AUMENTO DO LIMIAR CONVULSIVO, tendo que tomar cuidado com
pacientes com histórico de convulsão.
POTENCIALIZA ANESTESIA E PRODUZ ANALGESIA (INFUSÃO
CONTÍNUA DE LIDOCAÍNA - 1,5 MG/KG INDUÇÃO E 0,7 MG/KG/MIN
MANUTENÇÃO).
Os anestésicos locais quando aplicados em bloqueio causa a
dessensibilização e quando associado a outros opioides uma
analgesia multimodal, mas quando aplicado por via IV, as outras
vias de dor também serão bloqueadas (modulação, projeção e
@apostilavet Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
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percepção), então geralmente usamos 1 a 1,5 mg/kg em bólus IV
ou na taxa de infusão contínua de 0,7 mg/kg/min.
QUANDO APLICAR LIDOCAÍNA POR VIA INTRAVENOSA
DEVE SER SEMPRE SEM VASOCONSTRITOR!

SISTEMA CARDIOVASCULAR
ANTIARRÍTMICO (DEFIBRILADOR QUÍMICO) - 1-2 MG/KG DE
LIDOCAÍNA.
Tem um efeito antiarrítmico quando aplicados por via IV,
sendo muito útil na fibrilação quando não temos o
cardioversor, podendo ser usado a miodarona ou a lidocaína
que são desfibriladores químicos.
EFEITO CRONOTRÓPICO NEGATIVO EM ALTAS DOSES (BRADICARDIA,
ARRITMIAS, REDUÇÃO DA CONTRATIBILIDADE).
VASODILATAÇÃO EM TECIDOS PERIFÉRICOS.
O anestésico local pode causar uma certa
vasodilatação, por isso em alguns casos é interessante
o anestésico com o vasoconstritor, essa vasodilatação
pode ser agravante em algumas cirurgias.

Intoxicação
A dose letal é muitas vezes mais baixa que a dose
convulsiva na lidocaína.

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Comportamento Irracional

Calafrios, vômitos, olhar fixo

Perda da consciência

Tremores, contraturas, convulsões

Morte
TRATAMENTO
Benzodiazepínicos.
Barbitúricos.
Miorrelaxantes de ação periférica.
Respiração controlada.
Doses máximas permitidas dos anestésicos
locais
Lidocaína
CONCENTRAÇÃO: 0,5 a 2% e 2, 5 e 10% uso tópico.
Dose tóxica convulsiva: 20 mg/kg.
Dose tóxica letal : 16-28 mg/kg.
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Bupivacaína
CONCENTRAÇÃO: 0,25-0,75%.
Dose tóxica convulsiva: 3,5-4,5 mg/kg.
Dose tóxica letal : 5-11 mg/kg.

Ropivacaína
CONCENTRAÇÃO: 0,5-1,0%.
Dose tóxica convulsiva: 4,5 mg/kg.
Dose tóxica letal : 20 mg/kg.
Trabalhamos com a dose máxima referente a metade da dose
letal.

Por exemplo, na lidocaína trabalhamos com uma


dose de 7 a 9 mg/kg, (média de 8 mg/kg), sendo
metade da dose letal de 16 mg/kg.
Enquanto que a bupivacaína a dose letal é de 5 a 11
mg/kg, sendo próxima da dose convulsiva.

Geralmente na lidocaína usamos a dose de 2,5 a 5 mg/kg para


vários bloqueios e a bupivacaina a dose de 0,6 a 1,2 mg/kg.

Se acontecer a convulsão o tratamento pode ser com


benzodiazepínicos, barbitúricos e entre outros.

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Tipos e Técnicas de Anestesia p.78

Local
FINALIDADES
Reduzir requerimento anestésicos intravenoso e inalatório.
Reduzir depressão cardiorrespiratória dos anestésicos.
Inibição da sensibilização central à dor.
Redução do estresse trans-anestésico.
Analgesia pós-operatória.
Paralisia do globo ocular.

TÉCNICAS
Anestesia Tópica
Aplicação de anestésicos por pomada , gel de
lidocaína sobre pele e mucosas.
Depende das pomadas, lidocaína em gel ou
anestesia local líquida na apresentação de spray.
INSENSIBILIZAÇÃO DE PELES E MUCOSAS!
As pomadas geralmente são usadas em diversos locais, até
mesmo sob a pele para dessensibiliza-la, com o intuito de
conseguir manipulá-la e até mesmo fazer uma punção sem
que o animal sinta a dor da introdução do cateter.
DEVE SER ADMINISTRADO NA PELE E
AGUARDAR O PERÍODO DE LATÊNCIA DE 30
A 40 MINUTOS.

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Também usamos a pomada para LUBRIFICAR SONDAS


OROTRAQUEAIS , pois o paciente pode ter o reflexo de tosse.
A lidocaína em gel é indicada para FERIDAS, ela tem uma
consistência mais líquida, então significa que a sua
absorção é mais rápida que a pomada e permanece dentro
da ferida.
Ela vem em uma solução estéril e precisa ser uma ferida
recente, se for contaminada ou inflamada, a mudança do pH e o
pKa demora muito para se ajustar com o pH do tecido, fazendo
com que não funcione.
Não adianta a sua aplicação em feridas com bordas necrosadas,
pois não haverá a sua absorção.
A lidocaína spray é uma lidocaína muito utilizada
para a dessensibilização de glote em felinos, pois os
felinos não perdem o reflexo laringotraqueal em alguns
planos anestésicos, só perde em planos mais profundos.
É da linha humana e é extremamente concentrada, vem a
10%, sendo que geralmente usamos lidocaína a 1% e 2%.
Essa concentração pode dessensibilizar muito a glote dos
felinos, ficando por mais tempo e deve tomar um certo
cuidado na utilização em felinos.
Para a dessensibilização da glote em felinos pode ser usado
lidocaína injetável, puxamos o fármaco com uma seringa de 1ml,
em seguida tiramos a agulha e jogamos a lidocaína sobre as
aritenóides, depois aguardamos de 1 a 2 minutos.
Período hábil da dessensibilização mais curto e o local que será
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dessensibilizado é menor do que em spray.
Lavagem intrabdominal
2 a 4 mg/kg lidocaína; 1 mg/kg bupivacaína.
Diluir para volume total de 0,4 a 0,6 ml/kg.
Anestesia Infiltrativa
Geralmente aplicada via subcutânea e intradérmica, essas
técnicas são utilizadas para a retirada de pequenos nódulos,
limpeza de feridas e afins.
Nas infiltrativas subcutâneas realizamos o cordão anestésico no
local que o cirurgião fará a incisão, também podem ser chamadas
de intradérmicas por botão intradérmico.
Anestesia infiltrativa intradérmica
Indicada antes da técnica
peridural, é uma técnica que
DESSENSIBILIZA A REGIÃO DA DERME
para que o paciente não sinta
nada durante a passagem da
Fonte: Internet agulha. Fazemos isso porque a
agulha para a peridural geralmente é grossa, sendo a agulha de
Tuohy, com essa anestesia o paciente não sente a passagem da
agulha na derme, mas também passamos por outras regiões
que o paciente pode sentir. Para quem realiza a técnica
de peridural com o paciente em anestesia geral,
Fonte: Internet
não tem necessidade da intradérmica.
AGULHA DE
TUOHY
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Anestesia infiltrativa sub-cutânea


Cordão anestésico!
Utilizada para situações diversas, geralmente é feita aplicando a
agulha no subcutâneo do paciente e conforme tira a agulha
injetamos o anestésico, feito em regiões que será feito uma incisão.
Por exemplo, vai realizar uma incisão no flanco do paciente, corre
a agulha no subcutâneo do paciente, conforme aplica o anestésico
é feito a retirada da agulha que forma um volume do anestésico,
ou seja, um cordão anestésico no local que o cirurgião fará a
incisão, fazemos uma massagem para espalhar o anestésico e
aguardamos de 1 a 2 minutos para dessensibilizar a região.

Anestesia infiltrativa por tumescência


INFILTRAÇÃO DE GRANDES VOLUMES DE UMA SOLUÇÃO DE ANESTÉSICO
LOCAL!
Vantagens: analgesia pós-operatória, diminuição do
sangramento, prévia divulsão, menor desconforto e edema, menor
toxicidade e infecção.
Técnica: 500ml ringer lactato refrigerado + 40ml Lidocaína 2%
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sem vasoconstritor + 0,5ml adrenalina 1:1000.


Volume: 15ml/kg.

É uma técnica indicada nas mastectomias radicais unilaterais.

Consiste na aplicação de solução de anestésico local, sendo que esse


anestésico é diluído.
Após a diluição, aplicamos 15ml/kg homogeneamente ao redor da
cadeia mamária, para a execução dessa técnica, é importante ter
uma cânula de Klein, tem uma ponta romba diferente de algumas
agulhas hipodérmicas e é furada na sua
lateral, faz com que assim que aplique o
anestésico local, o mesmo saia por todas as
Fonte: Internet extremidades.
COM ESSA CÂNULA NÃO FAZ O MOVIMENTO DE LEQUE,
POIS ESSE MOVIMENTO PODE FAZER COM QUE AS
CÉLULAS TUMORAIS SE ESPALHE, MAS SIM, INSERIMOS
ESSA CÂNULA ATÉ A REGIÃO QUE TERMINA OS SEUS
MICROFUROS, APÓS ISSO, APLICAMOS E
PROSSEGUIMOS MAIS COM A AGULHA, ISSO FAZ COM
QUE SEJA INJETADO TODO O ANESTÉSICO AO REDOR
DA CADEIA MAMÁRIA.
Promove uma analgesia trans e pós-operatória, por ter
que ser usado uma solução refrigerada, temos que tomar
cuidado porque pode causar uma diminuição da
temperatura do paciente.

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Anestesia Perineural
FEITA AO REDOR DE UM NERVO PARA DESSENSIBILIZAR UMA
DETERMINADA REGIÃO ESPECÍFICA, A REGIÃO QUE ABRANGE O NERVO
QUE SERÁ BLOQUEADO!
Feita ao redor de um nervo, como por bloqueio de
peridural, bloqueio do plexo braquial, bloqueio do
infraoribitário e entre outros.
Separamos em bloqueios de cabeça, tórax e membros.

Bloqueios de face

Os principais locais são o forame infraorbitário e mentoniano,


dependendo do tamanho do cão são regiões palpáveis.
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Nervo Infraorbitário
Introduz a AGULHA HIPODÉRMICA no forame, essa agulha tem uma
ponta fina que pode gerar uma lesão de nervo, então o
correto é aplicar e injetar o anestésico local somente
no forame infraorbitário , podendo ser feito sob a
mucosa ou sob a pele.
Aplicamos volumes baixos, em torno de 0,1 a 0,5 ml por animal.

Fonte: Internet Fonte: Internet


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p.85

A dessensibilização será dos incisivos, caninos, primeiro e


segundo pré-molar, sendo dessensibilizados para a extração
de incisivos e de pequenos nódulos gengivais na hemimaxila.

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Nervo Palatino
Para EXTRAIR UM CANINO ou fazer um TRATAMENTO DE CANAL, é
importante associar o bloqueio infraorbitário com o
nervo palatino , é um forame muitas vezes não
palpável e está na transição do palato duro com o palato
mole.
Seguimos uma anatomia, temos: canino, primeiro, segundo, terceiro
e quarto pré molar. Entre o terceiro e o quarto pré-molar traçamos
uma linha de hemimaxila, no meio da hemimaxila entre 3º e 4º pré-
molar tem a região do forame.
É uma técnica intraoral e aplicamos um volume um pouco maior
por não termos a certeza de estarmos próximo ao forame palatino.

Nervo Maxilar
Muitas vezes quando temos alguns procedimentos odontológicos
na qual vai ser realizado uma EXTRAÇÃO DE CANINO, TRATAMENTO
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p.87

DE CANAL e EXTRAÍDO O MOLAR, temos que realizar um bloqueio que


dessensibiliza toda a região de hemimaxila de incisivos aos
molares, sendo o bloqueio do nervo maxilar .
Geralmente temos um nervo maxilar que se bifurca em
nervo infraorbitário e palatino, então dessensibilizamos
a região antes da bifurcação.
É um dos mais utilizados na odontologia.

É uma TÉCNICA REALIZADA INTRAORAL, com uma agulha


hipodérmica fazemos uma curvatura nela para facilitar a
aplicação, a agulha é colocada atrás do molar e fazemos a
aplicação do anestésico local, pois existe o forame do nervo
maxilar nessa região. Aplica o anestésico e vai
retirando, geralmente é aplicado uma média de
0,5 a 1,5 ml por animal, sendo o suficiente para
dessensibilizar a região de hemimaxila.

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Nervo Mentoniano
É palpável dependendo da espécie e tamanho do
paciente, em felinos não é muito palpável e cães de
pequeno porte é mais difícil. Esse forame fica um pouco
atrás do canino, entre o 1º e o 2º pré-molar de
hemimandíbula, introduzimos somente o bisel da agulha e um
volume baixo, sendo realizada pela mucosa gengival e a
antissepsia sempre feita com clorexidina nas técnicas intra-orais.

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Nervo Mandibulo-alveolar
Muitas vezes na odontologia e ortopedia precisa fazer um
procedimento que precisa da anestesia em toda a extensão
da hemimandibula, a técnica é semelhante a técnica do
nervo maxilar, podendo ser uma TÉCNICA INTRAORAL ou
EXTRAORAL . São usados volumes de 0,5 a 1,5 ml.
Intraoral: faz uma curvatura na agulha hipodérmica,
vai atrás do molar da mandíbula e introduz a agulha, conforme
coloca o anestésico vai retirando a agulha.

Retrobulbar e Peribulbar
Os bloqueios de globo ocular são muito utilizados para
procedimentos oftalmológicos, enucleação e afins. Temos o
BLOQUEIO RETROBULBARe PERIBULBAR .
Retrobulbar: nessa dessensibilização introduzimos a agulha ao
redor do globo ocular, fazemos uma curvatura da agulha para
contornar o globo sem correr o risco de perfurá-lo, mas é
importante que essa agulha chegue próximo ao nervo. Em seguida,
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injetamos o anestésico para dessensibilizar o nervo ótico, troclear
e abducente.
O problema é que geralmente assim que aplica um
volume de anestésico local a tendência do globo é se
projetar para frente, podendo ser um agravante por
aumentar a pressão intraocular, só é interessante para
enucleação e exames de fundo de olho.
Peribulbar: é um dos bloqueios mais solicitados pelos
oftalmologistas, sendo realizado ao REDOR DO CONE e não atrás
como no retrobulbar. Colocamos um volume de anestésico local que
pode ser aplicado em 1 ponto acima do globo ocular e 1 abaixo do
globo ocular, porém, alguns realizam em 4 pontos (acima, abaixo,
medial e lateral do globo ocular). Isso faz com que haja a
centralização do globo ocular e o oftalmologista pode realizar os
procedimentos sem muitas intercorrências.
Utilizamos uma agulha hipodérmica reta, levantamos a pálpebra
superior e perfuramos a conjuntiva, aplicamos acima do cone e a
mesma coisa é feita no ponto abaixo, sendo aplicado o mesmo
volume.

Fonte: Nysora.
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p.91

Bloqueios de tórax
Temos dois bloqueios para realizar o bloqueio de tórax, um é dos
NERVOS INTERCOSTAIS e o outro é INTRAPLEURAL.

É indicada para cirurgias torácicas, para procedimentos de


lobulectomia pulmonar, corpo estranho em esôfago torácico e
afins.

Intercostal
Os nervos intercostais estão localizados atrás das costelas, isso
significa que precisamos introduzir uma agulha que ultrapasse a
região da musculatura intercostal e que o seu bisel se dirija o mais
para trás das costelas, para que assim consiga o bloqueio dos
nervos.
Caso haja necessidade, o ideal é sempre dessensibilizar 2 costelas
para frente e para trás da região da incisão, pois a dor não se
concentra somente na região que será feito essa incisão.

Intrapleural
Aplica a agulha mais a fundo, a sua vantagem é que consegue
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bloquear toda a região de hemitórax, mas é um bloqueio mais
difícil e de maior risco de perfurar pulmão, sendo indicado
a realização do bloqueio com um ultrassom para
acompanhar a introdução da agulha até chegar
na pleura, tornando um bloqueio mais seguro.
Anestesias Espinhais
Não é uma técnica muito utilizada, geralmente aplica entre as
lombares, sendo a técnica intratecal ou a raquianestesia.
Anestesia Peridural
Seus EFEITOS FARMACOLÓGICOS são:
Vasodilatação arteriolar.
Bloqueio Simpático.
Diminuição da frequência cardíaca, débito cardíaco e pressão
arterial.
Pode ocorrer paralisia dos músculos intercostais e apneia.
Aumento do peristaltismo.
Diminuição do fluxo renal, filtração e volume urinário.
Diminuição do fluxo sanguíneo hepático.
Complicações neurológicas
Schiff- Scherrington.
Complicações infecciosas
Meningite e abscesso epidural.
Anestesia Local Intravenosa (BIER)
É a aplicação de um anestésico local por via intravenosa com um
membro com garrote colocado para não se estender por via
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sistêmica.

É a anestesia intravenosa regional, consiste da


introdução de um anestésico por via intravenosa com
o membro garroteado para dessensibilizar toda a região
do garrote para baixo.
Não há a necessidade de anestesia geral, paciente pode ser
somente sedado.
Fazemos uma massagem no membro e logo em seguida o
garroteamos, com um scalp retiramos uma quantidade de
sangue, o volume de sangue retirado será o mesmo
colocado de anestésico.
PELO MEMBRO ESTAR GARROTEADO, O VOLUME DE
SANGUE RETIRADO SERÁ PEQUENO, CERCA DE 2-3 ML,
COLOCAMOS O MESMO VOLUME DE ANESTÉSICO PARA
QUE NÃO AUMENTE MUITO A PRESSÃO INTRAVASCULAR.
UTILIZAMOS LIDOCAÍNA OU BUPIVACAÍNA SEM VASOCONSTRITOR.
Conseguimos realizar procedimentos de retiradas de nódulos em
patas, de dedos desarticulados e entre outros, mas devem
ser procedimentos rápidos, pois o garrote pode se
manter por no máximo 20 a 30 minutos, esse garrote não
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pode ser retirado de uma vez só, deve levar em média de 10 minutos
para se retirar o garrote.
Mesmo sem o garrote o cirurgião pode continuar trabalhando
no membro porque está dessensibilizado por mais uns 20
minutos.
A sua vantagem quando comparado com o bloqueio de plexo
braquial é que o paciente não perde a propriocepção.

A anestesia intravenosa é mais um dos recursos para provocar a


dessensibilização e analgesia temporária.
Duda, quais são os objetivos?

Inconsciência (ou “dissociação”).


Analgesia.
Miorrelaxamento.
Proteção Neuro-Vegetativa.
SÃO FÁRMACOS CAPAZES DE LEVAR E INDUZIR A HIPNOSE.

Modos de Administração
Existem diferentes maneiras de administrar os
fármacos na anestesia intravenosa

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Bolus: fazemos UMA ÚNICA APLICAÇÃO de uma determinada dose


calculada para ser aplicada no paciente, ou seja, faz uma única
dose.
Bolus intermitente: quando precisa fazer uma outra dose
conforme a necessidade, são feitos vários bolus, ou seja, VÁRIAS
APLICAÇÕES CONFORME A NECESSIDADE DO PACIENTE.
Infusão contínua: pode ser feita através de uma BOMBA DE
INFUSÃO, permite a administração de fármacos precisa e prática.
Duda, o que é a janela terapêutica?

A JANELA TERAPÊUTICA é o intervalo que queremos manter o


paciente na anestesia, para isso precisamos de uma concentração
plasmática ideal para que o paciente se mantenha dentro da
janela terapêutica que tem todos os objetivos de hipnose,
miorrelaxamento, analgesia e proteção
neuro-vegetativa adequadas, fazendo com que o
paciente fique estável.
Se tem uma concentração plasmática que
ultrapassa a janela terapêutica , temos um
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paciente com uma anestesia profunda, paciente irá apresentar


uma bradicardia, hipotensão, bradipneia e apneia.
Se tem uma concentração abaixo da janela terapêutica tem um
paciente taquicárdico, hipertenso, sentindo dor, tenso...
Quando aplicamos um bolus, a dose inicial irá ultrapassar a
janela terapêutica, isso explica o porque determinados fármacos
possuem alguns efeitos colaterais como por exemplo, apneia
transitória, com isso, a concentração inicial será alta e
será transitória por haver uma fase de distribuição
rápida do fármaco, posteriormente, chega dentro da
janela terapêutica e o paciente volta a respirar.
A partir do momento que está na janela terapêutica o paciente está
estável, sendo uma fase de distribuição lenta, o anestésico entra em
equilíbrio entre plasma e tecido, a partir do momento que sai da
janela terapêutica começa a fase de eliminação dele.
A PARTIR DO MOMENTO QUE ESTÁ NA JANELA
TERAPÊUTICA O PACIENTE ESTÁ ESTÁVEL, SENDO UMA
FASE DE DISTRIBUIÇÃO LENTA. O ANESTÉSICO ENTRA
EM EQUILÍBRIO ENTRE O PLASMA E O TECIDO, A
PARTIR DO MOMENTO QUE SAI DA JANELA
TERAPÊUTICA INICIA A FASE DE ELIMINAÇÃO DO
FÁRMACO.

Muito útil para procedimentos curtos, como RX,


pequenos procedimentos cirúrgicos e afins.
Caso o paciente entre na FASE DE ELIMAÇÃO, mas o
procedimento ainda não terminou, entramos com
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p.97
uma outra técnica que é o bolus intermitente , nesse bolus
colocamos o paciente no plano anestésico, começa a entrar na
fase de eliminação, faz uma reaplicação, aumenta mais uma vez e
assim por diante conforme a necessidade.
Esse bolus intermitente não é interessante porque o paciente entra e
sai da janela terapêutica o tempo inteiro.
O paciente fica instável durante os procedimentos e, além disso,
tem um efeito cumulativo, ou seja, a cada reaplicação a
concentração plasmática aumenta pelo efeito cumulativo, ele vai
se acumulando nos tecidos periféricos e quando volta para o
plasma para ser eliminado causa o efeito cumulativo quando
feito a reaplicação.

Para diminuir os efeitos acumulativos podemos usar uma


dose mais baixa nas reaplicações, geralmente se
administra metade ou 1/3 da dose inicial.
O bolus intermitente promove uma recuperação
mais lenta.
Na infusão contínua temos um bolus inicial para
colocar o paciente no plano anestésico, depois
mantém uma taxa de infusão de um determinado
fármaco, um exemplo, no propofol trabalhamos com
uma taxa de 0,2 a 0,8 mg/kg por minuto em cães.
Então, existe um intervalo e uma variação individual,
cada individuo irá responder de uma maneira
diferente, sempre tendo que adequar a taxa para cada paciente.
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As infusões longas que ultrapassam 40 minutos a 1 hora a linha


começa a aumentar, podendo até mesmo ultrapassar a janela
terapêutica dependendo do tempo.
Atualmente usamos uma técnica de INFUSÃO CONTÍNUA COM TAXAS
VARIADAS , o ideal é sempre ir diminuindo conforme o
tempo passa, se conseguir estabilizar o paciente com
0,4 mg/kg por minuto, não faremos essa taxa por todo
o procedimento, mas sim por 20 a 30 minutos, depois
diminuímos de 0,1 a 0,1, ou seja, depois de 30 minutos
reduzimos para a taxa de 0,3 mg/kg durante 15 minutos,
essa taxa é diminuída até chegar na dose de 0,1 mg/kg por
minuto, que é uma taxa baixa e que podemos manter até o final do
procedimento.

Aparelhos Necessários
Bomba de infusão
É uma ferramenta de auxílio para manter o
paciente seja ele anestesiado através de um
anestésico hipnótico como também administrar
fármacos analgésicos por infusão contínua por
tempo indeterminado no trans e pós-
operatório, além disso, também auxilia
na administração de fluidoterapia
Fonte: Internet adequada no paciente.

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A BOMBA DE INFUSÃO PROMOVE A ADMINISTRAÇÃO


PRECISA E PRÁTICA FÁRMACOS E FLUIDOS.

BOMBA DE INFUSÃO SERINGA BOMBA DE INFUSÃO EQUIPO

Fonte: Internet Fonte: Internet

Antes da anestesia por infusão continua, colocamos um cateter


venoso e para isso, devemos fazer uma boa escolha.

329 ML/MIN
200 ML/MIN
104 ML/MIN
63 ML/MIN
40 ML/MIN
23 ML/MIN
Fonte: Internet
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CADA CATETER TEM UMA NUMERAÇÃO E CORES


DIFERENTES, POSSUINDO TAMANHOS E DIÂMETROS
DISTINTOS.
Cada cateter tem um fluxo diferente, sendo importante verificar o
fluxo no rótulo do cateter pois pode variar de empresa para
empresa.
EXEMPLO
Atualmente, a taxa média de fluidoterapia é de em torno de 5
ml/kg/hora, porém, em alguns pacientes podemos usar 10
ml/kg/hora. Mas, algumas diretrizes relatam que a taxa de 10
ml/kg/hora em cirurgias longas pode aumentar a pressão
oncótica do paciente, só que isso não ocorre em procedimentos
mais curtos, de 30 minutos a 1 hora.
Um paciente de 40 kg usando a taxa de 10ml/kg/hora
irá precisar de um cateter que permita passagem
dessa taxa de fluidoterapia, ou seja, de 6,6 ml/minuto.
10 ML X 40 KG
= 6,6 ML/MINUTO
60 MINUTOS
Com isso, o cateter 24 já se torna suficiente para a passagem
dessa taxa, porém, caso o paciente apresente hipotensão podemos
aumentar o volume.
Geralmente dobramos a taxa de fluidoterapia de
manutenção e fazemos por no máximo 15 minutos.
Então fazemos 20ml/kg durante 15 minutos que é o
tempo que temos para corrigir a pressão arterial sem
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causar qualquer efeito colateral, se o volume não der certo


precisamos aumentar a frequência cardíaca ou a
resistência vascular do paciente.
20 ML X 40 KG = 53,3 ML/MINUTO
15 MINUTOS
Se aumentar essa taxa, precisa de um cateter maior para conseguir
passar esse fluxo.

Anestesia Dissociativa
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Amplamente empregados como contenção química.
Agentes de indução e manutenção anestésica.
Boa margem de segurança (DL50).
Administração IM e IV.
OS DISSOCIATIVOS SÃO FÁRMACOS MUITO USADOS NA
MEDICINA VETERINÁRIA POR APRESENTAREM UMA DL
50 ALTA (É A DOSE LETAL QUE MATA 50% DOS
PACIENTES)

É um fármaco seguro de ser administrado e é o único


da linha dos intravenosos que tem uma flexibilidade
dentro da via de aplicação, podendo ser aplicado por
via intramuscular, intravenoso, via oral, intraperitoneal, intra-retal,
intranasal e afins.
EVIDÊNCIAS NO ELETROENCEFALOGRAMA
DISSOCIAÇÃO!
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Atividade Neuronal
Sistema Límbico
do Tálamo

Depressão Ativação (estimulação)

Perda do tônus postural Hipersensibilidade


Amnésia Rigidez muscular
Analgesia Excitação
Convulsões
A cetamina leva esse nome dissociativo pela evidência do
eletroencefalograma, na qual esse fármaco consegue agir em dois
sistemas simultaneamente, enquanto outros fármacos agem
principalmente no sistema GABA a somente, a
quetamina consegue deprimir a atividade neuronal
do tálamo enquanto estimula o sistema límbico.
Por conta disso, quando aplica a quetamina no paciente temos
uma perda do tônus muscular, amnésia (devido a uma diminuição
da atividade neuronal do tálamo) e, após a perda da
propriocepção, o paciente começa a ter tremores musculares e
espasmos por conta da cetamina estimular o sistema límbico
causando os efeitos excitatórios.

Por conta disso, a quetamina não deve ser administrada


isoladamente, temos que associar outros fármaco com ela.

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Esses fármacos para se associar com a cetamina são os


benzodiazepínicos, pois agem na depressão do sistema límbico.

CETAMINA
Sistema Nervoso Central
Antagoniza os receptores NMDA, por antagonizar
esses receptores teremos a analgesia .
Toda vez que aplica uma cetamina terá um bom efeito analgésico.
Aumento do fluxo sanguíneo cerebral, aumento pressão intra-
craniana, aumento da pressão do líquido cérebro-espinhal
e aumento do consumo de oxigênio.
Cuidados: trauma cerebral e/ou hipertensão craniana.
Atualmente, a cetamina é olhada como um adjuvante no controle
da dor, pois quando se utiliza microdoses de cetamina
conseguimos um efeito analgésico, porém sem deprimir a
atividade neuronal do tálamo e sem estimular o sistema límbico,
então as microdoses causam efeitos analgésicos,
ATUALMENTE UTILIZAMOS DOSES DE 0,5 A 1MG/KG,
SENDO DOSES BAIXAS. EM CONTRAPARTIDA, A DOSE
ANESTÉSICA PODE SER DE 5 MG/KG POR VIA IV OU 20
MG/KG POR VIA IM.

Pode administrar essa microdose em bólus causando um efeito


analgésico de 20 a 30 minutos, porém em cirurgias mais longas
pode ser administrada a microdose em infusão contínua, usando
taxas em média de 10 microgramas/kg por minuto.
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Se pegar um frasco de soro de 250ml, adicionar 30mg totais


de cetamina e descer na velocidade da fluidoterapia de
5ml/kg/hora, está descendo exatamente 10 microgramas/kg por
minuto de cetamina.

A cetamina em doses anestésicas não é indicada em todos os


pacientes, principalmente paciente com politraumatismo ou
convulsões.
Sistema Cardiovascular
ESTIMULAÇÃO CARDIOVASCULAR GENERALIZADA:
taquicardia, hipertensão, aumento da
contratilidade e débito cardíaco.
Cuidados: animais cardiopatas e/ou com
comprometimento circulatório.
Estimula a frequência cardíaca e a pressão, isso faz com que a
cetamina tenha um DL50 alta.

Sistema Respiratório
Apneia transitória dose-dependente.
Geralmente quando faz um bólus de cetamina, o
aumento da concentração plasmática desse fármaco é
exacerbada e isso pode gerar uma apneia, mas, só acontecerá com
a aplicação intravenosa, se for aplicada por outras vias não
acontece porque a concentração plasmática não alcança altos
níveis para gerar essa alteração.
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Particularidades
Preserva os reflexos protetores como oculopalpebral,
laringotraqueal (com o uso isolado).
A cetamina mantém o reflexo laringotraqueal, com isso,
não conseguimos entubar o paciente anestesiando somente
com esse fármaco. Além disso, preserva os reflexos palpebrais e não
rotaciona globo ocular, então não percebe os estágios e planos de
Guedel.
Como a cetamina não deve ser administrada isoladamente,
geralmente associamos um benzodiazepínico que é um sedativo,
miorrelaxante e hipnótico, dependendo da dose desses fármacos é
capaz do paciente perder esses reflexos e conseguir entubá-lo,
mas os estágios e planos de Guedel não são seguidos quando se
utiliza a anestesia dissociativa.
O metabolismo hepático e excreção renal em gatos,
80% sai na forma inalterada na urina, então, deve
tomar cuidado na administração em pacientes com
insuficiência renal ou outra nefropatia.
Doses
2 – 7 MG/KG IV OU 10 – 20 MG/KG IM.
Associações
Fenotiazínicos + Opioides.
Benzodiazepínicos.
Agonistas alfa 2.
Tem que sempre associar a cetamina com outros fármacos,
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sendo que se associar com fenotiazinicos + opioides não é capaz


de antagonizar os efeitos cataleptóides. Mas, se associar com
benzodiazepínicos e agonistas alfa 2 podem ser eficazes.

Antes, é importante
lembrarmos...
Temos no mercado 2 cetaminas, a R e a S. Sendo que a S é a
cetamina mais usada na medicina humana e são moléculas
dextrógenas, ou seja, é uma cetamina mais pura. Porém, a mais
vendida na medicina veterinária é a R.
A DOSE DE 2 MG/KG NÃO É POSSÍVEL INDUZIR O
PACIENTE COM UMA QUETAMINA R, SÓ CONSEGUIMOS
COM A QUETAMINA S QUE É A MAIS PURA.

Cetamina X Xilazina
PARÂMETROS XILAZINA CETAMINA
VASOS VASODILATAÇÃO VASOCONSTRIÇÃO
FREQ. CARDÍACA BRADICARDIA TAQUICARDIA
FREQ. RESPIRAT. BRADIPNEIA TAQUIPNEIA
RITMO CARDÍACO BAV 2º GRAU RÍTMICO
MUSCULATURA MIORRELAXAMENTO HIPERTONIA
REFLEXOS
REDUZIDOS PRESENTES
PROTETORES

SALIVAÇÃO SIALORREIA SIALORREIA


ANALGESIA
DISCRETA POTENTE
SOMÁTICA

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ANALGESIA
POTENTE DISCRETA
VISCERAL

REFLEXO
NORMAL MIDRÍASE
PUPILAR
MEIA VIDA 20 A 30 MINUTOS 7 A 14 MINUTOS

Anestesia Geral Não Barbitúrica


ETOMIDATO
Mais indicado nos pacientes cardiopatas por causar mínimos
efeitos cardiovasculares.
Não deve ser administrado sozinho.
Hidrossolúvel e não cumulativo.
SE DILUI MUITO BEM EM ÁGUA E NÃO É CUMULATIVO,
ENTÃO SIGNIFICA QUE PODE DILUIR NO SORO E
FAZER INFUSÃO CONTÍNUA POR TEMPO
INDETERMINADO.
Mas, na prática isso não existe por ter relatos do etomidato em
infusão contínua causar hemólise, sendo um fármaco utilizado
somente para a indução da anestesia.
Duração ultra curta (dose dependente), em média
de 8 minutos de período hábil.
Significa que ao induzir o paciente precisamos entubá-lo
rapidamente, pois é um paciente que irá superficializar rápido
somente com a indução com etomidato.
Não causa analgesia, só causa hipnose.
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Ausência de liberação de histamina.
Não libera histamina, então não causa vasodilatação e não gera
hipotensão, então a pressão arterial e o débito cardíaco do
paciente é mantido com o uso do etomidato.
Metabolismo por esterases plasmáticas e por enzimas
microssomais hepáticas (hidrólise).
Excreção renal (75%).
Sistema Nervoso Central
Inibe atividade em sinapses espinhais e supra-
espinhais (GABA), reduz fluxo sanguíneo cerebral e
pressão intracraniana e, mas causa mioclonias .

POR REDUZIR A PRESSÃO INTRACRANIANA, PODE SER


INDICADO EM PACIENTES POLITRAUMATIZADOS!

Dificilmente deve ser administrado de forma isolada, pois causa


uma mioclonia intensa.
A literatura indica que se administre o fentanil antes
do etomidato nas doses preconizadas de 5-10 µg/kg
pode cessar as mioclonias. Porém, é controverso a
sua utilização, pois muitas vezes a utilização do
etomidato é porque o paciente é cardiopata e se fizer o fentanil,
pode deprimir a parte cardiovascular causando bradicardia e
hipotensão, com isso, o FENTANIL NÁO É IDEAL PARA PACIENTES
CARDIOPATAS, atualmente existe a possibilidade de usar o fentanil
nas doses de 2,5 µg/kg para se evitar essa depressão.
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O fentanil pode ser substituído por lidocaína e benzodiazepínico ,
preferencialmente o MIDAZOLAM por ter mais efeito miorrelaxante
pode ser aplicado antes em bolus de 0,5 mg/kg por via IV e em
seguida o etomidato.
Mas, o problema ao administrar o midazolam é
que esses pacientes cardiopatas dificilmente são
sedados, pois é contraindicado o uso de
acepromazina e alfa-2 agonistas, então geralmente
usamos os opioides como medicação pré-anestésica que
permite uma sedação leve ou, ás vezes, não são sedados, sendo feito
direto a indução. E, quando se aplica um benzodiazepínico isolado
em um paciente sedado ou pouco sedado, pode causar o efeito
paradoxal, ou seja, pode excitar o paciente.
Para isso, geralmente quando utilizamos fazemos uma
aplicação rápida de midazolam e logo em seguida induzimos o
paciente com etomidato, pois ao começar o efeito paradoxal já
estaremos aplicado o etomidato que irá deprimir o paciente.

Sistema Cardiovascular
Tem um pequeno efeito , com uma discreta redução
da pressão arterial e discreto aumento da frequência
cardíaca.
Sistema Respiratório
Aumenta a frequência respiratória, reduz o volume
corrente e volume minuto e, apneia (dependendo da
dose e concentração plasmática pode causar apneia).
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Sistema Gastrointestinal
Reduz motilidade e tônus.
Doses
0,5 – 3,0 MG/KG IV
Administrar Antes da Dose
Fentanil: 2,5 µg/kg IV (bolus de 5 minutos).
A aplicação do fentanil deve ser lenta para evitar a depressão
respiratória.
Midazolam: 0,5 mg/kg IV (infusão rápida).
Lidocaína sem vasoconstritor: 1mg/kg IV
A lidocaína aplicada na dose de 1 mg/kg por via intravenosa tem
relatos científicos que comprovam que consegue antagonizar os
efeitos colaterais do etomidato, porém ao administrar em paciente
pouco sedado ou não sedado, pode causar náuseas e vômitos.
Desvantagens
Hemólise em infusões longas.
Dor no local da aplicação.
Tromboflebite.
Mioclonias.
Náuseas e vômitos.
A MAIORIA DOS EFEITOS COLATERAIS SÃO
PROMOVIDAS POR UM AGENTE DENTRO DO ETOMIDATO
QUE É O PROPILENOGLICOL (CONSERVANTE), SENDO
QUE EXISTEM ALGUMAS ESPÉCIES QUE POSSUEM
DIFICULDADE NA METABOLIZAÇÃO, COMO OS
FELINOS.

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PROPOFOL
É um dos fármacos mais utilizados na rotina veterinária.
O propofol tem uma BAIXA SOLUBILIDADE EM ÁGUA , ou seja, não se
dilui muito em água por ser um veículo oleoso.
Significa que pode ser diluído em soro fisiológico, mas o ideal é
diluir o propofol em solução glicosada a 5% caso seja
necessário, por conta da sua densidade menor.
Se diluir em soro fisiológico ou ringer com lactato, antes de utilizá-
lo e durante a aplicação deve mexê-lo para que não tenha a
precipitação do fármaco, mesmo que não a visualize.
Aspecto leitoso.
Emulsão: óleo de soja, fosfolipídios, glicerol e lecitina de ovo.
Pode ser diluído apenas em glicose a 5% (20 ml propofol/80ml
de solução glicosada).
Alta ligação plasmática (98%), então tem uma metabolização
rápida.
É UM MEIO DE CULTURA POR SER UMA EMULSÃO, POR
CONTA DISSO, O IDEAL É A SUA CONSERVAÇÃO NA
GELADEIRA APÓS ABERTO.

Sempre comparar a tonalidade do


branco do propofol aberto com o
fechado, quando ocorre essa alteração
de tonalidade o ideal é o descarte do
produto.

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p.112
Sistema Nervoso Central
Reduz pressão intracraniana.
Ação anti-emética.
Miorrelaxante.
Reduz a pressão intracraniana, sendo uma característica
semelhante com a do tiopental, por isso substituiu o tiopental nos
controles da convulsão, pois além de ter esse efeito de redução da
pressão também tem um efeito miorrelaxante, podendo ser feito
infusão contínua por tempo indeterminado no controle da
convulsão.
Efeito analgésico , porém só age em uma das vias, não devendo
ser usado isoladamente para o controle de dor.
Sistema Cardiovascular
Reduz frequência cardíaca, pressão arterial, débito
cardíaco e não causa arritmias cardíacas.
Por mais que causa essas alterações e aparenta que não
deve ser administrado em pacientes cardiopatas, atualmente
usamos o propofol na indução de pacientes com cardiopatias
compensadas. Porém, não é administrado de forma isolada para
que não deprima tanto o débito cardíaco.
Induzimos um cardiopata com a associação de propofol e
cetamina. A cetamina em doses baixas de 2 mg/kg tem um
efeito simpático, potencializa o propofol e com o efeito simpático
aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, então
permite o equilíbrio desses parâmetros quando associados.
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p.113
Sistema Respiratório
Apneia transitória velocidade dependente (7
minutos).
Reduz frequência respiratória.
O propofol pode causar uma apneia velocidade dependente, ou seja,
a sua administração deve ser lenta porque se aplicar de forma
rápida na via intravenosa tem uma maior probabilidade de
causar apneia e por um tempo maior de duração, podendo chegar
até 7 minutos, devendo interferir para oxigenar o paciente.
A VELOCIDADE DO BOLUS PRECONIZADA PARA A
INDUÇÃO DO PROPOFOL É DE 2 MINUTOS.

Farmacocinética
Alto clearence metabólico.
Alto volume de distribuição.
Metabolismo hepático por conjugação.
Eliminação renal.
Recuperação rápida e isenta de qualquer efeito colateral.
Alta ligação plasmática (98%).
Efeitos Colaterais
Tremores musculares: ocorrem durante a indução, estando muito
relacionado ao estágio 2 do plano de Guedel, se isso ocorrer vale a
pena aumentar um pouco mais a velocidade da indução para
pular essa fase, mas tome CUIDADO COM A APNEIA.

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p.114
Schiff-Scherrington ou “Seizure Like”: a posição de Schiff-
Sherrington é uma rigidez em membro torácico e na região
cervical, porém com os membros pélvicos relaxados. Por não
sabermos como essa posição ocorre pelo propofol, a mudança de
nomenclatura foi para a SEIZURE LIKE.
Se isso ocorrer após um bolus de propofol, não há a necessidade
de fazer nada, conseguimos entubar esse paciente, colocá-lo em
uma anestesia de manutenção e após 8 a 10 minutos o animal
relaxa, pois é o tempo do propofol ser eliminado.
O problema é quando realizamos a infusão contínua de
propofol e a posição de Seizure Like ocorre, sendo o ideal
nesses casos o tratamento.

Duda, qual o tratamento atual?

É a utilização de cetamina em microdoses, na dose


de 0,5 a 1 mg/kg. A cetamina ao bloquear os canais
iônicos impede o influxo de cálcio para dentro da
célula, pelo cálcio estar relacionando com a
contração muscular, irá realizar o relaxamento do paciente.
SE ISSO ACONTECER, FAZEMOS UM BOLUS DE
CETAMINA DE 0,5 A 1 MG/KG IV E FAZ A INFUSÃO
CONTÍNUA DE 10 µg/KG/MINUTO.

Hipotermia.
Dor no momento da aplicação, podendo ser minimizado com
um bolus de lidocaína antes do propofol.
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p.115
Tempo limitado após o uso.
Seu custo é variável conforme o tempo.
Doses
2 – 8 MG/KG IV (DOSE MÉDIA DE 5 MG/KG)
Usamos a dose de 2 mg/kg quando associamos com
outro fármaco e quando se utiliza o propofol puro,
se preconiza de 4 a 5 mg/kg, isso com o animal sedado.
Quando induzimos o paciente com um propofol puro
sem ser sedado previamente, as doses vão de 8 a 10mg/kg
para se induzir.
Vantagens
Uso em infusão contínua com taxas variáveis (efeito
cumulativo).
Recuperação tranquila isenta de reações adversas.
Indicado para pacientes de alto risco.

Planejamento Anestésico
INDUÇÃO
Dicas de Associações
Propofol 2 mg/kg + cetamina 1 mg/kg.
Propofol 3 mg/kg + benzodiazepínico 0.2 mg/kg.
Propofol 2 mg/kg + fentanil 2.5 ug/kg.
Propofol 3 mg/kg + lidocaína 1.5 mg/kg.
Cetamina 2-5 mg/kg + benzodiazepínico 0.5 mg/kg.
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Etomidato 0.5-2.0 mg/kg + benzodiazepínico 0.25 mg/kg.
Etomidato 0.5-2.0 mg/kg + fentanil 2.5 ug/kg.
Etomidato 0.5-2.0 mg/kg + lidocaína 1 mg/kg.
O benzodiazepínico pode ser o midazolam ou diazepam.
Se o objetivo é potencializar a analgesia, pode usar as
associações com quetamina, fentanil ou lidocaína. Para uma
cirurgia cruenta a melhor opção é propofol com fentanil.

Introdução
Busca por equipamentos precisos e seguros.
Grandes progressos.

Instrumental
“MATERIAL EMPREGADO PELO ANESTESISTA PARA QUE SE CONSIGA
EXECUTAR UMA ANESTESIA"
Laringoscópio Sondas Endotraqueais

Fonte: Internet

Fonte: Fibra Cirúrgica


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Pacientes de até 2kg: sondas n° 2 - 4.


Pacientes de 2 – 5 kg: sondas n° 3 - 6.
Pacientes de 5 - 10 kg: sondas n° 5 - 7.
Pacientes de 10 - 20 kg: sondas n° 7 - 10.
Pacientes acima de 20 kg: sondas n° 8 - 15.

⅔ DO DIÂMETRO DA TRAQUEIA!

Máscara Laríngea Seringa para Insuflar o Cuff

Fonte: Internet Fonte: Internet

Cilindro de Oxigênio
Para a realização de uma ANESTESIA INALATÓRIA devemos
falar sobre os cilindros de oxigênio , o
oxigênio atualmente é uma exigência para
as clínicas e hospitais, toda a anestesia
deve ser suplementada com oxigênio a 100%.
O regulador de pressão irá regular a pressão que sai de
dentro do cilindro e tem um manômetro de pressão ,
geralmente um cilindro cheio independente do tamanho, em
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média de 150 até 200 mmHg.
TODO O CILINDRO DE
OXIGÊNIO: verde.
OXIGÊNIO É 100% VERDE, A
ÓXIDO NITROSO: azul escuro. COR DEMONSTRA O GÁS QUE
AR COMPRIMIDO: amarelo. ESTÁ DENTRO.
GÁS CARBÔNICO: cinza.
OXIGÊNIO BIOLÓGICO: verde com cinza (5% de CO2).
Do cilindro do oxigênio sai a mangueira de conexão que é
acoplado na entrada de oxigênio do equipamento. E, regulamos a
quantidade de oxigênio que vai para o paciente através do
rotâmetro .
O fluxômetro geralmente é encontrado acoplado a válvula
de pressão do cilindro, é diferente do rotâmetro, pois ele
fornece a quantidade de oxigênio de litros por minutos,
enquanto que o rotâmetro fornece a quantidade de
oxigênio de ml por minuto.
Um fluxômetro acoplado em um equipamento de anestesia não
torna possível fazer o circuito fechado, só é possível no
rotâmetro.

Colocamos a quantidade de oxigênio para o paciente de acordo


com o circuito que será utilizado (aberto, fechado ou semi
fechado) e do peso do paciente.
Circuito aberto: geralmente fornece de 100 a 200
ml/kg por minuto de oxigênio.
Circuito semi-aberto ou semi-fechado: fornece de 10 a 60
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ml/kg por minuto.
Circuito fechado: fornece de 5 a 10ml/kg por minuto.
O fluxo de oxigênio depois que calculado irá entrar
para o vaporizador universal sendo muito
importante, pois é o local que o anestésico líquido será
colocado e, com a passagem de oxigênio é misturado
para o animal inalar a mistura de oxigênio com o
halogenado.
VAPORIZADOR UNIVERSAL

É preciso visualizar a borbulha, é a única maneira


de estimar a concentração que está enviando,
quanto maior a borbulha maior a concentração,
quanto menor a borbulha, menor é a concentração.
Fonte: Internet

SÓ CONSEGUIMOS SABER A CONCENTRAÇÃO EXATA SE


TIVER O ANALISADOR DE GASES, POIS ELE ANALISA O
GÁS EXPIRADO E INSPIRADO PELO PACIENTE.
Geralmente colocamos em média de 40 a 50 ml para visualizar
as borbulhas.
Ao abrir o vaporizador inteiro atinge-se 30% de volatização, sendo
um valor muito alto. Além disso, o vaporizador universal possibilita
colocar diversos halogenados
Duda, o que é o vaporizador calibrado?

O vaporizador calibrado não possibilita a visualização do


anestésico dentro, mas não é necessário porque mostra
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p.120
exatamente a quantidade de volatização em porcentagem
administrada. É agente específico, então tem que comprar um só
para isoflurano, um só para halotano e assim por diante.
VAPORIZADOR CALIBRADO
Precisa estar sempre calibrado, sendo realizado
essa calibração por um técnico, recomenda-se
que seja calibrado no mínimo 1x por ano, se sua
rotina for mais intensa calibrar 2x por ano e se
for muito intensa realizar a calibração a cada 3
Fonte: Internet meses.
Um vaporizador calibrado se for transportado na posição
horizontal com anestésico dentro, pode descalibrar, não é
interessante transportador o vaporizador calibrado.

Aparelho de Anestesia Inalatória

Fonte: Internet Fonte: Internet


Esse oxigênio que passa sobre o vaporizador universal faz a
mistura do halogenado com o oxigênio, em seguida temos a
saída da mistura de gases.
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Essa mistura de gases se dirige para a válvula inspiratória
que prossegue para a traqueia inspiratória e Y de conexão ,
o paciente inspira e depois ao expirar o ar com gás carbônico
passa pela traqueia expiratória e pela válvula expiratória
Essas duas válvulas possuem a função de impedir que o animal
inspire aquilo que acabou de colocar para fora, ou seja, acabou de
expirar.
Na válvula expiratória tem acoplado a válvula de
pof off que tem a função de dar as diretrizes de
qual circuito será trabalhado. Se FECHAR A VÁLVULA
totalmente terá um circuito circular valvular fechado , se
ABRIR A VÁLVULA é um circuito circular valvular
semi-fechado ou semi-aberto , então parte do ar
expirado pelo paciente irá sair pelo pop off.
SE ESTIVER FECHADO O AR PASSA TOTALMENTE PARA O
CANISTER E PELA CAL SODADA, ONDE O GÁS
CARBÔNICO FICA RETIDO, ESSA MISTURA DE GASES
PASSA POR UM BALÃO E VOLTA PARA A VÁLVULA
INSPIRATÓRIA.

Conforme a cal sodada retém gás carbônico irá mudar de


coloração para azulado ou arroxeado.
INDICAÇÕES
Fechado
Deve fechar a válvula de pof off e o fluxo de oxigênio
será calculado de 5 a 10ml/kg por minuto.
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Vantagens:
Fluxo de oxigênio baixo, com isso tem um menor
consumo de oxigênio e de halogenado.
Por ter a válvula de pop off fechada, não temos a
saída da mistura de gases para o ambiente e
não tem a poluição do ar.
Melhor conservação de calor e umidade.
Desvantagens:
Corre o risco de causar o volutrauma e barotrauma.
Tem o risco de estourar os alvéolos do paciente por
aumento da pressão, que é o barotrauma. Enquanto
que o volutrauma é o excesso de volume. E, por mais
que seja um circuito com volume baixo, ele é contínuo.
Risco de causar hipercapnia (excesso de CO2).
Se a cal sodada não estiver funcionando 100% em um
circuito fechado, corre o risco do CO2 passar para
o balão reservatório e voltar para o paciente,
tendendo o paciente a entrar em acidose respiratória pela
hipercapnia.
Não obtém bons planos anestésicos pela demora em atingi-los.
Semi-aberto ou Semi-fechado
Abre a válvula de pop off para termos um circuito
semi-aberto, o seu fluxo de oxigênio pode variar de
10 a 60 ml/kg por minuto, geralmente a média
trabalhada é 50ml/kg por minuto.
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Vantagens:
Menor risco de causar hipercapnia.
Não corre o risco de causar o volutrauma e barotrauma pois o
excesso sai pela válvula.
Obtém bons planos anestésicos.
Desvantagens:
Maior consumo de oxigênio e halogenado.
Promove a poluição do ar pela válvula estar aberta.
Aberto
É um circuito que não passa pelas válvulas e pelo canister,
desconectamos a mangueira em relação a saída de mistura de
gases e acopla em um dos circuitos abertos de Baraka.
Esse circuito aberto de Baraka o paciente irá inspirar e expirar por
um mesmo circuito, seu balão reservatório é menor e será indicado
em pacientes de pequeno porte (abaixo de 5kg).
Vantagens:
Consegue visualizar o balão reservatório se movimentando
durante a inspiração e expiração.
Desvantagens:
Pode causar muita hipercapnia por inspirar e expirar por um
único tubo.
Corre o risco do animal inspirar o CO2 que acabou de ser expirado,
para evitar isso o fluxo de oxigênio utilizado
tem que ser alto, em média de 100 a 200 ml/kg/minuto,
com o fluxo alto a hipercapnia não existe.
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Consumo de oxigênio alto, maior risco de hipotermia.


O outro circuito aberto seria o de Baein, esse sistema é um pouco
maior e tem por dentro uma mangueira interna.
A sua vantagem é que o animal geralmente inspira por um fluxo
de ar fresco pela mangueira interna e, na hora de expirar, o ar
será dirigido para a traqueia grande externa, isso evita que o
animal expire o gás carbônico e é melhor na prevenção da
hipercapnia.
Sua outra vantagem é a presença da válvula de pof off, esse
circuito não há a necessidade de um fluxo muito alto,
geralmente trabalhamos com um fluxo de 100ml/kg/minuto,
podendo usar com pacientes acima de 7kg, com isso,
economiza um pouco mais de oxigênio, mas a hipotermia
também pode estar presente nesse circuito.

Definição
É a introdução de um produto ativo pela via
respiratória, para fins de absorção pelos
pulmões, com passagem imediata para a
corrente circulatória.
O anestésico precisa ser inalado, tem a
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absorção via pulmonar, difusão para a corrente
sanguínea e quando entra na circulação funciona
como um anestésico intravenoso, deprimindo SNC e
assim por diante.
A anestesia total intravenosa não depende dos pulmões e da via
respiratória, mas todo fármaco aplicado por essa via será
metabolizado pelo fígado. Enquanto que na anestesia inalatória, a
grande maioria da quantidade do fármaco volta para a via
pulmonar para ser eliminado de forma inalterada.

Características
RÁPIDO E PREVISÍVEL AJUSTE DA PROFUNDIDADE ANESTÉSICA, por ter
uma METABOLIZAÇÃ0 DE PEQUENA MAGNITUDE, permite o ajuste da
profundidade muito rápido, tanto para aprofundar quanto para
superficializar o paciente, com isso, permite recuperações rápidas.
O circuito fechado dificulta esse ajuste pelo fluxo baixo.
METABOLISMO DE PEQUENA MAGNITUDE.
RECUPERAÇÃO RÁPIDA.
ECONÔMICO A LONGO PRAZO.
TEMPO ANESTÉSICO CONTROLADO DE ACORDO COM A NECESSIDADE.
SEGURANÇA quando sabe usar o equipamento e quando conhece a
característica físico-químicas dos halogenados.
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
Coeficiente de Solubilidade
Equilíbrio sangue/gás, quanto maior mais tempo leva o fármaco a
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atingir as concentrações no sistema nervoso central
Paciente tem que inalar a concentração, fazer a
difusão sanguínea e ao entrar na corrente sanguínea,
irá atingir o SNC, com isso, precisa ser constante para
manter o paciente anestesiado.
QUANTO MAIOR O COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE DO
FÁRMACO, MAIS TEMPO IRÁ LEVAR PARA QUE ELE
CONSIGA ATINGIR A SUA CONCENTRAÇÃ0 NO SNC, OU
SEJA, MAIS TEMPO LEVA PARA TER O EQUILÍBRIO
ENTRE O SANGUE E O GÁS.

Concentração Alveolar Mínima (CAM)


Concentração mínima de um anestésico para abolir movimentos,
quanto maior a CAM menor a potência do anestésico.
Se precisar dar uma alta concentração para anestesiar o
paciente, significa que o anestésico não é muito potente,
porém, um que dá um pouco da sua concentração e
anestesia o paciente, significa que é potente.
Pressão de Vapor
Quanto maior a pressão, maior a capacidade de vaporização
(V=Pgas/ PatmX100).
Em anestesias realizadas em amplitudes mais altas, teremos
uma vaporização de uma maneira devido a pressão
atmosférica.

Ponto de Ebulição
Temperatura na qual a pressão de vapor de um líquido se iguala a
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da atmosfera.
Peso Molecular
Quanto menor o peso, maior a facilidade de atravessar barreiras
naturais.
Atualmente usa mais o isoflurano, sevoflurano e desflurano.
O HALOTANO leva mais tempo para atingir o SNC por ter um
coeficiente alto.
Então se demorar para atingir o sistema nervoso
central, mais demorará para sair do sistema nervoso
central, por isso tem uma recuperação mais lenta
quando comparado com a do isoflurano e do sevoflurano. Com o
sevoflurano temos uma recuperação mais rápida e o plano
anestésico é atingido mais rapidamente.
ENTRE HALOTANO, ISOFLURANO E SEVOFLURANO SERÁ
O MAIS POTENTE, POIS UM POUCO DA SUA
CONCENTRAÇÃO JÁ CONSEGUE ANESTESIAR O
PACIENTE.

Halotano
É um dos fármacos mais antigos, sintetizado em 1856.
Líquido incolor, não irritante a mucosa e com um odor
adocicado.
Não inflamável e não explosivo.
Não reage com a cal sodada.
Solúvel em borracha.
NÃO É MUITO INDICADO PARA PACIENTES DEBILITADOS.
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Depressão reversível.
Vasodilatação cerebral.
Aumenta pressão-intracraniana (PIC).
O halotano não é indicado em situações de emergência,
nas situações em que o animal é politraumatizado e que está
convulsionando após o atropelamento, animal pode ter um trauma
craniano, aumento de pressão-intracraniana e pode vir a
convulsionar.
Todos os halogenados, como isoflurano e sevoflurano também
aumentam a PIC, mas de uma forma menos intensa do que o
halotano, então é indicado a anestesia total intravenosa com
infusão continua de propofol que diminui PIC.
Cirurgias cranianas, cirurgias do SNC e paciente com histórico
de convulsão por aumento da PIC, o ideal é anestesia total
intravenosa.
SISTEMA CARDIORESPIRATÓRIO
Mantém frequência cardíaca.
Diminui débito cardíaco e pressão arterial.
Aumenta frequência respiratória (hipercapnia).
Broncodilatação.
REDUZ DÉBITO CARDÍACO E PRESSÃO ARTERIAL, É
CONTRAINDICADO EM PACIENTES CARDIOPATAS
PORQUE NÃO QUEREMOS ESSAS ALTERAÇÕES NELES.

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EFEITOS COLATERAIS
Sensibilidade a adrenalina.
Uma dose baixa de adrenalina até mesmo se aplicada topicamente
pode causar um efeito sistêmico, ou seja, gera uma
vasoconstrição sistêmica que resulta em hipertensão
que gera uma bradicardia, arritmias, bloqueios
atrioventriculares por compensação.
Porém o seu efeito é curto em questão de tempo, então a partir do
momento que começa a perder o efeito da vasoconstrição, ou seja,
começa a vasodilatar causa um aumento da frequência cardíaca,
animal apresenta taquicardia podendo até mesmo a fibrilar.
Fibrilação ventricular (VPC - complexos ventriculares
prematuros).
Hipertermia maligna.
O halotano quando comparado com os outros halogenados é o
que tem mais metabolização hepática, não sendo indicado em
pacientes hepatopatas.

Indicado para pacientes hígidos, não sendo indicado na


emergência, para cardiopatas ou hepatopatas.

Sintetizado em 1965.
Isoflurano
Isômero do enfluorano.
Líquido incolor, odor etério, pungente.
Não inflamável.
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Não reage com a cal sodada.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Diminuição do metabolismo cerebral.
Eleva moderadamente a PIC.

SISTEMA CARDIORESPIRATÓRIO
Mínimos efeitos, mantém débito cardíaco,
aumento discreto da frequência cardíaca.
Depressão respiratória dose-dependente.

METABOLIZAÇÃ0
Baixa biotransformação hepática (não hepatotóxico).
Diminui fluxo sanguineo renal (não nefrotóxico).
Indicada para pacientes cardiopatas, nefropatas, hepatopatas e na
emergência quando não houver possibilidade de uma anestesia
total intravenosa.
Sevoflurano
Sintetizado no década 70 (uso clínico década 90).
Líquido incolor, odor pungente.
Não inflamável ou explosivo.
Em alta temperatura reage com a cal sodada, formando o
composto A.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Ligeiro aumento do fluxo sanguíneo cerebral.
Ligeiro aumento da PIC.
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SISTEMA CARDIORESPIRATÓRIO
Taquicardia, hipotensão arterial, vasodilatação
periférica.
Depressão respiratória dose-dependente.
O MECANISMO COMPENSATÓRIO DO PACIENTE FRENTE
A HIPOTENSÃO É PROMOVER A TAQUICARDIA, POR
ISSO NÃO É UM FÁRMACO DE PRIMEIRA INDICAÇÃO
PARA CARDIOPATAS.

METABOLIZAÇÃ0
5% sofre biotransformação hepática, produz fluoreto
(nefrotóxico em altas concentrações), diminui fluxo sanguíneo
renal.
Apenas 5% sofre biotransformação hepática, sendo indicado no
paciente hepatopata, paciente idoso que tem metabolismo lento ou
qualquer paciente que queremos uma rápida recuperação.

A monitoração é um ponto chave e importante na anestesia,


tornando-a em muitos casos seguras.

Quanto mais parâmetros extraímos do paciente no


transoperatório, mais segura será a anestesia.

É importante ter uma atenção minuciosa e permanente do


anestesista.

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Estágios e Planos Anestésicos
A monitoração dos planos anestésicos é muito importante, sendo
avaliado pelos estágios e planos de Guedel.

Fonte: Massone F. Planos Anestésicos.

Dividiu em 4 estágios, sendo o 3º estágio dividido em 4 planos, que


são os planos cirúrgicos/anestésicos, onde tentamos manter os
pacientes.
O ÚNICO FÁRMACO QUE NÃO ENTRA NOS PLANOS DE
GUEDEL SÃO OS ANESTÉSICOS DISSOCIATIVOS, COMO
A TILETAMINA E CETAMINA.

ESTÁGIO 1
Vai desde o estado de alerta até a perda da consciência.
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p.133
É o início da anestesia, todos o parâmetro estão em
evidência, com frequência cardíaca e frequência
respiratória normais.
ESTÁGIO 2
Conhecido como estágio de delírio. Nesse estágio o paciente está
inconsciente, mas apresenta movimentos
involuntários, reflexo de tosse, taquicardia e
taquipneia.
Existe uma excitação, com tremores musculares e afins. A medicação
pré-anestésica tende a evitar essa excitação.
ESTÁGIO 3
É conhecido como estágio cirúrgico e é subdividido em 4 planos.
Plano 1
Cessam os movimentos voluntários, mas ainda tem um
miorrelaxamento insuficiente, manutenção dos
reflexos protetores (laringotraqueal, palpebral e
interdigital), salivação e rotação do globo ocular, com
nistagmo e em midríase.
Rotação do globo ocular, porém frequência cardíaca e frequência
respiratória estão estáveis com os reflexos presentes, mantém
reflexo laringotraqueal, palpebral, corneal e afins.
Significa que o anestesista até consegue intubar um paciente
nesse plano, mas ao passar uma sonda orotraqueal o paciente
terá um reflexo de tosse.

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Plano 2
É considerado um dos planos cirúrgicos, tem a perda do reflexo
laringotraqueal e interdigital, mas o reflexo
palpebral e corneal estão presentes.
Não há taquicardia e a respiração já fica
compassada, com padrão toracoabdominal. O globo
ocular começa a centralizar.
Consegue entubar o cão porque começa a perder o reflexo
laringotraqueal, mas os felinos só perdem o reflexo
laringotraqueal em planos mais profundos, podendo ter
um risco anestésico maior. Por conta disso, fazemos a
dessensibilização das aritenóides com lidocaína.
Atualmente é indicado a lidocaína injetável em média de 0,2 a 0,3 ml
por animal colocadas sob as aritenóides dos gatos. Começa uma
centralização do globo ocular, começa a ver a íris.
Plano 3
Tem uma discreta perda do reflexo palpebral e corneal. Há
bradicardia discreta e bradpneia. Pode ocorrer
hipotensão discreta. A respiração ganha padrão
adbominotorácico. O globo ocular pode estar
centralizado.
O globo está centralizado, com depressão respiratória e cardíaca e
reflexos praticamente ausentes.
Plano 4
Considerado plano de anestesia inadequado porque o paciente já
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está profundo na anestesia. Há perda de todos os reflexos


protetores, globo ocular centralizado e pupilas em midríase,
apneia, bradicardia e hipotensão.
Centralização de globo, praticamente em apneia, com bradicardia
acentuada e sem reflexo, dilata a pupila conforme aprofunda o
plano. Nesse momento ainda conseguimos reverter fazendo o
paciente superficializar.
ESTÁGIO 4
É o momento iminente de morte, com choque bulbar. Há sobredose
anestésica, com colapso vasomotor, pupilas em midríase, apneia,
bradicardia intensa e hipotensão considerável.
Se entrar no estágio 4 não tem mais volta, tem pupila dilatada,
respiração agônica e o paciente entra em óbito.
VERIFICAR CONSTANTEMENTE OS PLANOS DE GUEDEL E
COM O AUXÍLIO DE MONITORES TORNA MAIS SEGURO A
ANESTESIA.

Outros Métodos
Auscultação cardíaca, auscultação respiratória e visualização do
padrão respiratório.
Com o estetoscópio esofágico conseguimos auscultar a frequência
cardíaca e frequência respiratória.
Pulso periférico (artéria femural, metatarsiana dorsal).
Considerar: >60 <180 cães e <100 >220 gatos.
Verificar se o pulso está forte ou filiforme e, compare com o que o
equipamento está mostrando.
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Verificar o pulso da periferia, se estiver sentindo o pulso da


periferia significa que a pressão está acima de 60 mmHg em
média, pois é a primeira a sumir em vasoconstrição e
hipotensão.

Se o pulso está fraco, a pressão está abaixo de 60 mmHg e


se estiver ausente, é muito importante ir para uma artéria
mais central como a femoral, se não sentir a femoral
devem ser tomadas atitudes mais severas no transoperatório.
Checar temperatura.
ATUALMENTE, OS PARÂMETROS OBRIGATÓRIOS
DENTRO DO CENTRO CIRÚRGICO É O ECG, SATURAÇÃO
DE OXIGÊNIO, TEMPERATURA E PRESSÃO NÃO
INVASIVA.

Eletrocardiograma (ECG)
É uma monitoração da condição do coração.
Técnica rotineira e obrigatória.
Derivação II é suficiente (arritmia, BAV, hipóxia, isquemia).
Muitos anestesistas tem um eletrocardiograma e presta atenção
somente no valor numérico, esse valor diz apenas
sobre a frequência cardíaca, se ela está alta, normal
ou baixa.
O mais importante do ECG é o traçado, pois possibilita a
identificação de bradicardia, taquicardia e normocardia, mas
também possibilita verificar arritmia, bloqueios atrioventriciulares,
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hipóxia, isquemia e etc.

TAQUICARDIA SINUSAL

Fonte: Internet.
Compensatória à hipotensão.
Hipóxia de miocárdio.
Emprego de fármacos vagolíticos.
Intervalos curtos das ondas R, sendo que muitas vezes a
taquicardia é compensatória a uma hipotensão, com isso, se for
aplicado um fentanil ou tente aprofundar a anestesia irá deprimir
ainda mais o organismo que está tentando se equilibrar.
PACIENTE COM HIPERTENSÃO MAIS TAQUICARDIA: pensamos em dor e
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superficialização da anestesia.
PACIENTE COM REFLEXO PALPEBRAL MAIS GLOBO CENTRALIZADO:
pensamos em superficialização da anestesia, sendo que o ideal é
apronfuda-la.
PACIENTE COM GLOBO ROTACIONADO E AUSÊNCIA DE REFLEXO
PALPEBRAL: animal com dor, sendo administrado um analgésico
mais potente.
BRADICARDIA

Fonte: Internet.

Agonistas Alfa 2.
Hipotermia (32°C) – refratária à anticolinérgicos.
Possui intervalos longos das ondas R, geralmente pode ser por
alguns fármacos, como xilazina, dexmedetomidina e hipotermia.
Pacientes hipotérmicos podem ter bradicardia
associado a hipotensão, se for causada pela xilazina
pode ser revertida com anticolinérgico, como a atropina.
Mas, se for oriunda de uma hipotermia não adianta fazer
anticolinérgico, o ideal é aquecer o paciente e só de estabilizar a
temperatura já irá ajustar a frequência cardíaca.
A dexmedetomidina causa bradicardia, porém tem uma
vasoconstrição muito intensa que mantém a pressão arterial,
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então não é necessário tratar a bradicardia, tratamos a
bradicardia se o paciente estiver hipotenso ou se a bradicardia
causar arritmias ventriculares.
BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE 1º
GRAU (BAV 1º GRAU)

Fonte: Internet.

Agonistas Alfa 2.
Halotano.
Onda P com um intervalo maior até chegar no complexo QRS,
comum com a utilização de xilazina e halotano, sendo geralmente
causada por uma bradicardia.
BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE 2º
GRAU (BAV 2º GRAU)

Fonte: Internet.
Agonistas Alfa 2.
Halotano.
Tem uma onda P isolada sem complexo QRS seguida de uma outra
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onda P, comum com xilazina e halotano.
HIPÓXIA DO MIOCÁRDIO
Correção da frequência cardíaca e/ou ventilação.
Vassopressores.
Onda T positiva quase do mesmo tamanho da onda R, acontece
quando administra uma fração de oxigênio insuficiente para o
paciente, tende a ter um aumento da frequência cardíaca para
compensar a hipóxia, essa taquicardia gera um consumo maior de
oxigênio pelo miocárdio.
RITMO NODAL (AUSÊNCIA DE ONDA P)
Comando pelo nodulo atrioventricular.
Quetamina.
Ausência de onda P, tem um bloqueio atrial e não é muito comum
na rotina.

Pressão Arterial
Potencial de perfusão de todos os tecidos.
Indicadora de profundidade anestésica.
Tendências a mensuração não invasiva.
É um dos monitores essenciais na anestesia, sendo fundamental
para o ajuste da perfusão, da profundidade anestésica e
identifica o controle de perfusão principalmente dos rins, para
evitar a insuficiência renal.

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MÉTODO DE ULTRASSONOGRAFIA
DOPPLER
Posicionar sobre as artérias carpianas ou
metacarpianas.
Manguitos 40% da circunferência do
membro.
Fonte: Internet. PASistólica.
Os manguitos devem ser usados de tamanho na qual a sua
largura tem que ser em média 40% da circunferência do
membro que será colocado. E, animais muito peludos
podem ter os pelos atrapalhando, podendo ser feita a
tricotomia do membro para ter um resultado mais
fidedigno.

MÉTODO OSCILOMÉTRICO
PAS, PAM e PAD.
Manguitos 40% da circunferência do membro.
Posicionamento: região do úmero, abaixo da articulação
úmero-radio- ulnar, base da calda.
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Média (mensurar 3x).

Oxímetro de Pulso
Saturação da Hemoglobina (SatO2).
Método simples, não invasivo.
Método indispensável.
Monitoração contínua de oxigênio.
Calibração permanente.
O oxímetro de pulso mede a saturação de oxigênio
na hemoglobina.
Sendo importante o correto posicionamento, o
sensor é colocado na mucosa, com a língua e
outras mucosas.
Fonte: Internet. Ideal acima de 95.
VALORES ABAIXO DE 95 é considerado hipóxia.
VALORES ABAIXO DE 90 é considerado hipóxia grave.
A LUZ DO CENTRO CIRÚRGICO, PELES PIGMENTADAS E
VASOCONSTRIÇÃO PODEM CAUSAR INTERFERÊNCIAS
NOS VALORES OBTIDOS PELO SENSOR.

O ideal é alterar a região que está o sensor a cada 20 a 30


minutos pelo fato do sensor ter uma certa pressão.
Onda Pletismográfica: a onda é o pulso gerado pelo oxímetro,
através da onda conseguimos analisar se o paciente está
hipotenso, hipertenso e afins.

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Capnometria
Monitoração contínua da concentração alveolar de CO2
(ETCO2).
Não invasiva.
Para monitorar a ventilação mecânica exige a capnografia.
Frequência respiratória.
Não é obrigatório, mas é muito importante para quem usa a
ventilação mecânica.
A ventilação mecânica tem como objetivo manter a saturação de
oxigênio e a quantidade CO2 expirada normal. Mas, um paciente
anêmico terá uma saturação baixa mesmo com a ventilação
adequada..
A relação do CO2 só tem a ver com a ventilação, a normocapnia é
o objetivo durante a anestesia e só se consegue através da
ventilação mecânica.
35 A 45 MM/HG É A NORMOCAPNIA.
Todo o paciente que ventila espontaneamente será sempre
hipercapnéico com tendência a acidose respiratória.
Ventilometria
Monitoração dos volumes envolvidos na inspiração e
expiração.
Volume minuto (Vm) , Volume corrente (Vt).
Vm = Vt (volume corrente) x frequência respiratória.
Diminuição Vm: acidose respiratória (diminui pH e aumenta
PaCO2).
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Aumento Vm: alcalose respiratória (aumenta pH e diminui
PaCO2).
O aparelho nos dá a quantidade de volume inspirado e expirado,
sendo o volume corrente e o volume minuto.
ANALISA OS GASES INSPIRATÓRIOS E EXPIRATÓRIOS,
ALGUNS ANALISAM A QUANTIDADE DE CO2, O2 E A
CONCENTRAÇÃO DOS HALOGENADOS, SENDO QUE
ALGUNS IDENTIFICAM SE É ISOFLURANO,
SEVOFLURANO E AFINS, ALGUNS IDENTIFICAM
AUTOMATICAMENTE.

A CAM é basicamente lida na expiração do paciente, sendo


possível verificar se está sendo administrado a concentração
adequada.
Hemogasometria
Conjunto de valores para avaliação do estado ventilatório do
paciente.
PaO2, PaCO2, pH, HCO3.
Exige calibração constante.
Alto custo.
Amostras de sangue arterial ou venoso.
Faz a análise de gases sanguíneos.

Índice Bispectral
Avaliação do grau de hipnose através de ondas
eletroencefalográficas.
Dois eletrodos frontais e um temporal.
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Avaliação de miorrelaxamento (eletromiografia).
Esse monitor analisa o grau de hipnose dos pacientes, feito através
de sensores colocados na cabeça do paciente que capta a onda
eletroencefalográficas.
Em cães está tendo resultados fidedignos com a escala dos
humanos, mas em felinos alguns trabalhos mostram algumas
falhas. Porém, não é utilizado com rotina na medicina veterinária.

Anestesia Total Intravenosa (TIVA)


TÉCNICA 1
MPA: acepromazina (0,1 mg/kg IM ) + meperidina (2 mg/kg IM).
INDUÇÃO: propofol (5 mg/kg IV).
MANUTENÇÃO: propofol (0,5 mg/kg/min).
TÉCNICA 2
MPA: dexmedetomidina (2 µg/kg ) + metadona (0,2 mg/kg) IM.
INDUÇÃO: propofol (3 mg/kg IV) + quetamina (1 mg/kg IV).
MANUTENÇÃO: propofol (0,2 mg/kg/min) + quetamina (0,6mg/kg/h).

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TÉCNICA 3
MPA: acepromazina (0,05 mg/kg IM ) + atropina (0,03 mg/kg IV).
INDUÇÃO: propofol (5 mg/kg IV).
MANUTENÇÃO: propofol (0,3 mg/kg/min) (20 min iniciais).
Diminuir a taxa (0,2 mg/kg/min em seguida).
5 min após indução: bolus de fentanil (2 µg/kg IV).
Passando a infusão (5 µg/kg/h).
TÉCNICA 4
MPA: dexmedetomidina (2 µg/kg ) + metadona (0,2 mg/kg) IM +
acepromazina 0,005mg/kg.
INDUÇÃO: propofol (2 mg/kg IV) + quetamina (1 mg/kg IV) +
lidocaína (1,0 mg/kg IV).
MANUTENÇÃO: propofol (0,2 mg/kg/min) + quetamina (0,6mg/kg/h) +
lidocaína (2mg/kg/h).
TÉCNICA 5
MPA: dexmedetomidina (2 µg/kg ) + morfina (0,5 mg/kg) IM.
INDUÇÃO: propofol (2 mg/kg IV) + quetamina (1 mg/kg IV) +
fentanil (2,5 µg/kg IV).
MANUTENÇÃO: propofol (0,2 mg/kg/min) + quetamina (0,6mg/kg/h) +
dexmedetomidina (1 µg/kg/h) + fentanil (5 µg/kg/h).
TÉCNICA 6
MPA: acepromazina (0,05 mg/kg IM) + morfina (0,5 mg/kg IM).
INDUÇÃO: propofol (4 mg/kg IV) + quetamina (0,5 mg/kg).
MANUTENÇÃO: propofol (0,4 mg/kg/min IV) por 20-30min.
0,3mg/kg/min por 15min.
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0,2mg/kg/min por 15 min.
0,1mg/kg/min até o final.
5 min após indução: remifentanil (10 µg/kg/h).
TÉCNICA 7
MPA: acepromazina (0,1 mg/kg IM) + morfina (0,5 mg/kg IM).
INDUÇÃO: propofol (3 mg/kg IV) + lidocaína (1,5 mg/kg IV) +
quetamina (0,5 mg/kg IV).
MANUTENÇÃO: propofol (0,3 mg/kg/min IV) + lidocaína (2 mg/kg/h
IV)+ morfina (0,2 mg/kg/h IV)+ quetamina (0,6 mg/kg/h).

Inalatória + Anestesia Parcial


Intravenosa (PIVA)
TÉCNICA 1
MPA: acepromazina (0,05 mg/kg IM) + opióide fraco (tramadol ou
meperidina).
INDUÇÃO: quetamina 5mg/kg + midazolam 0,5mg/kg.
MANUTENÇÃO: isoflurano.
TÉCNICA 2
MPA: acepromazina (0,05 mg/kg IM) + opioide fraco (tramadol ou
meperidina).
INDUÇÃO: tiletamina-zolazepam (6 mg/kg IV).
MANUTENÇÃO: isoflurano.
TÉCNICA 3
MPA: acepromazina (0,03 mg/kg IM) + opioide forte (morfina,
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metadona).
INDUÇÃO: propofol (4 mg/kg IV) + quetamina (0,5mg/kg).
MANUTENÇÃO: isoflurano + cetamina (0,6mg/kg/h).
TÉCNICA 4
MPA: acepromazina (0,02 mg/kg IM) + opioide forte (morfina,
metadona).
INDUÇÃO: propofol (3 mg/kg IV) + cetamina (0,5mg/kg IV) + fentanil
2,5 µg/kg IV).
MANUTENÇÃO: isoflurano + cetamina (0,6mg/kg/h) + fentanil (5 µg/
kg/h).
TÉCNICA 5
MPA: acepromazina (0,01mg/kg IM) + opioide forte (morfina,
metadona).
INDUÇÃO: propofol (2 mg/kg IV) + cetamina (0,5mg/kg IV) +
fentanil 2,5 µg/kg IV) + lidocaína (1mg/kg IV).
MANUTENÇÃO: isoflurano + cetamina (0,6mg/kg/h) + fentanil (5 µg/
kg/h) + lidocaína (2 mg/kg/h).
TÉCNICA 6
MPA: acepromazina (0,02 mg/kg IM) + morfina (0,5mg/kg IV).
INDUÇÃO: propofol (4 mg/kg IV) + cetamina (0,5mg/kg IV) +
lidocaína (1mg/kg IV).
MANUTENÇÃO: isoflurano + cetamina (0,6mg/kg/h) + morfina (0,2
mg/kg/h) + lidocaína (2 mg/kg/h).
TÉCNICA 7
MPA: dexmedetomidina (2 µg/kg ) + metadona (0,2mg/kg) IM.
@apostilavet
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INDUÇÃO: propofol(5 mg/kg IV) + cetamina (0,5mg/ kg).
MANUTENÇÃO: isoflurano + cetamina (0,6mg/kg/h) +
dexmedetomidina (1 µg/kg/h).
TÉCNICA 8
MPA: metadona (0,3 mg/kg IM) + cetamina (1mg/kg IM).
INDUÇÃO: midazolam (0,2mg/kg IV) + etomidato (2,0 mg/kg IV -
dose efeito).
MANUTENÇÃO: isofluorano + cetamina (0,6mg/kg/h) + remifentanil
(10 µg/kg/h IV).
TODAS AS TÉCNICAS
.
RESGATE ANALGÉSICO: fentanil (5 µg/kg IV) (quando não houver
opioides em infusão).
BLOQUEIOS LOCO-REGIONAIS: sempre que possível.

ASA 1: paciente normal e hígido.


ASA 2: paciente com doença sistêmica de grau leve.
ASA 3: paciente com doença sistêmica grave.
ASA 4: paciente com doença sistêmica grave que é uma ameaça
constante à vida.
ASA 5: paciente moribundo, sem expectativa de sobrevivência sem
cirurgia.
ASA 6: paciente com morte cerebral cujos órgãos serão removidos
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para fins de doação.

Castração Gatos
EXEMPLO DE PROTOCOLO
NEUROLEPTOANALGESIA: opioide + acepromazina (0,01-0,05 mg/kg).
INDUÇÃO DA ANESTESIA: em alguns gatos, um opioide,
um agonista dos receptores alfa 2 e cetamina podem
proporcionar um grau de analgesia e anestesia
suficientes para realizar o procedimento.
Endovenosa: propofol até efeito (3-10 mg/kg), cetamina (3-5
mg/kg) + diazepam ou midazolam (0,25 mg/kg) ou alfaxalona
(3-5 mg/kg).
SE TIVER USADO UM AGONISTA ALFA 2 NO PERÍODO
PRÉ-CIRÚRGICO, ESSAS DOSES PODEM SER MENORES.

Intramuscular: agonista alfa 2 + cetamina (5-10 mg/kg) ou


tiletamina/zolazepam (3-4 mg/kg).
MANUTENÇÃO DA ANESTESIA: anestesia volátil ou cetamina ou
propofol ou alfaxalona IV até efeito.
Em alguns casos a castração pode ser feita sem que seja necessário
recorrer a anestésicos de manutenção, mas é importante ter um
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plano anestésico caso haja complicações e ter os equipamentos
necessários para a entubação endotraqueal.
TÉCNICAS DE ANESTESIA LOCAL: bloqueio intra-testicular e
infiltração pré e/ou pós-cirúrgica da pele com lidocaína.
ANALGESIA PÓS-CIRÚRGICA: AINE.

Ovariectomia Gatas
EXEMPLO DE PROTOCOLO
ANALGESIA: opioide +/- quetamina (5-10 mg/kg IM).
As doses mais elevadas são selecionadas para felinos que
são mais difíceis de manipular.
SEDAÇÃO: acepromazina (0,01-0,05 mg/kg IM) ou alfa 2 agonista.
INDUÇÃO ANESTÉSICA:
Endovenosa: propofol até efeito (3-10 mg/kg), cetamina (3-5
mg/kg) + diazepam ou midazolam (0,25 mg/kg), ou alfaxalona
(3-5 mg/kg).
SE TIVER USADO UM AGONISTA ALFA 2 NO PERÍODO
PRÉ-CIRÚRGICO, ESSAS DOSES PODEM SER MENORES.

Intramuscular: agonista alfa 2 + cetamina (5-10 mg/kg) ou


tiletamina/zolazepam (3-4 mg/kg).
MANUTENÇÃO DA ANESTESIA: anestesia volátil ou cetamina ou
propofol ou alfaxalona IV até efeito (1/3 ou 1/2 da dose inicial).
Em alguns casos a ovariectomia pode ser feita sem que seja
necessário recorrer a anestésicos de manutenção, mas é importante
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ter um plano anestésico caso haja complicações e recomenda-se
dispor de um acesso venoso.
TÉCNICAS DE ANESTESIA LOCAL: bloqueio incisional e intra-
peritoneal do ligamento ovário com lidocaína.
ANALGESIA PÓS-CIRÚRGICA: AINE.

Castração Cães
EXEMPLO DE PROTOCOLO
ANALGESIA: opioide.
SEDAÇÃO: acepromazina e/ou benzodiazepina (midazolam
ou diazepam 0,25-0,4 mg/kg IM, o diazepam deve ser IV),
alfa 2 agonista.
INDUÇÃO ANESTÉSICA:
Endovenosa: propofol até efeito (3-5 mg/kg), diazepam ou
midazolam (0,25 mg/kg) ou alfaxalona (1-2 mg/kg).
Intramuscular: agonista alfa 2 + cetamina (3-5 mg/kg) ou
tiletamina/zolazepam (3-4 mg/kg).
MANUTENÇÃO DA ANESTESIA: anestesia volátil ou propofol,
alfaxalona ou cetamina (1/3 ou 1/2 da dose inicial) até efeito.
É recomendado ter um acesso venoso e ter equipamento para a
entubação endotraqueal a disposição.
TÉCNICAS DE ANESTESIA LOCAL: bloqueio intra-testicular, bloqueio
incisional.
ANALGESIA PÓS-CIRÚRGICA: AINE.

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Ovariectomia Cadelas
EXEMPLO DE PROTOCOLO
ANALGESIA: opioide.
SEDAÇÃO: acepromazina e/ou benzodiazepinas ou
alfa 2 agonista.
INDUÇÃO ANESTÉSICA:
Endovenosa: propofol até efeito (3-5 mg/kg), cetamina (3-5
mg/kg) + diazepam ou midazolam (0,25 mg/kg) ou alfaxalona
(1-2 mg/kg).
Intramuscular: agonista alfa 2 + cetamina (5,0-7,5 mg/kg)
ou tiletamina/zolazepam (3-4 mg/kg).
MANUTENÇÃO DA ANESTESIA: anestesia volátil, propofol, alfaxalona
ou cetamina (1/3 ou 1/2 da dose inicial) até efeito.
É recomendado dispor de um acesso venoso.
TÉCNICAS DE ANESTESIA LOCAL: bloqueio incisional e intra-
peritoneal do ligamento ovárico.
ANALGESIA PÓS-CIRÚRGICA: AINE.

Cirurgia Ortopédica
PRÉ-CIRÚRGICO: combinação de um opioide e um AINE, +/- um alfa 2
agonista, +/- cetamina (gato).
INTRA-CIRÚRGICO: bolus e/ou infusão contínua de opioides, alfa 2
agonista, cetamina e/ou lidocaína.
PÓS-CIRÚRGICO IMEDIATO (24 HORAS): combinação de um AINE
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(caso não tenha sido administrado pré-cirurgicamente) e
manutenção da infusão contínua intra-cirúrgica, ou bolus,
com diminuição gradual da dose, analgesia adjuvante,
terapêuticas não farmacológicas (especialmente pelo frio),
acolchoamento e posicionamento cuidadoso, e massagem
suave de regiões compensatórias (dorso, membros não
intervencionados).

Cirurgia de Tecidos Moles


EXEMPLO DE PROTOCOLO PARA CÃES
SUBMETIDOS A REPARAÇÁO DE HÉRNIA
PERINEAL
PRÉ-CIRÚRGICO: AINE (dose para 24 horas), morfina 0,5 mg/kg IM,
acepromazina 0,02 mg/kg IM.
INDUÇÃO DA ANESTESIA: cetamina 5 mg/kg e diazepam 0,25 mg/kg
IV ou até efeito.
MANUTENÇÃO DA ANESTESIA: anestesia volátil com administração
epidural ou bupivacaína 0,5% (1ml/5kg antes da cirurgia).
PÓS-CIRÚRGICO IMEDIATO (PRIMEIRAS 24H): morfina 0,3 mg/kg IM
(cada 4 a 6h, de acordo com a avaliação da dor ou conforme
considerado necessário), terapêuticas não farmacológicas (como a
crioterapia).
DIAS PÓS-CIRÚRGICOS SEGUINTES: AINE (o mesmo do pré-cirúrgico,
com início 24h após a dose pré-cirúrgica), cada 24 h e
buprenorfina 0,01 mg/kg IM a cada 8h durante 3 dias após a
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cirurgia.
EXEMPLO DE PROTOCOLO PARA GATO
SUBMETIDO A EXÉRESE CIRÚRGICA DE
SARCOMA DO LOCAL DE INJEÇÃO
PRÉ-CIRÚRGICO: AINE (dose para 24 horas), morfina 0,2 mg/kg IM,
cetamina 5mg/kg e midazolam 0,25mg/kg IM.
INDUÇÃO DA ANESTESIA: propofol até efeito IV.
MANUTENÇÃO DA ANESTESIA: anestesia volátil com taxas de infusão
contínua de fentanilo de 10µg/kg/h, antecedida de uma dose de
ataque de 2µg/kg IV, cetamina 0,6 mg/kg/h. Anestesia por
infiltração de anestésicos locais.
PÓS-CIRÚRGICO IMEDIATO (PRIMEIRAS 24H): infusão contínua de
fentanilo 1-3µg/kg/h e cetamina 0,12 mg/kg/h. Crioterapia +/-
acupuntura. Terapêutica com cateter na ferida, com administração
de bupivacaína 0,5% (até 2mg/kg).
DIAS PÓS-CIRÚRGICOS SEGUINTES: AINE (o mesmo administrado no
pré-cirúrgico, com início 24h após a dose pré-cirúrgica) e
buprenorfina 0,02 mg/kg IM, a cada 6-8h durante até 3 dias após
a cirurgia.

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REFERÊNCIAS
Foram realizadas consultas na "Directivas para o Reconhecimentom

Avaliação e Tratamento da Dor"no WSAVA.

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Bras Med Vet, v.1, n.1, 2003.

CASSU, R. N.; LUNA, S. P. L. Tramadol. MEDVEP, v. 1, n. 4, 2003.

COETZEE, J. F. Principles of intravenous drug infusion. Technical Skilss, v. 6,

n. 4, 2005.

FERRO, P. C. F. et al. Variáveis fisiológicas em cães submetidos à infusão

contínua de diferentes doses de propofol. Ciência Rural, v. 35, n. 5, 2005.

KLAUMANN, P. R. et al. Anestésicos Locais em Medicina Veterinária.

MEDVEP - Rev. Cientif .Vet. Pequenos Anim. Esti., v. 4, n. 15, 2007.

LOPES, F. N; GIOSO, M. A. Anestesia local aplicada à odontologia veterinária.

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MASSONE, F. Planos Anestésicos. Anestesiologia Veterinária – Farmacologia

e Técnicas. 6ª ed. Editora Guanabara Koogan, 2011. p.33-38.

NOGUEIRA, L. C. Efeitos do jejum alimentar pré-cirúrgico sobre a glicemia e

o período de recuperação anestésica em cães. Brazilian Journal of Veterinary

Research and Animal Science, v. 40, n. 1, 2003.

RODRIGUES, N. M. et al. Classificação anestésica do estado físico e

mortalidade anestésico-cirúrgica em cães. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v. 70,

n. 3, 2018.

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