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CENTRO EDUCACIONAL TRÊS MARIAS

ESCOLA DE ENSINO SUPERIOR DO AGRESTE PARAIBANO


BACHARELADO EM ENFERMAGEM
TURMA 2018.2

ELISANGELA BENTO SILVA

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM AO


PACIENTE EM PÓS-OPERATÓRIO DE UMA HERNIOPLASTIA
INGUINAL DIREITA: ESTUDO DE CASO

Estudo de Caso apresentado ao Estágio


Supervisionado Curricular Obrigatório, da
Escola de Ensino Superior do Agreste
Paraibano, em cumprimento às exigências para
a obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem.

Preceptor(a): ESTHER BARBOSA

Guarabir
a 2022
1. Estudo da patologia

O ato operatório é uma especialidade na área da saúde que évoltada para


areabilitação, diagnóstico, paliação, reparo, reconstrução, estética ou tratamento de
doenças e traumatismos por meio de um procedimento cirúrgico. Não abrangendo apenas
o paciente e equipe multiprofissional, mas também indivíduos próximos ao cirurgiado e
sua família. Diante esta vertente, entende-se que o ato cirúrgico em todos seus períodos
correspondentes pode afetar a vida do paciente em toda sua área biopsicossocial, podendo
diminuir sua qualidade de vida e colocar em xeque as atividades de vida diária dos
cuidadores. (HOEPERS, N.J;2021)
O período peri-operatório é caracterizado como o lapso de tempo que tange o ato
cirúrgico, sendo divido em três períodos. O período pré-operatório começa com a
indicação da operação (pré-operatório mediato) e termina com a transferência do cliente
para a sala de operação (pré-operatório imediato). O período transoperatório inicia-se
quando o paciente é transferido para a mesa cirúrgica e dentro deste período temos o
período intraoperatório que é iniciado no momento que começa o ato cirúrgico, ou seja, o
procedimento anestésico, tal período termina quando o cliente é admitido na Sala de
Recuperação Pós Anestésica (SRPA).(HOEPERS, N.J;2021)
E por fim o pós-operatório que é dividido em imediato, mediato e tardio. O imediato
refere-se ao período de 24h que antecede a cirurgia, o mediato inicia-se apósessas 24h e
estende-se até a alta hospitalar e o tardio da alta hospitalar até a alta médica. Em todas as
fases pontua-se a importância de respeitar todos os protocolos de saúde para que a
segurança do paciente possa ser colocada em prática, sendo necessário, que a
sistematização da assistência de enfermagem perioperátoria possa resolver situações
indesejadas e prevenir eventos adversos junto com a equipe envolvida no processo.
(GONÇALVES, M.AR;2017)
No que configura a equipe de enfermagem, um pós-operatório sistematizado poderá
evitar infecções e complicações futuras. A avaliação de curativos, cuidados com sonda,
ambiente, drenos, sinais vitais, acesso e reações adversas podem contribuir para um bom
prognóstico e diagnosticar precocemente intercorrências. Sendo assim, humanizar é
compreender as necessidades do individuo com seus aspectos físicos-biológicos, sociais e
psicológicos. Nesse sentido, o acolhimento do usuário em todos os períodos operatórios
torna-se fundamental para que a qualificação da assistência ocorra. O acolhimento não é
uma atividade isolada, sendo formada por um conjunto de atividades que seja capaz de
sanar as necessidades de saúde e promover a resolutividade da assistência em um
ambiente que causa ansiedade, medo e incertezas no paciente.(SOARES, M.I;2015)
1.1 Conceito

A hérnia inguinal também pode ser chamada de hérnia na virilha. Acontece quando os
tecidos do interior do abdómen saem da parece muscular do abdómen por meio de um
ponto frágil, formando uma tumefação.

1.2 Fisiopatologia
São formadas quando as estruturas abdominais empurram a fáscia transersalis na região
do triângulo de Hesselbach e cai no canal inguinal, formando a hérnia inguinal direta.

1.3 Quadro clínico


Pode ser assintomática ou sintomática com: tumefação na parede abdominal tornando-
se mais visível ao tossir e/ou a fazer esforço, dor, sensação de queimação, ruídos de
gorgolejo, sensação de peso e fraqueza e dor com aumento do volume na região
testicular.

1.4 Exames diagnósticos


Dar-se através da história clínica do paciente e do exame físico, sendo a tumefação na
região inguinal com dor e desconforto como o principal sinal diagnóstico. Segue alguns
exames diagnósticos auxiliares: radiografia convencional, ecografia, tomografia
computorizada, ressonância magnética e herniografia.

1.5 Tratamento
O tratamento definitivo da hérnia inguinal é cirúrgico. A funda ou cinta para hérnias
inguinais podem aliviar de forma temporária os sinais e sintomas, mas não resolvem a
situação. Em casos de hérnias pequenas e assintomáticas o paciente pode não operar e
ficar em vigilância, mas sabendo que o tratamento é cirúrgico.
2. Sistematização da Assistência emEnfermagem

T.C.M.A, 48 anos, no dia 17/04/2022 deu entrada ,neste setor ,veio da recepçao,Relata
sentir dores nos membros inferiores e dieta inadequada as suas comorbidades, se alimenta
de alimentos gordurosos e em grande quantidade. Paciente em EGR deambulando,
acompanhadafoi submetida a uma cirurgia de hernioplastia inguinal direita ,nega HAS,
DM e ALERGIA .No pós-operatório apresentava-se consciente, orientada,eupneica ,
cooperativa sem queixas, higiene preservada , com ferida operatória limpa deambulando
sem auxilio,aceita dieta VO ,apresentou tonturas e dores em região operatoria.
Ao exame: PA: 160/90, TEMP: 36,SOP2,
DIAGNÓSTICOS DE PLANEJAMENTO IMPLEMENTAÇÃO RESULTADOS ESPE
ENFERMAGEM

Risco alto para aumento ● Monitorar sinais • Ajudar o cliente a planejar as ● Risco baixo para aumento
de pressão sanguínea vitais; adaptações necessárias e o cuidado sanguínea
● Orientar quanto de acompanhamento.
alimentação
• Ajudar no planejamento das refeições,
hipossódica;
● Orientar quanto ao uso dos medicamentos,conforme
uso das medicações prescrição, e retomada das atividades
prescritas
Status nutricional ● Promover o bem- ● Determinar o peso, medir ou calcular a ● Teráganho ponderal progr
comprometido estar gordura corporal e a massa muscular alcançar a meta estabelecid
● Solicitar exames por meio de medições antropométricas ● Demonstrará normalização
laboratoriais(ferro, ● Encaminhar o cliente o nutricionista, resultados laboratoriais e n
ureia,glicose,provas conforme necessidade apresentará sinais de desnu
de função hepática, ● Analisar resultados de exames ● Demonstrará comportamen
hemograma solicitados mudança no estilo de vida
completo, colesterol recuperar e manter peso ap
total, LD e HDL).
Ansiedade relacionada à ● Ajudar o cliente a ● Estabelecer uma relação terapêutica ● Expressará e terá consciên
complexidade do esquema identificar seus transmitindo empatia e respeito sentimentos de ansiedade
terapêutico caracterizada sentimentos e positivo ● Parecerá estar relaxado e d
por medo começar a enfrentar ● Estar disponível para ouvir e conversar ansiedade foi atenuada
os problemas com o cliente
● Promover bem-estar ● Estimular o cliente a reconhecer e
expressar seus sentimentos
( tristeza,medo, negação e raiva)

Risco de confusão aguda ● Avaliar os fatores ● Analisar o estado mental, funcional e ● Verbalizará que compreen
associada a relaciona à contribuintes de risco biológica do cliente causadores quando são con
dor, infecção, mobilidade ● Maximizar o nível ● Monitorar o esquema farmacológico e ● Iniciará mudanças no estilo
reduzida e medicamentos. funcional avaliar a resposta ao tratamento e/ou no comportamento pa
● evitar deterioração atenuar a recidiva do probl
adicional e reverter
fatores de riscos
existentes
Dor aguda relacionada à ● Avaliar a resposta do ● Obter avaliação da dor pelo cliente ● Verbalizará que a dor foi a
agentes lesivos cliente a dor incluindo local, início, duração, estar controlada
(biológicos) e ● Promover – bem frequência. qualidade e intensidade
caracterizada por estar ● Prescrever analgésicos, se necessário,
mudanças na frequência ● Ajudar o cliente a ● Ensinar medidas de conforto para
respiratória experimentar facilitar o controle não farmacológico
métodos para aliviar da dor : ambiente tranquilo e
e controlar a dor atividades de calma

1. Exames diagnósticos realizados pelo paciente emedicações

Realizados exames de rotina laboratoriais.

EXAMES PARA ADMISSÃO E APÓS ADMISSÃO


HEMOGRAMA
COMPLETO
PROTEÍNA C
REATIVA
CREATININA

Medicações utilizadas no pós-operatório

MEDICAÇÕES INDICAÇÕES
Soro ringer lactato 500 ml 8/8h EV Hidratação da perda de volume
Tazocin 4,5g EV 6/6h Antibiótco com associação antibacteriana
utilizada contra bactérias sensíveis a
piperaciclina
Omeprazol 01mg EV manhã Indicado para a prevenção e o tratamento
de problemas como úlceras gástricas e
duodenais e refluxo gástrico
Dipirona 500mg 01 amp/ AD EV 6/6h
Para o alívio da dor
Plasil 01 amp EV 8/8h Usado no tratamento de enjoos e vômitos
REFERÊNCIAS

GONÇALVES, M.AR.; CEREJO, M.N.R.; MARTINS, J.C.A. A influência da


informação fornecida pelos enfermeiros sobre a ansiedade pré-operatória. Revista de
Enfermagem Referência, v. 4, n. 14, 2017.
HOEPERS, N.J. et al. Cuidados de enfermagem a pacientes em pré-operatório: proposta
de checklist. Revista Inova Saúde, v. 11, n. 2, 2021.
SOARES, M.I et al. Sistematização da assistência de enfermagem: facilidades e
desafios do enfermeiro na gerência da assistência. Esc. Anna Nery, v. 19, n. 1, p. 47-
53, mar. 2015.

Santos, Charles Maurício Barros, et al. "Sistematização da assistência de


enfermagem a pessoa idosa em pós operatório de herniorrafia umbilical: relato de
experiência." (2017).

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