A avaliação pré-anestésica é fundamental visto que os fármacos anestésicos podem desencadear uma série de efeitos colaterais em que não havendo uma análise correta, expõe-se a vida do paciente a risco. É preciso conhecer o histórico e elaborar uma boa anamnese do animal, identificar a espécie, sexo, raça, idade, peso, saber se está fazendo uso de algum medicamento, pois muitos podem influenciar nos efeitos da anestesia, saber de doenças, histórico cirúrgico prévio, e o comportamento habitual do mesmo. Para esta avaliação utiliza-se o ASA que classifica o risco de óbito do paciente, esta escala vai de 1 até 5 (em medicina veterinária) sendo 1 o paciente sadio submetido a cirurgias eletivas, 2 já é o paciente com alteração sistêmica leve, sendo a necessidade cirúrgica derivada de tal alteração ou alguma comorbidade leve que se aumente o risco. 3 é o paciente com alterações sistêmicas mais severas, 4 alterações graves que representam um risco de vida real e 5 onde não é esperada a sobrevida pós procedimento.
O estresse também exerce uma influência demasiadamente
relevante sobre o plano anestésico e equilíbrio orgânico visto que a liberação de cortisol e catecolaminas altera a homeostase do paciente. A liberação das catecolaminas causa aumento da contração cardíaca o que aumenta a frequência respiratória do animal, aumentando a demanda por oxigênio e a pressão arterial.
Em relação aos equipamentos anestésicos, pode-se destacar: a máscara
anestésica às vezes utilizada durante a pré-oxigenação do paciente para aumentar o oxigênio disponível, consequentemente, a PaO 2. É fundamental para pacientes com alteração respiratórias e/ou cardiológicas. Em pacientes sadios se avalia a necessidade de se pré-oxigenar e aplicar a ventilação mecânica ou não. A máscara possui diversos tamanhos e formatos que devem ser adequados ao tamanho e conformação do animal para que se evitem perdas de O 2, de anestésicos voláteis e gases anestésicos, o que irá poluir o ambiente e diminuir a qualidade da anestesia.