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Unidade III
7 ANESTESIA
Lembremos também que o ato cirúrgico só poderá ser efetuado se o paciente estiver devidamente
anestesiado. O procedimento anestésico, que antecede a cirurgia, é feito pelo anestesista (ou
anestesiologista), médico especialista que avaliará as condições clínicas de cada paciente para elaborar
o melhor planejamento anestésico para o caso.
Saiba mais
O primeiro passo para a anestesia geral foi dado por Joseph Priestley, ao descobrir o dióxido de
nitrogênio (NO2) em 1773. Coube a Humphry Davy, um aprendiz de farmácia na pequena cidade de
Penzance, na Inglaterra, em 1796, experimentar os efeitos da inalação do NO2. Verificou ele que o
gás produzia uma sensação agradável, acompanhada de um desejo incontido de rir (daí o nome de
gás hilariante).
Historicamente, no entanto, a primeira intervenção cirúrgica com anestesia geral ocorreu apenas em
16 de outubro de 1846. Nesse dia, o cirurgião John Collins Warren realizou a extirpação de um tumor
no pescoço de um jovem de 17 anos. O paciente foi anestesiado com éter pelo dentista William Thomas
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Green Morton, que utilizou um aparelho inalador por ele idealizado e batizado com o nome de letheon
(esquecimento). A composição do letheon era apenas éter sulfúrico puro.
Vale lembrar que, até então, os recursos usados para amenizar a dor do paciente durante o ato
cirúrgico consistiam em extratos de plantas com princípios sedativos e analgésicos, hipnose ou bebidas
alcoólicas, o que não dispensava, evidentemente, a contenção do paciente.
Ao NO2 e ao éter seguiu‑se o clorofórmio, utilizado pela primeira vez em 1847 pelo médico
escocês James Simpson em um trabalho de parto. Posteriormente, em 1930, foi introduzido o
ciclopropano e, em 1956, o halotano. Além disso, paralelamente à anestesia geral por inalação,
desenvolveram‑se outros métodos de analgesia, como a anestesia local, a anestesia venosa, a
raquianestesia e anestesia peridural.
A anestesia é uma técnica essencial não só em cirurgias, mas também em procedimentos que possam
proporcionar sensibilidade álgica, permitindo que o paciente seja manipulado e tratado de forma mais
controlada e segura. A anestesia, como vimos, é aplicada pelo médico anestesista, profissional que
sempre deverá acompanhar o paciente nos períodos pré‑anestésico, intra‑anestésico e pós‑anestésico.
É importante que o enfermeiro conheça os princípios básicos da anestesia, pois é ele quem assiste o
paciente durante o preparo e durante a recuperação pós‑anestesia.
Com relação aos tipos de anestesia, a classificação se baseia na perda de sensibilidade total ou parcial do
paciente: na anestesia geral há perda da sensibilidade em todo o corpo; já na locorregional, no bloqueio plexial e
no bloqueio de neuroeixo (raquidural e peridural) ocorre apenas a perda parcial da sensibilidade no corpo.
A administração de certas drogas tem por finalidade abolir a dor, proporcionar amnésia e sedação,
potencializar os efeitos do anestésico, bloquear os impulsos nervosos (nervo vago) e reduzir o metabolismo.
Lembrete
A anestesia produz uma depressão progressiva do sistema nervoso central, começando nos centros
superiores (córtex cerebral) e terminando nos centros vitais da medula.
Para que a anestesia seja efetiva, a técnica anestésica escolhida deve reunir algumas características
essenciais, como:
A fase pré‑operatória é aquela em que o paciente recebe a visita do anestesista, que deve avaliá‑lo
de forma objetiva, centrando‑se nas suas necessidades e condições clínicas. Essa fase compreende
principalmente realizar a compensação das alterações clínicas e/ou controlar a ansiedade pré‑operatória.
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• Acesso vascular: após monitorar o paciente, deve‑se providenciar um acesso venoso que, além
de constituir uma via para a administração das drogas anestésicas e adjuvantes, permita a ma
nutenção da hidratação e da transfusão sanguínea, bem como o uso de drogas para a reanimação
cardiorrespiratória (caso seja necessária).
• Tubagem traqueal: no momento que os reflexos protetores forem rebaixados, inicia‑se o processo
de entubação orotraqueal para pacientes que serão anestesiados com drogas que deprimem
diretamente os centros nervosos responsáveis pelo controle da respiração e que serão submetidos
a cirurgias prolongadas ou colocados em decúbito que dificulta a ventilação. É necessário que a
sala cirúrgica tenha equipamento adequado para manter a ventilação e oxigenação do paciente,
aspirador de secreções, materiais como laringoscópio e cânulas orotraqueais, além de materiais
básicos. A tubagem deve ser feita quando o paciente estiver em bom estado de relaxamento
muscular.
• Ventilação artificial: um ventilador artificial para anestesia tem por função introduzir a
mistura gasosa anestésica (composta usualmente de oxigênio e de um anestésico volátil)
e remover o dióxido de carbono por ele produzido. O gás passa por um filtro que retira o
dióxido e permite o reaproveitamento da mistura anestésica. Excetuando‑se as cirurgias de
curta duração e que dispensam o relaxamento muscular, essa ventilação artificial é necessária
para a maioria dos pacientes.
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• Antagonização: muitas drogas utilizadas durante a anestesia não têm seu efeito interrompido
rapidamente, fazendo‑se necessário administrar uma outra droga, que reverta seu efeito, a qual
é chamada, por isso, de droga antagonista. A antagonização é importante para que o paciente
tenha uma reversão mais rápida e mais segura de seu quadro anestésico.
• Extubação traqueal: assim que o paciente apresentar condições de ventilação normalizada, poderá
ser desentubado (ou extubado, ou seja, poderá ser removido o tubo orotraqueal que o mantinha
conectado ao ventilador mecânico). O procedimento é feito pelo anestesista e sob criteriosa
avaliação das condições respiratórias e ventilatórias do paciente. O paciente deve continuar
recebendo suplementação de oxigênio, através de máscaras faciais, nos primeiros momentos que
se seguem à retirada do tubo endotraqueal.
• Critérios de alta: todos os pacientes deverão ser criteriosamente avaliados pelo anestesiologista
com relação ao retorno adequado de funções neuromusculares, à resposta às perdas de reflexos
protetores e aos indícios de retorno à consciência e orientação. Deverão ser encaminhados à
unidade ou sala de recuperação anestésica para poderem ser mais bem assistidos e avaliados
pelo enfermeiro e pelo anestesista. Pacientes que porventura não conseguirem manter resposta
satisfatória de estabilização de sinais vitais, consciência e respostas neuromotoras, ou apresentarem
complicações anestésico‑cirúrgicas, deverão ser encaminhados à unidade de terapia intensiva
acompanhados pelo anestesista.
Cada tipo de anestesia possui uma característica específica e deve ser escolhida de acordo com as
características clínico‑cirúrgicas de cada paciente.
A anestesia geral pode ser inalatória ou endovenosa. O primeiro anestésico inalatório utilizado
com sucesso durante uma cirurgia foi o éter dietílico. Esse agente volátil foi uma contribuição de
grande valia para o desenvolvimento da cirurgia como ciência médica. Posteriormente outros agentes
surgiram, prometendo vantagens em relação ao éter, embora a maioria tenha sido abandonada diante
das desvantagens e complicações acumuladas no decorrer de seu uso. Apenas recentemente surgiram
fármacos anestésicos endovenosos.
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• pode ser usada como agente único em procedimentos de curta duração ou pouco dolorosos.
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• controle fácil;
• segurança na administração.
Quanto às desvantagens:
• óxido nitroso;
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• Excitação: caracterizado por agitação psicomotora, falas sem sentido, riso ou choro; o pulso
torna‑se acelerado e a respiração irregular. Se o anestésico for administrado de forma inadequada,
o paciente pode apresentar ausência de resposta aos estímulos dolorosos e abolição do reflexo
óculo‑palpebral. Nessa fase ocorre o aumento da concentração dos anestésicos, resultado de
mecanismos complexos que incluem o bloqueio de pequenos neurônios inibitórios.
O início do uso de anestésicos locais remonta à segunda metade do século XIX: por volta de 1860,
Albert Niemann isolou um alcaloide em sua forma cristalina, que seria o primeiro anestésico local
utilizado na prática clínica: a cocaína.
Pouco depois, em 1897, Heinrich Braun adicionou uma solução de epinefrina à cocaína.
A epinefrina causava vasoconstrição, levando a uma menor absorção do anestésico e,
consequentemente, reduzindo sua toxicidade; essa vasoconstrição, por diminuir o suprimento
sanguíneo da região, também aumentava a duração do efeito anestésico. No entanto, os
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Outras drogas desenvolvidas no final do século XIX e início do século XX, como a procaína e a lidocaína,
popularizaram as técnicas de anestesia local e permitiram o desenvolvimento da anestesia regional.
Anestésicos locais são substâncias que bloqueiam a condução dos impulsos nervosos quando
em contato com tecido nervoso, insensibilizando partes do corpo. Podem atingir apenas os
axônios (superficial) ou abranger o bloqueio de nervos periféricos, de plexos nervosos ou de
neuroeixo, como as anestesias raquidiana e peridural. Dependendo da concentração, é possível
produzir desde um bloqueio sensitivo até um bloqueio motor. Seus efeitos são temporários e
completamente reversíveis.
Já nas diferentes técnicas de anestesia regional, utiliza‑se um anestésico local (AL) para bloquear
nervos (bloqueio de um nervo ou troncular), plexos (como o plexo braquial por via axilar) ou a medula
espinal (agindo sobre o neuroeixo, como as anestesias peridural e raquidiana).
A anestesia parcial consiste em uma técnica segura desde que respeitado o limite de doses preconizado
para cada tipo de anestésico local e levadas em consideração as características de cada paciente e do
procedimento cirúrgico a ser realizado.
O tempo de duração de uma anestesia local varia de acordo com alguns fatores, como a região a ser
infiltrada, as características do anestésico empregado (bem como sua quantidade e concentração) e as
características individuais de cada paciente.
• dosagem;
• local da injeção;
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• propriedades do fármaco.
O anestésico local pode ser definido como uma droga que bloqueia de forma reversível a transmissão
do estímulo nervoso no local onde é aplicada, sem ocasionar alterações no nível de consciência. Existem
muitas drogas que, além de seu uso clínico habitual, exercem atividade anestésica local, porém aqui
tratamos das drogas que são utilizadas especificamente por suas propriedades de anestésico local.
• lidocaína;
• bupivacaína;
• procaína;
• benzocaína.
São fatores que alteram o grau de absorção sistêmica do anestésico local no ponto de aplicação:
• dosagem do fármaco;
• ligação da droga ao tecido que recebe o anestésico (tecidos inflamados não fazem uma ligação
eficaz com a droga);
• Respostas teciduais locais: anestésicos locais geralmente não causam irritação aos tecidos.
• Alterações alergênicas: raramente ocorrem reações alérgicas e reações anafiláticas; não existem
testes alérgicos para anestésicos locais.
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• Áreas irrigadas por artérias terminais (nariz, dedos, pênis) devem receber atenção especial em
razão da vascularização intensa.
• A resposta adversa do paciente à aplicação deverá ser contornada com tratamento rápido e eficaz
administrado pelo anestesista.
A isquemia de membros por garroteamento começou a ser utilizada em clínica cirúrgica há pouco
mais de cem anos. No fim do século XIX, Johannes Friedrich August von Esmarch, professor de cirurgia em
Kiel, na Alemanha, descreveu a faixa elástica que conservou seu nome, mas que foi bastante modificada
e aperfeiçoada. O garrote pneumático é um equipamento mais moderno para garrotear o membro e
promover o bloqueio de Bier ou bloqueio anestésico.
Quanto ao intervalo de tempo, é preciso atentar ao fato de que o garrote não deve ser retirado
nos primeiros 15‑20 minutos após a injeção, para que haja difusão retrógrada e dessensibilização da
área, mas também não deve permanecer por mais de 60‑90 minutos, o que poderia levar à necrose
das estruturas distais.
O anestésico é injetado em torno dos plexos nervosos, ocorrendo anestesia de toda a área suprida
por esses nervos (com bloqueio das funções motoras e sensitivas).
A mais utilizada é o bloqueio do plexo braquial para as cirurgias dos membros superiores (pode ser
usada qualquer AL). Determina bloqueio sensitivo e motor.
Desde a descoberta do efeito anestésico da cocaína por Carl Koller, em 1884, a anestesia geral
endovenosa vem sendo utilizada. Ele percebeu que a cocaína apresentava efeito anestésico sobre
a superfície conjuntival. No ano de 1885, Leonard Coming, estudando o efeito da cocaína sobre os
gânglios paravertebrais de cães, acidentalmente perfurou o canal raquidiano e promoveu a primeira
anestesia subaracnoide.
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
Após a anestesia da pele e dos planos profundos da região normalmente entre L2 e L4 com
anestésico local, uma agulha específica é introduzida em direção ao canal raquidiano. A agulha
rompe a pele, o tecido celular subcutâneo, os ligamentos supraespinhoso, interespinhoso e amarelo, o
espaço peridural e, finalmente, a dura‑máter; nesse momento, sente‑se seu rompimento, ganhando
o espaço subaracnóideo. O correto posicionamento da agulha é identificado pela saída de líquor
cefalorraquidiano pela agulha. O anestésico é, então, depositado nessa região, onde exercerá sua
ação.
A anestesia peridural é realizada pela deposição do anestésico no espaço epidural, onde irá se difundir
e bloquear a condução nervosa, produzindo insensibilidade aos estímulos dolorosos. Nessa técnica, o
anestesiologista não perfura a dura‑máter; deposita o anestésico no espaço epidural. Esse espaço é de
forma triangular, limitado pelo ligamento amarelo, externamente, e pela dura‑máter, internamente,
estando preenchido por tecido adiposo.
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Unidade III
Tipos de anestesia
Anestesia local Anestesia regional Anestesia geral
O anestésico é infiltrado Anestesia que leva à inconsciência
diretamente sobre o local da O anestésico é injetado em um local do paciente por meio da
incisão cirúrgica. O paciente mais distante da incisão cirúrgica. Como administração de medicação
permanece acordado, mas não resultado, ocorre a anestesia de uma anestésica intravenosa e/ou
sente dor em virtude do bloqueio região mais extensa e que envolve o inalatória. A administração desse
da transmissão da sensibilidade local da cirurgia, como um dos membros anestésico é feita de forma gradual
dolorosa na região dos nervos superiores ou mesmo apenas um dedo. e progressiva, levando à perda
periféricos, não ocorrendo bloqueio O anestésico é infiltrado em um plexo total da sensibilidade do paciente a
de plexos nervosos ou do neuroeixo nervoso. estímulos.
(medula espinal).
Bloqueios subaracnoides (neuroeixo)
Peridural Raquianestesia
Ocorre por meio da injeção de anestésico local na área
Consiste na injeção de anestésico no espaço epidural de emergência das raízes nervosas da medula espinal.
através de uma punção, frequentemente na região O anestésico local é introduzido no líquido que envolve
lombar. Esse tipo de anestesia bloqueia completamente o sistema nervoso central chamado líquor, bloqueando
a sensibilidade dolorosa, porém apenas parcialmente o a sensibilidade dolorosa e tátil e a motricidade da área
tato. O paciente permanece consciente. alcançada. O paciente permanece consciente.
Lembrete
8 RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA
Agora que entendemos como funciona a unidade de centro cirúrgico, suas características e atividades
específicas, vamos conhecer a unidade de recuperação anestésica, local para onde os pacientes são
encaminhados após a cirurgia e no qual permanecem até terem condições de receber alta.
Tão logo termine o ato cirúrgico, o paciente é encaminhado para a área de recuperação anestésica,
onde, sob os cuidados do enfermeiro e do anestesista, se recuperará da anestesia.
• fornecer suporte ao paciente na fase de recuperação da anestesia, até que seus reflexos protetores
estejam presentes e haja recuperação da consciência, normalização dos reflexos neuromotores e
estabilidade dos sinais vitais;
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• proporcionar atendimento seguro: a RA é uma unidade que deve possuir recursos materiais e
humanos capazes de atender o paciente no período de recuperação imediata, considerado crítico.
Observação
Conforme a RDC nº 50/2002, essa área pertence à planta física do centro cirúrgico e, portanto, deve
possuir as mesmas características arquitetônicas, a saber:
• leitos colocados lado a lado com duas macas no mínimo, sendo o número de macas igual ao de
salas cirúrgicas mais um;
• expurgo;
• sistema de ar condicionado;
• piso, teto e paredes de acordo com as mesmas especificações descritas para o centro cirúrgico;
A unidade de recuperação anestésica deve ser considerada uma unidade de tratamento semi‑intensivo
e estar totalmente dotada de equipamentos especiais, materiais de atendimento de rotina e emergencial
e medicações. Os equipamentos específicos dessa unidade são:
• mesas auxiliares;
• negatoscópios;
• oxímetros;
• eletrocardiógrafo;
• estetoscópio e esfigmomanômetro;
• respirador artificial;
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• desfibrilador/cardioversor;
• aspirador portátil.
• cânulas de Guedel;
• laringoscópio completo;
• termômetros;
• máscaras de Venturi;
Essa unidade conta ainda com a assistência aos pacientes por parte de enfermeiros, técnicos de
enfermagem, auxiliares de enfermagem e médicos (principalmente anestesistas), que monitoram
o paciente desde sua saída da sala de cirurgia até a recuperação da consciência, com o paciente
devidamente orientado e recuperado da anestesia recebida no ato operatório.
Observação
• fazer o exame físico dos pacientes, principalmente na admissão e na alta da recuperação anestésica;
• controlar os entorpecentes, tanto com relação ao uso como medicação para os pacientes da
unidade como com relação à solicitação de reposição;
• informar e orientar os familiares sobre as condições clínicas dos pacientes sob sua responsabilidade.
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• como parte do grupo de trabalho, contribuir para a melhoria dos processos da unidade, emitindo
opiniões e sugestões;
• zelar pelo manuseio correto e pela limpeza de materiais e equipamentos pertinentes ao setor;
• realizar a transferência e a alta dos pacientes com segurança para a unidade de origem;
• arquivar os documentos;
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Unidade III
8.2 Assistência na RA
A recepção na unidade de recuperação anestésica deve ser feita pelo enfermeiro, pelo técnico de
enfermagem e pelo anestesista (anestesiologista), os responsáveis pelo setor.
O anestesista que atendeu o paciente em sala e o circulante da sala (auxiliar de enfermagem) devem
retirar o paciente da sala cirúrgica e levá‑lo até a unidade de recuperação anestésica, onde deverão
fornecer informações ao enfermeiro e ao técnico da unidade, como:
• diagnóstico médico;
• posição cirúrgica;
• Saep.
A ação de atendimento aos pacientes na RA deve ser direta e intensiva por parte do enfermeiro
responsável pela unidade. Ali ele realiza procedimentos como:
• manter e observar infusões venosas e atentar para possíveis infiltrações e irritações cutâneas no
local de inserção da agulha;
• preparar sondagem vesical (realizar manobras para o estímulo de diurese espontânea e/ou
realizar cateterismo);
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Unidade III
• minimizar fatores de estresse evitando conversas desnecessárias que possam perturbar o paciente;
O período pós‑operatório imediato é crítico: paciente inconsciente, com diminuição dos reflexos
protetores, sedado e sob efeitos de drogas. Vale lembrar que a observação deve ser constante até a
completa recuperação, atendo‑se sobretudo a esses fatores:
• estabilidade hemodinâmica;
• consciência mantida/recuperada.
Pacientes em recuperação anestésica podem apresentar alterações diversas, complicações que nem sempre
podem ser previstas, mas que devem ser atendidas prontamente pelos profissionais que os assistem na unidade
de recuperação anestésica. A seguir, descreveremos as principais complicações pós‑operatórias que o paciente
pode apresentar, assim como o atendimento que deve ser dispensado para a sua pronta recuperação.
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
Trata-se de uma das formas mais prevalentes de dor aguda, podendo estar relacionada a afecções
traumáticas, infecciosas ou inflamatórias, com expectativa de desaparecimento após a cura da lesão.
Apesar de ser um sintoma, a Sociedade Americana da Dor, sediada em Chicago, Estados Unidos,
considerou-a o quinto sinal vital, pelo rigor exigido na sua avaliação e no seu registro (SOUZA, 2003). A
seguir, apresentamos uma lista com alguns fatores relacionados à dor pós‑operatória:
• anestesia empregada;
Convém lembrar que o quadro álgico pode ser atenuado, acentuado ou perpetuado por variáveis
biológicas (relacionadas às alterações do próprio organismo do paciente), psíquicas (relacionadas às
alterações de percepção e manifestação psíquica do paciente) e socioculturais (relacionadas a valores
sociais e culturais adquiridos durante sua vida).
Na dor do pós‑operatório (também chamada de dor aguda ou dor nociceptiva), o sistema analgésico
endógeno (SAE) é acionado por estruturas suprassegmentares, corticais e da vida emocional (sistema
límbico) por meio de neurotransmissores como serotonina, noradrenalina e endorfina, liberados no
tronco cerebral. O SAE interfere nas estruturas do corno da medula levando a uma modulação da dor.
A dor do pós‑operatório está relacionada à lesão tecidual e à resposta inflamatória que a acompanha.
Nesse momento é sintetizada uma grande quantidade de substâncias algiogênicas (prostaglandinas,
bradicininas e histaminas) que excitam as terminações nervosas livres, gerando o potencial de ação na
fibra nociceptiva e transmitindo o impulso nervoso. O processo de transmissão dessas mensagens da
periferia até a medula espinal é feito por fibras nervosas originadas de neurônios situados nos gânglios
espinhais da cadeia paravertebral, as fibras A‑delta e C.
As fibras A‑delta e C estão presentes nas estruturas superficiais e profundas dos tegumentos,
na parede das vísceras, dos vasos sanguíneos e dos músculos. Os nociceptores ligados às fibras C
respondem a estimulação mecânica, térmica e química intensa; já os nociceptores ligados às fibras
A‑delta respondem à estimulação mecânica e térmica intensa.
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Unidade III
— escalas;
— respostas verbais;
• agitação psicomotora;
• hipertensão;
• taquicardia;
• sudorese;
• taquipneia;
• ansiedade;
• náuseas e vômitos;
Nunca se pode subestimar a dor do paciente. É preciso avaliar constantemente seu estado e adequar,
conforme o caso, o tratamento e os cuidados de enfermagem. Para isso, pode‑se lançar mão de:
• apoio psicológico;
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
As escalas de avaliação da dor têm por objetivo identificar a etiologia e compreender a intensidade
da dor (subjetiva). São exemplos de escala para avaliação as escalas unidimensionais da dor e a escala
de avaliação facial. Vejamos melhor cada uma delas.
Escalas de dor
• Escala verbal numérica: pede‑se ao paciente que classifique sua dor de zero a dez, de acordo com
a intensidade da sensação, com zero correspondendo à ausência de dor e dez à maior intensidade
imaginável. Na prática, a nota dez seria virtual.
• Escala visual analógica: essa escala submete ao doente uma linha não graduada cujas extremidades
correspondem a ausência de dor e pior dor possível.
A escala de avaliação facial consiste em outra forma de graduação da dor. Baseia‑se na avaliação
comportamental do paciente por meio da chamada escala comportamental (EC). Ao comportamento
álgico atribui‑se uma nota com base no relato do paciente sobre a intensidade de sua dor em função
de suas atividades da vida diária. Trata‑se de uma escala mais elucidativa e que pode ser utilizada
sobretudo para o caso de crianças ou adultos que precisem visualizar as feições dos desenhos para poder
determinar o grau da dor que estão sentindo. Assim funciona a escala:
• nota seis: a dor não é esquecida, mas não impede que o paciente exerça atividades da vida diária;
• nota oito: a dor não é esquecida e atrapalha todas as atividades da vida diária, exceto alimentação
e higiene;
• nota dez: a dor persiste mesmo em repouso, está sempre presente e não pode ser ignorada,
tornando o repouso algo imperativo.
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Unidade III
Como visto, muitas escalas podem ser utilizadas, cabendo, então, fazer a escolha de acordo com a
padronização da unidade de cada centro cirúrgico.
Saiba mais
8.2.2 Soluços
Soluço é o nome dado ao espasmo inspiratório intermitente, com súbito fechamento da glote e
contração do diafragma, com irritação do nervo frênico (entre a medula raquidiana e as ramificações
terminais na superfície inferior do diafragma), resultando em um curto ruído inspiratório (som que
resulta da vibração das cordas vocais fechadas quando o ar é eliminado subitamente dos pulmões, um
áspero ic audível). As possíveis causas são:
• causa direta: irritação do nervo frênico, distensão estomacal, peritonite, abscesso diafragmático,
distensão abdominal, pleurisia, tumor de tórax;
• causa reflexa: irritação decorrente de tubo endotraqueal, exposição ao frio, ingestão de líquido
muito quente ou muito frio e obstrução intestinal.
• manutenção da oxigenação;
• administração de antieméticos;
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
Quando a vomição é estimulada, impulsos eferentes são enviados pelo nervo frênico, pelo nervo
espinhal e pelos nervos cranianos para o estômago, o esôfago e o diafragma. A vomição também pode
ser provocada por drogas (atuando na chamada zona quimiorreceptora do gatilho, ZQG) e por estímulos
visuais, olfativos e corticais. A lista a seguir assinala as principais causas de náuseas e vômitos:
• tipo de anestesia;
• acidose;
• distensão gástrica;
• hipoglicemia;
• estimulação da orofaringe;
• ansiedade;
• dor intensa;
• fármacos utilizados;
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Unidade III
• hipersensibilidade simpática;
• pós‑cirurgia intra‑abdominal;
• desidratação;
A náusea e o vômito podem trazer riscos no pós‑operatório, como o tensionamento dos pontos de
incisão cirúrgica, a aspiração pulmonar e o aumento da pressão intracraniana (PIC) e ocular. Diante de
tais perigos, depreende‑se que o tratamento mais efetivo é a prevenção.
• aspirar vias aéreas superiores; manter perviedade das vias aéreas superiores (VAS) e sondas;
• manter a oxigenação;
• anti‑histamínicos: agentes antieméticos eficazes, que atuam no centro do vômito e nas vias
vestibulares (como prometazina, dimenidrinato e hidroxizina);
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• butirofenonas: atuam na ZQG e agem como antieméticos em razão de sua forte atividade
antidopamina (como haloperidol e droperidol);
• cloridrato diidratado (de ondansetrona): tem efeitos colaterais diminuídos, não causando sedação,
hipotensão ou tremores.
As complicações respiratórias são as mais frequentes e mais sérias complicações que o paciente no
pós‑operatório pode enfrentar. Elas são causadas por:
• broncoaspiração;
• cânula endotraqueal;
Consequência de uma alteração nas propriedades mecânicas do pulmão, a obstrução das vias aéreas
superiores é caracterizada pelo aumento do obstáculo na laringe e na traqueia, parcialmente reversível
ao fluxo de ar expirado e inspirado. Os principais obstáculos são:
• alcalose metabólica;
• broncoespasmo;
• hipotermia;
• obesidade;
• insuficiência cardíaca;
• embolia pulmonar.
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• monitorar a PACO ;
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• elevar o decúbito.
• tremores e convulsões;
• hipertermia;
• hipoventilação;
• atelectasia.
• colher a gasometria;
8.2.4.3 Broncoespasmo
O broncoespasmo pode ser descrito como contrações da musculatura brônquica que acarretam
sibilância, tosse, diminuição de saturação de O2, dispneia e chiados. Suas causas são:
• se o quadro persistir, será necessário providenciar materiais para entubação e ventilação mecânica.
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Unidade III
• dor torácica;
• dispneia;
• cianose;
• pulso alternante.
• administrar oxigênio;
• tranquilizar o paciente;
Pode ser causada pelo uso de drogas anestésicas ou pelo próprio anestésico que leva a depressão
miocárdica e consequente hipotensão. Pode também ocorrer devido a sangramentos ou transfusão
incompatível (realizada no ato cirúrgico).
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
Pode ser causada por aumento de dor, bexigoma, hipoxemia, hipotermia, doença preexistente,
transfusão sanguínea excessiva, depressão respiratória, cirurgias cardiovasculares ou drogas usadas durante
a anestesia. O paciente pode apresentar cefaleia, alterações visuais, tonturas e mal‑estar generalizado.
Ações cabíveis:
• aquecer o paciente.
8.2.6 Hemorragia
Trata‑se do decréscimo hipovolêmico provocado pela perda de sangue ou plasma. Pode ser classificada
como externa ou interna. Nas hemorragias externas, o sangue é de cor vermelho-viva e os ferimentos
estão na superfície do corpo; já nas hemorragias internas, as características são mais variadas. Veja a
seguir:
• hematêmese: vômito com sangue (escuro e digerido nas hemorragias gástricas, e vermelho-vivo
nas hemorragias esofágicas);
• melena: expulsão de sangue pelo ânus, acompanhado ou não de fezes (neste caso, há sangue
escuro e digerido; com a presença de fezes, essas são negras e pegajosas);
A seguir estão listados os passos básicos válidos para o tratamento de todos os tipos de hemorragia:
• mover com cuidado o paciente de acordo com a sua patologia, deixando‑o em posição confortável;
• verificar se existe requisição de sangue para a cirurgia e quantas unidades foram preparadas no
banco de sangue para o uso imediato na recuperação anestésica (caso não tenham sido usadas
em sala de operação);
• não havendo contraindicação, posicionar o paciente em decúbito dorsal com os MMII elevados
(aproximadamente a 20°);
8.2.6.1 Hemoptise
• administrar oxigênio;
• solicitar as bolsas de sangue que estavam disponíveis para o paciente durante a intervenção
cirúrgica ou pedir uma nova quantidade;
As hemorragias da mucosa oral são mais comuns em pacientes que foram submetidos a cirurgia oral
ou a entubação para anestesia. O enfermeiro deve avaliar a mucosa, lavar a região com água estéril fria,
posicionar o paciente em Fowler 30°, se possível, e fornecer recipiente para ele eliminar o sangue que
está na boca. Sempre que necessário, aspirar a boca do paciente para ajudar a eliminar o sangramento/
hemorragia.
8.2.6.3 Epistaxe
• aplicar uma bolsa de gelo sobre a região (se não houver contraindicação).
8.2.7.1 Hipotermia
A hipotermia causa:
• retardamento do metabolismo.
• tremores;
• taquicardia;
• hipertensão;
102
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
8.2.7.2 Hipertermia
• infecção/sépsis;
• aplicar compressas frias nas virilhas e axilas, caso haja febre persistente;
Hipertermia maligna
Hipertermia maligna é uma complicação grave que deve ser atendida prontamente quando
manifestada. Ela é resultado da exposição do paciente a agentes halogenados, a anestésicos inalatórios e
a succinilcolina. Pode levar a um distúrbio hipermetabólico do sistema musculoesquelético com alterações
diversas dependendo do paciente e dos agentes desencadeantes. Acontece rapidamente uma hipercalcemia
celular, que ativa as vias metabólicas — fator de ocorrência fisiopatológica relacionado ao evento.
• Manifestação:
• Atendimento ao paciente:
— hiperventilar o paciente;
– o dantrolene é um relaxante muscular esquelético que exerce efeito também sobre músculos
cardíacos e vasculares, promovendo a transferência de cálcio para dentro do músculo
sarcoplasmático;
— administrar NaCl 0,9% gelado para que haja resfriamento ativo em cavidades ainda abertas,
fornecer ao paciente colchão térmico frio e distribuir gelo na superfície corporal (quando
necessário e se a condição do paciente permitir);
Vale ressaltar que a hipertermia maligna passou a ser uma doença de notificação compulsória
imediata no estado de São Paulo com a Resolução SS nº 59, de 22 de julho de 2004.
• hemorrágico é aquele em que ocorre perda de sangue (como hemorragia digestiva alta e
trauma abdominal);
• Não hemorrágico é aquele em que há perda de fluidos (como diarreia aguda, vômitos, queimaduras,
perdas gastrointestinais e perdas para o terceiro espaço).
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
No caso do paciente que se submete a um tratamento cirúrgico, o maior risco de choque hipovolêmico
está relacionado às perdas sanguíneas e hemorragias.
• sudorese fria;
• mucosas secas;
• oligúria;
• palidez facial;
• instalação de dois acessos intravenosos para administração simultânea de líquidos e derivados do sangue;
— soro fisiológico (SF) a 0,9% e Ringer simples ou lactato (para perda de água e eletrólitos ou
para complementação da reprodução volêmica, enquanto se espera um líquido mais adequado
para o caso);
— Ringer lactato e cloreto de sódio são líquidos cristaloides e isotônicos que se deslocam livremente
entre os compartimentos líquidos do corpo, não permanecendo no sistema vascular;
• preparo do paciente para cirurgia em caso de hemorragia persistente (como um trauma que
requer correções cirúrgicas);
• administrar oxigênio;
• fazer infusão IV de SF ou Ringer lactato (expansor plasmático: aumenta o fluxo sanguíneo renal
e o débito urinário);
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
• verificar sinais vitais (SSVV); se a pressão sistólica estiver abaixo de 80, há comprometimento da
irrigação sanguínea das artérias coronárias, o que pode levar a isquemia, arritmia e baixo débito
cardíaco;
O enfermeiro e o anestesista devem aplicar a escala de Aldrete e Kroulik como forma de estabelecer
os critérios de alta de cada caso, para que o paciente possa ser encaminhado ao seu destino, ou seja, à
unidade de internação ou à alta hospitalar.
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Unidade III
Resumo
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
Figura 2
Grupo UNIP‑Objetivo.
REFERÊNCIAS
Textuais
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000