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CRANIOPUNTURA DE YAMAMOTO

Programação
 Apresentação e conceituação;

 Introdução às diferentes escolas de Craniopuntura;

 Histórico;

 Desenvolvimento;

 Técnicas de Estimulação;

 Prática Clínica.
Surgimento da Craniopuntura
• Escola Chinesa

• Escola Japonesa

• Escola Hindu e outras


CRANIOPUNTURA CHINESA
 Fundada pelo Dr. Jiao Shunfa,
neurocirurgião formado pelo médico
Medical College. Foi diretor de inúmeros
Shanxi
institutos dedicados à pesquisa e
aprimoramento da Acupuntura, dentre
eles, o International Medical College of
Brain and Scalp Acupuncture em
Kirghizstan. Desenvolveu o Craniopuntura
em 1971 e desde então dedica-se à
pesquisa da aplicação do
principalmente no campo da
método,
Neurologia.
Definição
• “Sistema terapêutico que utiliza a
introdução de agulhas na região
craniana baseado em princípios
tradicionais da Acupuntura e da
Anatomia e Fisiologia
modernas.”

• Jiao Shunfa, 2006


• Scalpo Acupuntura.
Dr. Jiao
Shunfa
Área de Tremores Área motora
Área Vasomotora
Área da Sensibilidade

Área da Visão

Área do Equilíbrio
DISSEMINAÇÃO PELO TERRITÓRIO CHINÊS
 A Craniopuntura ganhou grande
popularidade entre os chineses na
década de 70 e se espalhou por todo o
país.

 Áreas de maior disseminação:

 - Zonas rurais
 - Periferia das grandes cidades
 - Interior do país e regiões subdesérticas
Aspectos Históricos
• A Nova Craniopuntura foi desenvovlida
em 1973 pelo Dr. Toshikatsu
Yamamoto;
Importantes
contribuições da
Nova
Craniopuntura
no campo da
Neurologia e na
Clínica
da Dor.
Princípios Básicos
• Organização Somatotópica dos sistemas
biológicos;

• Correlações funcionais entre os


diversos segmentos corporais;

• Capacidade auto-organizadora dos


sistemas biológicos (autopoiese).
Pesquisa Científica
 Foram conduzidas inúmeras Triagens clínicas
controladas e randomizadas
 (RTC – Randomized Control Trials):
 Há evidência concreta de benefícios da
Craniopuntura no tratamento da Doença de
Parkinson, Esclerose lateral Amiotrófica e
AVE;

 Atuação complementar aos métodos padrões;

 Investigação dos prováveis mecanismos


fisiológicos envolvidos na Craniopuntura.
Mecanismos de Ação

• Teorias propostas:

• Teoria neuroendócrina;

• Teoria
Bioeletromagnética;

• Teoria da MTC.
Teoria Neuroendócrina
• Desconsidera a existência dos meridianos;

• Procura explicar os efeitos da Acupuntura


baseando-se na neurofisiologia, imunologia
e endocrinologia;

• Utiliza as relações neurais metaméricas e a


existência de algorítimos neurais
evolutivos para explicar os fatos
observados.
Teoria Bioeletromagnética
 Postula a existência de um sistema
organizacional pouco conhecido, o sistema
meridional;
 Sua estrutura é de natureza eletromagnética;
 Possui íntima relação com o sistema nervoso;
 Sua observação é difícil e exige tecnologia de
ponta;
 Sistema filogeneticamente mais antigo que o
sistema nervoso;
 Sistema de condução informacional;
 Possui alta coincidência com os trajetos
descritos
PESQUISA ANATÔMICA
Tentativa de marcar
Meridianos através
da
Injeção de isótopos
Radioativos nos
acupontos.
Somatotopias
• Na MTC conhecidas como Microssistemas;

• Em Neurologia são definida como regiões


corticais nas quais se projetam vias
aferentes de determinada região corporal;

• Em Biologia moderna estão relacionadas


ao conceito de Fractais e Hologramas.
MICROSSISTEMAS
CONHECIDOS E USADOS
EM ACUPUNTURA
HOMÚNCULO DE PENFIELD
“O cérebro humano
é o mais complexo e
fascinante sistema
conhecido no
universo”
Dr. Miguel
Neurocientista
Nicolelis
brasileiro indicado
ao Prêmio Nobel de
Medicina.
Indicações da YNSA
• Todas as condições
reversíveis!
– Distúrbios dos Órgãos Internos
– Distúrbios motores
– Distúrbios sensitivos
“O sistema nervoso trabalha
para manter a integridade homeostática
do corpo recebendo e emitindo
informações continuamente e agindo em
todos os níveis de organização
biológica, do bioquímico ao
macrofisiológico”

Baldry, 2005.
Acupuntura e Dor Musculoesquelética.
Estudo Anátomo-fisiológico da Superfície
Craniana

Locus de
Ação da
Craniopunt
ura
O MÉTODO DE CRANIOPUNTURA

DE YAMAMOTO
• Técnica complementar das terapias
padrões;
• Baseada na descoberta da somatotopia
craniana;
• Uso do diagnóstico clínico
convencional associado ao Diagnóstico
Cervical e Abdominal de Yamamoto;
Procedimento Geral
• Diagnóstico abdominal;
• Diagnóstico cervical;
• Palpação de áreas diagnosticadas;
• Palpação de áreas correlatas;
• Puntura e observação de resposta
clínica;
• Reavaliação cervical ou abdominal;
• Manutenção das agulhas por cerca 15 a
20 minutos.
Diagnóstico Cervical
• Maior conforto para o paciente;
• Confere velocidade ao procedimento;
• Facilita a verificação pós-puntura;
• Pode ser usado na avaliação
tradicional em Acupuntura sistêmica;
• Permite acompanhar a evolução clínica
do paciente.
Pontos Básicos
• Foram primeiramente descobertos na
região Yin;
• Dispostos ao nível da linha anterior de
implantação do cabelo;
• Região Yang situada pouco acima da
sutura lambidóidea;
• Indicados para o tratamento de
distúrbios locomotores e afecções
dolorosas.
Pontos
Básicos
Relação de pontos Básicos
 Ponto A: coluna cervical;
 Ponto B: Cintura Escapular;
 Ponto C: Extremidade Superior;
 Ponto D: Coluna Lombar, ext.
inf.;
 Ponto E: Tórax;
 Ponto F: Nervo Isquiático;
 Ponto G: Joelho;
 Ponto H: Lombar extra;
 Ponto I: Lombar ciático extra;
 Ponto J: Dorso do pé;
Ponto A:
 Localização: 1cm lateral à linha mediana
sagital sobre a linha anterior de implantação do
cabelo;

 Subdivisão: A1 a A7. A1 : cerca de 1cm


acima da linha do cabelo. A7: cerca de 1cm abaixo
da linha do cabelo;

 Indicações: Condições reversíveis localizadas


na região cervical.
Ponto B:
• Localização: 1cm lateral ao ponto A ou
2cm lateralmente á linha sagital mediana.

• Subdivisão: Não há;

• Indicações: Afecções gerais que afetam a


cintura escapular, em particular a articulação do
ombro.
Ponto C:
• Localização: Cerca de 5cm da linha média
(região de início da Calvície no homem);

• Subdivisões: Divisões anatômicas do MS;

• Indicações: Todas as afecções dos MMSS


.
Ponto D:
• Localização: 1cm acima do osso
zigomático, na linha natural do cabelo;

• Subdivisão: Pontos relativos à lombar


posteriormente cerca de 2cm em relação ao D;

• Indicações: Afecções locomotoras da


extremidade inferior do corpo.
Ponto E:
• Localização: Bilateralmente sobre a testa;

• Subdivisão: E1 a E12. E1: Cerca de 2cm


acima do ponto médio da sombrancelha. E12:
cerca de 1cm distante da linha média;

• Indicações: Todas as afecções reversíveis


do arcabouço torácico.
Ponto F: Ponto G:
 Localização: Entre o ponto D e os pontos Lombares, acima
do arco zigomático;

 Subdivisões: Não há;

 Indicações: Exclusivamente lombociatalgias.


 Ponto G: Região do Joelho.
 Localização: 1mm acima do ponto D dividido em 3
porções:
 G1: joelho medial
 G2: joelho anterior
 G3: joelho lateral
 Indicações: Afecções gerais do joelho.
Pontos H e I:
• Localização:
• Ponto H: Posterior ao ponto B;
• Ponto I: Cerca de 5cm posterior ao
ponto C;

• Indicações: Considerados pontos


acessórios, usados em associação aos
pontos D ou F.
Pontos J e K:
• Somatotopia completa localizada na
linha sagital mediana a partir do aspecto
lateral dos pontos cerebrais.

• Indicações: Afecções dos pés, em


particular parestesias.
J: Dorso do pé

Somatotopia Secundária
Pontos K: Planta do pé
Pontos Sensoriais
• Conjunto de pontos relacionados aos
orgãos dos sentidos;

• Cada ponto determina um orgão ou


estrutura anatômica;

• São 4 pontos ao todo disposto


bilateralmente na região anterior do
osso frontal.
Disposição
Somatotópica
Ponto Olho:
 Localização: Cerca de 1cm inferior em relação ao ponto
A;

 Subdivisões: Não há;

 Indicações: Todos os distúrbios visuais e dores:


 - Diminuição da acuidade visual;
 - Glaucoma;
 - Conjutivites;
 - Estrabismo;
 - Epífora;
 - Dores e queixas pós-traumáticas ou pós-operatórias;
 - Degeneração macular.
Ponto Nariz:
 Localização: 1cm inferior em relação ao ponto
Olho;

 Subdivisões: Não há;

 Indicações:
 Todas as queixas e dores relacionadas à região
nasal:
 - Alergias;
 - Rinites;
 - Sinusites;
 - Obstruções nasais;
 - Dores e queixas pós-traumáticas ou pós-
operatórias.
Ponto Boca:
 Localização: 1cm inferior em relação ao ponto
nariz;

 Subdivisões: Não há;

 Indicações: Dores e queixas relacionadas à cavidade


oral e perioral:
 - Inflamações bucais, estomatites;
 - Dores de garganta;
 - Herpes simples;
 - Odontalgias;
 - Dor pós-extração dentária;
 - Afasias.
Ponto Ouvido:
 Localização: Cerca de 1,5cm distante do ponto C
numa inclinação de 15 graus em relação a ele, sobre
uma linha imaginária entre a raiz do nariz e o ponto
C;

 Subdivisões: Não há;

 Indicações: Todas as queixas e dores relacionadas


ao ouvido:
 - Distúrbios auditivos;
 - Otite interna;
 - Otite externa;
 - Tinidos.
ASPECTO
YANG DOS
PONTOS
SENSORIAIS
Tratamento do Tinido
• Combinação de pontos do ouvido Yin e
Yang e mais 2 pontos nominados T ( de
Tinido);

• A inserção se inicia pelo ponto Ouvido da


face Yang e segue em direção anterior;

• Espera-se uma porcentagem de sucesso em


média de 70% no tratamento com a
respectiva combinação.
ÁREA DA
VISÃO

PROVÁVEL CORRELAÇÃO ANÁTOMO-


FUNCIONAL
Pontos Cerebrais
 São em número de 3:
 Cérebro: 1cm acima do ponto A mais alto;
 Cerebelo: Em seguida ao ponto cérebro;
 Gânglios da Base: Sobre a linha média,
dilatado no sentido ântero-posterior.
 Indicações:
 Todos os tipos de distúrbios motores;
 Hemiplegias e paraplegias;
 Enxaquecas migranosas e neuralgias
 Doença de Parkinson;
 Esclerose múltipla;
 Disfunções endócrinas
Pontos Y: Órgãos e Vísceras
 São em número de 12;

 Dispostos ao longo da fossa temporal;

 Apresentam espelhamento Yang com alguns aspectos


divergentes;

 Existência de pontos Yin fraco e Yang fraco, pouco


usados
na clínica;

 Indicados para o tratamento de todas as disfunções


relacionadas aos orgãos internos.

 Para o seu uso é imperioso o domínio do diagnóstico


Cervical e Abdominal.
Diagnóstico Abdominal
 Desenvolvido e adaptado pelo Dr. Yamamoto;

 Apresenta 12 zonas de teste correspondentes


aos 12 pontos Y acrescidos das zonas teste
para pontos cerebrais e Básicos;

 Há seguramente uma relação entre ponto


abdominal, cervical, meridiano e ponto Cranial;

 A puntura correta no crânio deve promover a


dessensibilização da zona teste Abdominal e
Cervical.
Diagnóstico Cervical
 Maior complexidade anatômica;

 Exige maior perícia do examinador;

 Confere maior conforto ao paciente e praticidade


ao profissional;

 Imprescindível para o uso dos pontos Y;

 Pode ser usado para outras formas de Acupuntura;

 Testar primeiro áreas do Rim e Fígado;


Pontos dos nervos Cranianos
 Desenvolvimento recente;
 Extendem-se linearmente em direção
dorsal do ponto Básico A até a altura de
VG20

 Distância entre o 1 e o 12 pontos


cranianos é de cerca de 8cm.

 Uso orientado pela clínica e diagnóstico


Abdominal ou Cervical;
Correlação entre pontos Y e Cranianos
1. Rim = nervo olfatório = ponto olfatório
2. Bexiga = nervo óptico = ponto óptico
3. Pericárdio = nervo oculomotor =
ponto oculomotor
4. Coração = nervo troclar = ponto troclear
5. Estômago = nervo trigêmio =
ponto trigêmio
6. TA = nervo abducente = ponto abducente
7. ID = nervo facial = ponto facial
8. BP = nervo vestíbulo coclear = ponto vestíbulo
coclear
9. Pulmão = nervo glossofaríngeo = ponto
glossofaríngeo
IG

VB
F
P
BP

ID

TA
E
C
CS
B
R
Procedimento Clínico
 1 passo: Anamnese e exame clínico de
acordo com os princípios da MTC;

 2 passo: Diagnóstico Cervical e/ou


Abdominal;

 3 passo: Puntura e verificação de eficácia;

 4 passo: Persistindo os sintomas após o


uso dos pontos Y utilizar pontos Básicos,
Sensoriais, Cerebrais e Cranianos.
Prática em Sala de Aula
• Duplas ou trios;

• Identificar sinais ou sintomas (se


existirem);

• Realizar procedimento clínico


referido;

• Verificar eficácia do procedimento.


DEUS ABENÇOE!!!!

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