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JUDICIÁRIA DE URUAÇU–GOIÁS
I. FATOS;
No CNIS da SENHORA VERA LUCIA DE SOUZA SANTOS consta que sua data de
nascimento é 25/08/1957, ou seja, possui atualmente 65 anos de idade. Nota-se que a senhora VERA
LUCIA é 15 anos mais nova que a parte autora, vez que o senhor JOSÉ ALVES nasceu em
30/07/1942, possuindo atualmente 80 anos.
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Analisando os documentos ora acostados nos autos, observa-se que a parte autora vive em
situação de vulnerabilidade social. Por esses motivos, os argumentos da Autarquia não merecem
prosperar, fazendo-se imperativo o restabelecimento do Benefício de Prestação Continuada.
A pretensão da parte Autora vem amparada no art. 203, inciso V, da Constituição Federal de
1988, na Lei 8.742/93 e demais normas aplicáveis. Tais normas dispõem que para fazer jus ao
Benefício Assistencial, o Requerente deve possuir impedimento de longo prazo ou ser pessoa com
idade igual ou superior a 65 anos, além de comprovar a impossibilidade de ter seu sustento provido
pela família.
Tem-se que o requerente é idoso, pois além dos documentos que comprova sua idade, o
INSS reconheceu ao deferir administrativamente a benesse.
O autor satisfaz o critério etário previsto no artigo 20 da LOAS. Além disso, no que se refere
ao requisito socioeconômico, destaca-se que o grupo familiar é composto somente pelo autor, não
possui nenhuma outra fonte de renda além da benesse que foi indevidamente cessada.
Não possui outro integrante no seu grupo familiar, a genitora do autor senhora
ALMERINDA ALVES FERREIRA é falecida e, o requerente desconhece a genitora apontada
pela autarquia.
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Nesse sentido, vale lembrar que o limite mínimo previsto no art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93
gera presunção absoluta de miserabilidade, conforme tese jurídica fixada no IRDR 12:
Assim, ao longo da instrução processual a parte autora demonstrará seu direito ao benefício
de prestação continuada, para que venha o Poder Judiciário a reparar a lesão sofrida quando da
cessação do pedido elaborado na esfera administrativa.
V. Da inexistência de débito
Fato é que o Requerente, em momento algum, agiu no intuito de fraudar a Previdência, visto
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que a sua miserabilidade se encontra comprovada, e dentro dos parâmetros legais. O INSS incorreu
em erro ao alegar a irregularidade do recebimento do benefício, e foi de encontro à lógica
jurídica ao cobrar valores recebidos de boa-fé e amparados pela legislação vigente!
Embora o art. 115 da Lei 8.213/91 permita ao INSS efetuar descontos diretamente do
benefício do segurado em certos casos, como se evidencia quando efetuado o pagamento indevido – o
que não é o caso presente –, a jurisprudência é pacífica ao entender pela impossibilidade de efetuar
descontos sobre benefícios previdenciários percebidos de boa-fé, principalmente em razão de seu
caráter alimentar.
Deste modo, resta cristalino que as cobranças realizadas em face do Requerente acerca do
benefício percebido são, deveras, equivocadas, pois além de ter cumprido os requisitos legais
necessários, não houve sequer erro administrativo na concessão do benefício, tendo o Demandante
agido de boa-fé.
Assim, se faz imperativa a declaração judicial de que inexiste débito da parte Autora para
com a Previdência Social, determinando, inclusive liminarmente, que o INSS não proceda com a
cobrança ou inscrição do Autor em qualquer cadastro de dívida.
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VI. PEDIDOS;
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pericial. Com relação à última, REQUER seja observada a Resolução nº 2.183/2018
do CFM e Manual de Perícias do INSS;
Nestes termos,
Pede deferimento.
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