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FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE DIREITO
Filiação-Estabelecimento da maternidade
Discentes: Docente:
Amina Adine Esmeraldo Matavele
Liliana
Márcia Faquir
Mariza Vilanculos
Tânia Samissone
Boane, Agosto de 2022
Índice
Introdução.............................................................................................................................................
Filiação...................................................................................................................................................
Estabelecimento da maternidade......................................................................................................
Estabelecimento de maternidade por indicação...............................................................................
Registo omisso quanto a maternidade..............................................................................................
Impugnação da maternidade.............................................................................................................
Averiguação oficiosa da maternidade...............................................................................................
Inadmissibilidade da averiguação oficiosa.........................................................................................
Reconhecimento judicial...................................................................................................................
Efeitos da filiação...................................................................................................................................
Conclusão..............................................................................................................................................
Referências Bibliográficas....................................................................................................................
Introdução
O presente trabalho irá debruçar a cerca de uma matéria muito importante que é a
filiação -estabelecimento da maternidade, conduzindo a declaração da maternidade que
é um dos aspectos a se ter em conta para a própria identificação do perfilhado como
membro da sociedade e no que concerne ao bem estar do mesmo (identificação dos
possíveis pais que serão os encarregues de providenciar assistência ao mesmo).
Tal filiação que abre espaço para obrigações dos pais para com os menores.
A filiação como forma de fazer alguém filho de outrem pode ser iniciada após o
nascimento do menor, geralmente é realizada pela filiação natural onde a mãe
biológica do menor declara ser a progenitora constando seu nome no assento do menor.
Pode igualmente ser feita pela adoção onde é possível por meio de uma sentença
judicial.
Filiação
Filiação natural ou biológica ė aquela que tem por base os laços de sangue.
É notório que na reforma antiga o legislador fazia uma destinação entre os filhos
nascidos dentro do matrimônio (filhos legítimos ) e os que resultam fora do
casamento (filhos ilegítimos) tal distinção que colocava ambos filhos, porém com
um único progenitor comum com um alto grau de diferença.
Tal registo deve ser acompanhado pelos dados dos seus progenitores, ainda que tem
sido verificado que são muitas as crianças que no lugar do nome dos progenitores têm a
palavra “incógnito”.
Estabelecimento da maternidade
E o reconhecimento legal em que uma pessoa declara ser pai ou mãe de alguém.
Quem realizar a declaração de nascimento deverá notificar mãe, sendo que esta
indicação é suficiente para que o conservador faça menção do nome da mãe no assento
de nascimento, nos nascimentos ocorridos há menos de 1 ano a maternidade
mencionada considera-se estabelecida sendo apenas necessária notificar a mãe do
estabelecimento da maternidade caso não tenha sido ela ou o seu marido a fazer a
declaração.
Se a declaração não for feita pela mãe, ou pelo pai, o conteúdo do assento é
sempre que possível comunicado à mãe pela Conservatória que lavra o
assento.
Sendo assim todos os casos que não são previstos acima a pessoa indicada como mãe
terá um prazo de quinze (15) dias para fazer a sua declaração confirmando ou não.
Ainda que raro acontece maioritariamente quando o nome mãe do registado não consta
da declaração e este tenha sido concebido durante o matrimônio (se a mãe for casada) ,
mas não seja do marido deverá a mãe declarar a sua maternidade .
Como é sabido qu ando uma mulher encontra-se em um casamento ainda que faça o
registo sem o pai do registado presume -se que seja do marido pois nasceu no decurso
do matrimônio devendo esta identificar o perfilhante para que seja feita a perfilição.
Em suma, em caso de qualquer erro ou mal entendido principalmente nos casos em que
a declaração de maternidade não é feita exclusivamente por ela, daí que essa notificação
não ocorre nos casos em que ela própria ou o marido é que tenham feito a declaração,
porque a probabilidade de confusão é reduzida e quase que não há.
Por norma o nome da mãe do nascido deve sempre constar do registo, mas há casos em
que o mesmo não consta, nada obsta ao funcionário responsável pelo registo de e
remeter ao Ministério público os documentos que ligam o nascido a suposta mãe de
modo a intervir fazendo uma averiguação oficiosa.
Caso o ministério público encontre provas seguras sobre a maternidade pode este abrir
uma ação judicial.
Segundo o art.228 da LF a lei não permite que seja feita a averiguação oficiosa quando
o menor já estiver perfiliado e se prove que a mãe do menor e o seu suposto pai sejam
parentes, isto é que sejam ligados por um vínculo de sangue, art.9 LF ou que sejam
afins de linha recta art,14 e 15.
Reconhecimento judicial
a) o filho houver sido reputado e tratado como tal pela pretensa mãe e reputado como
filho nas relações sociais, especialmente nas respectivas famílias;
b) exista carta ou outro escrito no qual a pretensa mãe declare inequivocamente a sua
maternidade;
c) tenha existido união de facto, durante o período legal de concepção.
Os sujeitos destes deveres são colocados num plano de igualdade, isto é, os deveres dos
pais para com os filhos também podem ser dos filhos para com os pais.
-Respeito mútuo entre os pais e filhos, auxílio e assistência, onde o dever de respeito,
auxílio e assistência vão variando em conformidade com a idade dos filhos e depois
com a idade dos pais, de acordo com o artigo...
-O dever de respeito e assistência dos pais por ter a ver com a sua integridade física,
com a sua educação e de um modo geral a sua preparação para a autonomização
gradual, ou seja, a sua preparação para a vida, confundindo-se durante a menoridade do
filho com as realidades parentais.
-Compete aos pais velar pela saúde e segurança dos seus filhos e promover ao seu
sustento, dirigir a sua educação, representa-los ainda que nascituros e administrar seus
bens.
Em suma são os pais que devem promover o sustento dos filhos enquanto se preparam
para obter uma profissão e alcançar um modo de vida.
Conclusão
Findo o trabalho concluímos que a filiação em grande parte logo após o nascimento da
criança. Podendo ser estabelecida pela declaração da própria mãe, ela não acontece só
com os pais biológicos mas também por meio da adopção, desde o momento que é
adoptada a criança ela pode adquirir essa filiação mas isso se for reconhecido
legalmente.
Textos legais
https://www.migalhas.com.br/depeso/279517/filiacao-no-ordenamento-juridico, A-
brasileiro.