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AULA 5
PERÍCIA EM NASCITUROS
Nascituro é, então aquele ser que foi concebido e ainda não nasceu. É o bebê que
encontrasse no ventre materno e já tem um conjunto de direitos, como a vida, mas que
ainda não nasceu. Esse entendimento da lei brasileira, inclusive, é o que justifica
constituir crime o aborto, pois sub entende-se que aquele organismo na barriga da mãe
tem uma expectativa de direito à vida, que se concretizará com o nascimento, e por
isso, não poderá ter a vida interrompida, a não ser nos casos que veremos a seguir.
Aborto legal
Aborto criminoso
A lei penal classifica o aborto entre os crimes contra a vida e diz que:
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MEDICINA LEGAL
O código penal diz ainda que será imputado ao agente a pena de reclusão de 1 a
4 anos àquele que provocar aborto com o consentimento da gestante.
Quiz:
Para responder à questão deve ser considerado o que diz o Ministério da Saúde
1.145/05 que explica que não é necessária a existência de boletim de ocorrência para a
realização do aborto sentimental.
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MEDICINA LEGAL
A lei não exige que haja condenação prévia do autor da violência sexual, que
haja ação penal em curso, autorização judicial, ou, ainda, que exista instauração de
inquérito policial. Basta que o médico forme seu convencimento com base em indícios
razoáveis da ocorrência do crime.
d) É aquele praticado na presunção de que o futuro filho herdaria dos pais doenças
ou anormalidades físicas ou mentais.
Vamos entender melhor o tema? Veja só o que diz a lei penal sobre o
aborto:
Aborto necessário
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MEDICINA LEGAL
A letra A fala acerca da gravidez de risco, o que não é uma circunstância que
permite o aborto e sim a exigência de cuidados especiais durante a gestação. É o que é
chamado de aborto terapêutico ou necessário. Portanto, a alternativa A está errada.
A letra C traz perfeitamente o que diz a lei penal quanto ao aborto necessário.
Alternativa CORRETA.
Quanto a letra D, o Brasil não permite o aborto nos casos em que os filhos
possam herdar doenças congênitas, seja física ou mental, alternativa incorreta.
Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi presa acusada do crime de infanticídio,
após ter jogado em uma centrífuga o bebê que ela havia dado à luz. Segundo a
ocorrência policial, um familiar da suspeita disse que ela havia escondido a gravidez e
que negava que houvesse praticado aborto.
• Certo
• Errado
A lei penal estabelece como uma “causa privilegiada” o crime de “matar, sob a
influência do estado puerperal o, o próprio filho, durante o parto ou logo após.
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MEDICINA LEGAL
Causa privilegiada é uma circunstância que atenua, nesse caso, o crime de
infanticídio.
Já o estado puerperal é definido como um momento até alguns dias após o parto
em que a mulher se encontra em uma situação de trauma psicológico, seja por motivos
como angústia, aflição, dores, bem como a uma deficiência de alguns níveis hormonais
que a medicina entende que podem levar a mulher a cometer o gesto criminoso.
Exame pericial
O exame pericial tem como objetivo determinar se aquele cadáver analisado tem
status de:
OU
Docimasia de galeno
Exemplos:
Se, por outro lado, a criança nascer viva e morrer imediatamente após o
nascimento, o patrimônio do pai passará aos seus herdeiros, no caso, a mãe da criança."
Quiz:
A lei diz que o infanticídio é o crime cometido pela mãe durante ou minutos após
o parto quando tomada pelo “estado puerperal” de descontrole emocional.
5. Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi presa acusada do crime de
infanticídio, após ter jogado em uma centrífuga o bebê que ela havia dado
à luz. Segundo a ocorrência policial, um familiar da suspeita disse que ela
havia escondido a gravidez e que negava que houvesse praticado aborto. A
partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
• Certo
• Errado
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MEDICINA LEGAL
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MEDICINA LEGAL
pelos serviços. Essa classificação pode ser aplicada, também, para os óbitos infantis
por causas perinatais; não contempla os óbitos infantis por outras causas.
Os grupos de causas são excludentes, ou seja, cada caso deve ser categorizado
em apenas um grupo de causas. No Anexo VII é apresentado o fluxograma para sua
utilização.
Grupo de causas
1 Anteparto: morte fetal que ocorre antes do trabalho de parto. Taxas elevadas:
falhas na atenção pré-natal e condições maternas adversas.
4 Asfixia: perda fetal intraparto; óbito fetal sem maceração; “fresh stillbirth”, ou
seja, natimorto recente (<12 horas); óbitos neonatais por hipóxia, exceto PN<
1000g. Taxas elevadas: falhas no manejo obstétrico e/ou reanimação neonatal.
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MEDICINA LEGAL
Ressalte-se que toda análise de evitabilidade do óbito infantil e fetal deve levar
em conta o peso ao nascer, dado que este é o fator isolado de maior importância para a
sobrevivência infantil. Isto significa dizer que o óbito de uma criança com baixo peso
(<2500g) deve ser considerado de maneira diferenciada em relação a uma criança com
peso ao nascer acima de 2500g. Esse diferencial é ainda mais importante para crianças
com peso ao nascer <1000g, quando a viabilidade fetal é bastante restrita.
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MEDICINA LEGAL
Igualmente importante é a divulgação dos resultados e a integração com as
demais políticas públicas sociais e de educação para uma atuação intersetorial com
vistas à promoção das condições de vida da população e interferência sobre os
determinantes sociais da mortalidade infantil.
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MEDICINA LEGAL
• Principais fatores intervenientes para os óbitos considerados evitáveis, de acordo
com os problemas identificados.
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