Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INFANTICÍDIO (A3)
JOÃO PESSOA-PB
2023
ANA CLARA PEREIRA DOS SANTOS
ANTONNY GABRIEL PEREIRA LEITE BARROS TOMAZ
FLAVIAN WILLIANE DA SILVA
LETHÍCIA ANDRADE FIGUEIREDO VENTURA
STEPHANY LOHANY ALVEZ DA SILVA
INFANTICÍDIO (A3)
JOÃO PESSOA-PB
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
O que diz o Direito Penal
2. SEGUNDO OS DOUTRINADORES
3. PERÍODO TEMPORAL DO DELITO
A pena
4. ESTADO PUERPERAL OU PUERPÉRIO
5. RESPONSABILIZAÇÃO DE TERCEIROS
6. CASO DE INFANTICÍDIO
Ensinamentos dos juristas
7. CONCLUSÃO
1. INTRODUÇÃO
O Direito Penal
O Infanticídio vem para tutelar os bens jurídicos mais importantes, como por
exemplo, o direito à vida. Muitos entendem que todas as vezes que se referimos a matar
alguém se caracteriza o homicídio, mas, em alguns casos, estamos diante de infanticídio,
tratado pela doutrina como uma forma de “homicídio privilegiado” que traz mudanças
claras, tendo como uma das principais mudanças matar sob o estado puerperal.
2. SEGUNDO DOUTRINADORES
Há um limite temporal no que diz respeito ao estado puerperal para que possa
caracterizar o crime de infanticídio. O artigo 123 do Código penal nos mostra que para
que se consume o crime, a mãe tem que matar seu próprio filho durante o parto ou logo
após, mas, muitos questionamentos surgem.
A PENA: Artigo 123: Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho,
durante o parto ou logo após: Pena – detenção, de 2 a 6 anos.
Victor Eduardo (ART. 29 CDP) e Fernando Capez (ART. 30 CP) “...os componentes
do tipo, inclusive o estado puerperal, são elementares desse crime. Sendo elementares
comunicam-se ao coautor ou participe (CP, art. 30), (CAPEZ, 2019).” Como estudado
anteriormente, o crime de infanticídio é unissubjetivo, logo, está propício ao concurso de
pessoas e, pelo estado puerperal e a mãe serem elementares do crime, acabam se
comunicando ao coautor ou partícipe do crime, que podem responder também pelo crime
de infanticídio. Como por exemplo o caso de um pai, que auxilia a mãe que estava no
estado puerperal a matar seu próprio filho, esse também responderá por infanticídio e
não, por homicídio, mesmo não estando sob a influência do estado puerperal, em razão
dos artigos 29 e 30, CP). Grande parte doutrinária defende que não tem como haver a
coautoria e a participação de terceiro no crime pois, não há, neles, o estado puerperal.
Em contra partida, há também grande parte doutrinária que defende o concurso de
pessoas no infanticídio pelo estado puerperal ser elementar do crime, comunicando-se,
então, ao terceiro do crime.
6. UM CASO
Mulher que jogou bebê vivo do 2º andar responderá por infanticídio após laudo
psicológico
ENTENDA O CASO
7. CONCLUSÃO:
Concluímos que o crime de infanticídio é aquele em que a mãe, mata o seu próprio
filho, durante o parto ou logo após, sob o estado puerperal. Vimos, também, que para que
se caracterize o estado puerperal, é necessário haver um diagnóstico, ou seja, uma
perícia, feita por um especialista. Contudo, o terceiro (coautor ou participe) ainda assim
responde pelo crime de infanticídio, em razão do disposto nos artigos 29 e 30 do Código
Penal. Em bora possa parecer injusto o coautor ou partícipe responder, assim como a
mãe, por infanticídio, é o entendimento que prevalecendo os tribunais. As condições do
tipo penal objetivas sempre se comunicam ao terceiro e as condições subjetivas não se
comunicam, mas, se essas condições subjetivas forem elementares do tipo penal, irão se
comunicar. Que é o caso do Infanticídio, mesmo o estado puerperal sendo uma condição
particular da mulher, como é próprio do tipo penal, acaba se comunicando ao coautor ou
partícipe. (NUCCI, 2015).