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DIREITO PENAL III

Prof. Francelle Barcelos Villas


DOS CRIMES CONTRA
A VIDA – INFANTICÍDIO
TÍTULO I - CRIMES
(art. 123, CP) CONTRA A PESSOA
INFANTICÍDIO
CP. Art. 123 - Matar, sob a influência do estado
puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo
após:
Pena - detenção, de dois a seis anos
O QUE É O ESTADO PUERPERAL?
É o período pós-parto ocorrido entre a expulsão da
placenta e a volta do organismo da mãe ao estado anterior
ao da gravidez (a doutrina e jurisprudência diverge quanto
ao tempo – 3 a 7 dias; 1 mês; algumas horas; etc.).
É considerado que houveram alterações no corpo e na
mente desta mulher, em decorrência da gestação, que
pode levá-la a agir de modo que não agiria normalmente.
ESTADO PUERPERAL
Os principais sintomas do estado puerperal são:
• Tristeza;
• desânimo;
• irritabilidade;
• angústia;
• falta de paciência;
• cansaço;
• alterações de humor.

OBS: É desnecessária a prova pericial.


CLASSIFICAÇÃO
a) Sujeito ativo: crime próprio;
b) Sujeito passivo: o bebê;
c) Exige-se o dolo – não há modalidade culposa;
d) Crime material;
e) Delito plurissubsistente;
f) Admite tentativa;
g) Ação penal pública incondicionada.
ERRO SOBRE A PESSOA
• Caso a mulher, em estado puerperal, confunda o seu bebê
recém-nascido, e mate bebê alheio, o que ocorre?

CP. Art. 20, § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o


crime é praticado não isenta de pena. Não se
consideram, neste caso, as condições ou qualidades da
vítima, senão as da pessoa contra quem o agente
queria praticar o crime.

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