DOS CRIMES CONTRA A VIDA – INFANTICÍDIO TÍTULO I - CRIMES (art. 123, CP) CONTRA A PESSOA INFANTICÍDIO CP. Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos O QUE É O ESTADO PUERPERAL? É o período pós-parto ocorrido entre a expulsão da placenta e a volta do organismo da mãe ao estado anterior ao da gravidez (a doutrina e jurisprudência diverge quanto ao tempo – 3 a 7 dias; 1 mês; algumas horas; etc.). É considerado que houveram alterações no corpo e na mente desta mulher, em decorrência da gestação, que pode levá-la a agir de modo que não agiria normalmente. ESTADO PUERPERAL Os principais sintomas do estado puerperal são: • Tristeza; • desânimo; • irritabilidade; • angústia; • falta de paciência; • cansaço; • alterações de humor.
OBS: É desnecessária a prova pericial.
CLASSIFICAÇÃO a) Sujeito ativo: crime próprio; b) Sujeito passivo: o bebê; c) Exige-se o dolo – não há modalidade culposa; d) Crime material; e) Delito plurissubsistente; f) Admite tentativa; g) Ação penal pública incondicionada. ERRO SOBRE A PESSOA • Caso a mulher, em estado puerperal, confunda o seu bebê recém-nascido, e mate bebê alheio, o que ocorre?
CP. Art. 20, § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o
crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.