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Em colaboração com:
A PROMOTORA Mirela Dutra Alberton, que se opôs ao aborto legal da
menina de 11 anos estuprada em Santa Catarina, começou uma investigação
para determinar a “causa que levou à morte do feto” após o procedimento –
embora, pela lei, não haja nenhum crime a ser averiguado. O aborto em caso de
estupro é permitido desde 1940 e, como a menina tem menos de 14 anos, não
há dúvidas de que foi vítima de estupro de vulnerável.
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Como informamos quando a menina teve alta, o procedimento foi feito por
meio de medicamentos, de forma que o feto saísse do útero já sem batimentos
cardíacos. A criança ficou na companhia da mãe durante todo o processo. De
acordo com o médico obstetra Olímpio Moraes, professor da Universidade de
Pernambuco e diretor do Cisam, hospital referência em aborto legal no Recife,
para casos acima de 22 a 24 semanas de gestação, é recomendada a indução de
assistolia fetal antes da indução do aborto. “Induz ao óbito do feto intra-útero
para não ocorrer sofrimento”, explicou.
Procurada, a polícia científica disse que não irá se pronunciar “até a finalização
dos procedimentos médico-legais, devido às repercussões e por estar tramitando
em segredo de justiça” e que, quando finalizado o procedimento, o resultado será
enviado à vara criminal responsável.
As mesmas perguntas foram feitas ao juiz José Adilson Bittencourt Junior, via
assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Por e-mail, o
TJSC disse que “são inverídicas as informações de que o juiz autorizou o
recolhimento do feto e deferiu a disponibilização do prontuário médico”. Por
telefone, a assessoria acrescentou que “o magistrado tão somente se manifestou
no sentido de que não caberia a ele decidir sobre tal pedido”. A assessoria
também afirmou que, em uma decisão posterior, o juiz recusou o pedido de
recolhimento do prontuário da menina. O Intercept não teve acesso a esse
documento.
Na prática, foi o despacho do juiz, contudo, que possibilitou que os restos fetais
fossem recolhidos. O IGP foi ao hospital na tarde de 24 de junho e o hospital se
recusou a fazer a entrega. De noite, contudo, os policiais retornaram com um
novo documento e foram liberados os restos.
Agora eles querem nos silenciar. Nos ajude a resistir e a cobrir os custos legais de
Schirlei e de todos os nossos jornalistas.
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