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O DISCURSO
Objeto da AD. Não tem relação com a transmissão de informação, nem linearidade. O que se
propõe é pensar o discurso a partir do complexo processo de constituição dos sujeitos
afetados pela língua e pela história que produzem sentidos, e não simplesmente transmitem
informação. Daí a definição de DISCURSO para a AD: efeito de sentidos entre os locutores.
Importa dizer também que as análises feitas por este método não se esgotam, pois todo
discurso se estabelece na relação com um discurso anterior, que aponta para outro. Não há
discurso fechado em si mesmo, mas som processos discursivos que podem ser recortados e
analisados diferentemente.
CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO
IDEOLOGIA
Ao tratar de ideologia, pode-se dizer que, enquanto prática significante, esta aparece como
efeito da relação necessária do sujeito com a língua e a com a história. Ela produz um efeito
elementar na constituição do sujeito discursivo, posto que, pela interpelação deste, inaugura-
se a posição-sujeito, colocando-o como produtor de sentidos. Não há sujeito sem ideologia.
ESQUECIMENTOS
Da mesma forma que a memória é questão fundante tanto para as condições de produção
quanto para as formações ideológicas, o esquecimento também é estruturante na AD. Os
discursos já existiam antes de nós, eles já estavam em processo antes de nascermos e isto não
é sobre singularidade. Não somos o início de nada, nem do nosso próprio dizer. Afetados pela
língua e pela história, as materializamos.
Esquecimento número 1 – da ordem da ideologia: Nos faz acreditar que somos a origem do
que dizemos e que não há relação direta entre nosso dizer, a língua e a história. Este
esquecimento é da instancia do inconsciente, pecheux chama de “efeito Münchhausen”.
INSCONSCIENTE