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francs charger: carregar, exagerar). Neste tipo de texto, o nodito/no-visto subsidia o dito/visto; ou seja, o no-dizvel/novisvel remete ao dizvel/visvel. Mas o implcito no deriva do
sentido das palavras, nem o seu complemento. (ORLANDI,
1992) O implcito, que aprendido por inferncias, atravessa as
palavras e
as
imagens, deixando sempre em
aberto
possibilidades para outras leituras. No h um desfecho, porque
o discurso, explcito ou implcito, [...] no se d como algo j
discernido e posto. Na AD, o analista [...] desfaz o produto
enquanto tal para fazer aparecer o processo. (ORLANDI, 2005,
p. 66)
Posto isso, passa-se discusso da charge como lugar que
rompe com o senso comum, em que o inesperado ocorre e os
sentidos deslizam; constitui uma forma de comunicao que usa,
de modo limitado, a linguagem verbal associada linguagem noverbal. A compreenso desse texto depende da manipulao de
dados e fatos cotidianos acrescidos de uma significante dose de
humor/ironia , ligados ao momento em que se d a relao
discursiva entre enunciador e coenunciador. Em outras
palavras, baseia-se em eventos temporais, tratando sempre de
temticas referentes a uma realidade a ser representada: [...]
no se trata apenas de um jogo de significantes descarnados,
como afirma Orlandi (2002, p. 68) Para ressoar preciso a forma
material, a lngua-e-a-histria.
A charge um gnero discursivo pertencente modalidade
da linguagem iconogrfica, de natureza dissertativa; uma prtica
discursiva e ideolgica, cujo repertrio sempre est disponvel
nas prticas sociais imediatas; o mundo imediato retratado nas
charges e os personagens esto ligados a tipos reconhecveis no
meio social; [...] a charge, como toda configurao visual, expressa
e transmite ideias, sentimentos e informao a respeito de si
prpria, de seu tempo ou a respeito de outros lugares e outros
tempos. (SOUZA, 1986, p. 46) De carter efmero, esquecida
quando o acontecimento de que trata apaga-se da memria social
ou individual; porm, como memria histrica, a charge
permanece sempre viva.
Na charge esto presentes aspectos caricaturais; o chargista
faz uso de recursos imagticos caricaturais, ao colocar-se no dizvel
e no visvel, a partir dos quais gera o no-dizvel. Charge e
caricatura so a mesma palavra: carga; mas quando numa
redao brasileira se diz charge, em geral se est pensando na
stira grfica
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