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NOME DO ACADÊMICO
Fichamento Crítico
NOVA MUTUM – MT
OUTUBRO / 2021
NOME DO ACADÊMICO
NOVA MUTUM - MT
OUTUBRO / 2021
TÍTULO DO TEXTO
FICHAS
“Análise do Discurso se constitui no espaço em que a Linguística tem a ver com a Filosofia e
com as Ciências Sociais [...] a linguagem é linguagem porque faz sentido. E a linguagem só
faz sentido porque se inscreve na história” (p. 25)
“Os sentidos não estão só nas palavras, nos textos, mas na relação com a exterioridade, nas
condições em que eles são produzidos e que não dependem só das intenções dos sujeitos.” (p.
30)
“Os dizeres [...] são efeitos de sentidos que são produzidos em condições determinadas e que
estão de alguma forma presentes no modo como se diz, deixando vestígios que o analista de
discurso tem de aprender [...] esses sentidos têm a ver com o que é dito ali mas também em
outros lugares, assim como com o que não é dito, e com o que poderia ser dito e não foi.
Desse modo, as margens do dizer, do texto, também fazem parte dele.” (p. 30)
“A memória, por sua vez, tem suas características, quando pensada em relação ao discurso. E,
nessa perspectiva, ela é tratada como interdiscurso. Este é definido como aquilo que fala
antes, em outro, lugar, independentemente [...] o saber discursivo que torna possível todo
dizer e que retorna sob a forma do pré-construído, o já-dito que está na base do dizível,
sustentando cada tomada de palavra.” (p. 31)
“O dizer não é propriedade particular. As palavras não são só nossas. Elas significam pela
história e pela língua. O que é dito em outro lugar também significa nas “nossas” palavras.”
(p. 32)
“Há uma relação entre o já-dito e o que se está dizendo que é a que existe entre o interdiscurso
e o intradiscurso ou, em outras palavras, entre a constituição do sentido e sua formulação”. (p.
32)
“Na análise de discurso, não menosprezamos a força que a imagem tem na constituição do
dizer. O imaginário faz necessariamente parte do funcionamento da linguagem [...] os
sentidos não estão nas palavras elas mesmas. Estão aquém e além delas.” (p. 41)
“O sentido não existe em si mas é determinado pelas posições ideológicas colocadas em jogo
no processo sócio-histórico em que as palavras são produzidas. As palavras mudam de sentido
segundo as posições daqueles que as empregam.” (p. 42-43)
“Os sentidos sempre são determinados ideologicamente [...] e isto não está na essência das
palavras mas na discursividade, isto é, na maneira como, no discurso, a ideologia produz seus
efeitos, materializando-se nele.” (p. 43).
“O sentido é assim uma relação determinada do sujeito – afetado pela língua – com a história.
É o gesto de interpretação que realiza essa relação do sujeito com a língua, com a história,
com os sentidos [...] não há discurso sem sujeito. E não há sujeito sem ideologia. Ideologia e
inconsciente estão materialmente ligados.” (p. 47)
“O sujeito só tem acesso a parte do que diz. Ele é materialmente dividido desde sua
constituição: ele é sujeito de e é sujeito à. Ele é sujeito à língua e à história, pois para se
constituir, para (se) produzir sentidos ele é afetado por elas. Ele é assim determinado, pois se
não sofrer os efeitos do simbólico, ou seja, se ele não se submeter à língua e à história ele não
se constitui, ele não fala, não produz sentidos.” (p. 49)
Resumo Crítico (de 10 a 15 linhas)
Resumo crítico