1) Os peticionários alegam violações de direitos humanos no presídio Urso Branco, incluindo o direito à vida, integridade pessoal e garantias judiciais.
2) O Estado admite problemas como superlotação e falta de condições, mas afirma ter tomado medidas como aumentar vagas e segurança.
3) Ambas as partes discordam sobre a efetividade das investigações das mortes ocorridas no presídio.
1) Os peticionários alegam violações de direitos humanos no presídio Urso Branco, incluindo o direito à vida, integridade pessoal e garantias judiciais.
2) O Estado admite problemas como superlotação e falta de condições, mas afirma ter tomado medidas como aumentar vagas e segurança.
3) Ambas as partes discordam sobre a efetividade das investigações das mortes ocorridas no presídio.
1) Os peticionários alegam violações de direitos humanos no presídio Urso Branco, incluindo o direito à vida, integridade pessoal e garantias judiciais.
2) O Estado admite problemas como superlotação e falta de condições, mas afirma ter tomado medidas como aumentar vagas e segurança.
3) Ambas as partes discordam sobre a efetividade das investigações das mortes ocorridas no presídio.
Os peticionários – Justiça Global e Comissão Justiça e paz da Arquidiocese
de Porto Velho denunciaram para a Comissão Internacional dos Direitos Humanos sobre a situação de violência e perigo em que se encontram os presos da Casa de Detenção José Mário Alves – vulgo presídio URSO BRANCO, Porto Velho/RO. Segundo a posição dos peticionários acima citados vários artigos da Convenção Americana sobre Direitos Humanos foram violados, entre eles o artigo 1.1. que seria a obrigação de respeitar os direitos que nada mais seria do que o comprometimento que os Estados soberanos tem de respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantia do livre e pleno exercício de todas as pessoas, sem discriminação alguma de qualquer natureza. Outro artigo violado seria o Artigo 4, que corresponde ao direito à vida das vítimas, ocorreram vários casos de grave violência dentro do presídio nos dias 01 e 02 de janeiro de 2002 ocorreu uma chacina onde morreram 27 pessoas, após o ocorrido ainda houveram mais de 60 mortes que praticamente não foram resolvidas. O artigo 5 da Convenção que é o Direito à integridade pessoal também foi violado pois os peticionários sustentam que a penitenciária não possui condições para abrigar pessoas privadas de liberdade, afinal não se encontra nas normas internacionais de proteção dos Direitos Humanos e os presos vivem em uma situação de insalubridade e insegurança, além de uma precária assistência médica e odontológica. Existe também a falta de banhos de sol diários, a inacessibilidade de água corrente para higiene pessoal e a inadequada limpeza das celas, o que aumentam a incidência de doenças infecto-contagiosas. Os presos também alegam a superlotação existente e alertam que há uma grave situação de descontrole da Unidade Prisional. Eles denunciam a corrupção do Sistema Penitenciário, agravado pelos baixos salários recebidos pelos agentes penitenciários. A Justiça Global e a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Porto Velho também afirmam que o artigo 8 da Convenção foi desrespeitado que seria o Direito às garantias judiciais e o Artigo 25.1 também que seria o direito dos presos à proteção Judicial, eles afirmam que as mortes ocorridas no interior da penitenciária não tiveram seus inquéritos e processos judiciais concluídos, diversos deles foram instaurados e estão com atraso injustificados, principalmente aqueles que dizem respeito a Chacina de 01 e 02 de Janeiro de 2002. Já as mortes que ocorreram depois da chacina poucos foram concluídos e muitos deles ainda se encontram em fase de inquérito policial ou ainda esperam a sentença de pronúncia. Os peticionários afirmam também que o Estado não oferecem as informações sobre as investigações das mortes ocorridas após 2002, demonstrando o descaso das autoridades brasileiras em investigar efetivamente os incidentes ocorridos para condenar os responsáveis.
POSIÇÃO DO ESTADO – CASO URSO BRANCO/RONDÔNIA
O Estado admitiu mediante petição enviada à Comissão Internacional dos Direitos Humanos que a Unidade Prisional Urso Branco se encontra com alguns problemas como: superlotação, falta de condições de segurança, alta ociosidade entre as pessoas presas e a situação grave de insalubridade, insuficiência de assistência Médica. O Estado mediante Notificação Recomendatória informou as seguintes medidas a serem tomadas imediatamente como resolver a situação da questão da superlotação carcerária; a entrada em funcionamento de um novo estabelecimento prisional no Estado; a apuração dos casos de tortura e espancamentos envolvendo agentes penitenciários e policiais militares; revistas periódicas das celas; dotar o estabelecimento de condições de dar assistência médica e odontológica a todas as pessoas privadas de liberdade; intensificar o rigor quanto à entrada de armas, drogas e telefones celulares nos estabelecimentos penais, entre outras determinações. O Estado reconheceu a situação de violência e as más condições de detenção existente no Presídio Urso Branco, mas alega que após a adoção de uma série de medidas recuperou plenamente o controle da unidade prisional para assim garantir a vida dos presos. Pertinente ás mortes ocorridas na penitenciária eles afirmam possuir firme propósito de realizar as investigações para que todos os responsáveis sejam punidos de forma devida, quanto a rebelião de 01 e 02 de Janeiro de 2002 eles afirmam que o processo configura-se de extrema complexidade, pois envolve tanto a morte como a acusação de diversas pessoas e sobre às outras mortes ocorridas dentro da penitenciária após a rebelião afirmam que todos os incidentes estão sendo devidamente investigados e alguns réus já foram condenados como sentença transitado em julgado. Contra as afirmações de inércia estatal relacionadas ao caso de tortura informam que foram abertos processos de sindicância para apurar os fatos narrados, os quais estão tramitando regularmente de acordo com as normas de jurisdição interna brasileira. Afirma também que os peticionários acusam as autoridades idôneas de crimes hediondos sem apresentar provas concretas e sem garantir o direito ao contraditório. Sobre as condições de detenção existentes na penitenciária afirmam ter o firme propósito de banir de URSO BRANCO toda e qualquer ameaça a Direitos Humanos através de medidas eficazes para assegurar a vida e a integridade física das pessoas privadas de liberdade. A superlotação no presídio terá um esforço conjunto do Governo Federal e Estadual para reconstruir o mesmo, onde serão separados os presos processados dos condenados. E o Estado pretende aumentar o número de vagas em todo o Estado de Rondônia. Já a falta de segurança decorrente do baixo número de guardas penitenciários foi solucionada com o envio de reforços no número de funcionários que tinha a média de 13 agentes por plantão sofreu a alteração para 16 e o Estado de Rondônia realiza constantemente a capacitação permanente dos seus agentes penitenciários. No atendimento médico e odontológico houve melhora com mais consultas médicas e foi detectado casos de malária que imediatamente foram resolvidos com a dedetização, resultando no controle da doença e também teve o Mutirão da Saúde que atendeu cerca de 492 pessoas presas. E por último e não menos importante temos o atendimento jurídico dos presos que é assegurado e realizado através do Projeto de Justiça Itinerante e pelo trabalho garantido pela manutenção de defensores públicos em constante diálogo com o Ministério Público e o Judiciário.
O Direito à Vida x Aborto de Anencéfalo: o aborto de feto versus Anencefalia na Corte Suprema do Brasil e a autorização do Aborto no Uruguai –Internacionalizando considerações jurídicas sobre a interrupção da vida