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CE.
I. DOS FATOS
Vale ressaltar que o mesmo afirma através de conversas em rede social (whatsapp),
que não vai ajudar a sustentar essa criança, e, inclusive a ameaça, e, somando-se ao fato
de já a ter agredido outras vezes, a mesma foi obrigada a entrar com medida protetiva
junto à delegacia da mulher, para se ver resguardada em sua integridade física e moral.
II. DO DIREITO
art. 4º “toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito
deve ser protegido por lei e, em geral, desde o momento da concepção.
Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente”.
O direito à vida é a base que fundamenta todos os demais direitos, que não podem
sequer ser cogitados sem que aquele figure como palco para sua manifestação.
A lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro (art. 2º, do CC). A
doutrina e jurisprudência clássica afirmam ser alguns dos direitos do nascituro mera
expectativa (direitos patrimonais e de herança, por exemplo). Já os que estão
relacionados à vida, são propriamente direitos fundamentais e irrenunciáveis, além de
sujeitos a proteção jurídica especial. Assim, no que tange aos direitos do nascituro,
protege-se especialmente o direito de filiação, o direito a alimentos, o direito à gestação
saudável, o direito a acompanhamento pré-natal (art. 8º, do ECA), direito a um parto digno,
dentre muitos outros.
Aquilo que já era defendido pela doutrina, com a interpretação dos pactos de
direitos humanos, Constituição, Código Civil, e legislação referente à criança ao
adolescente, bem como plenamente reconhecido pela jurisprudência pátria, foi
consolidado pela edição da citada lei. Dispõe seu art. 2º:
Isto se justifica de forma concreta, eis que uma gravidez gera uma série de gastos
como exames pré-natais, ultrassonografia, remédios, alimentação adequada, dentre
outros. Esses gastos, que serão revertidos ao bebê que ainda não nasceu não devem ser
suportados exclusivamente pela mãe, pois o dever de cuidado para com os filhos deve ser
suportado por ambos os pais.
Esse direito está respaldado, enfim, no próprio direito à vida, bem como nos
dispositivos previstos na Constituição (art. 227, CF) e no Estatuto da Criança e do
Adolescente (arts. 7º a 14, Lei 8.069/90).
É certo ainda que a obrigação alimentar dos pais em relação aos filhos menores
funda-se no poder familiar a que estão submetidos. Esse dever é abordado, inclusive, pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente, que em seu artigo 22 realça: “aos pais incumbe o
dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores...”. A própria constituição
também prevê a obrigação alimentar em seu art. 229. Com atenção a esse respeito, a
própria Lei 11.804/08 prevê sobre a conversão dos alimentos à criança nascida com vida
(art. 6º, par. Ún.)
1) Se empregado, o requerido deve contribuir com o valor mensal de 33% (trinta e três por
cento) de seus rendimentos líquidos, incluindo-se férias, décimo-terceiro salário, horas
extras, adicionais e verbas rescisórias, excluindo-se tão somente os valores relativos FGTS,
mediante o desconto direto em folha de pagamento.
1. Concessão dos benefícios da justiça gratuita, por ser a autora pobre em sentido legal,
conforme os preceitos da Lei 1060/50 e declaração de pobreza em anexo;
2. Intimação do Ministério Público, por se tratar de interesse de menor, nos moldes do art.
82, I, CPC;
Nestes termos,
Pede deferimento.
Fortaleza, 26/09/2018