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Dicas valiosas para sua construtora fugir das

estatísticas e oferecer condições de trabalho seguras


em todos os canteiros de obras

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ÍNDICE

01 02
INTRODUÇÃO USO ADEQUADO DE IMPORTÂNCIA DA
EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO NA
PROTEÇÃO SEGURANÇA DO
TRABALHO

03 04 05
ATENÇÃO ÀS MANUTENÇÃO COMPORTAMENTO
NORMAS! PREVENTIVA DE SEGURO
MÁQUINAS

06
TECNOLOGIA CONCLUSÃO SOBRE O
A SERVIÇO DA
SEGURANÇA
SIENGE

SOBRE O REFERÊNCIAS
CONSTRUCT
INTRODUÇÃO

Antes de assentar o primeiro tijolo, você precisa ter certeza de que tudo
foi devidamente projetado, orçado e planejado para orientar a execução da
obra e evitar maiores surpresas durante a construção do empreendimento,
certo?

Acontece que tão importante quanto elaborar ferramentas de gestão


como planejamentos financeiros e cronogramas é atestar que o canteiro
de obras funcione da forma mais segura possível e garanta a integridade
física de todo trabalhador que nele for atuar.

De acordo com a última atualização do Anuário Estatístico da Previdência


Social, entre 2007 e 2013 foram registrados cinco milhões de acidentes de
trabalho no Brasil. Os dados também mostraram que a construção civil é
o quinto setor econômico com o maior número de acidentes e o segundo
mais letal aos trabalhadores.

Para se ter uma ideia, a participação da construção no total de

acidentes de trabalho fatais no país passou de 10% em 2007

para 16% em 2013, respondendo por uma média de 450 mortes

por ano - ou seja, cerca de uma por dia.

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Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da
Construção e do Mobiliário (Contricon), esses números alarmantes
são resultado da falta de treinamento e do uso de equipamentos de
proteção nas obras. Isso pode ser somado ainda ao fato de que a maioria
das atividades que fazem parte do dia a dia de uma obra apresentam
características um tanto arriscadas, como trabalho em altura e contato com
equipamentos e produtos químicos que exigem o dobro de atenção na sua
utilização.

Em meio a esse cenário, a boa notícia é que ações preventivas de


segurança podem contribuir bastante para amenizar os riscos e reduzir
estatísticas desfavoráveis como essas, das quais sua construtora não
precisa - e nem deve! - participar.

Para isso, a segurança também precisa ter seu próprio planejamento para
cada obra e estar presente em todas as etapas da construção.

Neste e-book feito em parceria entre o Sienge e o Construct, você vai


encontrar seis dicas que podem começar a ser aplicadas já no plano de
ação do seu próximo projeto.

Boa leitura!

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1. USO ADEQUADO DE
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

A não utilização adequada de Equipamentos de Proteção Individual


(EPIs) e Coletiva (EPCs) é um dos principais causadores de acidentes de
trabalho na construção civil, a partir de agora esses mecanismos deverão
fazer parte do uniforme de trabalho de todo e qualquer trabalhador que
adentrar os canteiros de obras da sua construtora!

Os EPIs são dispositivos utilizados pelo trabalhador com a finalidade


de protegê-lo de riscos à sua saúde e segurança enquanto desenvolve
determinadas atividades profissionais. Já os EPCs servem a esse mesmo
objetivo, mas para proteger um grupo de pessoas.

Você sabia que existe uma Norma Regulamentadora (NR) que exige que o
empregador adquira EPIs de acordo com o risco de cada atividade, oriente
quanto à utilização adequada e exija seu uso e responsabilize-se pela sua
troca e manutenção?

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Sendo assim, é fundamental fazer levantamentos e avaliações das
atividades que serão desenvolvidas em seus canteiros de obras para
se certificar que os trabalhadores estejam operando em condições
seguras. Para isso, você pode pedir opinião especializada – a um técnico
de segurança do trabalho, por exemplo - e ainda pesquisar sobre os
equipamentos que outras construtoras estão utilizando.

Conheça alguns dos principais EPIs e EPCs aplicados na construção civil no


quadro abaixo:

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

CAPACETE: protege a cabeça de impactos causados pela queda


de objetos elevados.

ÓCULOS DE SEGURANÇA: protege contra a entrada de partículas nos olhos durante a


utilização de serras e lixadeiras, por exemplo.

PROTETOR AUDITIVO: ameniza a exposição ao ruído que pode


danificar a audição ao longo do tempo.

MÁSCARA: protege contra a poeira gerada pelo corte de madeira e cerâmicas como
tijolos e telhas, além de evitar o contato das vias respiratórias com produtos químicos,
como tintas.

LUVAS: disponíveis em diversos materiais para finalidades específicas, elas fornecem


proteção em trabalhos com risco de cortes e evitam o contato direto das mãos com
materiais como cimento e argamassa.

CALÇADO DE SEGURANÇA: protege os pés de perfurações


(ao pisar em pregos, por exemplo) e quedas de objetos e
evita que o trabalhador seja vítima de escorregões.

CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA: principal equipamento de proteção


utilizado em trabalhos em altura, possui pontos de conexão a outros elementos de

segurança e é capaz de reter uma pessoa em caso de queda.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCs)
TAPUMES: anteparo geralmente de madeira que limita o local da execução da obra
para proteger quem está do lado de fora.

CHUVEIROS LAVA-OLHOS: ajuda o trabalhador a fazer limpeza imediata dos olhos no


caso de contato com materiais da obra.

PLATAFORMAS: instaladas entre os pavimentos, evitam que objetos caiam


diretamente no solo e atinjam algum trabalhador.

CONES, CAVALETES, BIOMBOS, FITAS, CORRENTES, TELAS E REDES


ISOLADORAS: sinalizam áreas restritas e alertam sobre o trânsito e
uso de máquinas e equipamentos, por exemplo.

EXTINTORES DE INCÊNDIO: combatem focos de chamas e evitam incêndios


conforme o tipo de material gerador do fogo.

Feito isso, é fundamental verificar se os equipamentos de proteção


individuais e coletivos fornecidos estão sendo realmente utilizados.
Afinal, não basta apenas entregá-los às equipes se as pessoas ainda não
estiverem conscientizadas da importância do seu uso, concorda?

1.1 DICAS PARA ESTIMULAR O USO


DOS EQUIPAMENTOS
Um trabalhador pode deixar de utilizar um dispositivo de proteção por
diversos motivos: não ter consciência do real risco que sua atividade
representa, achar incômodo e até pela falta de hábito. Sendo assim, sua
construtora precisa avaliar se está agindo da forma certa para incentivar o
uso. Para ajudar a contornar essas situações, algumas dicas interessantes
que a construtora pode colocar em prática são:
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OFERECER equipamentos de proteção de qualidade que sejam
confortáveis de usar e não atrapalhem o desenvolvimento do trabalho;

ENVOLVER os colaboradores na escolha do fornecedor dos EPIs,


pedindo para que façam os testes e escolham os produtos que
ofereçam mais conforto e - por que não? - melhor design. Assim,
não terão desculpa para não usar, já que foram eles mesmos quem
escolheram;

ORGANIZAR-SE para entregar periodicamente os equipamentos


certos para cada atividade e trocá-los antes da data de validade;

ESTABELECER a utilização de EPIs e EPCs como regra da construtora


e realizar auditorias de fiscalização para criar o hábito do uso.

Afinal de contas, de nada adianta investir em equipamentos de proteção se


os principais contemplados não enxergarem sentido nessa iniciativa!

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2. A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
NA SEGURANÇA DO TRABALHO

Uma boa comunicação na segurança do trabalho é chave para ajudar a


prevenir doenças e acidentes relacionados às atividades de uma empresa.
Para empresas de construção civil, onde boa parte dos trabalhadores
desenvolvem atividades fisicamente intensas e atuam em locais propensos
a acidentes, como os canteiros de obras, a atenção ao tema segurança do
trabalho costuma ser enfatizada. Provavelmente na sua empresa existe
uma comissão permanente ou um departamento exclusivamente dedicado
a garantir que todas as normas de segurança sejam cumpridas, que os
funcionários sejam treinados para evitar acidentes, que a assistência
médica saiba agir quando coisas ruins acontecem. Mas será que sua
empresa dá a devida atenção ao papel específico da comunicação em todo
esse processo?

Frequentemente, como gestores, negligenciamos o tema comunicação.


Assumimos que sabemos nos comunicar bem o suficiente, já que fazemos
isso o tempo todo e sem precisar pensar muito a respeito. Acreditamos que
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nossos líderes, pares e liderados compreendem bem nossas mensagens e
comunicam-se bem uns com os outros. Deixamos de fazer um planejamento
de comunicação orientando cada objetivo de negócio ou cada processo.
Deixar de planejar a comunicação é um grave erro! Sem planejamento, não
se estabelecem critérios de sucesso e não se identificam oportunidades
de ganho de eficiência, não se identificam os pontos que podem funcionar
melhor ou pior dependendo do tipo e da qualidade da comunicação.
Quando deixamos de planejar a comunicação na segurança do trabalho, o
custo de uma falha ou da falta de comunicação pode ser um grave acidente
ou até mesmo a morte de uma pessoa.

Sobre o tema de comunicação na segurança do trabalho, há um artigo


interessante, da australiana Angelica Vecchio-Sadus, especialista saúde e
segurança corporativa. Angelica fala sobre como uma comunicação efetiva
contribui para o fortalecimento de uma cultura que prima pela segurança
do trabalho.

A autora destaca que precisamos unir prática e teoria das normas de


segurança para que as precauções sejam eficazes, e ter esses objetivos
previstos em seu plano de comunicação é o que faz a diferença. Veja alguns
exemplos de como conseguir isso.

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2.1 MISSÃO, POLÍTICA E PLANO
ESTRATÉGICO PARA SAÚDE E
SEGURANÇA NO TRABALHO

Definir a política das medidas de saúde e segurança da sua empresa, assim


como sua missão, ajuda na hora de delimitar e comunicar a direção dos
processos nessa área, e pode até se tornar uma referência nas tomadas de
decisão. O plano estratégico complementa isso levantando as melhores
maneiras de repassar esses objetivos e prioridades a todos os envolvidos na
organização.

Uma boa forma de engajar sua equipe é por meio de eventos como uma
“Semana da Segurança”. Nesses eventos, colocar o tema em evidência
ajuda a promover um ambiente de trabalho mais saudável, conscientizando
todos os funcionários e os envolvendo no comprometimento da gestão da
segurança. Atividades criativas podem ser oferecidas, como seminários,
concursos e artigos promocionais. Num viés mais formal, conferências
sobre o tema também são uma dinâmica a ser organizada, visando
compartilhar mais informações sobre saúde e segurança no trabalho e
até estudos de outras organizações. Fóruns para se reunir com outros
profissionais do ramo também podem ser considerados.

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2.2 TREINAMENTOS E CAMPANHAS

Treinamentos são as melhores ferramentas para cobrir qualquer lacuna de


conhecimento que grupos e áreas de alto risco tenham. Assim, a percepção
de risco é ajustada. Programas de treinamento pró-ativos funcionam bem
para estimular atitudes positivas e construtivas para saúde e segurança do
local de trabalho, mantendo sempre em mente as necessidades específicas
da sua equipe.

Para envolver toda a equipe no processo de melhorias, campanhas


para estimular a comunicação de incidentes e acidentes também são
importantes, pois muitos trabalhadores ainda têm receio de denunciar
condições e situações irregulares por medo de serem recriminados.

2.3 BROCHURAS, CARTAZES E VÍDEOS

Como há muitas informações sobre saúde e segurança no trabalho que


devem ser repassadas, torná-las facilmente acessíveis e compreensíveis
é um dos passos principais. Vídeos e até um website para fornecer e
centralizar todos os documentos referentes a este setor na sua empresa
podem ser bons recursos para disponibilizar essas informações. Vale
apenas lembrar que o site deve ser divulgado internamente, pois precisa de
visibilidade para cumprir seu objetivo.

No canteiro de obras, onde os riscos são mais presentes e existe um foco

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para prevenção, a comunicação deve ser ainda mais intensiva. O uso de
placas e instruções de segurança ajudam a alertar os trabalhadores sobre os
cuidados necessários para prevenção de acidentes. É cada vez mais comum
que os trabalhadores estejam com seus smartphones, na obra, por exemplo,
e seu uso em geral é positivo, mas pode haver riscos, especialmente quando
o uso não é profissional e planejado, mas para aqueles momentos de lazer,
quando chegam piadas do grupo de amigos ou mensagens da família. Para
evitar que trabalhadores atendam a ligações pessoais ou se distraiam com
mensagens instantâneas, canteiros de obras no Distrito Federal criaram
o “cantinho do WhatsApp”, sempre em uma área livre de riscos e onde os
trabalhadores podem ficar mais relaxados.

Hoje temos uma grande variedade de publicações sobre questões de saúde


e segurança no trabalho, desde simples folhetos instrutivos sobre temas
específicos, como cartilhas de dicas de segurança, até outras fontes de
informação para relatórios mais detalhados, livros, entre outros.  Em caso
de problemas de linguagem, posters com ilustrações e símbolos podem
simplificar e esclarecer certas mensagens. Para destacá-los, você pode
colocar em paineis exclusivos para esse tipo de comunicação!

2.4 CUIDADO COM A LINGUAGEM


UTILIZADA COM CADA PÚBLICO

O modo como você se comunica com seus funcionários faz toda a diferença
para que eles acreditem na sua mensagem. A regra aqui é dar feedbacks
objetivos. O ideal é que você não utilize uma linguagem ambígua e subjetiva,
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ou seja, repleta de adjetivos e que possibilite diversas interpretações. Dizer
que seu funcionário é desorganizado, desleixado ou desatento só resulta
em ressentimento e discordância em relação aos comportamentos de
segurança defendidos por sua empresa. Afirmar também que um acidente
foi resultado de “azar” fornece a interpretação de que não poderia ter sido
evitado. Essa constatação vai na contramão do trabalho preventivo de
segurança do trabalho que deve identificar os riscos envolvidos nas tarefas
do dia a dia.
Veja abaixo outros três exemplos de como tornar frases
negativas em positivas:

EXEMPLO #1
NEGATIVA
Qual é o problema?
POSITIVA
Como posso ajudar?
EXEMPLO #3
EXEMPLO #2 NEGATIVA
NEGATIVA Já disse anteriormente a
Você não entende você para não fazer isso
POSITIVA POSITIVA
Deixe-me explicar novamente Que tal tentar dessa forma?

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3. ATENÇÃO ÀS NORMAS!

Você já foi apresentado a uma das principais Normas Regulamentadoras


aplicadas à construção civil, a NR 6, que dispõe sobre o fornecimento e
uso de EPIs adequados ao risco de cada atividade, mas existem diversas
outras que devem ser observadas pelo setor e sua construtora precisa ficar
atenta.

As NRs, relativas à segurança e medicina do trabalho e formuladas


para garantir condições saudáveis e seguras ao trabalhador, devem
ser cumpridas por todas as empresas e órgãos privados e públicos que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). Ao ser constatado o não cumprimento dessas normas por meio de
fiscalizações, a construtora fica sujeita a penalidades, como multas.

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CONHEÇA ABAIXO 10 DAS PRINCIPAIS NRS APLICADAS À
CONSTRUÇÃO CIVIL:
#1 NR 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA
DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT): a
construtora deve manter tais serviços para promover a saúde e
proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

#2 NR 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE


OCUPACIONAL (PCMSO): exige a elaboração e implementação do
programa com o objetivo de preservar a saúde dos trabalhadores.

#3 NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS


(PPRA): estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação
do programa, visando levantar e controlar os riscos existentes no
ambiente de trabalho.

#4 NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM


ELETRICIDADE: estabelece condições mínimas para garantir a
segurança de operários que trabalhem direta ou indiretamente com
serviços de eletricidade.

#5 NR 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E


MANUSEIO DE MATERIAIS: normas de segurança para operação de
máquinas transportadoras.

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#6 NR 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS: medidas de proteção para garantir a saúde
e integridade física do trabalhador na utilização de máquinas e
equipamentos de todos os tipos.

#7 NR 21 – TRABALHOS A CÉU ABERTO: regulamenta o


oferecimento de abrigos para proteção no caso de intempéries.

#8 NR 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA: devem ser adotadas


cores para indicar os riscos existentes nos locais de trabalho.

#9 NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO


NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO: estabelece diretrizes para a
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de
segurança no meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

#10 NR 35 – TRABALHO EM ALTURA: estabelece condições


mínimas e medidas de proteção para a realização do trabalho em altura
- leia o post sobre a NR 35 no blog!

Vale a pena destacar que normas de segurança não devem ser encaradas
como meras obrigações e formalidades, e sim como mecanismos para
ajudar a construtora a oferecer ambientes de trabalho mais seguros e
impulsionar resultados por meio da motivação e produtividade. Faça
download do guia de normas da construção para 2016 e conheça outras
NRs aplicadas ao segmento da construção.

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4. MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE
MÁQUINAS

É melhor prevenir do que remediar, certo? Quando se fala em máquinas


e equipamentos, então, os custos com manutenções preventivas são
significativamente menores se comparados aos gastos com reparos
corretivos e emergenciais.

Mas essa não é a única vantagem de se realizar revisões preventivas no


maquinário utilizado pela construtora. Outro benefício extremamente
importante está relacionado à segurança dos operadores, uma vez que
poderão utilizar todos os recursos oferecidos pelos equipamentos sem se
preocuparem em sofrer acidentes pelo seu mau funcionamento.

Manutenções preventivas são as reparações – como lubrificações,


calibrações e aferições - feitas com a intenção de reduzir a
probabilidade de falha de uma máquina ou equipamento. São
intervenções devidamente programadas para acontecer antes da
data provável do aparecimento de uma falha, visando evitá-la.
19
Por isso, vale a pena elaborar um planejamento de manutenções
preventivas de todas as máquinas e todos os equipamentos que fazem
parte do patrimônio da construtora para mantê-los sempre em perfeito
estado de funcionamento. Esse cronograma pode ser feito com base em
recomendações do fabricante ou no histórico de uso, por exemplo.

Pense nas betoneiras utilizadas para misturar concreto e demais materiais


na execução de uma obra. As descargas elétricas estão entre as principais
causas de acidente envolvendo essas máquinas, por isso, os cabos devem
estar sempre em bom estado para evitar que qualquer parte desencapada
gere choques – muitas vezes tão intensos que acabam até custando a vida
do trabalhador.

Furadeiras, serras e lixadeiras também são exemplos de ferramentas de


uso constante nas obras e, por esse motivo, precisam estar com suas
manutenções sempre em dia.

O disco de uma serra pode subitamente se desprender do seu eixo


durante o uso por ter afrouxado com o tempo e ainda não ter passado pela
manutenção necessária. Isso pode gerar desde ferimentos superficiais até
lesões mais sérias que perigam, inclusive, afastar o operário do trabalho
temporariamente.

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5. COMPORTAMENTO SEGURO

Porém, a implementação de uma cultura de segurança sólida no canteiro


de obras envolve muito mais do que controlar riscos e padronizar
procedimentos de prevenção.

Faz parte desse projeto também – e principalmente – trabalhar


a mentalidade das pessoas para melhorarem sua capacidade de
compreensão da situação e, com isso, adotarem atitudes mais seguras.
Afinal, pode-se dizer que uma cultura de segurança passa a existir quando
os trabalhadores mudam seu comportamento e passam a fazer escolhas
seguras por conta própria.

Confira quatro ações que você pode executar para implementar uma
cultura de segurança:

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#1 CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO: conforme você viu no
primeiro capítulo deste e-book, os motivos para um trabalhador não
apresentar um comportamento seguro podem ser muitos, entre eles,
não estar ciente dos riscos oferecidos pela sua atividade. Por isso,
vale a pena promover campanhas de conscientização para mostrar
aos operários os perigos presentes no canteiro de obras, inclusive
apresentando estatísticas de acidentes de trabalho voltadas ao
segmento. Uma dica para tornar as campanhas mais dinâmicas é
desenvolver gincanas de "equipe contra equipe": se um membro da
equipe A for pego sem EPI, seu time perde pontos, e quem utilizar os
dispositivos recebe uma premiação. Também é possível fazer vídeos
das famílias dos trabalhadores pedindo que tenham cuidado, pois os
estão esperando em casa, os quais podem ser assistidos pela equipe
antes de começar o dia de trabalho.

#2 TREINAMENTOS: ao saberem que devem tomar mais cuidado,


agora os trabalhadores precisam saber como agir para driblar os
riscos o máximo possível. É o momento de realizar treinamentos para
orientar e praticar o uso de equipamentos de proteção individual e
coletiva e simular situações críticas para preparar os operários para
possíveis adversidades que possam ocorrer. A Softplan, por exemplo,
criou um kit com materiais que você pode usar para conscientizar
sua equipe a acabar com o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da
Dengue, Chikungunya e Zika.
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#3 LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO: essas duas palavras são sinônimos
de segurança em um canteiro de obras. Os lugares onde as pessoas
vão transitar durante a construção do empreendimento não podem ter
objetos obstruindo a passagem - como entulhos, ferramentas, tijolos,
areia e tábuas espalhados pelo chão. Sempre que necessário, esses
materiais devem ser recolhidos e estocados de forma organizada.

#4 AUDITORIAS: a qualquer momento um agente fiscalizador pode


bater à porta do seu canteiro de obras para verificar como está a
aplicação das normas de segurança. Sua construtora não precisa
esperar isso acontecer e ainda correr o risco de levar uma multa, não é
mesmo? Por isso, a dica aqui é criar um sistema interno de fiscalização
periódica para incentivar o comportamento seguro e evitar acidentes.

Sabendo que na indústria da construção é muito comum trabalhar com


equipes terceirizadas, é interessante que campanhas e treinamentos
sejam realizados periodicamente a cada novo projeto, considerando as
particularidades de cada canteiro de obras.

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6. TECNOLOGIA A SERVIÇO DA
SEGURANÇA

Depois de ler essas dicas, algumas dúvidas podem estar passando pela
sua cabeça agora, do tipo: as orientações são boas, mas de que forma
vou organizar todas essas informações? Como saber, por exemplo, que
é hora de comprar novos EPIs ou fazer manutenção de determinado
equipamento?

A gestão eficiente da segurança dos profissionais que trabalharem nas


obras da sua construtora pode ser apoiada por uma solução tecnológica
especializada no segmento de construção civil, que registra e controla
informações para ajudar você a não perder um só prazo e oferecer
condições de trabalho seguras em toda obra que for realizar. O sistema
auxilia nessa missão por meio de funcionalidades como:

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#1 ACOMPANHAMENTO DA SAÚDE DOS TRABALHADORES:
a solução é capaz de armazenar todo o histórico de saúde do
trabalhador, disponibilizando exames e atendimentos já realizados
e controlando datas dos próximos exames obrigatórios, de forma a
preservar a saúde dos envolvidos na obra e evitar acidentes.

#2 GESTÃO DE EPIS: controla a necessidade de higienização,


manutenção e troca (dado o período de validade) dos EPIs utilizados
pelos trabalhadores nas obras.

#3 INTEGRAÇÃO ENTRE ÁREAS: as informações de saúde e


segurança registradas na solução alimentam processos de outras áreas
da construtora, como Recursos Humanos (acompanhamento da saúde)
e Compras (gestão de EPIs).

#4 APOIO ÀS NORMAS DE SEGURANÇA: o sistema registra e


integra informações provenientes de documentos exigidos pelas NRs,
como os programas PPRA e PCMSO.

#5 CONTROLE DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS: assim como


faz com os equipamentos de proteção, a solução também armazena
cronogramas para a realização de manutenção preventivas de
máquinas e equipamentos utilizados na obra e dispara lembretes
quando as datas se aproximam, garantindo que estejam sempre em
perfeito estado e evitando acidentes pela má conservação.
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Proporcionar condições de trabalho seguras envolve muitos detalhes
que, se não forem gerenciados adequadamente, podem colocar a perder
todo o investimento em segurança realizado pela construtora. Ao mesmo
tempo, a empresa precisa focar no seu negócio e fica realmente muito
difícil controlar todos essas particularidades de forma manual.

É por isso que uma solução tecnológica, ao operar de maneira organizada


e automatizada, é capaz de cuidar de todos os detalhes e ser uma aliada
e tanto da construtora quando o assunto for segurança no canteiro de
obras, assegurando o controle efetivo de todas as atividades rotineiras
e o cumprimento de prazos e protegendo a integridade física dos
trabalhadores.

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CONCLUSÃO

Como você viu no início deste e-book, a construção civil é o segundo


setor econômico do Brasil com o maior número de acidentes de trabalho
fatais. De que forma sua construtora está colaborando para reduzir essas
estatísticas e ajudar o segmento a conquistar uma posição mais favorável
neste ranking?

Essa foi a motivação principal para a elaboração deste material: apresentar


iniciativas simples que podem começar a ser trabalhadas pela sua
construtora agora mesmo e gerar bons resultados já nas próximas obras
que for realizar.

A ideia também é chamar a atenção para ações que são obrigatórias por
lei – como o fornecimento de equipamentos de proteção e o cumprimento
de normas de segurança – mas nem sempre são colocadas em prática, as
quais poderiam, e muito, assegurar condições de trabalho mais seguras a
todos os envolvidos no canteiro de obras.

Outro ponto importante a se concluir é que segurança e organização


andam juntas. Diante disso, nada melhor do que se apostar em uma
solução tecnológica especializada no segmento para gerenciar e
automatizar processos e, com isso, padronizar e profissionalizar ainda mais
os processos da construtora, elevando-a a um patamar de competitividade
superior do mercado.
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SOBRE O SIENGE

O Sienge é um sistema de gestão, também chamado de ERP – Enterprise


Resource Planning, especializado na Indústria da Construção. Você pode
gerenciar e integrar todas as áreas de uma empresa sem ter que abrir mão
de um software que atenda com propriedade a produção da sua empresa.
Com o Sienge e sua equipe altamente capacitada neste segmento, todas as
necessidades do setor estão ao seu alcance.

Você encontra outros materiais disponíveis em nosso blog, sempre com


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Visite: www.sienge.com.br/blog/

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SOBRE O CONSTRUCT

O primeiro aplicativo de comunicação móvel em projetos

O Construct App é o primeiro aplicativo de comunicação pensado


especialmente para projetos de construção civil. Fácil e agradável de usar,
qualquer pessoa que saiba enviar um e-mail ou mensagens instantâneas
pelo celular saberá usar e aproveitar ao máximo todos os recursos do
Construct App. Com ele você tem todas as suas obras na palma da mão.

Organize e centralize a comunicação com todos os envolvidos nas obras


num mesmo lugar, de forma totalmente segura e confiável. Compartilhe
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notas e marque-as sobre a planta de projeto. Gere e compartilhe relatórios
em segundos, com apenas alguns cliques.

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resultados da sua empresa e para se desenvolver como profissional de
construção civil.

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REFERÊNCIAS

Blog do Sienge

Casas e Projetos

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea)

Gazeta do Povo

Guia Trabalhista

Portal SESMT

Segurança do Trabalho NWN

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