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CONHEÇA AS NORMAS DE SEGURANÇA DO

TRABALHO NA INDÚSTRIA TÊXTIL


 
A indústria têxtil é uma atividade econômica vital para o desenvolvimento de
diversos setores do nosso país. Inclusive, o Brasil é um grande produtor de tecidos,
com polos têxteis de enormes dimensões nos mais variados cantos do território
nacional, tais como Fortaleza, no estado do Ceará, Americana, em São Paulo, e o
Vale do Itajaí, no estado de Santa Catarina.
Acidentes são comuns no cotidiano de uma indústria e, para isso, foram criadas as
normas de segurança do trabalho. No caso da indústria têxtil, os indicadores de
segurança do trabalho são os melhores de todo o ramo industrial, e isso é resultado
de um longo processo de estudos e observações dos profissionais do ramo.
Quer saber mais sobre as normas de segurança do trabalho na indústria têxtil?
Então, continue com a gente! Aqui, abordaremos o que são e quais as normas de
segurança do trabalho no setor, e qual a importância da sua correta aplicação.
Confira! 

O que são as normas de segurança do trabalho?

Também chamadas de normas regulamentadoras (NRs), as regras de segurança do


trabalho são determinadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para
preservar a integridade dos trabalhadores em um ambiente laboral. Essas normas
são obrigatórias e devem ser seguidas por todos os empregados contratados pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
As normas podem ser classificadas em gerais e específicas. As gerais envolvem,
por exemplo, a determinação do uso de equipamentos de proteção individual, o que
inclui óculos, luvas e sapatos de proteção, entre outros.
Já as específicas são aquelas que variam de acordo com as necessidades de cada
área. No caso do setor têxtil, as mais utilizadas são a NR12, que trata das máquinas
usadas na produção, e a NR6, que trata dos equipamentos de proteção. Falaremos
delas em breve.

Qual a importância de seguir as normas que se aplicam no setor?

Além da prevenção de acidentes, que é a importância principal, existe uma série de


outros fatores que podem ser prevenidos ou cessados com a concordância das
normas de segurança do trabalho na indústria têxtil.
Primeiramente, o surgimento de doenças relacionadas ao trabalho industrial. As
mais comuns são a LER (lesão por esforço repetitivo), as doenças de coluna e a

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fadiga. Essas doenças podem causar o afastamento do funcionário e até mesmo a
sua aposentadoria precoce.
Outro fator muito importante está relacionado à imagem do setor diante do mercado.
Empresas que seguem à risca as diretrizes estabelecidas pela segurança do
trabalho passam a credibilidade voltada para a responsabilidade e despertam a
confiança dos stakeholders. 

Quais são as normas de segurança do trabalho na indústria têxtil?

Dentre as normas de segurança do trabalho na indústria têxtil, existem duas


principais que norteiam todas as outras: a NR12 e a NR6. Veja mais sobre elas!

NR12

A NR12 é a norma responsável pela segurança do trabalho em máquinas e


equipamentos. De acordo com a própria norma, o objetivo é definir as referências
e princípios necessários para garantir que a saúde física e mental dos trabalhadores
de indústrias seja preservada.
Regida pelo princípio da falha segura, a norma se aplica somente a máquinas
movidas a energia elétrica e para fins industriais. Como medidas de proteção, são
adotadas as de proteção coletiva, as administrativas ou de organização do trabalho
e as individuais. 
A norma também estabelece alguns deveres a serem cumpridos pelos
trabalhadores, tais como não realizar nenhum tipo de alteração nas proteções
mecânicas ou dispositivos de segurança, participar dos treinamentos oferecidos e
colaborar com o empregador na aplicação da norma.
Na NR12 também são definidas as distâncias mínimas entre as máquinas, a forma
como as elas devem ser instaladas e algumas proibições, por exemplo, a utilização
de alguns tipos de chaves e a exposição de partes energizadas nos equipamentos.
De forma breve, a norma abrange diversos aspectos, como princípios gerais:

 o arranjo físico e as instalações;


 os dispositivos e as instalações elétricas;
 os dispositivos de partida, de acionamento e de parada;
 os sistemas de segurança e os dispositivos de parada de emergência;
 os meios de acesso permanentes;
 os componentes pressurizados;
 os transportadores de materiais;
 os aspectos ergonômicos;
 os riscos adicionais etc. 

NR6

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Diz respeito aos equipamentos de proteção que devem ser utilizados pelo
trabalhador. De acordo com a própria norma, trata-se de dispositivos de uso
individual, com a intenção de proteger a saúde do trabalhador dos possíveis riscos
no trabalho. 
A norma conceitua o equipamento conjugado de proteção individual, além de
determinar como ele será vendido, de que forma as empresas deverão fornecê-
lo aos empregados e em quais situações.
Também são estabelecidos sob quais órgãos fica a responsabilidade de
credenciamento, as responsabilidades do empregador, empregado e do fabricante
e/ou importador, além da determinação dos prazos de validade do equipamento.
Veja, agora mesmo, algumas das responsabilidades entre as partes envolvidas!

Responsabilidades do empregador

 exigir o uso do equipamento;


 orientar e treinar o trabalhador quanto ao seu uso adequado;
 responsabilizar-se pela periódica higienização;
 comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego sobre as irregularidades
observadas.

Responsabilidades do empregado

 utilizar o equipamento apenas para a finalidade a qual se destina;


 responsabilizar-se por conservar e guardar os equipamentos de forma
correta;
 comunicar o empregador a respeito de qualquer danificação observada.

Responsabilidades do fabricante e/ou importador

 cadastrar-se junto ao órgão nacional responsável pela segurança do trabalho;


 verificar se o número do lote de fabricação do equipamento está correto;
 solicitar a emissão do Comprovante de Aprovação;
 comercializar apenas equipamentos que contenham Comprovante de
Aprovação.
Portanto, seguir de forma convicta as normas abordadas é essencial para manter o
trabalhador em segurança. De modo geral, medidas como estabelecer livre a
circulação da área de trabalho, com boa iluminação e ventilação, além do perfeito
nivelamento e higiene dos pisos, a correta instalação das máquinas e a proteção de
materiais inflamáveis, de modo a evitar possíveis incêndios, é o caminho ideal
para manter a sua empresa dentro dos padrões legais.
Gostou de aprender mais sobre as normas de segurança do trabalho na indústria
têxtil? Então, não deixe de ler também sobre como implementar a gestão estratégica
no setor têxtil e aprender muito mais!

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SEGURANÇA DO TRABALHO NA INDÚSTRIA TÊXTIL: GUIA
PARA PREVENIR ACIDENTES E DOENÇAS

A indústria têxtil e de vestuário é responsável por um grande percentual de


empregos na cadeia produtiva de têxteis e confecções. Nas suas atividades laborais,
podem-se encontrar diversos riscos profissionais relativos à segurança e à saúde
dos trabalhadores, como os provenientes da organização do trabalho (risco
ergonômico) e os ligados aos equipamentos e agentes agressivos (risco físico,
químico e de acidentes). Apesar disso, o setor têxtil apresenta, em geral, indicadores
de segurança do trabalho melhores que os calculados para todo o ramo industrial.
Por outro lado, ainda encontramos muitas situações que podem tornar o local de
trabalho inseguro. Disposições de máquinas inadequadas, sem local apropriado
para estoque das peças de tecidos, roupas, moldes e retalhos que se espalham
entre máquinas e outros equipamentos, além de causarem riscos à saúde e bem
estar do trabalhador podem gerar riscos de acidentes.

Conheça abaixo as doenças mais comuns que acometem esse tipo de atividade e
cinco dicas para conseguir proteger os seus trabalhadores.

Coluna: cervicalgias, lombalgias e hérnias de disco

As doenças de coluna são muito frequentes no mundo do trabalho, sendo a mais


comum a dor lombar, conhecida como lombalgia. As dores na coluna estão
relacionadas com as chamadas “afecções músculo-esqueléticas”. Essas dores são
conhecidas como dores nas “costas” e muitas vezes, pode levar o indivíduo à
“incapacidade física”, impedindo-o de realizar determinados tipos de tarefas. A
coluna pode ser afetada em toda sua extensão: pescoço ou região cervical; costas
ou região dorsal e lombar que corresponde a região abaixo da cintura (cintura
pélvica).

Membros superiores: LER/DORT

As LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos / Distúrbio Osteomuscular


Relacionado ao Trabalho) são doenças provenientes da organização e relações do
trabalho. As principais causas são os movimentos repetitivos, posturas inadequadas
por muito tempo, tarefas monótonas e sem criatividade, ritmo intenso e imposto,
sobrecarga mental e pressão para produzir.

Olhos: fadiga visual

A fadiga visual é sentida como cansaço nos olhos e sensação de lacrimejamento.


Causa diminuição da capacidade visual e da atividade laboral. Quando se realizam
atividades monótonas e repetitivas, que exigem trabalho minucioso e olhar atento,

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as condições de trabalho devem ser adequadas e o posto de trabalho deve estar
iluminado adequadamente.

Risco de incêndio, choques e afins

Existe um risco potencial de incêndio devido ao tipo de material utilizado e retalhos


espalhados pelo piso. Essa questão é potencializada pelas instalações elétricas, que
muitas vezes são mal dimensionadas, sendo frequentes gambiarras e cruzamentos
de fios no chão e no teto. É recomendável o uso de extintor adequado no local de
trabalho para princípio de incêndio juntamente com o treinamento a adequado para
evitar qualquer problema.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Para que as atividades da indústria têxtil sejam realizadas com a maior


segurança, além da capacitação dos profissionais, faz-se necessário que todas
as normas de segurança sejam observadas, principalmente no que se refere
ao uso de Equipamentos de Proteção Individual, sendo eles:
 Óculos de proteção
 Gorro ou touca apropriada
 Protetor auricular
 Sapato de segurança
 Luvas de proteção
 Proteção respiratória (máscaras para o uso de produto toxico (Permanganato
de potássio)
 Avental

Para prevenir os pontos citados acima, separamos cinco dicas para o arranjo
físico e as instalações de máquinas:
1. As áreas de circulação devem ser mantidas permanentemente desobstruídas.
2. Os pisos dos locais de trabalho onde houver máquinas e equipamentos e das
áreas de circulação devem ser nivelados, mantidos limpos e livres de objetos,
ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes.
3. As instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser mantidas
de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico,
incêndio, explosão e outros tipos de acidentes.
4. Os materiais como tecidos, roupas, moldes e retalhos, devem ser guardados
em locais específicos longe de fonte de calor, locais húmidos e fiações
inadequadas.
5. Manter sempre o local de trabalho sempre bem ventilado, com boa
iluminação.

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A HISTÓRIA DA COSTURA

A costura é, e sempre foi, uma prática tão presente na humanidade que é um pouco
difícil definir, exatamente, quando teve seu início entre nós. Os primeiros registros
de instrumentos usados como agulhas (que, na época, eram feitos de ossos e
marfim) foi há mais de 30 mil anos. A tecelagem ( técnica de entrelaçar fios
transversalmente e longitudinalmente, de forma a se obter tecidos) também remete a
tempos longínquos: mais de cinco mil anos atrás, sendo que a tecelagem da época
era feita com pelos e, principalmente, couro de animais de caça ou cultivados.
  

 Com o passar do tempo, e o aperfeiçoamento das técnicas de costura, nasceu a


profissão de costureiro. Todo o início dessa história mostra que, em seu princípio,
ela tinha um uso específico: as roupas eram necessárias pra que ninguém andasse
nu pelas ruas e em regiões como a Europa, que tem invernos bem rigorosos, para
ser proteger do frio e assim por diante. Até que na recém-descoberta cidade de
Çatal Hüyük, uma espécie de comunidade do período neolítico, foi possível
encontrar um povo que já preocupava com a estética das vestimentas, algo
semelhante em civilizações que existiriam futuramente, como os egípcios e os
sumérios. Essas sociedades elevaram o cargo de costureiro a ser um profissional de
mais importância. Essa valorização aconteceu principalmente, na sociedade persa,
onde se têm registros de peças com mais conforto e mais personalizadas.

    Outra época importante para a história da profissão foi a Idade Média,


principalmente na Europa, onde teve início a confecção de túnicas de algodão, que
protegia do forte frio europeu. Além disso, esse ramo começou a movimentar mais
dinheiro, principalmente pelo fato de que, naquele momento, as roupas eram
costuradas com detalhes de joias ou pedras preciosas e pela sua melhoria, fruto da
crescente habilidade dos artesãos. Assim, como era no início, não havia cursos
profissionalizantes pra essa profissão. Com isso, o conhecimento era passado do
mestre para o aprendiz. O mestre ( alfaiate) escolhia alguém (aprendiz) para herdar
seus conhecimentos. Algumas vezes, esse aprendiz era o próprio filho do mestre;
outras vezes, algum outro garoto. A Idade Média fez com que a costura passasse a
ser uma atividade lucrativa e concorrida.

    A costura teve um caráter artesanal até a Revolução Industrial. Entre as várias


mudanças que essa época trouxe, a costura em escala industrial foi uma delas. É
nítida essa mudança em países como a Inglaterra, em que a área dos tecidos foi

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uma das mais atingidas pela Revolução Industrial. Nessa época, começaram a ser
feitas máquinas que realizassem mais costuras que os alfaiates faziam, de forma
mais rápida e com uma padronização na produção que não podia ser repetida pelos
artesãos.

Máquina de Costura

    A primeira máquina de costura a ser feita e patenteada foi idealizada para


trabalhar com couro e o detentor da invenção foi Thomas Saint, em 1790. Essa
máquina, na verdade, era usada para costurar calçados. A primeira máquina de
costura em nível industrial e que se dedicasse ao vestuário foi a do alfaiate francês
Barthelemy Thimmonier, em 1830. Isso deu início à costura industrial, o que
incomodou bastante os artesãos, que não poderiam acompanhar o ritmo das
empresas. O fato levou esses artesãos a manifestos constantes contra as indústrias
de roupas, a ponto de atear fogo nas máquinas de Barthelemy. O inventor, aliás,
teve de se retirar da França, pois foi, várias vezes, ameaçado de morte pela classe
dos costureiros.    Mesmo com a  revolta dos artesãos, a indústria têxtil teve um forte
início, produzindo roupa em massa para a população. Apesar de ser o grande trunfo
da empresa têxtil, a produção em massa foi justamente o fator que possibilitou a
continuidade da confecção de roupa artesanal. Enquanto a comunidade em geral
usava roupa padronizada, a burguesia queria se distanciar das classes inferiores em
relação ao poder aquisitivo, o que levou a burguesia a procurar alfaiates, em busca
de exclusividade no vestuário. Isso fez com que os artesãos continuassem com seu
ofício, mas, agora, tendo uma classe mais abastada como cliente. A mudança de
clientela fez algumas modificações na mentalidade de produção desses alfaiates e
provavelmente esse movimento em busca de exclusividade foi um dos marcos para
o início da alta-costura.     Já a costura industrial continuou tendo melhorias nas
máquinas, aumentando a produção, diminuindo seu tempo de execução e
aumentando a variedade de roupas produzidas. Em 1850, o norte americano Isaac
Merrit Singer fez mudanças ( principalmente no modo como a agulha se movia e no
pedal) na máquina de costura da época. A patente dessa nova máquina foi feita em
1851, o que deu início à empresa “Singer”, que teve um grande começo desde seu
início com a venda dessa máquina de costura. Outras empresas foram criadas e a
empresa têxtil usando cada vez mais tecnologia. Hoje, existem máquinas
específicas para cada tipo de costura ( máquinas de zig-zag, interloque, elastiqueira
e outras) e que consomem menos energia do que as “tradicionais”, produzem mais
rápido e com padronização.     A costura, apesar da industrialização, não perdeu seu
valor artístico e criativo. O mercado da moda, intimamente ligado à costura,
movimenta milhões, baseado na criatividade dos seus criadores. Além do mais,
máquinas de costura pessoais são fáceis de ser adquiridas, dando condições de
criação de roupas e outras peças sem sair de casa. Costura é, e sempre foi, uma
prática tão presente na humanidade que é um pouco difícil definir, exatamente,
quando teve seu início entre nós. Os primeiros registros de instrumentos usados

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como agulhas (que, na época, eram feitos de ossos e marfim) foi há mais de 30 mil
anos. A tecelagem ( técnica de entrelaçar fios transversalmente e longitudinalmente,
de forma a se obter tecidos) também remete a tempos longínquos: mais de cinco mil
anos atrás, sendo que a tecelagem da época era feita com pelos e, principalmente,
couro de animais de caça ou cultivados.

    Com o passar do tempo, e o aperfeiçoamento das técnicas de costura, nasceu a


profissão de costureiro. Todo o início dessa história mostra que, em seu princípio,
ela tinha um uso específico: as roupas eram necessárias pra que ninguém andasse
nu pelas ruas e em regiões como a Europa, que tem invernos bem rigorosos, para
ser proteger do frio e assim por diante. Até que na recém-descoberta cidade de
Çatal Hüyük, uma espécie de comunidade do período neolítico, foi possível
encontrar um povo que já preocupava com a estética das vestimentas, algo
semelhante em civilizações que existiriam futuramente, como os egípcios e os
sumérios. Essas sociedades elevaram o cargo de costureiro a ser um profissional de
mais importância. Essa valorização aconteceu principalmente, na sociedade persa,
onde se têm registros de peças com mais conforto e mais personalizadas.

    Outra época importante para a história da profissão foi a Idade Média,


principalmente na Europa, onde teve início a confecção de túnicas de algodão, que
protegia do forte frio europeu. Além disso, esse ramo começou a movimentar mais
dinheiro, principalmente pelo fato de que, naquele momento, as roupas eram
costuradas com detalhes de joias ou pedras preciosas e pela sua melhoria, fruto da
crescente habilidade dos artesãos. Assim, como era no início, não havia cursos
profissionalizantes pra essa profissão. Com isso, o conhecimento era passado do
mestre para o aprendiz. O mestre ( alfaiate) escolhia alguém (aprendiz) para herdar
seus conhecimentos. Algumas vezes, esse aprendiz era o próprio filho do mestre;
outras vezes, algum outro garoto. A Idade Média fez com que a costura passasse a
ser uma atividade lucrativa e concorrida.

    A costura teve um caráter artesanal até a Revolução Industrial. Entre as várias


mudanças que essa época trouxe, a costura em escala industrial foi uma delas. É
nítida essa mudança em países como a Inglaterra, em que a área dos tecidos foi
uma das mais atingidas pela Revolução Industrial. Nessa época, começaram a ser
feitas máquinas que realizassem mais costuras que os alfaiates faziam, de forma
mais rápida e com uma padronização na produção que não podia ser repetida pelos
artesãos.

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História da costura: dos alfaiates à produção em massa

Você sabe como foi o início da história da costura industrial? Dar forma a roupas é
uma profissão muito antiga que, com o passar dos séculos, foi se desenvolvendo e
ganhando características particulares em cada região do mundo.

A arte de costurar evoluiu com a sociedade e, hoje, se torna essencial para gerar
renda e movimentar a economia em diversos setores do mercado. E, como você
pode imaginar, muita coisa mudou desde que agulhas de osso e marfim eram
usadas para confeccionar peças de vestuário.

Neste post, você vai conhecer um pouco mais sobre a história da costura e do papel
fundamental que os costureiros da Fakini têm para o desenvolvimento de novas
peças. Por isso, aproveite a leitura! 

História da costura: a profissão que existe desde o início da civilização 

A profissão de costureiro ou alfaiate existe desde o início da civilização. As agulhas


mais antigas, aliás, foram fabricadas há mais de 30 mil anos e eram muito diferentes
das que vemos hoje por aí: eram feitas de ossos e de marfim. As agulhas de ferro
surgiram somente no século 14. 

Apesar de a técnica de costurar já existir, a tecelagem demorou um pouco mais para


ser desenvolvida. Foi há cerca de cinco mil anos que as pessoas aprenderam a
tecer fios, que eram feitos a partir de pelos de animais. 

A partir de então, a costura e a tecelagem foram evoluindo juntas e, em cada época,


ganhavam características diferentes. Na Idade Média, por exemplo, os trajes
começaram a ficar mais sofisticados e joias e pedras preciosas começaram a ser
incluídas nas vestes. Nessa época, costurar roupas e dar forma a novas peças era
considerado uma verdadeira arte e os alfaiates eram extremamente requisitados. 

A Revolução Industrial e a costura em massa 

Até a Revolução Industrial, costurar era uma arte de especialista, uma técnica
passada de geração em geração – inclusive, muitas famílias tinham várias gerações
de alfaiates. Mas, com a chegada das máquinas, e assim como aconteceu em
outros setores, a costura começou a ser desempenhada em grande escala e de
forma padronizada. Tudo visando atender à evolução do mercado consumidor da
época.

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No período industrial, as máquinas de costura evoluíram muito, sendo que os
principais marcos foram os seguintes: 

·         1755, o início da costura mecânica na história. Foi quando surgiu a


primeira patente ligada a essa forma de costura criada pelo alemão Charles
Wiesenthal. 

·         Em 1790, Thomas Saint patenteou o primeiro modelo de máquina de


costura feito para trabalhos em couro. 

·         Em 1830, o francês Barthelemy Thimonnier criou uma máquina funcional


que dava 200 pontos em um minuto – manualmente só era possível dar 30
pontos. 

·         Em 1846, o estadunidense Elias Howe patenteou um modelo de máquina


sincronizada com agulhas. 

·         Em 1851, Isaac Singer criou, nos Estados Unidos, a primeira máquina de
costura com pedal. Foi ele o criador da marca Singer, que ganhou visibilidade
mundial e é conhecida até hoje. 

A alta-costura

Mesmo após o surgimento das máquinas industriais, as roupas feitas sob medida
continuaram tendo demanda, principalmente pelas classes mais altas, visto que
eram mais exclusivas. Foi assim que surgiu o que seria o início da alta-costura que
conhecemos hoje, setor que tem uma cultura própria e movimenta uma grande
economia no mundo.

A alta-costura propriamente dita foi criada pelo francês Charles Frederick Worth, em
1858. Isso porque foi dele a primeira Maison aberta em Paris e que era procurada
por membros da alta sociedade para a criação de modelos exclusivos. Aliás, vale
ressaltar, é a alta-costura que, hoje, preserva as técnicas artesanais de costura e
corte, nas mais variadas formas, desde a criação de peças sob medida, até
bordados ou costura à mão. 

A costura na Fakini 

As máquinas de costura evoluíram, assim como a técnica de quem trabalha nos


setores de costura de indústrias têxteis. Hoje, é possível dar forma, detalhes e
acabamentos excelentes às peças e de uma maneira organizada e padronizada. 

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As máquinas modernas de costura são capazes de fazer 1.500 pontos por minuto.
Isso sem falar das máquinas desenvolvidas especialmente para bordar, colocar
botões ou mesmo bolsos nas roupas. Na Fakini, essas e outras máquinas são
operadas por costureiras com grande experiência. E a produção não para. Das 5h
até depois das 23h, as máquinas estão dando forma a diferentes peças das
coleções da marca. 

Hoje, além do parque fabril de Pomerode – que conta com um setor de costura e de
acabamentos especializados –, a Fakini tem mais quatro unidades de costura: em
São Bento do Sul (EFESÃOBENTO), Mirim Doce (EFEMIRIM), Pomerode
(EFEAGRO) e Taió (EFETAIÓ). São mais de 400 costureiras(os) diretos, além de
mais 45 facções. No total, são produzidas mais de 1 milhão de peças todos os
meses

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