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FILOSOFIA

FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA
Gilberto Cotrim; Mirna Fernandes – 1º ano ensino médio
CAPÍTULO 3 – O DIÁLOGO

Mas quem filosofa quer dialogar também com outras


“almas”, outras pessoas, para chegar com elas - idealmente -
a um acordo. Isso quer dizer que, para filosofar, precisamos
aprender a dialogar. Que tipo de diálogo?

• Qual é a força das palavras?

• Conhecemos verdadeiramente o que acreditamos


conhecer?

• Como podemos conhecer nossas crenças mais profundas?

FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA| Volume 1 – 2º Bimestre


CAPÍTULO 3 – O DIÁLOGO

CAMINHOS DO ENTENDIMENTO O PODER DA PALAVRA

MUSÉE D’ORSAY, PARIS, FRANÇA


• A importância da linguagem

• Conhecer e acreditar conhecer

• Conversas cotidianas

• Ações cotidianas

• Análise e entendimento

• Conversa filosófica

Camponesas bretãs (1894) – Paul Gauguin, óleo sobre tela. As duas mulheres dialogam em
meio a seus afazeres diários. Por meio da linguagem e do diálogo construímos boa parte da
realidade à nossa volta, para o bem e para o mal.

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CAPÍTULO 3 – O DIÁLOGO

A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM

GWENN DUBOURTHOUMIEU/AFP
A linguagem tem um grande poder em nossas vidas.
Nas últimas décadas, estudiosos de diversos campos
do conhecimento como a antropologia, a sociologia,
a filosofia, a linguística, a psicologia e a biologia.

• A força das palavras

Representantes da ONU conversam com habitantes de Kampala, vila da república


Democrática do Congo, em outubro de 2010, em busca de medidas para acabar com a
violência sexual sofrida pela população feminina local. Dois meses antes, mais de 300
mulheres da região haviam sido violentadas.

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CAPÍTULO 3 – O DIÁLOGO

CONHECER E ACREDITAR CONHECER

Tendo em vista a importância e o poder das palavras em nossas vidas, você já deve ter percebido que uma das
preocupações mais constantes dos filósofos - e que devemos levar em conta sempre que filosofamos.

• Conversas cotidianas

• Ações cotidianas

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CAPÍTULO 3 – O DIÁLOGO

LINGUAGEM E REALIDADE

Observe os detalhes, seus personagens, suas atitudes, suas “falas”. Que situação ela retrata?
CALVIN & HOBBES, BILL WATTERSON © 1986
WATTERSON/ DIST. BY UNIVERSAL UCLICK

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CAPÍTULO 3 – O DIÁLOGO

MÉTODO DIALÓGICO SÓCRATES E A ARTE DE PERGUNTAR

MUSEUS E GALERIAS DO VATICANO


• Diálogo amigável

• Parteiro de almas

• Perguntas penetrantes

• Conhecimento progressivo

• Prática constante. Dor das descobertas

• Dificuldades do percurso

Detalhe de Escola de Atenas (1510-1512) – Rafael. Nessa provável representação de


Sócrates (à direita), o filósofo aparece realizando sua atividade preferida: conversar com
seus discípulos. observe o posicionamento igualitário e respeitoso dos interlocutores e a
atenção dos ouvintes em relação àquele que expõe suas ideias.
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CAPÍTULO 3 – O DIÁLOGO

EXPLICANDO O MÉTODO

MUSEUS E GALERIAS DO VATICANO


No diálogo denominado Teeteto, escrito por Platão
(partes VI e VII, p.11-15), o próprio Sócrates explica
seu método filosófico.

Nesse outro detalhe da Escola de


Atenas (1510-1512) – Rafael,
temos, em uma interpretação
comumente aceita, os filósofos
gregos Pitágoras (sentado à
esquerda) e Parmênides (à direita
em pé), o pensador árabe Averróis
(espiando sobre o ombro de
Pitágoras) e a filósofa grega
hipátia de Alexandria (ao centro).
O intercâmbio de ideias é próprio
das investigações científicas e
filosóficas, ajudando a promover o
conhecimento.

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CAPÍTULO 3 – O DIÁLOGO

DOIS MOMENTOS DO DIÁLOGO

MUSEUS E GALERIAS DO VATICANO


Dialética, palavra que em sua origem grega queria
dizer “arte da discussão”.

A dialética socrático-platônica apresenta dois


momentos importantes: a refutação (ou ironia e a
maiêutica).

• Refutação ou ironia

• Maiêutica

• Análise e entendimento Momento importantíssimo da


atividade filosófica é o do
recolhimento para o diálogo interno,
como nesse último detalhe da Escola
de Atenas (provavelmente o filósofo
grego Heráclito, “o Obscuro”).

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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

CARLOS PERTUIS/COLEÇÃO PARTICULAR


É possível dizer que filosofar é uma prática que
ajuda a nos desprendermos de nossas tolices?
Parece que sim. Vimos como a atitude filosófica
desbanaliza o banal e reencanta a vida, fazendo-nos
prestar mais atenção a nossos mínimos atos,
emoções e pensamentos.

Óleo sobre tela (1956) com


representação de um ritual
da fertilidade – Carlos
Pertuis. O autor dessa
pintura criou mais de 20 mil
trabalhos artísticos em um
hospital psiquiátrico, onde
viveu 38 anos como interno.
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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

CONSCIÊNCIA: PERCEBER O QUE ACONTECE

IMAGEZOO/CORBIS/FOTOARENA
• O que é a consciência?

• Observando a consciência

• Sentimento de si e do objeto

Parece haver níveis distintos de


consciência entre os seres e em
etapas distintas de cada ser.
Significa isso que nossa
consciência pode evoluir a
estados de maior percepção,
clareza e entendimento? O que
devemos fazer para alcançá-los?

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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

O QUE É A CONSCIÊNCIA?

UTAH-BASED PHOTOGRAPHER RYAN HOUSTONMORE/GETTY IMAGES


Esses múltiplos aspectos já mostram um pouco da
complexidade desse tema. Não é simples conhecer
nem explicar o que é a consciência, pois
dependemos justamente dela para fazer isso.

• Observando a consciência

• Sentimento de si e do objeto

Na meditação busca-
se manter a
consciência
permanentemente
focalizada na própria
consciência.

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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

CONSCIÊNCIA E IDENTIDADE

ALYN STAFFORD/GETTY IMAGES


Essa sensação de self, ou sentimento de si,
relaciona-se basicamente com o aqui e agora, com o
presente. Não há um antes ou um depois.

Menino e cão acompanham atentamente algum


acontecimento. Em que se diferenciam então suas
consciências?

Menino e cão
acompanham
atentamente algum
acontecimento. Em
que se diferenciam
então suas
consciências?

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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

EXPERIÊNCIA PRIVADA

THINKSTOCK/GETTY IMAGES
No entanto, a consciência está muito vinculada às
condutas – e estas sim podem ser observadas por
terceiros. Em outras palavras, as condutas são
experiências públicas, isto é, podem ser percebidas
por mais de um indivíduo ou organismo e
potencialmente por todos.

Como se integra a totalidade do ser humano, isto é, suas


dimensões corporal, emocional e linguístico-espiritual?

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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

EXPERIÊNCIA PRIVADA

No entanto, essa consciência nuclear, básica, quando se insere em determinado ponto de história de um ser que é
capaz de estabelecer relações entre seu passado e seu futuro.

Experiência privada

Observe também que, tanto do ponto de vista biológico como psicológico, a consciência é uma experiência
marcadamente privada que se vive apenas na primeira pessoa.

No entanto, à consciência estão muito vinculadas as condutas e estas sim podem ser observadas por terceiros. Em
outras palavras, as condutas são experiências públicas.

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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

CONSCIENTE E INCONSCIENTE AS CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA

HULTON ARCHIVE/GETTY IMAGES


• Freud inconsciente pessoal;

• Inconsciente e sexualidade;

• Criador da psicanálise.

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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

INCONSCIENTE E SEXUALIDADE

• Para começar, Freud rejeitava a identificação entre consciência e psiquismo (isto é, conjunto dos processos
psicológicos).
CARLOS PERTUIS/COLEÇÃO PARTICULAR

Homem tentando capturar serpentes em um cesto – Carlos Pertuis,


óleo sobre papel. Freud observou que o inconsciente se manifesta em
nossas vidas de forma simbólica, como ocorre nos sonhos e na arte. O
símbolo principal dessa imagem, por exemplo, é a serpente. Na
linguagem psicológica, esse réptil remete a processos inconscientes
de mudanças ou de situações inesperadas e assustadoras – geradoras
de angústia. Como analisou a psiquiatra brasileira Nise da Silveira
(1905-1999), o indivíduo da pintura parece estar conseguindo domar
algumas das serpentes que o ameaçavam (elas se dirigem para dentro
do cesto), mas ainda há uma que se lança como uma flecha sobre ele.
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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

JUNG: INCONSCIENTE COLETIVO

• Aparelho psíquico

• Jung inconsciente coletivo

Para Jung, a vida psíquica envolveria muitos outros


elementos, e seria um reducionismo interpretar a

HULTON ARCHIVE/GETTY IMAGES


maioria de seus eventos como manifestações de
caráter sexual.

• Teoria dos arquétipos

• Principais arquétipos

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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

CONSCIÊNCIA E CULTURA AS INTERAÇÕES COM O AMBIENTE

RUBBERBALL/MARK ANDERSEN/GETTY IMAGES


• Durkheim: consciência coletiva

• Modos de consciência

• Consciência religiosa

• Consciência intuitiva

• Consciência racional

Muita gente se assusta quando


vê gato preto, porque acha que
dá azar. Diversas superstições –
crenças geralmente baseadas em
uma visão sobrenatural das
coisas – costumam fazer parte do
senso comum da maioria das
sociedades. Você tem alguma
crença desse tipo? Qual? Sabe
explicar por que a tem?

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CAPÍTULO 4 – A CONSCIÊNCIA

DESENVOLVENDO A CONSCIÊNCIA CRÍTICA

JOHN WILLIAM WATERHOUSE/ WALKER ART GALLERY,


LIVERPOOL, INGLATERRA
• Consciência de si e do outro

• Conhecimento e sabedoria

• Ciência e filosofia

• Conversa filosófica

Eco e Narciso (1903) – John William Waterhouse. Na mitologia grega, Eco era uma ninfa das
montanhas. Ela se apaixonou por Narciso, um jovem muito belo, e só tinha olhos para ele.
Mas Narciso se enamorou perdidamente de sua própria imagem refletida na superfície de
uma fonte, consumindo-se nesse amor até a morte.

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