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¹ Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Discente do Curso de
Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. wcostaferreira@outlook.com.
² Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Discente do Curso de
Enfermagem. franciellemorais85@gmail.com.
³ Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Discente do Curso de
Enfermagem. naah.gomes@live.com.
4
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Professora Titular do
Programa de Mestrado Profissional em Saúde e Educação e Coordenadora do Curso de
Enfermagem. sssilva@unaerp.br.
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Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Professora Titular do
Programa de Mestrado Profissional em Saúde e Educação e Diretora da Diretoria de Ensino,
Pesquisa e Extensão. nlehfeld@unaerp.br.
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Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Professor Titular do
Programa de Mestrado Profissional em Saúde e Educação e Coordenador do Curso de Engenharia
de Segurança do Trabalho. ecarita@unaerp.br.
RESUMO
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1 INTRODUÇÃO
2
A indústria da construção civil possui características próprias, sendo que a
maior parte de suas atividades é dependente excessivamente de mão-de-obra e de
pouca utilização de máquinas - condições que contribuem para o aumento dos
riscos de acidentes de trabalho, apontando para a necessidade de atenção especial
voltada para a saúde e segurança, tanto por parte dos empregados quanto dos
empregadores. É indispensável em qualquer profissão a utilização de dispositivos de
segurança e a realização de estudos que promovam melhor qualidade na execução
das atividades dos trabalhadores. Os EPI têm a finalidade de proteger o trabalhador
dos riscos à sua saúde e segurança individual (BAÚ, 2013).
2 OBJETIVO
3 MATERIAL E MÉTODOS
3
A coleta de dados foi efetuada em dois dias consecutivos, 16 e 17 de janeiro de
2020, quando os trabalhadores responderam o instrumento de pesquisa (Figura 1),
de forma voluntária durante as pequenas pausas realizadas na jornada de trabalho
dos mesmos, sem que houvesse a necessidade de identificação.
Os dados foram coletados exclusivamente por meio do formulário, elaborado
pelo autor, individualmente. Após o recolhimento dos formulários preenchidos,
iniciou-se a fase de análise e interpretação dos dados, considerando a contribuição
de cada trabalhador, para cada resposta às questões, com vistas ao entendimento
do grupo como um todo.
Os resultados do presente estudo foram expressos em frequência relativa e
graficamente, e não foram vinculados a registro formalmente arquivado pela
empresa.
4
4 DESENVOLVIMENTO
5
processo de produção, visto que qualquer redução na capacidade laboral do
trabalhador poderia causar a queda na produtividade de diversos serviços. Dessa
maneira, as empresas identificaram a importância de oferecer maior atenção e
valorização desses operários; oferecendo a eles treinamentos, capacitação e
fortalecimento da criação de vínculos de fidelidade com as empresas (SILVA, 2015).
Tal ação vem diminuindo os índices de acidentes de trabalho, juntamente com
a contribuição da Norma Regulamentadora 18 (NR 18), que está em vigor desde
1978, e das ações desenvolvidas pelos Comitês Permanentes Regionais sobre
Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção, embora a
situação continue em um patamar preocupante (COSTA, 2009).
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Atualmente, a Medida Provisória n° 905 (MP 905), de 11 de novembro de 2019,
excluiu o acidente de trajeto do rol dos acidentes de trabalho (BRASIL, 2019).
Portanto, os trabalhadores acidentados em trajeto perderam o direito de estabilidade
no emprego por um ano, aposentadoria por invalidez acidentária e depósito do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pelo empregador pelo período que
estiver afastado pelo INSS. Todavia, se essa MP não for convertida em lei pelo
Congresso Nacional, no prazo de 60 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias,
perderá efeito e os acidentes de trajeto voltarão a constituir a categoria (REINO,
2019).
A maioria dos acidentes de trabalho pode ser resultado da combinação de um
ou mais atos e condições inseguras, sendo eles: equipamentos inseguros,
condições do local de trabalho, utilização incorreta ou não utilização de EPI e
métodos inseguros de execução de tarefas (SOUSA; CAMPOS, 2017).
As causas dos acidentes de trabalho podem ser variadas. Identificar porque
ocorreram, bem como explicá-las, contribui significativamente para que possam ser
evitados (ALARCÓN et al., 2016).
Dessa forma, com uma avaliação de risco confiável, os profissionais de
segurança devem investigar as possíveis causas para os acidentes, por meio de
revisão de relatórios, registros e estatísticas anteriores, construindo análises
elaboradas com uma investigação das causas, tornando o processo de trabalho
muito mais seguro, obtendo resultados eficazes dentro das organizações (SOUSA;
CAMPOS, 2017). Entretanto, as fiscalizações nas construções não apresentam
crescimento proporcional à quantidade de obras o que, consequentemente, resulta
em elevação no número de acidentes de trabalho (SIMÕES, 2010).
O acidente de maior prevalência no setor de construção civil está associado a
quedas, em muitos casos com desfecho fatal. Estudos realizados por Hinze e Huang
(2003) relacionam a maioria das causas desses acidentes a erros humanos, por
exemplo, quedas envolvendo telhados são ligadas ao erro de julgamento dos
trabalhadores sobre situações perigosas, a insuficiência ou falta de EPI e
dispositivos de segurança removidos ou inoperacionais.
Colombo (2009) afirma que grande parte dos acidentes de trabalho e demais
riscos atrelados à construção civil podem ser associados à falta de atenção e
conhecimento dos trabalhadores, falta de planejamento e realização de improvisos.
7
Esse conjunto de fatores transforma o canteiro de obras em um ambiente vulnerável
e agressivo para a ocorrência dos acidentes de trabalho.
Sousa e Campos (2017) salientam que os desgastes psicológicos e físicos
decorrentes de estresse de trabalho agravam o nível de exposição ao perigo dos
trabalhadores, além da imposição de um curto prazo para a execução das
construções e acúmulos de tarefas, que também são considerados fatores
causadores de acidentes, visto que a probabilidade de erro de execução mediante
essas condições é maior, colocando a segurança dos trabalhadores em risco.
Estudos realizados pelo autor apontam as dezenove causas dos acidentes de
trabalho na construção civil considerando uma revisão integrativa da literatura, por
maior ordem de relevância, como mostrado na Figura 2.
8
4.1.3 O USO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
9
Embora a não utilização de EPI possa acarretar aplicação da pena de
dispensa por justa causa, após ser advertido e suspenso, conforme previsto no
artigo 482, letra “h” pertencente ao Decreto Lei n° 5.452 de 01 de maio de 1943 da
Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), a inutilização do mesmo é recorrente nos
canteiros de obra.
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Todos os entrevistados declararam ter participado do treinamento de segurança
para trabalhos em altura, no período da obra.
Por fim, no que diz respeito às ocorrências de acidentes de trabalho não
comunicadas à empresa empregadora, 01 dos funcionários alegou ter sofrido um
ferimento leve decorrente da queda de um bloco em seu pé. Além disso, 06
trabalhadores referiram que não conseguem realizar o registro de ponto eletrônico
por danificações em suas digitais, causadas pela não utilização de luvas durante
suas tarefas diárias. Os percentuais correspondentes a esses relatos podem ser
observados na Figura 4.
11
Figura 5 - Ocorrências de acidentes de trabalho não comunicadas à empresa
empregadora
5 CONCLUSÃO
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possível constatar que a utilização correta e constante dos EPI pode evitar ou ao
menos minimizar os impactos de possíveis acidentes de trabalho.
6 REFERÊNCIAS
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CISZ, C. R. Conscientização do uso de EPI’s quanto à segurança pessoal e
coletiva. 2015. 44 p. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do
Trabalho), Universidade Tecnológica do Paraná, Curitiba, 2015.
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SILVA, A. A. R. Segurança no trabalho na construção civil: uma revisão bibliográfica.
Revista Pensar Engenharia, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, s.p., 2015.
SWUSTE, P. You will only see it, if you understand it” or occupational risk prevention
from a management perspective. Human Factors and Ergonomics in
Manufacturing & Service Industries, Holanda, v. 18, n. 4, p.438-453, 2008.
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