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PROGRAMAS DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Thamires Pissinato1
Graziela Oste Graziano Cremonezi2

RESUMO
O objetivo da pesquisa foi analisar os programas de segurança e a utilização de
EPIS e normas regulamentadoras na construção civil, em específico na empresa
Supricel Construtora na cidade de Piracicaba. Para levantar os dados foi aplicado
um questionário com perguntas abertas e fechadas. Portanto, pode-se concluir que
os programas da empresa na prevenção de acidentes e conscientização no uso de
EPIs e EPCs, tem sido de grande importância para os funcionários e extraído pelos
mesmos o máximo de aprendizagem de todo conteúdo aplicado pela empresa em
tela.

Palavras - chave: Segurança, funcionários, Organização.

1. Introdução

Para o Fundacentro (1980), a Construção civil é um dos ramos de atividade

industrial que mais riscos oferecem à integridade física do trabalhador. Mediante a

essa informação, se faz necessário que as organizações verifiquem se estão sendo

cumpridas todas as normas de acordo com o Ministério do Trabalho.

Para Pereira (apud Santos 2011, p.38) “o mais importante é ter um sistema de

gestão que garanta o controle e gerencie todas as atividades, pessoas, riscos”.

“Para a área de Construção Civil é fundamental para empresa ter uma política

de segurança e saúde do trabalhador inserida em todos os processos construtivos”,

declara Pereira (apud Santos 2011, p.43) .

Os envolvidos na construção civil devem cumprir a NR-18 que trata das

condições de Meio Ambiente de Trabalho na Construção, a norma apresenta o

1
Aluna do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos – Universidade Metodista de
Piracicaba (UNIMEP).
2
Professora do Programa de Mestrado Profissional e Doutorado em Administração – Universidade Metodista de
Piracicaba (UNIMEP).
2

mínimo exigido por lei para oferecer maior segurança aos trabalhadores, conforme

ressalta Santos (2011).

Nesse contexto, surge a seguinte indagação: Qual a percepção dos

funcionários da empresa Supricel Construtora referente aos programas de

prevenção de acidentes e uso de EPIs?

Assim, a pesquisa tem como objetivo geral: analisar os programas de

Segurança e a utilização de EPIS e normas regulamentadoras na construção civil,

em especifico na empresa Supricel Construtora na cidade de Piracicaba.

Para melhor estudar o objetivo geral apresentam-se os específicos:

a) Listar os programas de prevenção de acidentes existentes na organização;

b)Investigar a percepção dos funcionários referente aos programas de acidentes; c)

levantar os tipos de equipamentos de segurança utilizados

2 construção Civil no Brasil

Em 2003 o Programa Brasileiro de prospectiva tecnológica, fez um estudo

sobre “O futuro da construção civil no Brasil”, no qual foi direcionada a produção e

comercialização de unidades habitacionais urbanas. Conforme o estudo realizado

esse setor é responsável por 15,6% do PIB do país. O setor de construção civil, que

engloba edificações e construção pesada, responde por cerca de 10,3% do PIB e,

dentro desse, estima-se que a construção de edificações residenciais, represente

entre 6% à 9% do PIB Nacional. (ABIKO, 2003).

Hoje o mercado da Construção civil continua aquecido e as previsões é que

esse crescimento continue a aumentar ainda mais. Conforme estimativas divulgadas

pelo sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon),

o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil cresceu 11% em 2010 e deve
3

crescer 6,1 %em 2011. O Sinduscon chamou a atenção para a retomada do

crescimento, que superou as expectativas. (HOLTZ, 2010).

Entrevistando o Coordenador de engenharia da Supricel Construtora, ele defini

o termo Construção civil, como a confecção de obras, como: casas, edifícios, ponte,

barragens, fundações de máquinas, estradas, aeroportos e outras infraestruturas,

onde participam arquitetos e engenheiros civis em colaboração com técnicos de

outras disciplinas. Em termos práticos divide-se em dois ramos: Obras de construção

civil, que são edificações de moradia, comerciais e de serviços públicos. E Obras de

Construção pesada: que são construção de portos, pontes, aeroportos, estradas,

hidroelétricas, túneis, e assim por diante.

3 Segurança no Trabalho

Em entrevista com o técnico de segurança da empresa em tela, a segurança

do trabalho tem como objetivo promover a proteção do trabalhador no seu local de

trabalho, visando à redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

Vieira (2005, p. 39) resume segurança do trabalho em uma frase: “É a

prevenção de perdas. A segurança do trabalho são meios preventivos (recursos), e

a prevenção dos acidentes é o fim a que se deseja chegar”.

“Os dados estatísticos brasileiros nos colocam na posição de campeões em

acidentes do trabalho”, conforme relata Barcelos (apud Vieira 2005, p. 23). Por isso

se faz absolutamente necessário ser seguida toda norma regulamentadora referente

à segurança, é preciso usar todos os recursos tecnológicos disponíveis,

treinamentos, conscientização dos trabalhadores. A segurança do trabalho nas

empresas tem que ser levado a sério, é preciso ter um planejamento onde todos os
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setores da empresa estejam envolvidos, que venha resultar na prática de um

programa de segurança eficiente na prevenção de riscos. (VIEIRA, 2005).

A falta de um programa de segurança do trabalho nas empresas faz com que

ocorra o “acidente do trabalho, que é sofrido pelo trabalhador, a serviço da empresa,

e que ocorre pelo exercício do trabalho” (TORTORELLO, 1996, p.9).

A Segurança no trabalho é direito de todo trabalhador e dever de todo

empregador, seja qual for o ramo de atividade e o tipo de trabalho exercido.

A Constituição Federal determina que o trabalhador tenha direito a proteção de

sua saúde, integridade física, moral e segurança na execução de suas atividades. O

trabalho deve ser executado em condições que contribuam para a melhoria da

qualidade de vida e a realização pessoal e social. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL,

2000)

A CLT (2010)-Consolidação das Leis do Trabalho, dedica um capítulo

específico à Segurança e Medicina do Trabalho, onde contem XVI seção e vai do

artigo 154 ao artigo 223 entre esses, quero destacar o art. 162 onde fala que as

empresas serão obrigadas a manter serviços especializados em segurança do

trabalho, art. 163 diz que será obrigatória a constituição de Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes (CIPA), art. 166 vem declarar a obrigatoriedade da empresa

em fornecer gratuitamente EPIs adequados ao risco exposto, e em perfeito estado

de conservação, e art. 168 diz que os exames médicos de admissão e demissão são

obrigatórios a serem feitos nos funcionários.

Já o Ministério do trabalho (2011) aprovou as Normas Regulamentadoras,

previstas no Capitulo V da CLT, e as alterações posteriores foram determinas pela

Secretária de Segurança e Saúde do Trabalho, órgão do atual Ministério do


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Trabalho. Atualmente são 34 Normas regulamentadoras especificas na área de

Segurança e Saúde no Trabalho.

Incorporam-se às leis brasileiras, as Convenções da OIT (2011) - Organização

Internacional do Trabalho, que em 1919 adotou seis convenções destinadas à

proteção da saúde e à integridade física dos trabalhadores.

Diante de tantas leis de proteção as Seguranças no trabalho para zelar pela

vida dos trabalhadores, existem também as entidades relacionadas à Segurança do

Trabalho, entre elas podemos citar a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2011)

que é uma agência especializada em saúde, fundada em 7 de abril de 1948 e

subordinada à Organização das Nações Unidas, seu objetivo desenvolver ao

máximo possível o nível de saúde de todos os povos.

O CEREST (2011) (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) que

dispõe de um Sistema de Vigilância dos Acidentes de Trabalho (SIVAT) que registra

os acidentes no Município de Piracicaba. A principal função do SIVAT é

a intervenção nos ambientes e processos de trabalho para prevenir novas

ocorrências. Possui vigilância que vem sendo implantada desde 2004 através de

convênio firmado com o Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde.

A Segurança do trabalho é um tema a ser tratado com responsabilidade, são

inumeras leis revigorando e muitas organizações trabalhando junto, para obter um

resultado positivo, na luta pela conscientização e na implantação de uma cultura

organizanizacional que coloque segurança do trabalho como prioridade.

3.1 Segurança no Trabalho na Construção Civil

A Construção civil é um ramo de atividade que apresenta grandes riscos a

integridade das pessoas, e tem apresentado altos índices de acidentes.


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É fundamental ter nas empresas de Construção civil uma gestão de segurança

e saúde para reduzir e até eliminar o numero de acidentes. (SANTOS, 2011).

Na concepção do FUNDACENTRO (1980), para obter eficiência em um

programa de Segurança e Medicina do Trabalho, em uma obra de construção,

dependerá da participação e colaboração de todas as pessoas envolvidas, desde os

serventes até os engenheiros e médicos, bem como a coordenação.

A segurança e a saúde do trabalho baseiam-se em normas regulamentadoras

descritas na Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (2011). Entre

essas normas, destaca-se a NR- 18 (Condições e Meio Ambiente do trabalho na

Indústria da Construção) que estabelece diretrizes de ordem administrativa, de

planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de

controle e sistema preventivos de segurança nos processos, nas condições e no

meio ambiente de trabalho na indústria da construção. A NR-18 vem a ser uma

norma específica para Segurança do Trabalho na Construção civil, e apresenta o

mínimo exigido por lei para oferecer segurança aos trabalhadores.

Na NR-18 vamos destacar o PCMAT- Programa de Condições e Meio

Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, o PCMAT é obrigatório nos

estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais, o PCMAT deve contemplar as

exigências contidas na NR-9.

Segundo Pampalon, (apud Santos, 2011) no PCMAT deverá conter um

programa de ações em Emergências (PAE); fluxo de informações e ações, interação

com as comunidades do entorno da obra; interação com os demais órgãos como

defesa civil; e a divulgação e treinamento com simulação de emergências.

Para complementar o exposto nos parágrafos acima, segue abaixo as NR’s

retiradas do Ministério do Trabalho (2011), sendo que é obrigatório conforme a NR-


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18 que todos os empregados devem receber treinamentos admissional (carga

horária mínima de 6 horas) e periódicos, visando garantir a execução de suas

atividades com segurança. Faz-se necessário que haja o Comitê Permanente

Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção,

denominado CPN, e os Comitês Permanentes Regionais sobre Condições e Meio

Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção, denominados CPR. Vamos

chamar a atenção também para a obrigatoriedade a instalação de proteção coletiva

(EPC) onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção e materiais.

Para complementar a norma NR -18 na Segurança do Trabalho, destacam-se a

NR- 4que fala sobre o SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança

e Medicina do Trabalho, as empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da

administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam

empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho- CLT manterão

obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a

integridade do trabalhador no local do trabalho.

A NR-5 se refere, A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes- CIPA tem

como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de

modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e

a promoção da saúde do trabalhador. Uns dos requisitos da NR-5 é promover,

anualmente, em conjunto com o Sesmt, a Semana Interna de Prevenção de

Acidentes do Trabalho – SIPAT.

NR- 6 para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora, considera-se

Equipamentos Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual


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utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a

segurança e saúde no trabalho.

A NR-7 o PCMSO, estabelece a obrigatoriedade da elaboração e

implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam

trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional - PCMSO.

A NR- 9 PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, tem como

objetivos à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da

antecipação, reconhecimentos, avaliação e consequente controle da ocorrência de

riscos ambientais e dos recursos naturais.

NR-15 Atividade e Operações Insalubres entende-se por “Limite de Tolerância”,

para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima,

relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará

dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

A NR- 17 Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das

condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de

modo proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

Para se obter resultado no programa de controle de riscos, tem que haver uma

interação entre as áreas de engenharia, planejamento e de segurança e saúde no

trabalho (SANTOS, 2011).

Na construção civil segurança e saúde do trabalho devem ser


planejados desde a etapa do projeto. (...) Tal programa reduz as
chances de acidentes, pois trata da prevenção dos riscos e da
informação e treinamento dos operários, promovendo a integração
entre a segurança, o projeto e a execução da obra. BERNADETE
(APUD SANTOS, 2011, P. 48).
9

Kodama (apud Santos, 2011), afirma que para solucionar e diminuir as

questões de acidentes, não se trata de uma solução simples, é preciso um sistema

de gestão com políticas bem definidas e voltadas para resultados, ausência de

doenças e acidentes de trabalho.

Toda gestão de Segurança e saúde do trabalho devem ser aplicados também

com os funcionários terceiros, nesse caso o cuidado dever redobrado. Eles devem

passar por treinamentos já nos primeiros dias que são contratados pela empresa, e

implantado nesses funcionários a política e gestão de segurança da empresa, que

deverá ser completamente entendida e praticada por todos, complementa Pereira

(apud Santos, 2011).

Veiga (apud Santos, 2011) relata que o Diálogo Diário de Segurança e Meio

Ambiente, é muito importante para o a gestão de segurança, pois trata de assuntos

importantes, sobre as atividades desenvolvidas diariamente nas obras e nos

escritórios. O controle e orientações são feitas pelos técnicos e engenheiros de

Segurança por meio de diálogos diário sobre segurança e saúde do trabalho, antes

do início da jornada diária de trabalho, com assuntos variados, abordando riscos e

acidente.

4. Procedimentos Metodológicos

O tipo de pesquisa que se enquadra o estudo é exploratório, pois conforme

Vieira (2002), o objetivo principal da pesquisa exploratória é possibilitar a

compreensão do problema enfrentado pelo pesquisador. A pesquisa enquadra-se

também em um estudo aplicado.

Os dados na empresa foram coletados com dois técnicos de segurança da

Supricel Construtora. A pesquisa foi realizada com 1 engenheiro, 1 estagiário, 3


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encarregados Administrativos, 4pedreiros, 1 ajudante geral, 1 mestre de obra, 4

azulejistas, 1 operador de guincho e 1 almoxarife.

Os dados na pesquisa foram coletados por meio de fontes secundárias:

pesquisa em livros, revistas do ramo e documentos da empresa. Foi utilizado

também para a coleta de dados um questionário com questões abertas e fechadas (

apêndice A) que foi aplicado simultaneamente com uma entrevista.

A análise dos dados foi quantitativa e qualitativa. Segundo Ruiz (2004) a

pesquisa quantitativa apresenta os resultados e objetivos por meio de números e

porcentagens. A pesquisa qualitativa busca identificar a presença ou não de certo

atributo ou objeto no fenômeno sendo observado, enquanto a quantitativa mensura

tal atributo, medindo seu grau de presença ou atuação. A análise dos dados será

qualitativa, pois serão interpretados todos os dados coletados, num processo

subjetivo de todo os meios usados na segurança.

5 Apresentação e Análise dos Dados Coletados

5.1 Programas oferecidos pela Empresa Supricel Construtora

Conforme a pesquisa realizada na empresa estudada segue no Quadro 1, o

resumo do manual de programa de segurança do Grupo Supricel.


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Quadro 1 – Resumo do Manual de Segurança do Grupo Supricel

Ferramenta Metodologia
Orientação e Diálogo de segurança e Saúde – DSS; Campanhas periódicas de
comunicação Segurança; Realização anual de SIPAT, Utilização de comunicação visual por meio
pessoal e em de placas, faixas, cartazes, folders, etc.
grupo.
Treinamento Treinamento Básico de Integração, Treinamento inicial específico para realização da
atividade, ou outros riscos da função. Treinamento em Melhores Práticas e/ ou
reciclagem periódica, Treinamentos obrigatórios e/ ou estabelecidos no plano de
ação do PPRA da Unidade, Treinamento das lideranças, Treinamento em
procedimento de segurança (Uso de veículo carro, moto, circulação de pedestres,
limites de velocidade,).
Controle de Análise de riscos de tarefas, Direito de Recusa, Procedimentos específicos para
Riscos realização de trabalho especializado, Inspeção de segurança, Registro e controle de
incidentes, Controle de contratação de prestadores de serviços
Controle de Investigação e análise de acidentes, Comitê de segurança de Segurança.
Acidentes
Controle Auditorias periódicas, Controle de Indicadores
Gerencial
Promoção da Controle da saúde por meio do cumprimento do PCMSO, Campanhas periódicas de
Saúde saúde, Acompanhamento de saúde para funções estratégicas, - Mapeamento de
pontos de risco a saúde, Campanhas de promoção da saúde.
Fonte: elaborado pelas autoras com base nas informações da Empresa em estudo

Abaixo se apresentam as diretrizes de segurança e saúde do grupo Supricel,

que tem por prioridade preservar a saúde e a integridade de seus colaboradores:

• Disseminar estas diretrizes de segurança de forma simples a todos os

colaboradores para obtenção do comprometimento de todos;

• Educar, capacitar, envolver e promover em todos os níveis hierárquicos o

senso de responsabilidade com as questões de segurança e saúde ocupacional;

• Desenvolver ações visando à conscientização das lideranças para a

responsabilidade pela prevenção de acidentes e doenças ocupacionais em sua

equipe de trabalho;

• Promover o envolvimento e comprometimento de clientes, prestadores de

serviço e fornecedores com a Segurança e Saúde Ocupacional dos funcionários.

• Assegurar que as condições e exigências do trabalho contribuam para a não

ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais;


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• Controlar, monitorar e implementar procedimentos e ações visando o

gerenciamento apropriado dos perigos e riscos à saúde e segurança, atendendo

sempre às exigências da legislação;

• Centrar as ações na prevenção de perdas e no aprimoramento contínuo dos

processos, atuando com ética e transparência;

A empresa Supricel Construtora não tem em sua filosofia de trabalho a

aplicação de Advertência aos funcionários que não utilizam EPIs (equipamento de

proteção individual), EPCs (equipamento de proteção coletiva), que não seguem as

normas. A empresa qualifica os mesmos e conscientiza para que o tema Segurança

do Trabalho, proteção, normas essenciais para segurança, venha ser totalmente

absorvida, respeitada e seguida pelos funcionários.

Já para os atos positivos a empresa possui uma gestão de qualidade

integrada, compreendendo qualidade, segurança e meio ambiente. Escolhe o

funcionário que se destacou no mês, nos fatores descritos acima, presenteia o

mesmo com um vale.

Para complementar os programas de Segurança, a Supricel Construtora no

mês de novembro2011, implementará o programa de Incidentes.

Com esse programa a empresa poderá se antecipar para evitar os acidentes,

podendo assim se antecipar ao problema, orientando e fazendo modificações

necessárias, a fim de evitar acidentes.

A Sipat da Empresa em tela de 2011 teve um nome diferenciado de Sipat para

Sipatma (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho e Meio

Ambiente), ocorreu do dia 17/10 a 21/10, com o tema: Valorizando o presente,

Construindo o Futuro.
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5.2 Pesquisa de campo: aplicação do questionário

Com base no Quadro 2, nota – se que 5,88% dos funcionários entrevistados

são Mestres de obra, Operador de guincho, Almoxarife, Ajudante geral, Estagiário de

Engenharia Civil e Engenheiro Civil. 23,53 % são pedreiros e Azulejistas e 17 64%

dos entrevistados são Encarregado Administrativo.

Quadro 2 – Função dos funcionários


Função F %
Mestre de obra 1 5,88
Operador de Guincho 1 5,88
Almoxarife 1 5,88
Ajudante Geral 1 5,88
Azulejista 4 23,53
Pedreiro 4 23,53
Encarregado Adm. 3 17,64
Estagiário Eng.º Civil 1 5,88
Engenheiro Civil 1 5,88
Total 17 100
Fonte: elaborado pelas autoras

Com base no Quadro 3, nota- se que 58,82% dos funcionários entrevistados


trabalham até 1 ano na Supricel Construtora e 41,17% trabalham de 1 ano até 4
anos.

Quadro 3 – Anos que trabalha na Supricel Construtora


Anos F %
Até 1 ano 10 58,82
De 1 ano até 4 7 41,17
De 4 anos até 7 0 0
De 8 anos até 11 0 0
Acima de 11 anos 0 0
Total 17 100
Fonte: elaborado pelas autoras

Com base no Quadro 4, nota- se que 23,53% dos funcionários entrevistados,

trabalham no ramo de atividade da construção civil, até 5 anos, de 12 anos a 17, de

18 anos a 23, e acima de 24 anos e 5,88 % trabalham de 6 anos a 11.


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Quadro 4 – Anos que trabalha em Construção Civil


Anos F %
Até 5 ano 4 23,53
De 6 ano até 11 1 5,88
De 12 anos até 17 4 23,53
De 18 anos até 23 4 23,53
Acima de 24 anos 4 23,53
Total 17 100
Fonte: elaborado pelas autoras

Com base no Quadro 5, nota- se que 64,70% dos entrevistados acham Ótimo a

utilização dos EPIS e 35,29% acham Bom o uso de EPIS.

Quadro 5 – Opinião sobre utilização de EPIS


Utilização de EPIS F %
Ótimo 11 64,70
Bom 6 35,29
Ruim 0 0
Total 17 100
Fonte: elaborado pelas autoras

Com base no Quadro 6, nota-se que 94,12% dos entrevistados da Supricel

Construtora utilizam capacete. 76,47% utilizam óculos de proteção e protetor

auricular. 100% utilizam Botina com bico de aço. 52,94% usam respirador e luva de

raspa ou nitrílica. 47,06% dos funcionários utilizam protetor solar, 35,29% usam cinto

de segurança e 17,65% responderam que além dos EPIS citados acima também

utilizam outros tipos.


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Quadro 6 –EPIS que utiliza na função que exerce


EPIS F %
Capacete 16 94,12
Botina c/ bico de aço 17 100
Óculos de Proteção 13 76,47
Respirador 9 52,94
Protetor Auricular 13 76,47
Luva de raspa e 9 52,94
nitrílica
Protetor solar 8 47,06
Cinto de segurança 6 35,29
Outros 3 17,65
Total
Fonte: elaborado pelas autoras

Com base no Quadro 7, nota-se que 100% dos entrevistados, utilizam ou

encontram com frequência na obra extintor e placas informativas. 88,23% encontram

ou utilizam fitas zebradas. 70,59% indicaram cones. 82,35% encontram ou utilizam o

corrimão, 76,47% dos funcionários encontram ou utilizam guarda corpo e linha da

vida. 64,70 % responderam que além dos EPCS citados acima, também encontram

outros tipos.

Quadro 7 – EPCS que encontra e ou utiliza na obra com frequência


EPCS F %
Extintor 17 100
Placas informativas 17 100
Fitas zebradas 15 88,23
Cones 12 70,59
Corrimão 14 82,35
Guarda corpo 13 76,47
Linha da vida 13 76,47
Outros 11 64,70
Total
Fonte: elaborado pelas autoras

Com base no Quadro 8 , nota-se que 100% dos entrevistados conhecem os

programas de Segurança da empresa.


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Quadro 8 – Possui conhecimento sobre os programas de segurança


Conhecimento F %
Sim 17 100
Não
Total 17 100
Fonte: elaborado pelas autoras

Diante dos resultados, nota-se também que 41,18% dos entrevistados da

Supricel Construtora acham Ótimo e 58,82% acham Bom o programa de diálogo de

segurança. 35,29% dos funcionários acham Ótimo e 64,70 % acham Bom o

programa de treinamento. 41,18% acham Ótimo e 58,82% acham bom a CIPA.

58,82% dos funcionários acham ótimo e 41,18% acham Bom as Inspeções diárias e

mensais. 52,94% acham Ótimo e 47,06% acham Bom a SIPAT.

. Com base no quadro 9 , nota-se que 29,41% dos entrevistado já

presenciaram um acidente na empresa e 70,59% nunca presenciaram.

Quadro 9 – já presenciou algum tipo de acidente na Supricel Construtora


Presenciou F %
acidente
Sim 5 29,41
Não 12 70,59
Total 17 100
Fonte: elaborado pelas autoras
Com base no Quadro 10, nota-se que 94,12% dos entrevistados, nunca

sofreram um acidente na empresa e 5,88% já sofreram acidentes leves.

Quadro 10 – já sofreu algum tipo de acidente na Supricel Construtora


Sofreu Acidente F %
Sim 1 5,88
Não 16 94,12
Total 17 100
Fonte: elaborado pelas autoras
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Os entrevistados vêem as normas de segurança exigidas e obrigatórias pelo

MTE com bons olhos, pois 100% acham bom cumprir as normas de segurança

exigidas e obrigatórias pelo MTE.

Foi questionado se os Programas de Segurança do trabalho da empresa tem

aspecto positivo na sua vida fora do ambiente de trabalho, 82,35% dos

entrevistados, acham que têm um aspecto positivo fora do ambiente de trabalho e

17,65% acham que não têm aspectos positivos.

No tocante a pergunta se a Supricel tem conscientizado os funcionários, nota-

se que 94,12% dos entrevistados disseram que a empresa tem conscientizado o

trabalhador da importância dos EPIS e toda prevenção necessária e 5,88% dos

trabalhadores disseram que não.

Foi investigado se os funcionários possuem liberdade para parar uma atividade

de risco. Diante das respostas, pode-se notar que 100% dos entrevistados, da

empresa em tela disseram que possui liberdade e tem o comprometimento de parar

uma atividade quando tiver risco e não tiver sendo feita com a proteção necessária e

comunicar o superior.

Quanto ao questionamento se a empresa em tela tem se preocupado com a

segurança e saúde do trabalhador, nota-se que 94,12% dos entrevistados, acham

que sim e apenas 5,88% acham que não.

Foi questionado também, a nota que os funcionários dariam a empresa em

relação aos programas de 1 até 10. As respostas mostraram que 100% dos

entrevistados, deram nota de 8 a 10 para aos Programas de Segurança da empresa.

Para completar a coleta de dados foi aplicado uma pergunta apenas para aos

funcionários administrativos, totalizando 5 pessoas dos seguintes cargos (Estagiário,

Engenheiro Civil e Encarregado Administrativo).Foi investigada qual a percepção


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dos mesmos referentes aos funcionários de mão-de-obra, em relação aos

programas de segurança do trabalho, uso de EPIs, EPCs e normas a serem

seguidas.

O engenheiro civil da obra Villa Lobos, disse que os funcionários usam os

EPIS, e seguem as normas sem nenhum problema. O Encarregado Administrativo

da obra Villa Lobos também, disse que é visto normalmente pelos funcionários as

normas de segurança, seguem porque sabem que é necessária a proteção.

O Encarregado Administrativo, que atualmente trabalha nos stands de venda,

falou que alguns até acham ruim usar certos EPIs, mais sabem da necessidade e da

importância, então usam sem resistência.

O encarregado Administrativo da obra Lara Campos de Tietê, falou que alguns

funcionários que estão trabalhando no ramo da construção civil sem seguir normas

de segurança por trabalharem por conta, quando chegaram à obra não estava

habituado ao uso, mais assim que foram conscientizados entendem que é

importante e não se incomodam com a utilização.

O estagiário da obra Munique, tem uma percepção diferente, acha que os

funcionários mesmo conscientizados não gostam de usar, que eles possuem uma

cultura onde “quem usa menos EPIs é mais homem”.

6. Considerações Finais
Ter a devida segurança no trabalho, na função que exerce, é ter prazer no

trabalho que se faz. Toda empresa de qualquer segmento que seja de pequeno,

médio ou grande porte tem que seguir as normas regulamentadoras do Ministério do

Trabalho, é preciso ter uma gestão de segurança, para que se cumpra o mínimo

exigido por lei, para garantir a segurança e saúde do trabalhador.


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Na pesquisa realizada com trabalhadores da empresa Supricel Construtora, a

autoras pôde notar que a empresa tem seguido toda lei e norma. Os técnicos de

Segurança do Trabalho têm trabalhado com competência e responsabilidade para

fazer da Supricel Construtora uma empresa de construção civil diferenciada na

Segurança do Trabalho, no qual os índices de acidentes são mínimos e nenhum

fatal.

As autoras puderam notar na pesquisa de campo que o grande tabu no uso

dos EPIs tem sido quebrado, funcionários não apresentam resistência ao uso dos

mesmos, nem incomodo ou qualquer insatisfação, pois tem sido conscientizado da

importância da proteção. Dos 17 funcionários entrevistados, percebe-se que apenas

1, com 35 anos no ramo da construção civil, ainda possui uma certa barreira na

utilização do EPI, usa por obrigação, talvez pelos muitos anos de trabalho sem

proteção, não se adquiriu um certo costume ainda.

Na entrevista com os funcionários administrativos a autoras também percebeu

que o ambiente se altera conforme a obra, e a percepção dos mesmos também, pois

em 3 obras o resultado foi positivo em relação aos EPIs e segurança do trabalho.

Diante do exposto, pode-se perceber que os resultados foram positivos em

relação aos dados de acidentes na organização, pois em 2008 tiveram 3 acidentes

(2 leves e 1 grave), em 2009, apenas 1 acidente de trajeto, em 2010 nenhum

acidente e no ano de 2011, por enquanto tiveram 2 acidentes ( 1 trajeto e outro

considerado grave.

Assim, perante o objetivo da pesquisa que foi analisar os programas de

Segurança e a utilização de EPIS e normas regulamentadoras na construção civil,

em especifico na empresa Supricel Construtora na cidade de Piracicaba, pode-se

dizer que foi atingido totalmente.


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Para estudos futuros sugere-se com o crescimento da empresa previsto para

2012, replicar a pesquisa com um número maior de funcionários.

7. Referências
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