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De acordo com a teoria ‘’tábula rasa’’ do empirista John Locke a mente é,

como uma "folha em branco", em que todas as pessoas nascem sem


conhecimento algum e todo o processo do conhecer, do saber e do agir é
aprendido através de experiências, que se somam e são acumulativas. Dessa
forma, o indivíduo contemporâneo é suscetível a pressões sociais em
conseguir vitórias estudantis, financeiras e físicas de forma a agradar ao
modelo estereotipado de determinada sociedade. Nesse contexto tornam-se
evidentes o surgimento de transtornos psicológicos bem como da ditadura da
beleza como efeitos das pressões sociais impostas aos indivíduos no século
XXI.

Nesse prisma, a exacerbada exigência social ao indivíduo no ‘’encaixe


perfeito’’ a modelos corporativos, econômicos e físicos é vilã da má saúde
psíquica deste. Prova disso, são os estudos feitos pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) que mostram o Brasil como líder na epidemia de ansiedade:
19,3 milhões de pessoas convivem com o transtorno. Desse ângulo, faz-se
infeliz de pensar nos muitos padrões que as pessoas enfrentam, estabelecidos
estes por empresas que determinam horas de trabalhos exaustivas ao
trabalhador tal qual rotinas excessivas de estudos não priorizando saúdes
mentais subordinando-as, muitas vezes, a remédios e longas terapias.

Em uma segunda abordagem, a busca, principalmente feminina, incessante


pelo corpo ideal é resultado do protagonismo midiático de pressões sociais
impostas às pessoas. Para tal, a ditadura da beleza justifica-se no modelo de
corpo feminino pautado em magreza, cintura fina, seios grandes e formulados,
e masculino em abdômen sarado, braços e pernas e musculosos que, ao não
atingirem esses protótipos arriscam-se em cirurgias e outros procedimentos
estéticos. Nessa perspectiva, a saúde humana é cada vez mais exposta aos
efeitos das pressões sociais impostas pelas pessoas e veículos publicitários.

Diante do exposto, medidas governamentais e não governamentais são


urgentes para cessa a problemática. Assim, a OMS—organismo internacional
que tem como função promover o acesso igualitário à saúde—deve financiar
programas em ONG’S que disponibilizem reuniões com psicólogos e palestras
com psiquiatras, em âmbito global, por meio de propagandas as quais
informem o seu oferecimento em todas as comunidades com intuito de tratar
ansiedade e outros transtornos psíquicos gerados por pressões sociais.
Outrossim, o Ministério da Educação—órgão que tem como responsabilidade
elaborar diretrizes educacionais—deve realizar nas escolas e universidades
atividades sociointerativas com pessoas de diferentes preceitos (corpo,
objetivos estudantis e financeiros)por intermédio de palestras para que
mostrem a importância da aceitação pessoal e a redução da cobrança
emocional.

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