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Em sua teoria, o alemão Nietzsche define o super-homem como aquele capaz de livrar-se das

amarras sociais. O descaso perante a crescente obesidade na sociedade brasileira, em virtude


do imediatismo e da inviabilização social das questões referentes a saúde mental, reflete a
complexidade para desfazer-se dessas cordas no período pós-moderno.

Um país eternamente jovem e saudável será, na verdade, um nação de seres enfermos e


limitados como consequência de uma péssima qualidade de vida. Consoante ao sociólogo
polonês Zygmunt Bauman e seu conceito de Modernidade Liquida, onde é evidente a falta de
solidez nas relações sociais, politicas e econômicas, fica nítido o pesar dos tempos hodiernos
diante o imediatismo. A escassez de tempo junto com o bombardeamento diário de
propagandas de fast-foods e comidas extremamente calóricas no geral, torna recorrente a
ausência de importância perante procurar informações sobre os alimentos consumidos e o
aumento da ingestão de comidas processadas, alimentando cada vez mais uma população com
venenos que trazem malefícios a curto e longo prazo para o corpo.

Outrossim, o Ministério da Saúde junto a OMS (Organização Mundial de Saúde), declararam o


Brasil ate 2021 com mais de 3/4 da população com sobrepeso e como o país mais depressivo e
ansioso da América Latina respectivamente. A mente e o físico estão sempre lado a lado,
ignorar as causas de um é sofrer com os efeitos no outro em razão da obesidade aumentar a
probabilidade do individuo ter depressão e vice-versa. Ou seja, persiste o sofrimento com
pandemias como doenças cardíacas, canceres e derrames ( são as 3 maiores causas de mortes
no mundo) que possuem como estimulador principal o excesso de peso e ainda lidam com o
desprezo coletivo perante o seu psicológico.

De acordo com o supracitado, faz se premente que o Poder Publico almeje efetivar a
implantação da Resolução 24/2010, da ANVISA, que restringe as propagandas de produtos
alimentícios com excesso de sal, açúcar, gordura saturada ou gordura trans. Contudo, para isso
se estabelecer permanentemente, o Estado, a mídia e a escola devem trabalhar em conjunto
perante a preservação e a abordagem de problemas que envolvem a saúde mental, seja pela
criação de projetos sociais que tornam o acesso a tratamentos psicológicos e psiquiátricos
acessíveis, pelo incentivo a ficções engajadas (como novelas e series), e aclamação de
trabalhos e palestras sobre o tema nos institutos educacionais. Por fim, urge a necessidade da
sociedade valorizar o convívio grupal no que diz ao combate dessas aprisionantes correntes
epidêmicas para que, como dizia Bauman, as relações não escorram pelo vão dos dedos.

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