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Redação –

Isabela Cristina Costa Ribeiro da Silva – 3° ano A – Colégio Ser!


Tema: O brasileiro e a solidão.

Proposta: A

Diversos estudos acadêmicos apontam que a solidão já pode ser considerada uma epidemia. Com
uma a cada três pessoas dos países ocidentais sente-se sozinha habitualmente ou com frequência.
Médicos alertam que o isolamento social crescente pode ter consequências físicas; como o maior
risco de doenças cardíacas, diabetes e câncer; mentais e emocionais. Além disso tudo, ainda é
comprovado que grandes períodos passados sem sociabilidade afetam habilidades sociais básicas,
que vão se perdendo sem o seu uso.
Vivemos numa sociedade moldada em parâmetros cada vez mais individualistas, e por
consequência cada vez mais solitária para seus indivíduos. Aristóteles dizia que o homem é um ser
social pois precisa de outros seres de sua espécie, somos seres carentes e precisamos de outros
para sentirmo-nos plenos e felizes. Afinal, as maiores grandezas da humanidade só foram
possíveis pela conivência.
Entretanto, vivemos em tempos modernos. Tempos líquidos onde nada foi feito para durar. Em sua
obra “Amor líquido: Sobre a fragilidade dos lações humanos”, o filosofo polonês Zygmunt Bauman
argumenta que devido ao modelo ‘pós-moderno’ de sociedade; no qual tudo que nos remetes a
relações e ações sólidas, que possuímos certeza e segurança sobre, é mostrado como atrasado,
carregam consigo apenas nostalgia, vivemos em constantes incertezas e vontade de atender
expectativas de redes sociais. Hoje vivemos por redes, não por laços. A diferença se encontra na
facilidade de se desconectar e esquecer dos tão proclamados amigos. Todavia continuamos sendo
essencialmente seres sociais. Precisamos estar em coletividade para suportar a solidão desse
novo molde fluído de sociedade.
Dessa forma, são necessários movimentos que tentem adaptar os tempos em que vivemos com a
natureza social do ser humano, e não o tentar tirá-la. Começando polo ministério da saúde
emplacando campanhas para conscientizar os riscos e males que a solidão agrega, seguida de
políticas de integrações e eventos educativos. Empresas e Instituições de ensino também deveriam
instaurar áreas e atividades que colocassem as pessoas juntas e com liberdade de socializarem
naturalmente. Além disso a população conscientizada poderia gerar e voltar a ter maiores,
melhores mais saudáveis socializações.

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