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Sociologia

Socialização

Por Camila Betoni

Mestrado em Sociologia Política (UFSC, 2014)


Graduação em Ciências Sociais (UFSC, 2011)

Categorias: Sociedade, Sociologia

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Para que um indivíduo possa viver em sociedade, é preciso que ele internalize as
normas sociais, isso é, as formas de agir, pensar e se comportar que são
compartilhadas coletivamente nesta dada sociedade. Este processo lento e constante
em que aprendemos o que se espera de nós em um determinado meio social, em que nos
apropriamos dos sistemas de ideias que fazem parte da nossa sociedade, é chamado
de socialização. É a partir da socialização que a sociedade passa a existir também
dentro de nós, incorporamos a consciência social como parte de nossa própria
consciência individual.

A socialização acontece em todas as etapas de nossas vidas, porém ela ficar mais
evidente na infância. Nos nossos primeiros anos de vida passamos pela socialização
primária. Seu agente inicial normalmente é a família, que nos auxilia a
interiorizar a linguagem e as regras básicas de comportamento que são consideradas
adequadas na sociedade onde cresceremos. Já a socialização secundária é um processo
permanente que vai nos acompanhar por toda nossa trajetória. Em um primeiro
momento, a escola ocupa um papel central nessa caminhada. Depois seremos
socializados em outros ambientes coletivos, como a igreja, o trabalho ou os grupos
de afinidade.

Quando a socialização se dá de maneira eficaz, nós passamos a reproduzir uma série


de comportamentos, valores e sentimentos que acreditamos ser naturais, espontâneos.
No entanto, ao lançar um olhar atento, observamos que essas formas de agir, pensar
e sentir nos foram ensinadas ao longo do tempo com tamanha persistência que nem nos
damos conta de sua internalização e acreditamos serem expressões exclusivas da
nossa individualidade. A maior prova disso é que o que é considerado normal em uma
sociedade, pode ser completamente estranho ou inadequado em outra. Por exemplo, um
indivíduo que foi socializado no Brasil contemporâneo pode achar muito inapropriado
comer usando as mãos. No entanto, em muitos países, como a Índia, isso é
considerado normal. Ter consciência de nossos processos de socialização é um passo
importante para evitar o etnocentrismo.

A socialização não se dá da mesma forma para todas as pessoas de uma mesma


sociedade. Isso porque de diferentes grupos são esperados que se cumpram papéis
sociais diferentes. Por exemplo, os homens não são socializadas da mesma forma que
as mulheres. Os comportamentos que cada sociedade atribui a cada um dos sexos pode
ser distintos e, portanto, a socialização também será diferente. Da mesma forma, os
indivíduos podem aderir em diferentes níveis a esses papéis.

Para Émile Durkheim, considerado o pai da sociologia, nossa socialização sempre se


dá por meio da coerção social. A sociedade exerce uma força sobre os indivíduos
para que eles se adequem e pode mesmo puni-los de alguma forma quando não se
comportam conforme o esperado. Essas punições podem ser duras - tipificadas como
crime, por exemplo - ou brandas. Por exemplo, se não nos vestimos da forma
considerada adequada, podemos ser motivo de chacota ou mesmo excluídos de alguns
espaços. No entanto, para o autor em certo grau isso não é necessariamente
negativo, uma vez que é o que nos permite compartilhar uma vida em coletividade.

Referência:

JOHNSON, Allan G, Dicionário de sociologia: Guia prático da linguagem sociológica.


Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 1997

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