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Tema: saúde mental na busca por um novo trabalho

Levar em conta a situação atual sobre o tema:

Sobre o desemprego estrutural no país

Mediante o contexto devemos levar em conta que o o desemprego teve nas ultimas 7 semanas
até julho uma alta de 26%, neste mês tínhamos cerca de 12,42 milhões de desempregados,
em comparação com maio houve um crescimento de 2 milhões de pessoas que foram
desligadas de suas respectivas empresas.

No que e refere as pessoas que trabalham de forma remota O IBGE destacou que, do total
de trabalhadores ocupados, 8,6 milhões trabalharam de forma remota, o que representa
12,4% de trabalhadores não afastados do trabalho em virtude da pandemia. "Esse grupo
segue estável desde a primeira semana de maio", destacou o instituto.
é fundamental saber o porque trabalhamos no arranjo social no qual vivemos, nosso trabalho
é um processo de troca, onde vendemos nossa força de trabalho, seja ela intelectual, física,
prestação de serviço que seja. Mas mediante ao contexto social nossa força de trabalho é
vendida com o intuito de suprir nossas necessidades que são sociais, as quais nos motivam.

Mas cabe a pergunta, porque eu me motivaria a trabalhar? Temos que trabalhar pra nos
estabelecer na sociedade de produção e consumo, não tem a celebre frase de Paulo, em
Tessalonicenses não comereis de graça o pão do vosso próximo, portanto quem não trabalha
não come?

Mas dentro de nossa sociedade temos arranjos por exemplo como a informalidade, a
prestação de serviços as quais são necessidades emergenciais e que não consolidam
estabilidade fixa de geração de recursos suficientes, eu lembro que uma vez fui pra Fortaleza e
vi uma série de pessoas na base da livre concorrência vendendo pipoca e batata pra
sobreviver. E foi justamente lá no Ceará que esteve o maior índice de pessoas que foram mais
demitidas no país.

Se há um aumento em massa dos desempregos em 26% eu pressuponho que aumente o

trabalhos informais ou gente que passa fome, logo temos uma situação endêmica de
desemprego em que pesa subjetivamente ao sujeito que não possui o trabalho a ideologia do
sucesso constante.

mas de onde surge este pensamento, se formos fazer os devidos recortes históricos temos
algumas definições que categorizam o trabalho em períodos, no contexto da idade média o
trabalho era visto como modo de subsistência no qual o sujeito tinha uma posição definida
pelo resto da vida.

com o advento do modo de produção capitalista houve uma pressão da automação do campo
para os centros e o caos se instalou na Europa no inicio da primeira e segunda revolução
industrial. Entretanto a mentalidade para o trabalho não poderia ser a mesma. Max Weber
apontou a igreja como a facilitadora da ideologia do trabalho como uma benção de Deus, a
visão de honestidade e quem não trabalha é vagabundo, por 2 séculos este modelo prevaleceu
e se consolidou como forma de organização dos meios de produção, ele deu o suporte para o
êxodo rural inclusive no Brasil entre as décadas de 40 a 80.

Na década de 70 juntamente após a crise social do petróleo o alargamento do modo de

produção asiático do mínimo risco empurrou setores inteiros para fora do mercado de
trabalho, carrega-se a ideologia vazia de que frente ao Well fare stade somos responsáveis
pelo nosso bem estar, deixa o Estado de ser um fomentador do bem estar coletivo da
sociedade e passa a ser o individuo, assim cada pessoa não é apenas um CPF, MAS UM CNPJ,
trocando em miúdos temos sujeitos que passam a ser vistos como responsáveis pelo sucesso
ou fracasso, o sujeito é uma empresa, que tem o seu marketing pessoal, suas estratégias sua
análise de SOWT analisando suas forças e fraquezas, onde dane-se o mundo onde estamos
vivendo, isso pouco me importa o importante é ser feliz e ter o meu sucesso garantido.

Todavia este sucesso cai em um contexto de vazio, onde a narrativa coletiva emerge
em discursos descolados da realidade e torna-se um ideal de ego coletivo, todos vão pensar
que o sucesso só depende dele, se ele fracassar, se ele tiver diante do RH FALANDO AQUELAS
palavras bonitas para dizer que dali em diante ele é um desempregado ele vai achar que o
fracasso foi dele enquanto pessoa, enquanto CPF CNPJ, ENQUANTO PESSOA E EMPRESA.
Nasce a ideia do fracasso, da empresa que não deu certo.

Foi feita uma pesquisa com desempregados em Corumbá com 200 homens, nela 73% dos
entrevistados a resposta mediante a pergunta o que você sente por estar desempregado é:
vergonha, outros 76% tristeza e outros 74% ansiedade.

No dia 10 de julho 10 milhões de trabalhadores estavam afastados de seus postos por conta do
isolamento social e isso gera insegurança quanto a volta, será que continuo empregado, como
ficará minhas contas, vai rolar lista de corte de cabeça dentro da empresa.

o desemprego vem subindo no período da pandemia e chegou a 13,5% da população

economicamente ativa conforme o IBGE. HOUVE um aumento na taxa de pessoas desocupada
neste período de 3,5% e o grupo de pessoas que gostariam de trabalhar chegou a 18 milhões,
mas que não foram por conta da pandemia.

Junto com isso nasce um fantasma, aumentou em 3,3 milhões de pessoas que buscaram o
atendimento, com os sintomas do covid, chegamos a 128,6 MILHÕES de pessoas e mediante o
holocausto brasileiro gera-se a insegurança de quem precisa de trabalhar, há aqueles que
tomam remédio por conta própria, gente que ta oprimindo os outros para que não saia,
outros para que saiam e por ai se gera conflitos incalculáveis. Mas que tem o potencial risco de
morte, eu conhecia a candidata artesã do PDT que faleceu, e foi uma perca irreparável de luta
por dias melhores em Campo Grande.

Este é o contexto panorâmico pelo qual estamos e nele geramos nossos medos, inseguranças,
motivações assim como os transtornos mentais, vendo o aumento do desemprego nos dias
atuais e o maior risco de desligamentos de empresas vamos aos fatos de como se sente o
trabalhador dentro do contexto do desemprego.

Definir o que é saúde mental

Definição de saúde – OMS:

a saúde foi definida como a possibilidade do sujeito gozar de bem estar físico, mental e
espiritual assim como ter acesso a bens e serviços suprindo a totalidade de suas
necessidades, atrelado a tal fato podemos caminhar para o conceito de saúde mental que
vêm a ser:

um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva

ou emocional, podendo incluir a capacidade de um indivíduo de
apreciar a vida e procurar um equilíbrio. Assim como Saber lidar com
as boas emoções e também com as desagradáveis. Reconhecer seus
limites e buscar ajuda quando necessário.

Existem sintomas que mostram que a saúde mental de um

indivíduo não vai bem, e que nem sempre esse sintoma é o transtorno
em si. “Por exemplo, alguém com depressão, não necessariamente se
manifesta triste, ou com o sentimento e desmotivações de vazio
ostensivos, às vezes uma pessoa com o transtorno faz um esforço
para parecer sociável, habilidoso social, empático ou mesmo
engraçado. Na maioria das vezes, começa a ser perceptível pela
alteração da personalidade da pessoa. Se ela sempre foi calma e de
repente se mostra mais impaciente, se antes não tinha dificuldade
para dormir e de uns dias de tensão mostra sinais de alteração de
sono pode ser um sinal. É bom sempre estar atento com as
transformações da personalidade da pessoa.

A sociedade atual é muito individualista e segue a ideia: “cada

um por si e Deus por todos”, a lógica individualista tem data na história
social da humanidade, sendo o liberalismo pregado pelos Chicago
Boys a síntese de tais idéias, explico:

Resultando em pessoas que se importam muito pouco com as

condições psíquicas de outro indivíduo.Mas que esta forma de agir e
pensar é mais ampla que o sujeito em si, é determinada pela estrutura
social onde todos tem responsabilidade sobre si, o Estado no máximo
regularia alguns serviços que em sua maioria deveriam ser
privatizados.

Dentro da lógica produtiva em que vivemos o emprego é a

porta de entrada no contexto social, ou seja, podemos ser
considerados: responsáveis, adultos, pessoas honestas se tivermos
um emprego, se assim não o for, logo eu sou visto como vagabundo e
alguém desocupado.
 outra questão que se assenta sobre a venda de nossa força de
trabalho reside n forma como suprimos nossas necessidades, só o
fazemos em uma sociedade individualista se damos conta de
conseguir nossos recursos, o ideal de ego, do sujeito empresa, onde
eu tenho que delinear-me na sociedade com meu marketing pessoal,
minhas estratégias, meus investimentos, minha contabilidade, faz com
que aqueles que não tiverem esta autonomia sejam considerados um
peso para a sociedade, por isso se sente tão mal quem está
desempregado.

“A padronização de nossos comportamentos e a

individualidade manifesta em nosso cotidiano, são os ambientes
perfeitos para a consolidação de uma solidão profunda entre as
pessoas, tais ambientes e relações são férteis para o surgimento de
transtornos mentais assim como as crescentes manifestações de
ansiedade, depressão, transtornos de humor em geral e a agravação
de tais transtornos podem gerar até o suicídio.

Se percebermos qualquer alteração da personalidade de uma

pessoa, é como se fosse um pedido de socorro mediante sofrimento.
Assim, temos que ser um pouco mais sensível a dor do outro”.

o que são as doenças psíquicas ( transtornos mentais tais como os de desenvolvimento, humor
e personalidade)

Os sentimentos mais presentes no desemprego ( artigo de Corumbá)

os sentimentos mais presentes são a ansiedade, o sentimento de impotência, de depressão,

assim como de sofrimento. Desenhamos nossos ideiais de eu como modelo de sucesso a ser
atingido e nem sempre isso é alcançável. Nisso também podemos gerar frustrações e
sentimento de desamparo.

O trabalho não é uma porta de acesso para os céus como foi pregado no templo de sua igreja,
as vezes é um mal necessário para suprir nossas necessidades. há uma célebre frase do Steve
Jobs em que ele fala, encontre o que você goste de fazer e nunca mais você irá trabalhar em
sua vida, nem todos tem este privilegio, aqueles que não o tem não precisam achar que aquilo
que fazem é uma benção, as vezes tem gente enchendo o saco, tem perrengue, assédio moral
e por ai vai, assim tendo consciência do que é feito fica mais fácil encararmos o mundo de
modo menos mágico e menos ideológico. O mundo precisa ser mais lógico.

tomar consciência da situação em que o país passa em seus aspectos sociais, tais como
desemprego estrutural, aumento em massa de pessoas chamadas por Castel de ininpregáveis
deve consolar algumas pessoas que estão há tempos na busca por um trabalho e não a
encontram, nem sempre a qualificação será uma garantia de novo emprego, pode no máximo
ser um diferenciador na hora de se disputar currículos.

outra característica do mundo atual é a velocidade com que se desenvolvem novas

tecnologias, algumas funções realmente irão serão extintas nos próximos 10 anos, a
segurança e prestação de serviços por exemplo está sendo substituídos pelas automações e já
se pensa nos próximos 30 anos em modelos governamentais híbridos nos quais os auxílios
seriam uma forma de suprir coletivamente a necessidade das pessoas de uma nação.

Quais os sofrimentos mais presentes? Como são definidos? e como emergem na relação do
individuo com a sociedade (na família, na igreja, nas instituições que o sujeito permanece)

Táticas pra a empregabilidade

Desenvolvimento de saúde mental, desenvolvimento de habilidades sociais, tomar consciência

que o desemprego não é seu fracasso é fundamental. Eximir a culpa pelo fracasso e a relação
da individualidade com a expressão social do cada um por si, isso ajuda bastante quem passa
pela situação do desemprego se olhar no espelho e não se ver desonesto, preguiçoso,
envergonhado, triste, ansioso, vagabundo e por ai vai.

Os meios de produção e a articulação disso com o pensamento humano.

Instituições que podem gerar sofrimento

Fatores sociais que influenciam no desemprego

pela busca de uma visão mais ampla